Música
Inscrições para 47º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê vão até próximo dia 19!
Tradição do bloco afro Ilê Aiyê, com 46 edições tendo sido realizadas anualmente e de forma ininterrupta, o Festival de Música Negra (FMN) dribla as limitações do isolamento social e realiza a sua 47ª edição com todas as etapas online. As inscrições estão abertas até o próximo dia 19 de fevereiro (sexta-feira), no site https://festivaldemusicanegra.com.br/. Os candidatos devem escolher se inscrever na categoria Tema ou Poesia e anexar um áudio ao final do processo.
As canções serão avaliadas por uma comissão julgadora, que pode escolher até oito canções de cada categoria para a final. As 16 músicas finalistas serão divulgadas em áudio e apresentadas ao público por seus intérpretes em live do FMN no dia 14 de março (domingo), diretamente da Senzala do Barro Preto. O público cativo do Ilê Aiyê poderá torcer pelos candidatos em tempo real e ainda dançar de casa com as batidas do samba afro.
Aberto a compositores de todo o Brasil, o Festival de Música Negra do Ilê Aiyê busca a preservação e a divulgação da música de matriz africana. A ideia é que as canções vencedoras possam vir a integrar o repertório da Band’Aiyê, seja no Carnaval como em outros eventos. Quem acompanha os festivais passados do bloco sabe que muitas das canções hoje cantadas nos seus shows são oriundas dessa seleção.
Nesta edição, o FMN irá premiar com os valores de R$ 5 mil, R$ 4.500 e R$ 4 mil os três vencedores, respectivamente, da categoria Tema; e com R$ 4.500, R$ 4 mil e R$ 3.500 os três vencedores, respectivamente, da categoria Poesia. Os primeiros lugares também receberão o Troféu Pássaro Preto. Os segundo e terceiros lugares ganham, além do valor em dinheiro, o Troféu Perfil Azeviche. O tema escolhido pelo Ilê Aiyê em 2021 é “Meu Coração é Liberdade”, propondo um mergulho nas suas raízes, no bairro onde nasceu, cresceu e vive. É nesse universo singular de um dos bairros mais populosos e de maior população negra de Salvador, a Liberdade, que os compositores que optarem pela categoria Tema deverão se debruçar.
Uma apostila sobre o tema está disponível no site do festival. O material inclui informações sobre a história do bairro, suas escolas de samba e batucadas, terreiros de candomblé, ruas e praças, passando pelo nascimento do Ilê Aiyê e do Muzenza, além de depoimentos de moradores, personalidades e historiadores.
O 47º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Música
Show Ilê Aiyê: 50 Anos terá transmissão no YouTube e na TVE
O Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil, completa meio século de história e resistência em 2024, e a celebração promete ser grandiosa. Com ingressos esgotados para o espetáculo Ilê Aiyê – 50 Anos, que acontece na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, nesta sexta (1), em Salvador, o público de todo o Brasil poderá acompanhar o evento ao vivo pelo canal da Macaco Gordo no YouTube e também pela transmissão da TVE Bahia.
O show de comemoração terá a participação de grandes artistas nacionais como Carlinhos Brown, Daniela Mercury, BaianaSystem e a Orquestra Afrosinfônica. A transmissão contará com a direção de Chico Kertész e busca ampliar o alcance desse momento histórico, proporcionando que todos os admiradores da cultura afro-brasileira possam vivenciar a celebração das cinco décadas de orgulho e resistência do Ilê Aiyê, mesmo à distância.
“Para a Macaco Gordo, é uma honra fazer parte de um momento histórico como esse, carregado de tanto significado para a cultura negra brasileira”, comenta Chico Kertész, destacando a importância de registrar e compartilhar esse marco cultural.
Toda a renda arrecadada será destinada às iniciativas sociais e culturais do Ilê Aiyê, reafirmando o compromisso do bloco com a valorização e o fortalecimento da comunidade negra.
Música
Violinista Mário Soares participa do Oxe, É Jazz de novembro
Reunindo sete destaques da música instrumental da Bahia, além de participações especiais, a 18ª edição do projeto Oxe, É Jazz acontece nos dias 8 e 9 de novembro, no Parque Costa Azul, em Salvador. O evento promete balançar os amantes do jazz e do blues, celebrando a música instrumental e também oferecendo uma experiência cultural completa para o público, reafirmando-se como um espaço de encontro, diversidade e lazer. Com apoio do Governo do Estado da Bahia, a realização é da Mais Ações Integradas.
Trazendo a fusão de jazz, rock e sotaque baiano, quem começará a festa na sexta-feira (8) será o guitarrista e compositor natural de Paulo Afonso, Igor Gnomo, vencedor do Prêmio Profissionais da Música (2023). Ao lado de Thiago Reuel (bateria) e André Jumper (baixo), o guitarrista forma o Igor Gnomo Group, que apresentará os sucessos do mais novo lançamento do trio, o álbum “Formiga Preta”.
