Dança
Inaicyra Falcão celebra 50 anos de carreira com projeto OJO ODUN


Foto: Sidney Rocharte
A bailarina, professora doutora em educação, pesquisadora do corpo em dança e intérprete soprano dramática Inaicyra Falcão, 72 anos, comemora através do projeto OJO ODUN seus 50 anos de carreira nas danças e nos cantos afrodiaspóricos.
Contemplado pelo Edital Setorial de Dança 2019, OJO ODUN inicia sua jornada artística através da oficina “Corpo em Diáspora”, com a artista da dança, antropóloga e educadora Luciane Ramos Silva, que foi orientanda da Inaicyra Falcão em sua tese de doutorado pela Unicamp. A atividade será realizada presencial, assim como todo o projeto, que conta ainda com uma roda de conversa e apresentação do Concerto 3 Tempos, show com Inaicyra Falcão e convidados.
Com inscrições abertas no período de 08 a 18 de abril, com formulário disponível no perfil do Instagram do Projeto OJO ODUN (@projetoojoodun), a oficina Corpo em Diáspora ocorre de 27 a 29 de maio, de 10h às 14h, e tem vagas limitadas – 15, ao todo. A proposta é investigar motricidades, estados e movimentos relacionados à percepção de si e dos contextos ao redor. A atividade é aberta a corpos jovens e adultos que queiram mergulhar em memórias ancestrais, para a expansão criativa de movimentos corporais artísticos e cotidianos.
“Realizar um projeto em homenagem a Inaicyra é exaltar também a memória viva das danças negras na Bahia. Finalizamos o projeto com uma apresentação artística que une música e dança, meios de expressão que continuamente a consagram como uma artista que sempre buscou transcender dentro do seu campo de atuação”, pontua Josy Acosta, produtora do projeto OJO ODUN, a qual trabalha com a artista há cerca de uma década.
A oficina Corpo em Diáspora integra a programação semanal de comemoração de 50 anos de carreira de Inaicyra Falcão, que se inicia com o bate-papo de abertura no dia 23 de maio intitulado “Corpo e Ancestralidade”.

Luciane Ramos Foto Daisy Serena
A roda de conversa é um transcender na dança afro-brasileira através da vida e obra Inaicyra Falcão e do coreógrafo e bailarino baiano Negrizu – mais de 40 anos de carreira. O bate papo contará com mediação de Nadir Nóbrega, doutora em dança e mestra em artes cênicas pela UFBA. Na ocasião, ocorrerá uma exposição em projeção com imagens do acervo fotográfico da trajetória em dança de Inaicyra Falcão.
Por fim, a apresentação do Concerto 3 Tempos, em que Inaicyra Falcão estará acompanhada dos músicos Gabi Guedes e Maurício Lourenço, no dia 28 de maio. O show conta ainda com as performances de dança do consagrado dançarino e mestre griô Negrizu, da dançarina e pesquisadora Luciane Ramos Silva e da cantora e dançarina Nara Couto.
“Comemoro o ponto fora da curva que represento: mulher, negra, artista, acadêmica, inovadora nessa sociedade etnocêntrica e ter podido abrir possibilidades para pluralidades de vozes e caminhos. Comemoro o privilégio em contribuir em outras formas de constituir conhecimento, de questionar e desmistificar estereótipos socialmente intrínsecos na estruturação de racistas e colonialistas que são invisibilizados”, diz Inaicyra.
O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.
Serviço
O quê – projeto OJO ODUN – inscrições para oficina Corpo em Diáspora, com Luciane Ramos Silva
Quando – 08 a 18 de abril
Inscrição – através de link na BIO do Instagram @projetoojoodun
De 23 a 29 de maio – projeto OJO ODUN
Bate-papo “Corpo e Ancestralidade”: 23 de maio, às 19h
Oficina de dança “Corpo em Diáspora”: de 27 a 29 de maio, das 10h às 14h.
Concerto 3 TEMPOS: 28 de maio, às 20h
Artes
I Caminhada Independência Hip-Hop acontece no Desfile do 2 de Julho

A data magna da Bahia, dia 2 de julho, também será um espaço de manifestação do Hip-Hop. O desfile cívico vai contar coma 1ª Caminhada Independência Hip-Hop, uma ação simbólica e potente que ocupará as ruas com arte, voz e resistência. Artistas, produtores culturais, coletivos, organizações, militantes e simpatizantes da Cultura Hip-Hop estão convocados a participar.
Com saída marcada no Largo da Lapinha às 9h, a concentração inicia às 7h da manhã, reunindo expressões autênticas do movimento hip-hop em uma marcha coletiva rumo ao Pelourinho.
Durante o percurso, acontecerão intervenções artísticas de freestyle, batalhas de rima, recitais de poesia, graffiti ao vivo, roda de break e danças urbanas, reafirmando o hip-hop como instrumento de transformação social e expressão legítima das juventudes periféricas.
Ao longo do trajeto, será montado um ponto de acolhimento na sede do CEN – Coletivo de Entidades Negras (CEN), e na Escola de Formação Luiza Mahin no Santo Antônio Além do Carmo, Encerrando a programação, o público será convidado para uma edição especial do 3º Round – Circuito Baiano de Freestyle, no Cabuloso Atelier de Arte e Cultura, no Pelourinho.
A 1ª Caminhada Independência Hip-Hop é uma realização do 3º Round – Circuito Baiano de Freestyle e Casa do Hip-Hop Bahia, conta com o apoio do CEN – Coletivo de Entidades Negras, da Escola de Formação Luiza Mahin, do Cabuloso Atelier de Arte e Cultura, da TV Pelourinho, do MUSAS e do EDUCARAP.
AGENDA
O que: 1ª Caminhada Independência Hip-Hop
Quando: 02 de Julho (quarta-feira)
Horário: às 07h, Concentração – 09h, saída
Onde: Largo da Lapinha, destino Cabuloso Atelier, Pelourinho
Atrações: Freestyle, batalhas de rima, recitais de poesia, graffiti ao vivo, roda de break e danças urbanas
Fotos: Divulgação
Dança
Residência “Dembwa” abre inscrições para artistas negros e LGBTQIAPN+

