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Dança

Balé Folclórico da Bahia reabre vaquinha online para arrecadar R$180 mil

Jamile Menezes

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O Balé Folclórico da Bahia precisa de ajuda financeira para não fechar. A situação da companhia, que há 33 anos leva aos palcos da Bahia, do Brasil e do mundo a cultura afro-brasileira, levou à criação de uma Vaquinha Virtual para arrecadar recursos que serão destinados ao pagamento dos custos operacionais e administrativos do Balé, que nesta pandemia vem passando por dificuldades por conta da proibição de relaização de eventos com público.

“Fechamos a Vaquinha em agosto de 2020, quando chegamos a arrecadar R$220 mil. Nossa meta era R$250 mil, para pagarmos dívidas de fevereiro a agosto. Como não conseguimos arrecadar o total, ainda ficamos com o saldo pendente, além de que houve acúmulo das despesas de setembro até os dias atuais. Agora precisamos de R$180 mil”, diz Vavá Botelho,  coreógrafo, diretor geral e co-fundador do Balé Folclórico da Bahia.

O Balé tem no currículo passagem por mais de 200 cidades e 24 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia e África do Sul, dentre outros. A Companhia também abriga vários projetos sociais que atendem crianças e jovens em situação de vunerabilidade social em Salvador e região metropolitana.

Há mais de 20 anos, o Balé se apresenta no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, sede da companhia em Salvador, que já foi vítima de dois assaltos este ano, na mesma semana, em março. “Levaram toda tubulação de cobre e peças da central de ar condicionado, nos dando um prejuízo de quase R$12 mil”, conta Vavá Botelho. O que só agravou a situação financeira do Balé.

Mais de 2100 pessoas já contribuíram com a Vaquinha Online.

Balé Folclórico da Bahia

Foto Wendell Wagner

 

Se você quiser ajudar o Balé Folclórico da Bahia, para que ele continue levando a cultura afro-brasileira para o mundo, acesse a Vaquinha e faça uma contibuição. Ou divulgue para seus contatos.

Para saber mais sobre o legado do Balé, acesse o instagram @bfdabahia e o site www.balefolcloricodabahia.com.br.

Vaquinha Online

 

Dança

Espetáculo “Cavalas” se apresenta na Sala do Coro do TCA

Ana Paula Nobre

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Foto: Cristiane Fernandes

O espetáculo de dança “Cavalas”, de Alana Falcão e Ana Brandão, acontece nos dias 23 e 24 de outubro (quarta e quinta), às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA). Celebrando um ano de sua estreia, a obra se alimenta de paradoxos: animal e humano, terror e beleza, mítico e físico, dominação e cuidado, leveza e tensão, com intenso vigor em dois corpos em que convivem o desejo de liberdade e a disciplina da equitação. A coreografia é uma brincadeira de meninas furiosas, que querem inventar-se a si mesmas, e cujo resultado pode ser um assombroso espelhamento. Ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e podem ser adquiridos na plataforma Sympla ou na bilheteria do TCA.

“Cavalas” investiga a borda tênue entre semelhança e diferença a partir de práticas de improvisação e autoficção. As duas dançarinas se conheceram há uma década, quando Ana, que é de São Paulo, chegou a Salvador, encontrando a parceira soteropolitana, e vieram se cruzando em criações artísticas pelo caminho. O processo que culminou nesta peça foi desenvolvido por dois anos, até a estreia, ocorrida em outubro de 2023 no JUNTA Festival, no Piauí. O espetáculo já passou por contextos artísticos em São Paulo, Pernambuco, Ceará e Paraná. Em Salvador, apenas uma apresentação foi feita, dentro do festival IC Encontro de Artes, no último mês de agosto, com ingressos esgotados no Teatro Gregório de Mattos.

“Ambas temos um grande tesão em pesquisa de movimento. Estávamos saindo da pandemia e nos encontrávamos para estudar a partir de uma técnica chamada Fighting Monkeys”, lembra Ana Brandão, que, durante o período de isolamento, havia participado com Alana de um curso online com a artista grega Linda Kapetanea, que desenvolveu esta pesquisa de movimento que utiliza tarefas e jogos. “Nesses estudos, acabamos percebendo que havia algo sendo criado ali. E fomos adentrando em histórias de um feminismo que flerta com o gênero do terror, em encontros entre macabros e encantadores”, completa ela.

