Teatro
Felícia de Castro apresenta espetáculo solo “Tudo que você precisa é amor”


Foto Nti Uirá
Até dia 19 de junho, o espetáculo solo “Tudo que você precisa é amor”, escrito e encenado por Felícia de Castro, está sendo exibido no canal https://vimeo.com/feliciadecastro .
Transitando por infância e ancestralidade, vida e morte, violência e amor, “Tudo que você precisa é amor” traz uma mulher e uma criança em busca de algo que faça sentido, num mundo devastado pela lógica patriarcal. A performance parte da pesquisa e da mitologia pessoal da artista Felícia de Castro.
“Viver este mergulho na palhaçaria feminista com outras mulheres afetou muito meu corpo e minha sensibilidade, trazendo muitas reflexões, investigações, questões pessoais e coletivas, e muito material para criação”, diz Felícia.
O espetáculo, que estreou na Sala do Coro do Teatro Castro Alves em 2018, com direção de Felícia de Castro e Alexandre Casali, agora volta à cena em uma versão audiovisual, co-dirigida por Nin la Croix. A peça-filme busca transportar para o vídeo o ritmo, o impacto e a sensibilização do público, contando com a força das imagens, ferramentas técnicas e de edição, mesmo prescindindo da presença física da atriz.
“No teatro, acontece uma catarse, o público tem uma reação tanto de riso quanto de choro. É o riso que abre para receber verdades sérias, sobre a morte, abuso infantil e violência contra a mulher. E essa é a função do riso que existe em diversas culturas e em etnias indígenas ainda hoje. Nosso desafio é como levar isto para uma obra fílmica, sem perder o cômico, fazendo a curva da Medicina do Riso acontecer”, completa Felícia.
O projeto foi contemplado pelo Edital Setorial de Circo 2019 e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.
SERVIÇO
TUDO QUE VOCÊ PRECISA É AMOR
Quem: Felícia de Castro
Quando: de 10 a 19 de junho
Onde: https://vimeo.com/feliciadecastro
Quanto: gratuito
Teatro
Espetáculo “Um fio para liberdade” acontece sábado (22)

Teatro
Espetáculo ṢE entra em cartaz no Teatro Molière dia 15 de março

ṢE – Uma Performance Jogo de Improviso é um espetáculo de improvisação cênica que mistura teatro, dança, música e performance para explorar as múltiplas dimensões da presença. Criado e interpretado por Diego Alcantara, com trilha original ao vivo de Tiago Farias, a obra é uma leitura do processo criativo e uma crítica incisiva à cultura do entretenimento instantâneo, o consumo de narrativas rápidas e a representatividade nas mídias tradicionais. A peça fica em cartaz nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 19h, no Teatro Molière – Av. Sete de Setembro, 401, Salvador.
Transitando entre afrografias, mandinga, malícia e deboche, ṢE convida o público a uma experiência sensorial e intelectual, questionando convenções, racismo estrutural e apropriação cultural. Entre a comicidade dos folguedos brasileiros e o futurismo digital, o espetáculo provoca com uma estética vibrante e subversiva – uma eletricidade, “coisa de negro”. Como um streaming vivo, traduz desejos e pulsões do público, tornando cada apresentação única e irrepetível. Uma experiência efêmera que instiga cada um a acessar sua Inteligência Ancestral (IA) e refletir sobre seu próprio lugar no mundo.

Foto: Laís da Conceição
O espetáculo ṢE estreou em uma temporada curta no Espaço Cultural da Barroquinha, em abril de 2024, e é uma expansão do exercício artístico-científico que dialoga com a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas (PPGAC) de Diego Alcantara, estruturando metodologias da negrura.
Provoque, desafie, deseje, compre, negocie, traga uma história, cante, dance, toque, faça! Esses são os dispositivos que rompem a barreira entre palco e plateia, transformando espectadores em agentes de um jogo cênico pulsante e instantâneo. Inspirado na estética dos jogos eletrônicos de simulação e na magia dos rituais, ṢE é uma máquina do tempo vestida de teatro, impulsionando o público a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.
Teatro
Espetáculo “Nasceu” estreia no Teatro Martim Gonçalves

Com texto lírico, assinado por Clara Romariz, a peça “Nasceu” parte da imagem de uma serpente sendo assassinada a duras pauladas por uma mulher prenha. Com a proposta de um teatro visual, físico e extremamente poético, o espetáculo marca sua formatura no bacharelado em direção teatral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fica em cartaz gratuitamente nos dias 14, 15, 16 e 21, 22, 23 de março, sempre às 19h, no Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, em Salvador.
“Nasceu” aborda o princípio da vida: gênese de uma ideia, de uma obra de arte, de uma diretora, de um ser-humano, de uma leoa. E aqui não se trata de “gênese” em oposição a “morte”, já que fim e início estão conectados de forma espiralar. Fim de um ciclo, início de outro. Fim de uma fruta, início de uma semente. Fim de um bicho, alimento para a terra que dará início a mais vida. Descascar da pele da cobra, uma nova configuração de serpente.

Foto: Roama
“Nasceu” trata do feminino, tema da pesquisa de Clara Romariz há alguns anos, saindo de um lugar único de compreensão deste ser-mulher, estereotipado, sempre em oposição. Santa ou puta, Eva ou Maria, a do instinto materno puro e imaculado ou a mãe que é sempre culpabilizada por tudo. Com um elenco formado pelas atrizes Amanda Cervilho, Daiane Martins e Nina Andrade e equipe majoritariamente feminina, “Nasceu” busca outras formas de mulheridade, muito mais vinculada à ancestralidade, ao lado animalesco desse dito instinto materno, um lado menos controlado por milênios de culpa cristã. Através de um texto poético e de uma encenação contemporânea, “Nasceu” questiona a representação do feminino propondo um novo olhar sobre as mulheres.
Sobre a diretora
Clara Romariz é diretora, atriz e dramaturga, formada pela universidade livre do teatro vila velha, trabalhou no Vila por cinco anos tendo participado de diversos espetáculos, ora como atriz, ora como assistente de direção. Depois de sair do Vila, Clara entra em direção teatral na UFBA, tendo se aprofundado mais na dramaturgia e na direção. Escreveu diversos espetáculos como Gatunas, Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres, Abismo, Rominho e Marieta, passeando por gêneros diversos, sem perder sua linguagem lírica e seu tema de pesquisa, o universo do feminino. Dirigiu Ifigênia Agamemnon Electra, Sonata, Varal (seu solo) e Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres (sua pré-formatura em direção).
Serviço
O quê: Espetáculo “Nasceu”
Estreia: Dia 14 de março (sexta)
Temporada: Dias 15, 16, 21, 22 e 23 de março de 2025 (sexta a domingo)
Horário: Às 19h
Onde: Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, Salvador-BA
Entrada gratuita (retirada 1h antes de cada sessão na bilheteria do Teatro)