Artes
Casa do Hip-Hop da Bahia será polo de arte-educação, empreendedorismo e inovação

Um sonho há bastante tempo sonhado pela antiga Rede Aiyê Hip-Hop, a Casa do Hip-Hop Bahia já tem data pra abrir, no Pelourinho, em Salvador. Será no dia 12 de novembro, data que celebra o Dia Mundial do Hip-Hop. O acesso será restrito a convidados e terá a presença de lideranças do hip-hop de 15 cidades baianas.
A Casa começou a ser pensada lá atrás, entre a articulação Salvador / Lauro de Freitas. A primeira apresentação do projeto foi em 2004, durante uma Sessão Especial na Câmara de Vereadores. A partir daí, a Casa foi defendida em espaços públicos como a Conferência Nacional da Juventude em 2004, a Conferência Municipal de Juventude em 2005 e aprovada na Conferência Municipal e Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em 2005.
A ideia é ser um espaço de formação e produção cultural, atuando com arte-educação, empreendedorismo, tecnologia da informação e inovação. Mas os desafios estão na mesa.
“O principal desafio para abrir a Casa esse ano é conseguir recursos financeiros para equipar o imóvel com mobiliário, a exemplo de mesa de escritório, computador, cadeiras e etc. Inaugurar a Casa do Hip-Hop Bahia é realizar um sonho de ter um espaço de referência da cultura e movimento hip-hop na Bahia, ter esse espaço é de fundamental importância para a valorização, reconhecimento e fortalecimento do hip-hop baiano”, diz Dj Branco, ativista que encabeça o projeto.
Uma estrutura foi pensada para atender os artistas. “A Casa servirá como um espaço de intercâmbio dos artistas, não só para apresentações culturais mais o aperfeiçoamento de técnicas a partir das ações de arte-educação que serão realizadas”, diz o DJ. Terá um estúdio de multimídia, uma sala multiuso para palestras, cursos, oficinas, projeção de vídeos e reuniões, um escritório, um espaço de coworking com exposição de livros, uma loja colaborativa, um memorial da cultural hip hop baiana, e uma área externa para eventos de pequeno porte.

Udi Santos
Programação
A abertura, a partir das 15h, terá show da banda Afrocidade, participações do grupo Nova Era, Família Tríplice, Udi Santos, discotecagem com Dj Leandro Vitrola e apresentação de roda de breakdancing com Unidade All Star Crew (dança de rua) e pintura de painéis de graffiti ao vivo, seguindo os protocolos de segurança.
O uso do imóvel é resultado de uma concessão pública pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – IPAC, unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. O espaço será coordenado e administrado pera CMA HIP HOP – Comunicação, Militância e Atitude Hip-Hop.
Artes
Curta-metragem baiano de Midi Alves é selecionado para o Festival de Cannes

A artista baiana Midi Alves conquistou um importante reconhecimento internacional: seu curta-metragem ‘Nó’ foi selecionado para integrar a Coleção Cine Malagasy, dentro do catálogo de marketing do SFC | Short Film Corner | Rendez-vous Industry, espaço oficial dedicado ao mercado de curtas-metragens no Festival de Cannes, na França. A edição de 2025 do festival acontece entre os dias 13 e 24 de maio, na Riviera Francesa.
Para viabilizar sua ida ao festival e participar da programação oficial do Short Film Corner, Midi Alves lançou uma vaquinha online na plataforma Vakinha. Interessados em apoiar a presença da artista em Cannes podem acessar o link disponível em seu perfil nas redes sociais ou diretamente pela plataforma clicando AQUI.
Lançado em 2022 com apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFBA (PROEX), Nó é um curta experimental que propõe uma reflexão sobre a historicidade das tranças e suas relações com identidade, corpo e tecnologias. A obra é fruto do percurso acadêmico de Midi Alves, que atualmente cursa o Bacharelado Interdisciplinar em Artes na Universidade Federal da Bahia.
A seleção marca não apenas uma conquista pessoal da artista, mas também um avanço simbólico para o cinema negro baiano, em um ano especialmente significativo: em 2025, o Brasil será o país homenageado no Festival de Cannes.
Artes
Filme sobre Riachão tem exibição gratuita na Sala Walter da Silveira

