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Audiovisual

Jovens da Cidade Alta e da Cidade Baixa participam de Formação Gratuita em Cinema

Jamile Menezes

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Trinta jovens de bairros periféricos de Salvador estão tendo a oportunidade de participar de uma Formação Gratuita em Cinema até o mês de abril através do Programa de Formação Cidade Alta – Cidade Baixa: A Gente Faz Cinema.

O projeto que está sendo executado pela produtora Tenda dos Milagres contemplou alunos do ensino médio de escola pública e tem o objetivo de uma experiência afirmativa que dá ferramentas para que jovens possam se expressar cinematograficamente e serem autores, roteiristas, protagonistas, editoras e editores de suas próprias histórias.

Para Cecília Amado, uma das idealizadoras do projeto: “O audiovisual é sem dúvida a linguagem do século e os jovens têm o direito de aprender a ‘ler e escrever’ audiovisualmente para contar suas próprias histórias. Cidade Alta, Cidade Baixa é uma imersão completa no universo audiovisual para que esses jovens de Salvador possam dizer: ‘sim, a gente faz cinema!’ ”.

Em função da pandemia do novo coronavírus, a Formação está acontecendo de forma virtual nesta etapa para atender todos os protocolos de higiene e proteção contra a Covid-19. No entanto, os alunos contam com todo suporte de uma equipe com vasta experiência e, eles estão entusiasmados com a oportunidade.

João Eric, disse que é apaixonado por filmes desde criança e se imagina fazendo seus próprios filmes. Assim como ele, muitos jovens pensam em trabalhar com cinema e têm grande curiosidade pelas áreas de roteiro, fotografia e edição. Aliás, a curiosidade foi um dos principais critérios de seleção, assim como o amor pela arte: “Me interesso por muita coisa” disse Ana Clara, e completou “mas no fundo do peito sei que não conseguiria viver essa vida sem contato com a arte”.

As atividades serão realizadas até 05 de abril. A formação foi dividida em duas turmas. A primeira turma com jovens moradores dos bairros da Cidade Alta e a segunda com jovens da Cidade Alta. Serão abordadas todas as etapas técnicas e criativas do fazer cinematográfico. O conteúdo está dividido em três etapas: um curso online de introdução às principais funções do audiovisual, um workshop de imersão com realização de dois curtas no gênero documentário e uma série de 4 encontros virtuais sobre oportunidades do mercado para iniciantes. Finalizado o processo de formação, será promovido um encontro com os dois grupos onde serão exibidos e debatidos os filmes realizados, promovendo um intercâmbio entre os jovens da Cidade Alta e da Cidade Baixa. No total, 30 (trinta) jovens estão participando da formação.

Cecília Amado destaca ainda que “O Programa de Formação Cidade Alta – Cidade Baixa: A Gente Faz Cinema tem potencial para ser ferramenta de transformação pessoal e empoderamento. E vai muito mais além, desperta a criatividade e o sentido de pertencimento, ensinando também uma profissão aos jovens”.

Sobre a Tenda dos Milagres

Produtora criativa que surge a partir do filme “Capitães da Areia” e da vontade de continuar dialogando com a infância, temas sociais e com a mulher contemporânea. Atuante no mercado audiovisual baiano desde 2012, reúne as roteiristas e diretoras Cecilia Amado e Jamille Fortunato e a produtora Karina Paz e está à frente das séries “Da Manga Rosa” (Cine Brasil TV) e “Toda Menina Baiana” (TVE) e dos longas “O Amor Dentro da Câmera” e “Edson Gomes – Reggae Resistência”. Na área de formação, começou com as Oficinas Infantis de Lençóis (2013) em parceria com Orlando Senna e realizou os projetos CINEMIN (2014), No Centro Tem Histórias (2015) e o premiado Cinema e Sal (2015-17) onde foram produzidos 12 curtas realizados por adolescentes de comunidades pesqueiras.

