Audiovisual
Jovens negros e indígenas são público-alvo de laboratório de audiovisual gratuito!

Doze jovens autodeclarados negros e indígenas vivenciarão um mergulho no campo da realização de curtas-metragens de ficção. É isso que o “Gran Lab – Laboratório de Audiovisual” prevê em oficinas de Narrativa, Produção e Captação de Recursos, além de masterclasses abertas ao público. Pessoas moradoras de Salvador ou que residam em cidades do interior da Bahia, entre 18 e 30 anos, podem se inscrever gratuitamente entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro, pelo link http://bit.ly/GranLab. A iniciativa é uma realização do coletivo Gran Maître Filmes, coletivo e produtora audiovisual que desde 2018 cria produtos audiovisuais e promove atividades formativas.
Os encontros online de aprendizado serão ministrados por profissionais de reconhecida trajetória no audiovisual baiano: a oficina de Narrativa será conduzida pelo roteirista e professor Gildon Oliveira; na fase de Produção, a diretora e coordenadora de produção Dayane Sena estará no comando; já o cineasta, produtor executivo e roteirista Ailton Pinheiro será o responsável pela etapa de Captação de Recursos. O laboratório será realizado de 1º de março a 10 de abril.
Cada módulo possui carga horária total de 10h, divididas em seis aulas, entre gravadas (YouTube) e ao vivo (Zoom). Por isso, é necessário acesso à internet. Ao final, os doze jovens participarão de um pitching pedagógico, com profissionais convidados para as masterclasses. Haverá certificação para os participantes do laboratório.
Masterclasses
O público poderá acompanhar três masterclasses gratuitas, com profissionais negros e indígenas do audiovisual, em papos online com os membros da Gran Maître Filmes. Elas serão realizadas no canal do coletivo de cinema no YouTube na semana de início de cada módulo, guiados a partir de três temas: em 1º de março, “Narrativa para curta-metragem de ficção”; já no dia em 15 de março, “Etapas da produção para um curta-metragem de ficção”; e, por fim, em 29 de março, “Captação de recursos e inscrição em festivais de cinema para um curta-metragem de ficção”.
Gran Lab: áreas de formação
Narrativa – Gildon Oliveira
Essa será uma imersão em conceitos básicos para a formação técnica da roteirização de narrativas de ficção. De caráter teórico-prático, a ideia é discutir aspectos da elaboração de roteiro para obras audiovisuais no mercado atual. As aulas dão conta de abordagens teóricas e experimentações na prática dos exercícios de escrita dramática, com discussões de textos, vídeos ilustrativos e exercícios coletivos e individuais.
Produção – Dayane Sena
O módulo abordará aspectos relevantes na transição do roteiro para a realização da obra, que demanda compreensões certeiras. Durante as aulas, a ministrante orientará a construção das etapas de um projeto de produção, a partir de um roteiro pronto. Os participantes definirão estratégias necessárias para tirar um filme do papel com orçamento e cronograma previstos.
Captação de Recursos – Ailton Pinheiro
Visando a capacitação dos jovens no trabalho de produção executiva na gestão de um projeto audiovisual, o condutor da oficina tocará em temas como gerenciamento de recursos e administração de orçamento; leis de incentivo; formatação de projetos para captação de patrocínios; estrutura do mercado audiovisual; e circuitos de distribuição e exibição. Os assuntos virão à tona em aulas expositivas e exercícios de criação.
Gran Lab – Laboratório de Audiovisual
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
“GranLab – Laboratório de Audiovisual” (online e gratuito)
Inscrições para jovens autodeclarados negros e indígenas entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro, no link: http://bit.ly/GranLab
Masterclasses gratuitas no YouTube: Gran Maître Filmes
Mais informações em @granmaitrefilmes (Instagram).
Audiovisual
“Filme Marginal” abre inscrições para produções audiovisuais independentes de todo o Brasil

