Teatro
Sulivã Bispo leva solo de Koanza ao teatro
Você conhece Koanza? Chegou a hora da já popular e aplaudida Koanza, personagem criado e interpretado pelo ator baiano Sulivã Bispo, subir no palco para um espetáculo teatral só seu.
De cabelos brancos e com notícias do futuro, a ialorixá senegalesa Koanza dá vida à peça “Koanza: do Senegal ao Curuzu”, que faz temporada no Teatro Sesi Rio Vermelho de 15 a 30 de julho, sempre às sextas-feiras e sábados, às 20h.
“Apesar de Mainha ter se popularizado primeiro, Koanza é o meu primeiro personagem feminino, e essa será a primeira vez que piso sozinho num espetáculo inteiramente dedicado a ela, para contar a história dela”, comenta Sulivã Bispo.
Quem é Koanza?
Senhora riquíssima nascida no Senegal, bem-sucedida no comércio de jóias e tecidos senegaleses para a diáspora negra, makota (cargo feminino de grande valor no Candomblé), sofisticada e moradora do Corredor da Vitória, em Salvador (BA), Koanza (nome de um rio angolano e da moeda de Angola) – é uma mulher de saberes ancestrais, chique e consciente do mundo desigual em que vivemos, comprometida com um papel ativo na reafricanização das lutas antirracistas na diáspora negra, que ela refina com empenho, elegância e humor.
SERVIÇO:
Koanza: do Senegal ao Curuzu
Local: Teatro Sesi Rio Vermelho
Quando: 15 a 30 de julho – Sextas-feiras e Sábados
Horário: 20h
Ingressos: R$30 e R$15
Vendas: Sympla
Teatro
“Dandara na Terra dos Palmares” faz apresentação única na Cidade Baixa
O Teatro Sesi Casa Branca, localizado na Cidade Baixa, recebe nesta quinta-feira (3), às 19h, apresentação única do espetáculo infantojuvenil “Dandara na Terra dos Palmares”. Integrando a programação do projeto “Porto SESI Cultura”, a montagem traz uma reflexão importante sobre racismo estrutural e resgata a ancestralidade dos negros no Brasil.
Com texto inédito de Antônio Marques e canções originais de Emille Lapa e Natalyne Santos, sob a direção de Agamenon de Abreu, “Dandara na Terra dos Palmares” é um espetáculo que sankofa história ancestral e fala de resistência, ao narrar a história de Dandara, uma menina que enfrenta o racismo em sua escola e, a partir dessa dura experiência, distancia-se de sua própria origem e nome.
A obra, que já foi indicada a dois prêmios Braskem de Teatro, proporciona uma abordagem lúdica e poética sobre a opressão sofrida pelos negros, especialmente na infância. Os ingressos têm preço popular: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), e estão sendo vendidos pelo Sympla. A expectativa é atrair um público diversificado, especialmente crianças e jovens.
“Dandara na Terra dos Palmares” não é apenas um espetáculo; é uma celebração da resistência e da identidade. Em suas apresentações anteriores, já encantou mais de 30 mil pessoas e passou por diversas cidades da Bahia, incluindo eventos literários e culturais relevantes. Para mais informações, entre em contato com a Arte Sintonia Companhia de Teatro por meio do WhatsApp (71) 99269-8274.
Serviço
Espetáculo: Dandara na Terra dos Palmares
Data: 3 de outubro de 2023
Horário: 19h
Local: Teatro Sesi Casa Branca, Cidade Baixa, Salvador
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) | R$ 10,00 (meia)
Link para compra dos ingressos: Sympla – Dandara na Terra dos Palmares
Teatro
Teatro Gamboa traz espetáculo teatral neste fim de semana
Neste sábado (28) e domingo (29), às 17h, no Teatro Gamboa, Gabriel Xavier e Larissa Profeta encenam “A Fala do Santo: Uma leitura da obra de Ruy Póvoas”. Em uma leitura dramática de histórias ancestrais que sempre terminam com um ensinamento, o projeto reflete sobre a nossa constituição social e humana a partir da força do cotidiano.
A encenação tem por base a pesquisa e o estudo da força teatral e do viés sócio-histórico da obra de Ruy Póvoas, que explora com rigor o “itan”, gênero textual narrativo sedimentado no registro escrito de histórias da tradição oral afro-brasileira, sempre pautadas em um ensinamento. Os ingressos, a preços populares, custam R$20/R$40, à venda na bilheteria do espaço cultural a partir das 15h do dia da apresentação, ou antecipadamente no link. É possível ainda assistir pelo Youtube do Gamboa, com ingressos no mesmo valor e venda no site.