Audiovisual

Rapper baiano Aspri RBF lança videoclipe “Gorô Gorô”

Ana Paula Nobre

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Foto: Filipe Oliveira

O rapper Aspri RBF lança o clipe Gorô Gorô, dando continuidade ao trabalho iniciado com o álbum 7º Sentido (2022). A música traz uma forte carga simbólica e cultural, inspirada em dois significados marcantes: o grito de vitória das crianças na brincadeira de “esconde-esconde”, quando aquele que procura erra o nome de quem está escondido e os cantos entoados em reverência ao orixá Omolú. O trabalho já está disponível nas plataformas de streaming e no link.

Esses elementos foram a base para a roteirização do videoclipe, que reforçam a importância de ouvir os conselhos dos mais velhos e expressar gratidão pelas vitórias e ensinamentos recebidos. Segundo Aspri, 7º Sentido é sobre ouvir e compreender a ancestralidade. A produção musical é de Marcelo Santana (Aquahetz beats).

O roteiro é de Aspri RBF e Edeise Gomes; Fotografia: Filipe Oliveira; Direção: Edeise Gomes e Filipe Oliveira; Elenco: Conde Leo 13 e Ionara Neves; Filmagens: Aspri RBF, Edeise Gomes e Filipe Oliveira e Edição: Aspri RBF. Mais informações pelos contatos: 71 99229-4349 | asprirbf@gmail.com | @asprirbf.

 

 

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Audiovisual

Ogunjá Filmes lança curta metragem “Buzú, o curta” na Sala de Arte da UFBA

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Na próxima quinta-feira, 6 de fevereiro, estreia o primeiro curta metragem da cineasta Lindiwe Aguiar, que dirige e roteiriza “Buzu, o curta”, retratando histórias vividas no transporte público de Salvador. A sessão será para convidados, na Sala de Arte Cinema da UFBA (Canela), a partir das 9h30.

O filme chega ao público trazendo um olhar sensível sobre as vivências cotidianas dentro de um ônibus na cidade, em uma narrativa que acompanha a rotina de passageiros que compartilham o mesmo trajeto. Ao longo da viagem, eles criam laços, compartilham histórias e enfrentam desafios. Sob o olhar atento do cobrador Antônio, interpretado pelo ator Sérgio Laurentino, o filme se desenrola entre encontros, afetos e reviravoltas.

Foto: Divulgação

“Buzu” destaca personagens que representam a diversidade e a riqueza cultural da cidade, com um elenco de peso e nomes como Cássia Valle, Jamile Alves, Sara Barbosa e Paula Moura, dentre outros ícones do audiovisual baiano. O público vai assistir uma jornada por cenários emblemáticos de Salvador, iniciando no final de linha de Paripe e atravessando o Subúrbio Ferroviário até o Porto da Barra, em um desfecho marcado por belas paisagens e fortes emoções. Após estreia, o filme segue jornada por festivais pelo país.

O filme é uma produção da Ogunjá Filmes e foi contemplado pelo edital SalCine, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal. Tem o Apoio Cultural do Espaço Xisto Bahia, da Integra – Plataforma Transportes, IGLULOC – Locadora de Equipamentos Audiovisuais e Estúdio, Elu Cinema, da Bahia Grip, do Portal Soteropreta, da Dê um Sinal e da FACED – Ufba.

ELENCO

Sérgio Laurentino – Antônio

Nadson de Jesus – Júnior

Jamile Alves – Lúcia

Kadu Fragoso – Luís

Jau Menezes – Renato

Allyssa Anjos – Tiffany

Sara Barbosa – Luciene

Cássia Valle – Marinalva

Paula Moura – Dona Judite

Dhi Santos – Fábio

Julio Cesar Mello – Seu Manoel

Rívisson Zürc – Milton

Dandara Rodrigues – Kátia

 

Serviço

O quê: Lançamento de “Buzu, o curta” – sessão para convidados

Quando: 6 de fevereiro de 2025

Horário: 9h30

Local: Sala de Arte Cinema da UFBA

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Audiovisual

Mostra CineAfro: jovens negros exibem curtas quinta (30)

Ana Paula Nobre

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Foto: Amanda Chung

O Teatro Sesi Casa Branca se transformará em uma verdadeira sala de cinema inclusiva, diversa e representativa com a Mostra CineAfro: Narrativas em Movimento, nesta quinta-feira (30), das 13h30 às 19h. O evento gratuito vai exibir 14 curtas-metragens produzidos por cinco profissionais do audiovisual brasileiro e nove jovens negros e indígenas de Salvador que estão dando seus primeiros passos na sétima arte. Além das exibições, o público também poderá participar de rodas de conversa com os diretores dos filmes e aproveitar um show de encerramento com o cantor e compositor baiano Zéu Lobo.