Nesta sexta-feira (10), a Sala Walter da Silveira, no bairro dos Barris, recebe mais uma edição do Cineclube GeraSol com programação gratuita dedicada ao samba, à infância e ao cinema baiano. O destaque é a exibição do documentário Samba Riachão em cópia restaurada em 4K, marcada para as 17h30.
Dirigido por Jorge Alfredo e lançado originalmente em 2001, o filme homenageia o sambista Riachão, ícone da música popular baiana. A nova versão restaurada devolve brilho e nitidez ao longa, após a perda do negativo original e a deterioração de cópias durante a pandemia. O documentário foi premiado no Festival de Brasília e exibido em diversos países, como Alemanha, França, Cuba e Portugal.
“Chorei que nem um bobo quando vi o filme restaurado em casa. Tudo é muito bonito. Que sorte a minha ter conseguido rodar esse filme!”, comentou o diretor sobre a nova versão.
A programação começa às 15h com a Sessão Infantil, que traz contação de histórias com Danielle Andrade e a exibição de três curtas-metragens voltados ao público infantil. As produções abordam temas como memória, identidade e amizade.
O Cineclube GeraSol segue com sessões gratuitas até agosto de 2025, promovendo encontros voltados à formação de público e à valorização da produção audiovisual brasileira.
SERVIÇO
O quê: Cineclube GeraSol – Sessão Infantil + Exibição do documentário Samba Riachão (restaurado em 4K)
Quando: Sexta-feira, 10 de maio de 2025
Horários: 15h – Sessão Infantil | 17h30 – Samba Riachão
Onde: Sala Walter da Silveira – Rua General Labatut, 27, Barris, Salvador
Quanto: Gratuito
Classificação indicativa: Livre
Artes
Filme baiano é selecionado para AfroCannes e festival latino nos EUA

O curta-metragem “Meu Pai e a Praia”, da produtora baiana Gran Maître Filmes, foi selecionado para dois importantes festivais internacionais de cinema: o AfroCannes, na França, e o Philadelphia Latino Arts & Film Festival (PHLAFF), nos Estados Unidos. Com direção e roteiro de Marcos Alexandre, o filme traz uma narrativa afrofuturista centrada na ausência paterna e nas relações de afeto em famílias negras.
O filme baiano será exibido na abertura do AfroCannes 2025, evento que acontece paralelamente ao Festival de Cannes, de 15 a 19 de maio, com a temática “Afro-Futurismo: Um Diamante Bruto”. A proposta do festival é promover diversidade no setor audiovisual global e ampliar a visibilidade de talentos negros da diáspora africana.

Cena do Filme ‘Meu Pai e a Praia’
“Embora seja uma história pessoal, o filme é fruto de um trabalho coletivo que pensou uma Salvador futurista e não convencional para tratar de um tema sensível e recorrente em famílias negras periféricas”, afirma o diretor Marcos Alexandre.
Além da França, o filme também integra a programação do PHLAFF 2025, nos Estados Unidos, entre 25 de maio e 6 de julho. O festival celebra o cinema latino e selecionou o curta entre mais de 180 inscritos.
Produzido pela Gran Maître Filmes em parceria com a Sujeito Filmes, o filme baiano reafirma o compromisso com a valorização de narrativas negras e a construção de espaços mais diversos e inclusivos dentro e fora das telas. A Gran Maître é formada por Marcos Alexandre, Gabriela Correia, Wesley Rosa e Susan Rodrigues, e atua no desenvolvimento de projetos para cinema, TV e plataformas digitais.
Nesta edição do Festival de Cannes, o Brasil também recebe destaque ao ser nomeado “País de Honra” pelo Marché du Film, principal mercado da indústria cinematográfica mundial.