Artes
Escola dedicada à arte negra promove cursos livres em agosto
Uma escola dedicada às práticas e estéticas das artes negras. É o resultado da união entre um grupo de artistas de Teatro, Dança e Artes Visuais, que dá vida à Pele Negra – Escola de Teatro(s) Preto(s), concebida em Salvador em abril de 2020.
Em agosto, a escola promove um ciclo de cursos livres em formato on line, com temáticas como Teatro do Oprimido e Negritude, com Licko Turle e Cachalote Mattos, Dança de expressão negra: um novo olhar sobre o tambor, com Edileuza Santos e Bira Monteiro, Pintando sentimentos: a luz em cena Nando Zâmbia, A escrita do artigo científico, com Gustavo Cerqueira Melo e Escrita Criativa, com Mônica Santana.
“Os cursos livres fornecem ao estudante negro e/ou pesquisador da arte e cultura negra, instrumentos para preencher as lacunas que os sistemas educacionais eurocêntricos subtraíram” – Gustavo Cerqueira Melo, coordenador pedagógico da Escola Pele Negra.
A Pele Negra – Escola da de Teatro(s) Preto(s) é fruto da inquietação de artistas e pesquisadores negros, que observaram as lacunas na formação nas áreas de Teatro e Dança. A iniciativa foi idealizada pela encenadora Onisajé, o ator e Prof. Dr. Gustavo Melo, o Prof. Dr. Licko Turle, o encenador, dramaturgo e produtor cultural Luiz Antônio Jr e a pesquisadora e atriz Juliane Monique.
As atividades formativas integraram nomes da dramaturgia, performance, iluminação, arte drag, encenadoras e encenadores, que atuam no Brasil e exterior. Um expressivo volume de pessoas interessadas e cursos livres, aprofundando temáticas específicas, além de convidados das artes cênicas brasileiras, como Hilton Cobra, Lázaro Ramos, Taís Araújo, Grace Passô, Aldri Anunciação e Elísio Lopes Jr. Entre outros nomes. Os módulos já realizados e aulas-entrevistas estão disponíveis gratuitamente no Canal no Youtube Estudos em Teatro Negro.
Os Cursos Livres são voltados para pessoas interessadas nas artes cênicas e dança, bem como na pesquisa artística e escrita, também nos aspectos técnicos da cena. As inscrições estão abertas até o dia 05 de agosto e poderão ser feitas através do link: https://linktr.ee/escolapelenegra.
OS CURSOS
Curso: A escrita do artigo científico
Docente: Gustavo Melo Cerqueira
Período: 16 a 19 de agosto
Horário: 18h às 20h30min
Ementa: Estruturado em quatro encontros de duas horas e meia cada, o curso aborda estratégias para a escrita de artigos com vistas à publicação em periódicos acadêmicos. Voltado prioritariamente a estudantes e pesquisadores das artes negras da cena e de presença, o curso tem como eixo principal a importância da organização e estruturação de ideias. A publicação de artigos é um dos pilares para uma carreira acadêmica bem sucedida, tanto no Brasil quanto no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, é comum que pesquisadores recordem uns aos outros sobre a importância da escrita e publicação de artigos acadêmicos através do ditado: “publish or perish”, quer dizer, “publique ou pereça”. Neste curso, abordaremos estratégias de escrita que vão desde a delimitação do tema até a estruturação geral de um artigo científico, com especial atenção às características fundamentais de cada uma de suas seções.
Curso: Teatro do Oprimido e Negritude
Docentes: Licko Turle e Cachalote Mattos
Período: 9 a 14 de agosto
Horário: 9h às 12h30min
Ementa: O curso pretende analisar pela perspectiva afro referenciada em um percurso teórico sobre a metodologia do Teatro do Oprimido desenvolvida pelo teatrólogo Augusto Boal e as suas possíveis aplicações na luta antirracista tendo como referências o grupo Cor do Brasil e o espetáculo O Pregador. Os principais conceitos e fundamentos do método serão abordados e cotejados com outros autores e autoras do Teatro Negro. Ainda, dentro do possível, serão propostos jogos e exercícios da estética do oprimido.
Curso: Dança de expressão negra: um novo olhar sobre o tambor
Docente: Edileuza Santos e Bira Monteiro
Período: 16 a 20 e 23 a 27 de agosto, das 16h às 18h.
Ementa: Estudos acerca do corpo em sua relação com a estética de matrizes negro africanas que visam à integrações teórico praticas, por meio de atividades de laboratórios (experimentações) e por meio de leituras e diálogos (entendimentos conceituais e críticos- interpretativos). Ênfase na investigação da dança de expressão negra propondo um novo olhar sobre o Tambor vinculado aos cincos sentidos, na escuta da embalada na perspectiva da ancestralidade africanas e afro-brasileiras.