A Mostra CineAfro marca a última etapa do Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros (Cinerê), projeto idealizado pela Pé de Erê Produções, uma produtora independente e multicultural baiana. O Cinerê visa promover e ampliar o alcance de cineastas negros soteropolitanos por meio da capacitação técnica, produção e difusão de obras audiovisuais.

Foto: Amanda Chung

Com interpretação em Libras, a Mostra contará com três sessões. Ao final de cada sessão, haverá um bate-papo com diretores dos filmes. Entre eles, está Dário Barreto, jovem contemplado pelo projeto responsável pelo curta DinoAnimais, uma animação que narra a história de três amigos que se transformam em dinossauros super-heróis para ajudar crianças a enfrentarem problemas do dia a dia.

 “A ideia foi usar algo que crianças acham divertido. A animação tem o poder de entreter enquanto transmite ensinamentos importantes sobre perseverança, trabalho em equipe e a importância de nunca desistir, mesmo diante das dificuldades”, explica Dario.

Da periferia para as telas

A primeira etapa do Circuito, chamada Laboratório Cinerê, realizou uma seleção pública para jovens dos bairros Cidade Baixa, Subúrbio Ferroviário, Cajazeiras, Brotas e Mussurunga. Dez jovens foram escolhidos e receberam o valor de R$5.000 para desenvolver seus curtas. Segundo Rafa Martins, idealizador do projeto, “além de impulsionar o acesso de jovens periféricos ao audiovisual, o Cinerê também fomenta a produção de obras de baixo custo”.

Além dos dez selecionados, o Laboratório envolveu mais 135 jovens em seis atividades de capacitação realizadas em julho de 2024. Foram sete dias de oficinas e três de workshops sobre Roteiro, Direção Audiovisual, Direção de Fotografia, Produção, Edição e Montagem de Filme, e Preparação e Direção de Elenco, ministrados por cineastas renomados como Ana do Carmo, Rogério Sagui e Heraldo de Deus.

Inspirando novas gerações

Após as oficinas, os jovens participaram da segunda etapa do projeto, onde receberam mentoria de profissionais da área como Rafa Martins, Mirian Fonseca, Luan Santos, Rogério Sagui e Mateus Anjos. Nessa etapa, além de desenvolverem suas obras audiovisuais, os jovens contaram com acompanhamento em todas as fases de produção, desde o roteiro até a pós-produção.

Foto: Amanda Chung

No total, 214 pessoas participaram diretamente da produção dos curtas-metragens, além de 32 integrantes da equipe do projeto. A jovem cineasta indígena Mamirawá, que produziu o curta de drama YMBURANA, destacou: “O Cinerê foi uma grande oportunidade de fortalecimento da minha carreira, a partir do incentivo e do contato com profissionais da área”.

Em novembro, a última etapa do projeto levou os curtas para estudantes do ensino fundamental e médio de três escolas estaduais em Mussurunga, Cajazeiras e Brotas. Em cada uma delas, os jovens também ministraram os workshops “Mobigráfia: a formação da identidade no processo criativo”, “Como produzir um curta: Passo a Passo” e “Produzindo Animação com Ferramentas Acessíveis”.

O Cinerê – Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros é uma realização da Pé de Erê Produções, que contou com apoio do Teatroescola e a assessoria especializada em inclusão e diversidade Dê Um Sinal.

Programação

13h30: Chegada do público

13h50 às 14h10: Mediação e apresentação da mostra e do projeto com Rafa Martins

14h20 às 18h20: Mostra e bate papo com os diretores dos curtas

18h30: Show voz, violão e percussão

Serviço

O quê: Mostra CineAfro: Narrativas em Movimento

Quando: 30 de janeiro (quinta-feira), das 13h30 às 19h

Onde: Teatro SESI Casa Branca – Cidade Baixa

Quanto: Gratuito

 

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