Houve outros três importantes disparadores. Um deles é o conto “As coisas que perdemos no fogo”, da argentina Mariana Enríquez, que fala de mulheres vítimas de tentativa de feminicídio e que, sobreviventes, se unem para fundar uma nova beleza que fosse insuportável no mundo patriarcal que conhecemos. “É uma beleza que precisa ser aturada”, descreve Alana Falcão. Outro é o cabelo, simbólico na crina de cavalos, em filmes de terror japoneses e na obra “As xifópagas capilares”, do artista visual Tunga, que retrata mulheres unidas por suas cabeleiras. Daí, por fim, surge a imagem da gemelaridade e suas questões de espelhamento, identificação, singularidade. “Todas essas ideias de horror e mulheridade nos acompanham desde o início do processo. O cabelo e o cavalo se encontraram e ficamos mexendo nessas interseções até o nascimento de ‘Cavalas’”, conclui Alana.

Sobre as artistas

Alana Falcão é natural de Salvador, mãe e mestra em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também atua como professora de dança da rede pública e crítica da área. Seus interesses circulam entre coreografia, coreografia social, crítica, ficção, dramaturgia, animalidades e terror. Codirige o Nii colaboratório desde 2018. É diretora editorial da Revista Barril de crítica em artes e mantém parceria criativa com o multiartista Leonardo França no projeto “Envultações” desde 2020.

Ana Brandão é paulistana que vive na Bahia há 10 anos. Artista etcétera, trabalha em diferentes campos da cena cultural, sobretudo como dançarina, educadora e iluminadora. Professora de artes da rede pública, é também mestranda em dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde desenvolve a pesquisa “Dobras: procedimentos poéticos para danças político-afetivas”. Além de “Cavalas”, está em circulação com o espetáculo “Lá vem ela”, em homenagem a Rita Lee, no qual é dançarina dirigida por Ana Paula Bouzas e Jussara Setenta. Enquanto artista, acredita em um fazer afetivo, que aproxima a arte como algo do comum, um extraordinário comum. Se interessa por origamis, pela complexidade da simplicidade, pelas monstruosidades da beleza e pela artesania. É recém-palhaça, arisca, entre outras coisas.

 

Serviço

Quando: 23 e 24 de outubro de 2024 (quarta e quinta), 20h

É proibida a entrada após o início do espetáculo

Onde: Sala do Coro do Teatro Castro Alves

Quanto: R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia)

Vendas: Sympla e bilheteria do TCA

Classificação indicativa: 10 anos

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Artes

Lunna Montty é confirmada no Festival Frequências Preciosas

Jamile Menezes

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Lunna Montty

Lunna Montty, DJ convidada por Beyoncé a fazer o DJ set do Club Renaissance Salvador, é mais uma atração confirmada do Festival Frequências Preciosas. Em sua primeira edição, no dia 28 de setembro, o evento traz a DJ para animar o público na Praça dos Coqueiros, Piatã, a partir das 16h.  O projeto tem patrocínio da Natura Musical e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda.

Coreógrafa e dançarina, Lunna Montty performou em festivais como o The Town e já trabalhou com artistas de grande porte como Iza, Gloria Groove e Psirico. Mas não só das artes ela é conhecida: também é modelo. Em sua carreira, desfilou nas passarelas do São Paulo Fashion Week, Afro Fashion Week e foi a primeira travesti a estampar uma campanha de moda em Salvador.

Lunna alcançou os holofotes mundiais em dezembro de 2023 com sua participação no Club Renaissance Salvador, evento de estreia do documentário homônimo da mega-star Beyoncé. A artista, que era a diretora artística e criativa do evento, foi elogiada e convocada pela Queen B para fazer o DJ set mais importante da noite, sua maior realização enquanto DJ.

“Bom, eu sempre falo que o meu set é sempre elevar um outro local de musicalidade, né? Sempre tento o máximo elevar questões e musicalidades de pessoas pretas, como Afrobeat, Afrohaga, Dancehall. Além disso também performo, então eu atribuo set a um processo do que eu faço também, que é a minha arte, minha dança. Vou levar um pouquinho disso para esse evento tão incrível, tão importante. Eu acho que tudo é um lugar de caminhos, e sempre tentei levar esses caminhos pretos para o meu set, um pilar de todo o processo”, diz Lunna.

Além de Lunna Montty, quem marca presença no Frequências Preciosas é Miss Tacacá, DJ de Belém do Pará conhecida por seus sets de Tecnobrega e Funk. Ela traz em seu set sonoridades nortistas a travestilidade amazônica, transfigurando o estilo brega com características típicas da cultura periférica paraense.