Curso: Escrita Criativa
Docente: Mônica Santana
Período: 20, 21, 27 e 28 de agosto, das 19h às 20h30min
Ementa: Oficina de Escrita Criativa objetiva pensar a escrita como ato, como gesto, as pessoas participantes serão provocadas a exercitar a produção a partir do corpo e sua observação. Serão propostos exercícios de escrita a partir da observação do corpo, das águas e da respiração e tratar a escrita como performance.
Curso: Pintando sentimentos: a luz em cena
Docente: Nando Zâmbia
Período: às segundas, quartas e sextas-feiras, sendo de 25 de agosto a 6 de setembro no horário compreendido entre as 18h às 20h, e nos dias 8, 10 e 15 de setembro no horário de 18h às 21h.
Ementa: Voltada para atuantes, diretores, técnicos de luz, iluminadores e fotógrafos a ser realizada de forma virtual, explorará a realidade de criação diante de elementos e fontes de luz acessíveis nas casa dos atuantes, foco primordial para uma realização pratica da oficina em seu resultado. O universo da luz será discutido através de vídeos, fotografias, exemplos práticos e uma série de estratégias para uma fruição, entendimento e relação com a iluminação. A luz não funciona somente no universo proposto como ambientação, mas como interferência na construção da personagem, da voz, dos diálogos e das relações.
Artes
David Sol leva diálogo entre Arte e Espiritualidade a Moçambique
O artista David Sol escreve uma ladainha de homem grande, onde o caçador e a flecha se fundem em uma única existência, em um registro que celebra a ancestralidade e a espiritualidade do Recôncavo Baiano. Oxóssi atravessa o oceano para saudar os Caboclos do Brasil e beber da Jurema, em um tempo onde o passado, o presente e o futuro ensinam uma verdade comum: para acertar o alvo, é preciso ter o gingado do andarilho. Sob essa perspectiva, o artista propõe o registro da cultura oral e dos saberes ancestrais de sua terra natal, contribuindo para a produção de um conhecimento que respeite a si, sua gente—encarnada e desencarnada—e seu chão.
A Plataforma Flotar, em colaboração do Instituto Guimarães Rosa e o Museu Mafalala se unem para apresentar “Pedrinhas Miudinhas”, uma exposição curada por Juci Reis e Jorge Dias que reúne o trabalho de pesquisa e criação do artista baiano David Sol, explorando a interseção entre fotografia e pintura. A exposição, que ficará em cartaz a partir de 19 de setembro de 2024, no Museu Mafalala, como um marco cultural, sendo a primeira vez que um artista da Bahia ocupa o renomado Museu, conhecido por seu olhar político e social sobre a cidade de Maputo através de suas periferias.
A exposição surge como uma ladainha visual inspirada nas ricas tradições dos Caboclos em terreiros de Santo Amaro, na Bahia. As obras expostas resultam de um diálogo poético entre fotografias capturadas em festividades dedicadas aos Caboclos e pinturas que retratam cobras corais, símbolos de encantamento e poder na cultura afro-índigena. A exposição não se limita à contemplação das imagens; ela convida o público a uma imersão profunda nas histórias e nos rastros das cobras encantadas, que se manifestam tanto nos corpos como nas marcas deixadas no chão. Estas serpentes, desenrolando-se esteticamente entre o sibilar e os riscos, revelam o invisível que habita em nós, oferecendo uma reflexão sobre a espiritualidade e suas manifestações na arte.
“A Bahia e o Recôncavo baiano são as raízes de tudo o que escrevo e produzo, e ver que os sonhos que pintei estão me levando a Maputo é uma experiência verdadeiramente odara. O Museu Mafalala, com sua forte conexão comunitária, é o cenário ideal para esse diálogo intercultural. ‘Pedrinhas Miudinhas’ é mais do que uma exposição; é uma celebração da espiritualidade e da identidade do povo do Recôncavo Baiano, um povo que se constrói e se afirma no coletivo,” afirma David Sol.
O bairro da Mafalala, ícone da periferia de Maputo, abriga cerca de 20 mil pessoas em um emaranhado de casas de madeira e zinco, com ruas de terra batida e vielas delimitadas por chapas metálicas que servem como muros. Este lugar, que foi o lar de grandes nomes da literatura, música, artes plásticas e política de Moçambique, desempenhou um papel crucial nas lutas pela independência e na formação da identidade nacional.
A Mafalala é considerada o reduto das artes e dos intelectuais do país, como afirma o cantor Wazimbo, que recorda antigos moradores ilustres, incluindo os escritores José Craveirinha e Noémia de Sousa, o compositor Fany Mpfumo, o lendário jogador de futebol Eusébio, que brilhou na seleção portuguesa e no Benfica, e líderes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), como Samora Machel e Joaquim Chissano, os dois primeiros presidentes após a independência.