Estão abertas até o dia 18 de maio as inscrições para a 5ª edição da Mostra do Filme Marginal: Cinema de Luta, Arte de Libertação. O evento, que acontece em setembro no Rio de Janeiro, busca valorizar o cinema independente brasileiro com obras que abordem temas sociais, políticos e culturais marginalizados. Podem se inscrever realizadores de curtas, médias e longas-metragens de qualquer parte do país — inclusive Salvador — com filmes finalizados a partir de 2022. A participação é gratuita.
Voltada para a difusão de um cinema autoral, popular e crítico, a Mostra se define como um espaço de reflexão, estímulo e autoformação. A proposta é ampliar a visibilidade de produções que provoquem debates sobre injustiças e desigualdades, com temas como racismo, gênero, sexualidade, direitos das mulheres, meio ambiente, luta por moradia e questões indígenas.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente online, por meio do formulário disponível no site do festival: mostradofilmemarginal.com. A curadoria da mostra avaliará os filmes inscritos e a lista de selecionados será divulgada na primeira semana de agosto. A exibição dos filmes ocorrerá entre os dias 12 e 21 de setembro de 2025, no Rio de Janeiro.
Criada em 2017, a Mostra do Filme Marginal é organizada pela Corpo Fechado Produtora e conta, nesta edição, com apoio do Pró-Carioca Audiovisual 2024 – Edital de Apoio à Produção de Mostras e Festivais de Audiovisual, via Lei Paulo Gustavo e Rio Filme. O evento cresceu significativamente nos últimos anos: da primeira edição com 36 filmes inscritos, saltou para mais de 400 em 2024.
“Estamos abertos à multiplicidade de vozes e experiências do cinema independente contemporâneo brasileiro”, afirma o idealizador da mostra, Uilton Oliveira.
SERVIÇO
📽️ 5ª Mostra do Filme Marginal: Cinema de Luta, Arte de Libertação
📅 Inscrições gratuitas: de 1º a 18 de maio de 2025
📍 A mostra acontece em setembro, no Rio de Janeiro
🔗 Formulário de inscrição: clique aqui
🌐 Site: mostradofilmemarginal.com
📱 Instagram: @mostradofilmemarginal
Audiovisual
Documentário sobre autoras negras baianas tem exibição na Sala Walter da Silveira

Com lançamento marcado para o dia 08 de maio, às 19h, na Sala Walter da Silveira, o documentário “Cartografia de Nós” propõe um mergulho na produção literária contemporânea liderada por mulheres autoras negras baianas. A sessão será gratuita e aberta ao público, com direito a bate-papo após a exibição. O filme também estará disponível a partir de 06 de maio no canal YouTube Passos Entre Linhas.
Idealizado pela escritora e educadora Lorena Ribeiro, fundadora do projeto Passos Entre Linhas, o curta de aproximadamente 40 minutos convida o público a refletir sobre os impactos dos territórios geográficos e sociais na construção das narrativas literárias negras. A direção é de Sabrina Andrade, com roteiro, apresentação e produção de Lorena Ribeiro, e trilha sonora assinada por Hosanna Almeida e Marcelo Santana.
O documentário reúne entrevistas com mulheres negras autoras de diferentes regiões da Bahia e faixas etárias: Táina Sena (Itamaraju), Camila Carmo (Amargosa/Ilha de Itaparica), Paula Anias (Sapeaçu), Maria Dolores Rodriguez (Feira de Santana) e a própria Lorena Ribeiro (Salvador/Lauro de Freitas). A cidade de Cachoeira, com sua forte tradição histórico-cultural, também é destacada como espaço de efervescência literária.
“Nosso estado tem muita gente produzindo coisas riquíssimas, mas ainda pouco conhecidas e, por isso, pouco valorizadas. Criar ao lado dessas mulheres é a confirmação de que juntas realizamos coisas gigantes”, afirma Lorena.
Além dos depoimentos, o filme incorpora intervenções artísticas, como o bordado da poeta Tainah Cerqueira, que ampliam o olhar sobre a literatura como expressão sensível de identidade e resistência. O objetivo da obra é também estimular a leitura de autoras negras contemporâneas da Bahia e contribuir para a preservação e valorização dessas vozes.
“Cartografia de Nós” é uma realização do projeto Passos Entre Linhas em parceria com a Aiocá Produções. O projeto foi contemplado pelo edital Paulo Gustavo Bahia, com apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, e do Ministério da Cultura, Governo Federal, através da Lei Paulo Gustavo.
SERVIÇO
O quê: Exibição do documentário Cartografia de Nós
Quando: 08 de maio de 2025 (quinta-feira), às 19h
Onde: Sala Walter da Silveira – R. Gen. Labatut, 27 – Barris, Salvador – BA
Quanto: Gratuito
Duração: 40 min
Classificação: Livre
Extras: Bate-papo com realizadoras após a sessão
Acompanhe o projeto:
🌐 Site oficial
📷 Instagram: @passosentrelinhas
📺 YouTube: Passos Entre Linhas
📘 Facebook: Passos Entre Linhas
🐦 Twitter: @passoselinhas
Audiovisual
Animação ‘Jimú e o Universo Ancestral’ estreia na Sala Walter da Silveira