SERVIÇO:

[Música] Festival Frequências Preciosas terá Lunna Montty(1ª edição)
Data: 28/09/2024

Horário: a partir das 16h

Entrada: gratuita
Local: Praça dos Coqueiros de Piatã – Av. Octávio Mangabeira – Piatã, Salvador – BA
Endereço: Av. Octávio Mangabeira, 11988 – Piatã, Salvador – BA, 41610-160

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Dança

Bailarina Maju Passos apresenta solo “Dona de Si” na Alemanha

Ana Paula Nobre

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Maju Passos
Foto: Nti Uirá

A performer e bailarina baiana, Maju Passos, apresentou o espetáculo de dança “Dona de Si”, nos dias 31 de agosto e 01 de setembro, em Berlim, na Alemanha, dentro da programação do festival internacional de arte site-specific ONSITE, no Museum Kesselhaus Herzberge. A obra é um solo para se reconhecer e se permitir ser inteira.

As apresentações integram a Residência Artística Interdisciplinar do Festival, em que 20 artistas de diferentes nacionalidades, entre eles Maju Passos, desenvolvem trabalhos interativos em colaborações transdisciplinares. Vale pontuar que, o Museum Kesselhaus Herzberge já abrigou um dos mais importantes complexos hospitalares e psiquiátricos alemão, inaugurado no final do século XIX. Hoje, reformado, se tornou um complexo para exposições e outras apresentações artísticas.

“Uma das coisas mais interessantes dessa residência no ONSITE é que ela nos provoca reverberar esse intercâmbio em nossas pesquisas e obras. As trocas têm sido bem potentes e tenho sentido os atravessamentos no meu corpo de mulher negra, mãe solo e brasileira, nesse solo estrangeiro e isso, com certeza, irá reverberar no estágio corporal da minha performance. Mas, Dona de Si é também sobre esse estágio de metamorfose, é sobre me questionar dentro desse complexo”, ressalta Maju Passos.

“Dona de Si” faz parte da pesquisa de mestrado da artista, no Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA (PRODAN), que aponta a maternidade como dispositivo de criação e identifica a dança quanto uma tecnologia ancestral de conexão com o próprio corpo, com a própria história.

Bufalá
Com direção artística de Edileuza Santos e assistência de Sueli Ramos, “Dona de Si” tem como inspiração o itan “Oyá transforma-se em Búfalo” do livro “Mitologia dos Orixás”, do autor Reginaldo Prandi, e o livro “Tornar-se negra”, de Neusa Santos Souza, e dança o caminho de poderamento percorrido por Maju Passos após a maternidade para reconhecer-se.

No itan citado acima, Iansã deixa a sua pele de búfalo escondida para passear como mulher, ao voltar não a encontra e se sente perdida. Neste momento, encontra Ogum, que jura amor e promete cuidado. Eles casaram. Mas, o que Matamba não sabia era que Nkosi tinha a pele dela na mão. Vale lembrar que, a pele é o nosso maior órgão, nele toda a nossa vivência é registrada.

Maju complementa que socialmente a “nossa pele de búfala geralmente está sob a custódia de quem deveria nos proteger, de quem nos promete amor. Se eu pego de volta o que é meu, não compactuo mais ao que está estabelecido para a manutenção de uma ‘ordem social’ que não tem espaço para a mulher que sou”.

Foto: Nti Uirá

Trajetória
Importante pontuar que, as primeiras células performativas de “Dona de Si” foram criadas e apresentadas dentro do próprio festival “ONSITE”, através de residência artística ocorrida em 2023. Na ocasião, a performance apresentada foi intitulada “Owner of Herself” e ocorreu dentro do Brucke-Museum. Agora, as células já ganharam corpo em estado constante de metamorfose.

A obra é também um espetáculo continuidade de uma série de montagens produzidas desde em 2019, como “Donna”, um solo que coloca o corpo no limite a fim de responder de onde vem sua dor; “À Vista”, performance solo para eternizar o amor no corpo; “Funda” (2020/2021), um experimento de olhar e buscar, voltar para pegar o esquecido, abandonado ou roubado; o filme “Evocar” (2021), um convite para evocarmos nossos desejos de dentro; e “Passos” (2022), vídeo performance sobre uma mulher que busca na natureza um lugar de conexão para se libertar.

 

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