Literatura
Seminário sobre a literatura de mulheres negras abre Festival Pandemia Poética
Às 19h da próxima segunda, 15, começa oficialmente o Festival Pandemia Poética, no canal do YouTube: Selo Nsabas. O Seminário “Empreendedorismo Literário e a Literatura de Mulheres Negras e Periféricas na Bahia” abre a programação que vai até 04 de abril. O seminário terá a participação da idealizadora do Diálogo Insubmissos de Mulheres Negras, Dayse Sacramento, e de Tereza Sá, educadora e pesquisadora do tema no Sul da Bahia. A mediação fica por conta de Karen Oliveira, idealizadora do Pandemia Poética, artista e produtora cultural.
Assista o seminário no canal Selo Nsabas, às 19h.
O Pandemia Poética é uma realização do Selo Nsabas e teve sua primeira edição em 2020, apenas como Slam (batalha de poesia), gerando renda para 12 agentes culturais, entre competidores e produtoras. Na 2ª edição, o projeto tem suporte da Giro Planejamento Cultural e apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. Esse investimento vai permitir que quase o dobro de pessoas sejam remuneradas nesta edição, que também traz novidades. A programação do slam e das lives poéticas será online e gratuita.
Literatura
FLICA 2024 divulga edital de inscrições para autores e artistas
Escritores, quadrinistas, cordelistas, ilustradores e artesãos de todo o país terão a oportunidade de concorrer a um espaço de destaque na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA), que acontece entre os dias 17 e 20 de outubro. Ao todo, serão selecionados 20 autores e artistas para a realização de lançamentos literários, sessões de autógrafos e exposições de artesanato que vão compor a programação oficial do Espaço Casa dos(as) Autores(as) Brasileiros(as). Os projetos podem ser inscritos até o dia 7 de outubro no link.
Interessados podem participar do processo seletivo nas seguintes categorias: autores(as), quadrinistas, cordelistas, artesãos(ãs) e ilustradores(as). O edital completo fica disponível durante o período de inscrição na bio do Instagram e site oficial da FLICA e da Fundação Hansen Bahia, realizadora do evento. Após o anúncio dos resultados, que acontece até o dia 12 de outubro, a Equipe da Curadoria definirá a ordem e os horários das apresentações dos artistas. Além dos 20 projetos escolhidos, outros cinco serão classificados para casos de desistência, obedecendo à ordem de classificação e aos critérios descritos no Edital.
Todos os selecionados receberão um certificado de participação na FLICA 2024, que este ano tem como tema “O mundo da literatura em festa”. A Festa dá as boas-vindas a todos os públicos, portanto, é assegurado o direito ao pleito das vagas a qualquer participante que preencha as exigências estabelecidas no Edital, havendo reserva de 10% das vagas para pessoas com deficiência, 10% para negros(as) e 5% para indígenas.
“A Flica deste ano estende suas intenções para envolver cada vez mais autores e artistas, para que eles possam ter uma oportunidade de divulgação das suas obras, considerando que nem sempre isso é possível. A literatura, a arte e a cultura têm sido extremamente relegadas a segundo plano no nosso país, e é preciso que essas oportunidades sejam criadas. A arte é condição fundamental para que a gente possa ver a vida mais colorida e com mais leveza”, declara Dinalva Melo, curadora do Espaço Casa dos(as) Autores(as) Brasileiros(as).
Nos quatro dias de evento, 58 autores nacionais e internacionais se reunirão com o objetivo de democratizar o acesso à leitura e potencializar a formação de leitores de todas as idades. Com entrada gratuita, as atividades envolvem debates, intervenções artísticas, mesas de bate-papo, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, espetáculos, contação de histórias, exibição de conteúdos audiovisuais, apresentações de filarmônicas e muito mais.
Nesta edição, os principais espaços são a Tenda Paraguaçu, Fliquinha e Geração Flica, além da programação artística, dividida entre o Palco Raízes e o Palco dos Ritmos, que vão sediar diversas atrações imperdíveis. Todos os espaços têm indicação etária livre e contam com acessibilidade, tradução em libras e audiodescrição. A curadoria da FLICA é formada por Calila das Mercês, Emília Nuñez, Deko Lipe e Linnoy Nonato. A Coordenação Geral é assinada por Vanessa Dantas, CEO da Fundação Hansen Bahia.
A FLICA 2024 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira e a LDM (livraria oficial do evento), e conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação.
SERVIÇO
O quê: Inscrições abertas para autores e artistas independentes na FLICA 2024
Onde: No link
Quando: Até o dia 7 de outubro
Programação completa da FLICA: https://flica.com.br/
Instagram: @flicaoficial
Literatura
Mara Felipe lança livro sobre pedagogia e trajetória do Olodum
Uma visão aprofundada sobre a trajetória do Olodum, uma das mais importantes instituições do movimento negro brasileiro. A publicação ‘Pedagogia Olodum – Epistemologia do Olodum’, de Mara Felipe, lançada pela Paco Editorial, abrange esses e outros contextos, a exemplo do período desde a fundação do grupo no mangue do Maciel/Pelourinho até a promulgação da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. A obra revela o papel crucial desempenhado pelo Olodum na conscientização e na luta contra o racismo através de suas músicas, atividades pedagógicas e ações socioculturais.
