O estilista King Levi, de Moçambique, lançou sua nova coleção Xigubu na Bahia, com desfiles em Salvador  e Cachoeira. As apresentações integram o projeto Fancy África Brasil, iniciativa que promove conexões entre moda, cultura e afroempreendedorismo afrocentrado entre Brasil e continente africano.

Inspirada no ritmo tradicional moçambicano Xigubo, a coleção celebra ancestralidade e identidade africana por meio de tecidos, formas e simbologias que traduzem força, beleza e pertencimento.

“Trazer essa coleção para Salvador é como devolver a criação ao seu altar sagrado. É reencontrar nossas raízes”, afirma King Levi.

O lançamento contou com parceria da empreendedora Dijara Santos, do projeto África 360, e reuniu nomes da moda afro-baiana como Junior Rocha (Meninos Rei), Madá Negrif, Mônica Anjos, Negro Jhô, entre outros.

No dia seguinte, a coleção foi apresentada em Cachoeira, no Recôncavo Baiano.

“Moda também é ponte. Ela conecta passado e presente, África e diáspora. É sobre pertencimento e poder”, reforça o estilista.

O evento teve apoio de marcas e profissionais que fortalecem o ecossistema afrocentrado, como Intercity Hotels, Chandon, Narcisa, Nana Black, Divino Pãozito, Preta D’Arte, Rooftop 27 e Paloma Zahír.

Sobre o Fancy África Brasil

O projeto será lançado oficialmente em novembro de 2024 e pretende transformar Salvador em um polo da economia criativa afrocentrada, promovendo parcerias culturais e comerciais com Moçambique e outros países africanos.

Conheça o trabalho de King Levi

O estilista integra o coletivo criativo Fancy África, voltado para a moda autoral afrocentrada e atua com coleções que circulam por diversos países africanos. Para conhecer mais sobre seus projetos, coleções e próximas ações, acesse:
Instagram: @king_levi_oficial
Projeto Fancy África: @fancy_africa

Fotos: Jeferson Santos e Derlei Correria

Workshops serão gratuitos e inscrições online já estão abertas no Sympla

Em julho, o Serviço Social da Indústria (SESI) na Bahia, em parceria com o Departamento Nacional do SESI, dará continuidade ao Ciclo de Workshops Moda e Figurino, com atividades formativas abertas ao público em suas unidades parceiras, como a Fábrica Cultural, SINDVEST, Condomínio Bahia Têxtil, SENAI Dendezeiros e SESI Casa Branca, na Cidade Baixa.

No dia 7 de julho, às 19h, no SESI Casa Branca, será a vez do multiartista Jonas Bueno trazer sua exposição  “Corpo-Tecido-Território: obras têxteis por meio da técnica do patchwork”, na qual transforma fardamentos descartados de empresas e instituições militares em obras têxteis por meio da técnica do patchwork. A mostra traz em seus detalhes marcas de controle, trabalho e disciplina, questionando poder, identidade e pertencimento.

O artista também fará Workshop homônimo, no dia 07/07 às 19h, na Sala Letieres Leite, SESI Casa Branca, propondo um diálogo crítico sobre os corpos que habitam territórios marcados pela vigilância e pela exclusão.

Jonas Bueno é modelo, fundador e diretor da Escola de Artes Integradas Focus, localizada no Pelourinho, que tem como objetivo capacitar e promover a inclusão, trazendo visibilidade para pessoas negras através de diversos cursos e atividades artísticas.

Todas as atividades serão gratuitas, mediante inscrição online.

A 2ª Etapa do Ciclo de Workshops Moda e Figurino é uma realização do SESI Cultura Bahia – Centro Cultural SESI Casa Branca, produção da Mil Produções Artísticas e parceria com a Fábrica Cultural, Condomínio Bahia Têxtil, Sindvest, SENAI CIMATEC e SENAI Dendezeiros.

PROGRAMAÇÃO

JULHO

07/07/2025 Segunda – Feira

Local: Centro Cultural SESI Casa Branca (Caminho de Areia)

19h – Exposição e Workshop

“Corpo-Tecido-Território –  obras têxteis por meio da técnica do patchwork”, com Jonas Bueno

Inscrições: 

https://www.sympla.com.br/evento/lancamento-da-exposicao-e-workshop-corpo-tecido-territorio-com-jonas-bueno/2983315

Formar e inserir jovens negros do subúrbio e periferias de Salvador no mercado da moda é o objetivo do Periferia do Futuro, projeto social e educacional idealizado pelo modelo e empresário Carlos Cruz. A iniciativa reúne hoje 247 participantes, com cerca de 120 modelos ativos em formação contínua, muitos deles já atuando profissionalmente em desfiles, campanhas publicitárias e editoriais.

Aos 16 anos, Letícia Kethelen, moradora do Cabula, é uma das jovens que já colhe frutos da experiência. Ela estreou como modelo fotográfica na campanha de divulgação do bloco de Carnaval Proibido Proibir. “Foi uma surpresa e uma alegria enorme conseguir esse trabalho tão rápido. Aqui a gente aprende de verdade como é o mercado”, conta.

Outro exemplo é Taimara dos Santos, 33, de Brotas, que encontrou no projeto a chance de realizar um sonho antigo. “O que me motivou foi perceber que aqui não se trata apenas de desfilar. É um espaço de acolhimento, respeito e oportunidade real.”

Criado há um ano e meio, o Periferia do Futuro oferece formação gratuita com oficinas de passarela, fotografia, produção de moda e imagem pessoal. Os encontros ocorrem semanalmente, com apoio da Fundação Gregório de Mattos, que cede os espaços do Café-Teatro Nilda Spencer e da Sala Multiuso Nelson Maleiro para ensaios e atividades formativas.

Mais que revelar novos rostos, o projeto movimenta uma cadeia produtiva que inclui maquiadores, cabeleireiros, produtores, fotógrafos e técnicos. Só em 2024, o coletivo esteve presente em eventos como o Movimento Boca de Brasa, o Parque Shopping Fashion Week e o Quintal dos Pretos, este último com mais de 70 modelos desfilando para um público de mil pessoas. Todos os profissionais envolvidos recebem cachê e ajuda de custo.

“Nosso objetivo é profissionalizar e gerar renda. A arte precisa ser caminho de sustento e dignidade para a juventude das periferias”, afirma Carlos Cruz, que também comanda a agência P&M Marketing e Assessoria.

Contratações e parcerias
Empresas, marcas, eventos e produtores interessados em contratar modelos, profissionais de beleza ou ações do Periferia do Futuro podem entrar em contato pelos perfis no Instagram:
📍 @marketingeassessoriaa
📍 @carloscruzmodel

Foto: Bruno Varoto