Além da exposição, o projeto contará com um ciclo de palestras, com a participação de Barbara Lima, Luan Gramacho e Cândido Nobre. Essas palestras têm como objetivo aprofundar a compreensão do processo criativo de “Pedrinhas Miudinhas” e sua relação com as religiões afro-brasileiras e afro-ameríndias, explorando a riqueza epistêmica dessas tradições. “Essa exposição é para toda a ancestralidade de pindorama e do orun, nas obras materializo um pouco da poesia herdada da nossa gente“, concluiu o artista visual Sol.
Contemplado no edital do Programa de Mobilidade Cultural 2024, Pedrinhas Miudinhas é um projeto financiado pelo Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia, e conta com a gestão e coordenação internacional do Flotar Programa e curadoria de Juci Reis (IGR/Maputo).
Sobre David Sol
David Sol nasceu no Recôncavo da Bahia, Brasil, em 2000. Ele é artista visual, curador, bacharel em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Especialista em História e Antropologia, e Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação na mesma universidade. Suas pesquisas exploram a interseção entre fotografia, pintura e escrita, com um foco particular nas experimentações de linguagens que dialogam com as tradições afro-indígenas-brasileiras.
Artes
Teatro Gamboa abre agenda cultural de setembro
O Teatro Gamboa celebra 50 anos de atividades em 2024. A agenda cultural de setembro está com uma programação diária que visa contemplar os mais diversos públicos, voltada para novos artistas da cena da cultura da Bahia e do Brasil.
Nesta sexta-feira (06), às 19h, a compositora, multi-instrumentista e intérprete Yasmin Ferrari apresenta o show “Luz e Sombra”. Nele, ela leva nas canções autorais e interpretações, reflexões sobre a subjetividade do ser, assim como a efemeridade da vida, enfatizando a luz e a sombra que nos habita e completa.
Prestes a estrear seu primeiro álbum, a artista busca apresentar não só seu trabalho autoral, mas também as grandes referências de sua trajetória. Os ingressos custam R$20/R$40 e estão à venda antecipadamente no site www.teatrogamboa.com.br, ou a partir das 15h dos dias dos shows na bilheteria do teatro. Há ainda a possibilidade de assistir o espetáculo ao vivo online, com ingressos à venda também no site.
Domingo (08), às 16h30, o cantor Gaude apresenta “Dois Lugares”, um show em que conta uma história de amor e enlace entre Salvador (sua terra natal) e o Rio de Janeiro, onde vive atualmente. O repertório passeia por suas versões para canções de compositores baianos consagrados, como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Gilberto Gil e Vicente Barreto, e canções da nova cena de compositores cariocas.
Além de traçar uma conexão geográfica e cultural entre esses locais, o artista une dois recortes temporais distintos, com as canções baianas representando a sua história e as canções cariocas representando as suas vivências atuais. Os ingressos custam R$20/R$40 e estão à venda antecipadamente no site www.teatrogamboa.com.br, ou a partir das 15h do dia do show na bilheteria do teatro. Há ainda a possibilidade de assistir o espetáculo ao vivo online, com ingressos à venda também no site.
Na segunda-feira (09), entre 16h30 e 19h30, acontece mais uma aula do Clube de Escrita Livre Criativa e Curativa. Criado e mediado pela jornalista Isa Lorena, e com todos os materiais da aula inclusos na taxa de inscrição, o curso utiliza diferentes ferramentas como letras de músicas, poemas, textos de diversos gêneros, quadrinhos e provocações diversas para promover um espaço aberto para soltar a imaginação e aproveitar as conexões, estímulos e trocas para aprimorar escrita e leitura de mundo, ampliando habilidades de comunicação.
A idade mínima para participação é de 14 anos e as aulas podem ser aproveitadas por profissionais e estudantes de diferentes áreas de conhecimento e atuação. As inscrições estão abertas para as turmas de, no máximo, 12 pessoas, no www.teatrogamboa.com.br.
Exposição gratuita “Nuances da Bahia” na galeria Jayme Figura
Segue em cartaz no Teatro Gamboa a exposição coletiva gratuita “Nuances da Bahia”. A mostra de fotografias reúne imagens de 21 fotógrafos, uma jornada visual através dos detalhes fascinantes do estado, repleto de cores vibrantes, cultura e uma história profunda que se revela em todos os cantos. A curadoria é de Márcio Rogério Silva e Tetê Monteiro. A visitação acontece de segunda a sexta, das 9h às 12h; de quarta a sexta, entre 09h e 12h e entre 13h e 19h; e sábado e domingo entre 13h e 17h.