Quem também subirá ao palco do Parque Costa Azul para agitar o público será o curador do Oxe, É Jazz, Eric Assmar, que se apresentará ao lado da Orquestra Baiana de Blues. Guitarrista, cantor e compositor, Assmar e curador do projeto Eric Assmar traz a estreia da Orquestra Baiana de Blues, uma big band de blues, em que a formação clássica de guitarra, gaita, baixo e bateria dialoga com um poderoso naipe de metais, formado por músicos experientes da cena soteropolitana. A apresentação foi especialmente pensada para o festival, brindando os fãs de jazz com um repertório com novos arranjos para canções autorais e clássicos do blues baiano e mundial.
A segunda noite de shows, no sábado (9), será iniciada pelo guitarrista e compositor baiano Jordi Amorim e da cantora e compositora alemã Juliana Blumenschein. Instrumentista e produtor musical, Jordi já passou por importantes festivais de jazz e, a partir de um intercâmbio realizado em Mannhein, na Alemanha, conheceu Blumenschein, com quem desenvolveu trabalhos musicais. A dupla se apresentará ao lado de um envolvente time de músicos com um repertório de jazz e música popular brasileira (MPB) regado a improvisações e talento.
Fechando com chave de ouro, o violinista e compositor Mário Soares subirá ao palco do Oxe, É Jazz muito bem acompanhado. Instrumentista membro da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e da Orquestra Sinfônica da UFBA (OSUFBA), Mário apresentará, ao lado de seu grupo composto por Ruan de Souza (violão), Robinson Cunha (bateria) e Nino Bezerra (baixo), um show que mescla temas autorais e releituras ao lado dos músicos trazendo como convidado o oboísta e maestro Carlos Prazeres, regente titular e diretor artístico da OSBA.
Além de muita música, emoções e a oportunidade de criar memórias, a edição de novembro do Oxe, é Jazz proporcionará ainda o ambiente acolhedor do Parque Costa Azul, espaço democrático com opções de lazer para toda a família, reforçando sua missão de promover cultura de forma inclusiva e acessível.
SERVIÇO
OXE É JAZZ – NOVEMBRO 2024 (Parque Costa Azul/Salvador)
08/11 (sexta):
18:30h – Igor Gnomo Group
20:30h – Eric Assmar & Orquestra Baiana de Blues
09/11 (sábado):
18:30h – Jordi Amorim & Juliana Blumenschein (ALE)
20:30h – Mário Soares convida Maestro Carlos Prazeres
Música
Movimento PSICO Funk: Como Anda a Saúde da Música?
A mostra “Movimento PSICO Funk: Como Está a Saúde Mental da Música?”, idealizada pelo artista, produtor musical e agitador cultural, Irmão Carlos Psicofunk, aborda questões fundamentais sobre a saúde mental de músicos e artistas. Especialmente no contexto da pandemia e pós-pandemia, serão promovidas reflexões sobre a intersecção entre arte e saúde mental através de uma experiência imersiva sonoro-visual que une diversas linguagens artísticas e tecnológicas.
A idéia do evento parte de canções inéditas de Irmão Carlos Psicofunk, que oferecem um olhar introspectivo sobre sua própria jornada, explorando temas como a relação com a vida, os afetos e o trabalho. Essa perspectiva também reflete a realidade de muitos profissionais da música, que enfrentam rápidas transformações no mercado, o surgimento de novas ferramentas e a mudança de comportamento do público. A dificuldade em acompanhar essas mudanças tem gerado sentimentos de angústia e desconforto, amplificados durante e após a pandemia de COVID-19.
Nos encontros, que ocorrem em outubro, novembro e dezembro, além de música e bate-papo, o público será imerso em outras formas de expressão, como artes visuais, poesia e moda sustentável, criando uma experiência multidimensional que vai além do palco. O evento acontece no Espaço Cultural Dona Neuza, no próximo Sábado, 02 de Novembro, a partir das 18h com pocket show de Heder Novaes e o tão esperado show de Irmão Carlos e o Catado em comemoração aos 20 anos da banda.
Além do momento musical, haverá uma roda de conversa, mediada por Irmão Carlos, com profissionais que compartilharão suas experiências e vivências em que utilizam a comunicação como principal ferramenta para abordar e orientar nas questões da saúde mental. A tradicional Feirinha, com produtos afrocentrados, merchan de bandas da cena alternativa, literatura e moda sustentável destaca artistas locais, fomentando a economia criativa.
Sobre Irmão Carlos
Irmão Carlos Psicofunk apresenta uma mistura única de black music, rock’n’roll e reflexões sobre vivências pessoais, questões existenciais e sociais. Com sua voz potente e estilo autêntico, o artista baiano aborda temas do cotidiano com doses de ironia, sempre buscando provocar reflexão e movimento no público.
SERVIÇO
Evento: Movimento PSICO Funk – “Como anda a saúde da música?”
Data: 2 de novembro (sábado)
Horário: A partir das 18h
Local: Espaço Cultural Dona Neuza
Endereço: Rua Jayme Sapolnik, no Marback (Setor 2), Salvador-BA
Atividades:
– Abertura: Pocket Show de Heder Novaes
– Show de Irmão Carlos e o Catado
– Roda de conversa sobre saúde mental com mediação de Irmão Carlos e profissionais de psicologia e comunicação.
– Feirinha de artesanato e merchandising de bandas
– Stand de Alimentação
Entrada: Mediante contribuição voluntária