A animação infantil “Jimú e o Universo Ancestral” será lançada oficialmente nos dias 5 e 8 de maio em duas exibições presenciais na Bahia. O curta-metragem, inspirado no livro “Jimú – Memória das Águas”, da escritora e artista visual Aislane Nobre, leva às telas uma jornada poética de espiritualidade e ancestralidade vivida por uma criança na Ilha de Itaparica.
A primeira exibição acontece no dia 5 de maio, às 15h30, na Biblioteca Juracy Magalhães Jr, em Itaparica. A segunda, no dia 8 de maio, será realizada na Sala Walter da Silveira, na Biblioteca dos Barris, em Salvador. Após as sessões presenciais, o filme ficará disponível online por 24 horas no canal do projeto no YouTube (youtube.com/@universojimu).
A obra traz recursos de acessibilidade como libras, audiodescrição e legenda em inglês, reafirmando seu compromisso com a inclusão.
Uma jornada mágica e ancestral
A história acompanha Jimú, uma criança curiosa e gulosa, que ao lado da irmã Nira, embarca em uma jornada mágica ao receber um chamado ancestral ligado ao culto aos Egunguns – divindades que representam os espíritos dos antepassados. A aventura atravessa questões profundas como espiritualidade, vida e morte, e o amadurecimento infantil, tudo ambientado na Ilha de Itaparica.
Com personagens como Giã (pai e líder espiritual), Yaiá (mãe) e Dona Mariinha (uma católica que simboliza o respeito entre religiões), Jimú descobre que sua fome é muito mais do que um desejo físico – é um chamado para a conexão com suas raízes.
“Essa é uma obra que nasce do afeto, da memória e da força de uma herança espiritual viva”, afirma Aislane Nobre, autora do livro que inspira o filme. “A transformação para o audiovisual foi feita com muito cuidado, respeitando as raízes dessa história, mas também se abrindo às novas formas de contá-la.”
Sem narração, o curta aposta em uma narrativa guiada pela musicalidade e sonoridade afro-brasileira. A direção de som é assinada por Herison Pedro, do Ofò Laboratório Sonoro. Toda a trilha foi construída com base nos cânticos ancestrais do culto aos Egunguns.
A criação e direção musical são de Lucas Maciel e Tiago Farias, que também assinam os efeitos sonoros. A proposta é usar os sons como fios condutores de memória, emoção e espiritualidade, estabelecendo uma experiência sensorial profunda com o público.
Criação colaborativa com crianças
A produção do filme foi realizada pelo estúdio Mirabolantes Studios, liderado por Lucas Morassi, André Luis Silva e Andreia Silva. Como parte do processo criativo, o projeto promoveu uma oficina de ilustração com crianças, incorporando desenhos feitos por elas em alguns cenários do filme, como forma de reconhecer o protagonismo infantil e fortalecer o elo entre a obra e seu público.
Além disso, no dia 6 de maio, às 10h30, será realizada uma nova oficina de ilustração na Biblioteca Juracy Magalhães Jr, voltada para crianças e jovens.
Um tributo à ancestralidade
“Jimú e o Universo Ancestral” combina animação tradicional com motion graphics, propondo uma nova estética narrativa que homenageia as raízes africanas e a oralidade. “A sobreposição de técnicas e o cuidado com a composição visual são uma aposta estética e política. Jimú não apenas conta uma história, ela provoca uma escuta com o corpo inteiro”, destaca a equipe da Mirabolantes Studios.
Sobre a autora
Aislane Nobre, nascida em Itaparica, é escritora, artista visual e candomblecista. Doutoranda em Artes Visuais na UFBA, investiga temas como cor da pele, afetividade e ancestralidade na arte contemporânea. O livro “Jimú – Memória das Águas” foi lançado em novembro de 2024 com distribuição gratuita em escolas, terreiros e comunidades negras de Salvador, Itaparica, Paulo Afonso e Cachoeira. A publicação está à venda no site www.universojimu.com.br.

Aislane Nobre | Foto: Daniel Pita
SERVIÇO
O quê: Lançamento do curta-metragem de animação “Jimú e o Universo Ancestral”
Classificação indicativa: Livre
Formato: Animação infantil com acessibilidade (libras, audiodescrição e legenda em inglês)
Exibição em Itaparica
Data: 05 de maio (domingo)
Horário: 15h30
Local: Biblioteca Juracy Magalhães Jr – Itaparica
Oficina de Ilustração (Itaparica)
Data: 06 de maio (segunda-feira)
Horário: 10h30
Local: Biblioteca Juracy Magalhães Jr – Itaparica
Público-alvo: Crianças e jovens
Exibição em Salvador
Data: 08 de maio (quinta-feira)
Local: Sala Walter da Silveira – Biblioteca Pública dos Barris
Exibição online:
Após as exibições presenciais, o filme ficará disponível por 24 horas no YouTube:
youtube.com/@universojimu
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