Exposição gratuita “Nuances da Bahia” na galeria Jayme Figura
Segue em cartaz no Teatro Gamboa a exposição coletiva gratuita “Nuances da Bahia”. A mostra de fotografias reúne imagens de 21 fotógrafos, uma jornada visual através dos detalhes fascinantes do estado, repleto de cores vibrantes, cultura e uma história profunda que se revela em todos os cantos. A curadoria é de Márcio Rogério Silva e Tetê Monteiro. A visitação acontece de segunda a sexta, das 9h às 12h; de quarta a sexta, entre 09h e 12h e entre 13h e 19h; e sábado e domingo entre 13h e 17h.
CineGamboa + PapoGamboa
Antes de cada apresentação, o projeto CineGamboa vai exibir um vídeo em que Eduardo Cabus, fundador do Teatro Gamboa, conta um pouco da história da formação do teatro. Depois de cada apresentação, acontece o PapoGamboa, um bate-papo com os artistas sobre seus processos criativos e inspirações de cada espetáculo.
Teatro
‘Compadre de Ogum’ celebra 10 anos na Barroquinha
A temporada 2024 de ‘Compadre de Ogum’, espetáculo adaptado da obra de Jorge Amado, com dramaturgia e direção de Edvard Passos, celebra os 10 anos da Aláfia Cia de Teatro de Salvador. A peça entra em cartaz nos dias 26, 27, 28 e 29 de setembro e 10,11,12 e 23 de outubro, sempre às 19h, no Espaço Cultural Barroquinha. Os ingressos custam R$ 30,00 e R$ 15,00.
Indicada a seis Prêmios Braskem e vencedora na categoria Melhor Direção, a peça coloca em cena 14 atores e atrizes para narrar a história do biscateiro Massu das Sete Portas, um homem negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado na igreja de seu filhinho “galego”. Mas o padrinho da criança é ninguém menos que o Orixá Ogum, que anuncia o batizado dentro de uma igreja católica.
Convivência de credos, diversidade cultural e étnica e o valor da amizade verdadeira são elementos que permeiam a trama, uma homenagem de Edvard Passos à cidade do Salvador. “Dez anos depois de ter entrado em cartaz pela primeira vez, “Compadre de Ogum” é um espetáculo vivo. Ele rendeu à Aláfia Cia de Teatro oito temporadas, rendeu mais de 70 apresentações. Pelo “Compadre de Ogum” já passaram 50 artistas”, revela Edvard que afirma que a peça é um marco na sua vida profissional.
“Em “Compadre de Ogum” sintetizo todos os treinamentos que eu tive na vida: arquitetura, direção teatral, dramaturgia, estudos do Carnaval e da cidade de Salvador. No “Compadre” está concentrada minha identidade, é onde eu exploro as histórias específicas do território da nossa cidade. Por isso, quando a gente propõe que o espetáculo se calendarize, é no desejo de que o “Compadre” seja como uma festa popular de Salvador, uma tradição ritual da cidade”, declara ele.
Na montagem 2024 de Compadre de Ogum entram em cena Heraldo de Deus (Massu das Sete Portas), Alan Miranda (Guiminha), Everton Machado (Ogum), Vitório Emanuel (Padre Gomes), Amós Heber (sacristão Inocêncio e Isídro do Batualê), Daniel Farias (Cabo Martim), Danilo Cairo (Pé de Vento), Gil Teixeira (Jesuíno Galo Doido), Iana Nascimento (Benedita), José Carlos Jr. (Pai Guima), Leomaria Novaes (filha de santo), Mariana Freire e Márcia Limma (Tibéria), Talis Castro (Curió) e Thaís Laila (Otália). Luciano Salvador Bahia faz a trilha sonora, Allyson de Sá a iluminação e Zuarte Júnior os figurinos.
Compadre Afrocentrado – Com produção da Oliver Produz, de Reni Barbosa, produtora especializada em realizar ações culturais e artísticas de base afro-brasileira, “Compadre de Ogum” em 2024 ganhou uma postura mais afrocentrada. “O espetáculo, obviamente, sempre teve um centramento afro muito forte, afinal de contas, a gente sempre trabalhou em parceria com alguns terreiros, através das contribuições de Everton Machado, do Ilê Axé Tajinan, principalmente”, conta Edvard que revela que há muitas pessoas no espetáculo que são do Axé, que são candomblecistas.
Devia ser calendarizado – A decisão em voltar a cartaz com “Compadre de Ogum” é muito simples para Edvard Passos. “As pessoas que assistem sempre dizem que “Compadre de Ogum” deveria ser um espetáculo calendarizado, que deveria estar em cartaz todo ano. Ele é um espetáculo que fala sobre Salvador de uma maneira comprometida, amorosa, aberta, profunda. Não é uma coisa que fica na superfície, ele mergulha, ele lava as pessoas de um sentimento de amor pela cidade, então fazer o compadre, manter o compadre em cartaz, para mim é uma missão e por isso a gente dá um jeito de colocar o espetáculo em cartaz todo ano, para estar à disposição dos solteropolitanos”, afirma o criador.