Estão abertas, até o dia 25 de junho, as inscrições para a residência artística em dança “Dembwa – Mapear o Movimento: tempo, memória e ancestralidade”. A ação é voltada a jovens artistas pretos/as e LGBTQIAPN+ da Bahia e se propõe a ser um espaço de criação, escuta e partilha ancestral a partir do corpo, do gesto e da memória. As inscrições podem ser feitas através do formulário online ou pelo perfil @dembwa_ no Instagram.
A residência surge como desdobramento do espetáculo Dembwa, obra coreográfica de Marcos Ferreira e Ruan Wills, que entrelaça vivências de homens pretos, periféricos, afeminados e filhos de terreiro. A proposta é acolher artistas que reconhecem o corpo como território de memória e resistência — danças de casa, de festa, de esquina, de terreiro —, numa investigação artística sobre movimento, ancestralidade e presença.
Serão selecionades dez participantes, que receberão um cachê de R$ 1.000,00 e participarão de seis encontros presenciais, entre os dias 2 e 14 de julho, no Espaço Xisto Bahia, em Salvador. As atividades acontecerão nos dias 2, 4, 7, 9, 11 e 14, sempre das 8h às 12h. A residência se encerra com uma partilha pública dos processos desenvolvidos. A produção não arcará com custos de transporte, hospedagem ou alimentação para quem reside fora da capital.
“Dembwa” é uma provocação para artistas do corpo que queiram mergulhar em uma pesquisa sensível sobre movimento como expressão ancestral. “É uma construção coletiva que convida à escuta e à partilha, pensando o gesto como espelho de tempos e afetos que nos atravessam”, afirma o artista e coidealizador Marcos Ferreira.
Sobre os artistas
Marcos Ferreira é artista, dançarino, coreógrafo e educador. Integra a Jorge Silva Cia de Dança, dirige o Grupo Jeitus de Dança e o Balé Jovem de Cajazeiras, e é estudante de Licenciatura em Dança pela UFBA.
Ruan Wills é bailarino e coreógrafo com trajetória marcada por influências do axé, das danças populares e da performance negra. Atuou no Bando de Teatro Olodum, em videoclipes, musicais e projetos independentes. Define-se como “corpo em estado de encruzilhada”.
Foto: Alice Rodrigues
Dança
Som Por Elas promove oficinas gratuitas para mulheres no Espaço Xisto

A primeira edição da Imersão Som Por Elas acontece neste sábado, 07 de junho, a partir das 14h, no Espaço Xisto Bahia, em Salvador. A ação presencial e gratuita é voltada exclusivamente para mulheres que atuam no mercado da música e tem como foco o tema Produção. O acesso é livre e não requer inscrição prévia, mas está sujeito à lotação do espaço.
Realizada pela plataforma de educação e selo musical Som Por Elas, braço do projeto Pagode Por Elas, a imersão propõe uma tarde inteira de oficinas práticas com profissionais experientes da cena musical baiana. O evento também inclui um debate sobre a presença feminina nas áreas técnicas da música.
A Som Por Elas é uma frente de educação e selo musical da plataforma Pagode Por Elas, que atua desde 2019 valorizando e profissionalizando mulheres da música baiana, com foco no pagodão. Desde 2022, já realizou três ciclos formativos impactando mais de 50 mulheres e lançou mais de 20 projetos musicais femininos.Segundo Joyce Melo, diretora executiva da Som Por Elas, a proposta surge da urgência em criar espaços de formação voltados especificamente para as mulheres na cena musical baiana:
“As mulheres ainda estão à margem deste mercado, com menores remunerações e raras oportunidades de formação e trabalho. Estamos mais focadas em promover espaços também presenciais para as mulheres da música.”
A Imersão Som Por Elas será composta por três encontros com eixos temáticos distintos: Produção (07/06), Gestão (26/07) e Comunicação (30/08), sempre com oficinas, mesas de debate e momentos de conexão entre as participantes.
“Conhecimento, conexão e oportunidades são os pilares do projeto”, afirma Beatriz Almeida, diretora de projetos da iniciativa.
Sobre a Som Por Elas
A iniciativa foi contemplada pelos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia, com apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e Ministério da Cultura – Governo Federal.
Programação – 07 de junho (sábado)
Espaço Xisto Bahia
A partir das 14h
Acesso gratuito (sujeito à lotação)
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14h – Oficina de Produção de Palco, com Cintia Santos
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14h40 – Oficina de Técnica de Som de Eventos, com Jéssica Meireles (Matapi Records)
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15h20 – Oficina de Produção Técnica, com Ziati Comazi
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16h – Oficina de Produção de Bandas e Eventos, com Edmilia Barros
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16h40 – Debate: “Contratar Mulheres nas Áreas Técnicas – Por que é tão difícil?”, com todos os facilitadores
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17h40 – Coffee break
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18h30 – Encerramento
Foto: Lane Silva
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