CineGamboa + PapoGamboa
Antes de cada apresentação, o projeto CineGamboa vai exibir um vídeo em que Eduardo Cabus, fundador do Teatro Gamboa, conta um pouco da história da formação do teatro. Depois de cada apresentação, acontece o PapoGamboa, um bate-papo com os artistas sobre seus processos criativos e inspirações de cada espetáculo.
Artes
Boca de Brasa certifica turmas do Polo Criativo Malê na Sede do Bloco Malê
O evento de certificação da Escola Criativa Boca de Brasa (ECBB), Polo Malê, acontece na próxima terça-feira, dia 10 de setembro, no Malê, com realização da ICEAFRO, em parceria com a Fundação Gregório de Mattos, da Secretaria Municipal de Cultura de Salvador e SEMDEC. O Palco Aberto Boca de Brasa é um evento aberto ao público, destinado a apresentações culturais com livre participação de artistas e grupos da comunidade, e também para compartilhamento dos produtos das oficinas realizadas entre abril e agosto, nos cursos de dança afro, música percussiva, sonorização, figurinos e turismo cultural.
Marcado para iniciar às 17h, o Palco Aberto vai contar com apresentações culturais produzidas nas oficinas, a exemplo da Encenação Coreográfica de Dança Afro intitulada IPÁ ONÃ OMÍ, criada pelos professores e corégrafos Agnaldo Fonsêca e Renê Oliveira; apresentação do Grupo de Dança Malê Transição com participação de Dandara Toalejí e um casal de dançantes com os figurinos e adereços criados nas Oficinas da Escola Criativa para o Rei e Rainha do Malê para o Carnaval de 2025.
O cantor e compositor, Bêça, Itapuanzeiro, aborda temas atuais, utilizando linguagem cultural, simples e lúdica. Entre suas composições, “Azulzinho” trata do perigoso “modismo” que é o uso de estimulantes sem prévia orientação médica e “Tô Solteiro na Pista” mostra, além da auto estima e confiança de um solteiro convicto, sua luta contra a solitude.
Duda Maria, cantora e compositora, vai apresentar a canção “Príncipe Negro”, de sua autoria, e também “Bailes da vida”, de Milton Nascimento, em uma performance de voz e percussão. Jezebel e Adriano Bugalho farão número cênico musical da canção “Incompatibilidade de Gênios”, de João Bosco e Aldir Blanc, para discutir a relação. A palhaça Narizinho entra em cena com uma paródia, trazendo à tona reclamações femininas bem oportunas na contemporaneidade.
A Escola Criativa Boca de Brasa tem o objetivo de fomentar a cultura e a cidadania, potencializando a criatividade na cidade. As turmas foram compostas por jovens e adultos envolvidos nos campos da cultura e/ou da economia criativa, com acesso a metodologias de educação criativa, diferentes professores e linguagens. O programa incluiu ainda módulos básicos em identidade e mídias sociais, além de atividades complementares, como visitas técnicas e recreativas à bens culturais.
Em 2023, o ICEAFRO também executou o projeto dos Pólos Criativos Boca de Brasa no território de Valéria, e neste ano, a OSC atuou em dois territórios, o Polo Barra-Pituba, com aulas no Centro Cultural Mãe Carmen do Gantois, e Polo Itapuã, com atividades na sede do Malê Debalê. O Palco Aberto e a certificação do Polo Itapuã estão marcados para o dia 12 de setembro na sede do Malê.
Fundado sob três princípios da existência negra na Diáspora — Ancestralidade, Identidade e Resistência — o ICEAFRO tem uma trajetória de 30 anos de promoção da equidade racial e de gênero por meio de ações de educação, cultura e profissionalização direcionadas às comunidades. Com metodologias afrorreferenciadas nos territórios, o Instituto traz no currículo um conjunto de iniciativas que marcaram a história da educação afrocentrada e da luta por direitos da população negra na Bahia.
Dentre elas, a “Escola Plural: A Diversidade Está na Sala”, o “Escritório de Garantia de Direitos da Juventude Negra”, o “Trocas Quilombolas: Agenda Político-Cultural para Quilombos”, as “Diretrizes Curriculares para Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Rede Municipal de Ensino de Salvador”, entre outras.
Essas ações são fruto da seleção da proposta do ICEAFRO no Edital 06/2023 Polos Criativos Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal do Salvador.
SERVIÇO
O QUÊ: Palco Aberto Boca de Brasa – Polo Malê e Certificação
QUEM: ESCOLA CRIATIVA ICEAFRO MALÊ
QUANDO: Terça, 10/09/2024, 17h
ONDE: Sede do Bloco Afro Malê Debalê – Itapuã
ENTRADA GRATUITA
Mais informações: (71) 99145-7119 / obacacaue@gmail.com