Ao longo de suas 364 páginas, a autora detalha como o Olodum, por meio do samba-reggae e de suas práticas educativas, desenvolveu uma pedagogia única, focada em princípios antirracistas e decolonizadores. Essa pedagogia, que antecede a Lei 10.639/03, foi capaz de transformar a música em uma ferramenta de ensino e de resistência, promovendo a valorização da cultura negra e a conscientização sobre a história do povo afro-brasileiro. As letras das músicas do Olodum, carregadas de mensagens de empoderamento e resistência, aliadas a uma série de iniciativas culturais e educativas, ajudaram a moldar uma pedagogia voltada para a inclusão social e a igualdade racial.
Além de contextualizar o impacto da atuação do Olodum em Salvador e no Brasil, o livro expande o olhar para a influência internacional do grupo, que se tornou um símbolo de luta pelos direitos civis em diversas partes do mundo. O Olodum promoveu um modelo educativo que vai além das salas de aula, com práticas lúdicas e artísticas que estimulam a reflexão crítica e o reconhecimento da herança africana na formação da identidade brasileira.
Para fundamentar essa análise, Mara Felipe recorre a importantes teóricos como Abdias Nascimento, Paulo Freire, Frantz Fanon, Lélia Gonzales e Beatriz Nascimento, além de nomes internacionais como Marcus Garvey e Cheikh Anta Diop. Esses autores são convocados para explicar o processo educativo e sociopolítico do Olodum, que construiu uma forma de ensino própria, a partir da prática epistemológica do samba-reggae e da sua participação em movimentos de resistência cultural.
A publicação é, ao mesmo tempo, um estudo acadêmico e uma celebração das conquistas da instituição que, em mais de 40 anos de existência, se consolidou como um dos principais expoentes na luta contra o racismo no Brasil e no mundo. Pedagogia Olodum é um convite à reflexão sobre o papel da cultura na educação e na formação de uma consciência crítica sobre as questões raciais.
SERVIÇO
Pedagogia Olodum – Epistemologia do samba-reggae, de Mara Felipe
Preço: R$ 89,90 (364 páginas)
Disponível nas plataformas:
* [Paco Editorial](https://www.pacolivros.com.br/pedagogia-olodum)
* [Amazon](https://www.amazon.com.br/dp/8546225346)
Contato: Mara Felipe – (61) 98651-1299 / marafelipegentil@hotmail.com
Literatura
Flipeba celebra ancestralidade e literatura em outubro
A 3ª edição da Festa Literária de Boipeba (Flipeba) acontece entre os dias 9 e 12 de outubro, na ilha de Boipeba, localizada no município de Cairu, região do Baixo Sul da Bahia. O evento reúne escritores, artistas, estudantes e professores da rede municipal e estadual de ensino, além de moradores e turistas que visitam o local. Com o tema “Histórias Ancestrais: a literatura como ponte entre passado, presente e futuro”, a Festa terá mais de 30 atividades, entre oficinas educativas, contações de histórias, mesas literárias, mostra de cinema, lançamentos literários, performances, apresentações musicais e exposições. O evento é totalmente aberto, gratuito e conta com o apoio da Lei Paulo Gustavo através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA).
“Essa edição da Flipeba é a consolidação do trabalho de três anos que articulou a comunidade local, instituições públicas, a escola, artistas de diferentes áreas, o turismo e o comércio. É uma enorme alegria e um momento de celebração colocar a Festa na rua, mobilizando uma enorme rede na ilha em prol da educação e da cultura”, destaca Gilvan Reis, um dos coordenadores do evento.
Entre os nomes já anunciados para a atividade estão o da escritora e atriz Cássia Vale, da multiartista Kauê Guajajara, do roteirista Fil Braz, do poeta Lucas de Matos, do DJ e produtor musical Eric Terena, da escritora e idealizadora do Slam das Minas, Nega Fyah, do jornalista Uran Rodrigues, além dos artistas locais e da região, como rapper Yago Chefe, Jenice e o grupo Raízes do Mangue, Fredinho O Louco. Nessa edição também ocorrerá o lançamento do livro de poesias dos estudantes da Escola Cândido Meireles – Anexo Boipeba, além do videoclipe “Moreré Amor É”, de Paulinho Lima e Vinícius Santana.
Oficina de Grafite e parceria com Amazônia de Pé
Como parte das ações continuadas, a Flipeba promoveu, no começo de setembro, em parceria com o projeto Amazônia de Pé, a Virada Cultural. O objetivo foi participar da mobilização nacional em defesa da floresta, reconhecendo os saberes de comunidades tradicionais na proteção da natureza. Essa foi a segunda ação realizada pela Flipeba neste segundo semestre. Na última semana de agosto, aconteceu a oficina de grafite na Biblioteca Eu Acredito do Centro Cultural comandada pelo artista grafiteiro Gutemberg Sollys, com a participação de 50 estudantes do ensino médio da Escola Estadual Cândido Meireles (Anexo Boipeba).
O tema escolhido para o mural foi “Mulheres da Independência”, uma homenagem às heroínas baianas que lutaram na Independência da Bahia. “Desenvolver a educação continuada e plural é um dever social e a Flipeba tem trilhado esse caminho tão importante para todas as gerações, mas, especialmente, com os nossos alunos e os jovens aqui da ilha”, afirmou a professora Cátia Suzete, uma das coordenadoras do evento. A programação completa e informações sobre o evento como transporte, hospedagem, dicas de lazer e turismo na ilha podem ser conferidas no Instagram @flipeba.
SERVIÇO
O quê: Festa Literária de Boipeba (Flipeba)
Quando: De 9 a 12 de outubro
Onde: Ilha de Boipeba, Cairu-BA
Quanto: Gratuito