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#Opinião – Férias no Nordeste! – Por Mirtes Santa Rosa

Mirtes Santa Rosa

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Finalmente a ressaca chegou. Eu andava tão estressada e vivia à base de doces e cafezinhos que tinha dias que pensava em como ia arrumar dinheiro pra fazer minha plástica quando eu ficasse tão gorda e começasse a surtar por causa de meu corpo.

Até o bendito ou maldito refrigerante, tudo depende do ponto de vista, voltei a tomar. Mas, enfim, a primavera chegou e com ela aquele suspiro alto que libera tudo de ruim que me consumia e que sinaliza que tudo vai caminhar. Não tenho a utopia de que tudo vai seguir de forma tranquila em um céu de brigadeiro, mas tenho a certeza que a maioria continua vencendo, então a democracia está salva e eu também estou salva. Posso voltar para o movimento body positive, pois as loucuras de comer muito doce e surtar passaram e voltei à minha realidade.

Gostar de mim e do que vejo no espelho. Voltei a ser a pessoa que entende a importância de fazer boas escolhas na alimentação, mas do jeito que esse país estava não dava pra manter a sanidade sem comer pasteizinhos doces feitos por minha tia Regina ou sonhos de Gilmar. Os sonhos com goiabada eram certos no meio da tarde. Era aquele momento que a merenda me lembrava que ainda era possível acreditar e que, se o sonho de uma padaria acaba, basta ir em outra padaria. Sonhar sempre é uma possibilidade. Conheço algumas pessoas que bebiam todos os dias, outras que entraram em colapso mental.

Aparentemente nada tinha a ver com as eleições, mas ao mesmo tempo tudo tinha a ver com as eleições. Ninguém aguentava mais falar de eleições. A maioria dos meus conhecidos queria que chegasse o dia 30 pra fazer o J e o L na urna.

O ano de 2022 será lembrado como um ano de muitas lutas e que não foi fácil para ninguém. 2022 não é para amadores. Este ano é tão doido que a Copa do Mundo é no final do ano, mas o craque da seleção brasileira que as crianças querem achar nas figurinhas para completar o álbum deve impostos e apoiou o inominável. Lá em casa não é diferente, mas faço questão de falar que não acho legal ele pra ser um ídolo, alguém a se seguir ou gostar.

A minha militância não me deixa e meu filho agora fala o nome dele pra me escutar falando que ele não presta. Depois que eu falo ele dá risada. Sei que ele entendeu o que eu falei, pois peguei ele falando pra um amigo que o suposto ídolo não era legal pois não votava 13. Saudade do tempo de Sócrates que eu nem vivi, mas como não nego a história, sei que aconteceu e que o seu irmão Raí, que foi um dos ídolos do tetra lembrou pra gente e ainda fez o L, sem falar em Casagrande que nos lembra toda semana em sua coluna que o esporte não vive à parte da sociedade. Então, não preciso te dizer mais nada.

Tá uma confusão a comunicação. No momento estamos falando da transição do governo, de bloqueios de estradas, de convocação da seleção pra Copa, vi até uma reportagem dizendo que um lateral direito que também apoiou o inominável não quer se aposentar, sonha com a Copa, mas o melhor foi na entrevista ele dizer que se não tiver time que queira ele, ele compra um time pra jogar. Me lembrou quando eu era criança e a bola era de meu colega que não jogava nada e dizia “a bola é minha”, de forma bem marrenta e insuportável.

E, em pleno Dia de Finados, alguns maus perdedores resolveram ir para frente dos quartéis. Passei na frente de uma manifestação e pensei logo: essas criaturas podiam se aquartelar e tava tudo certo. Ficam presas por lá e tá tudo resolvido no país. Menos um problema para este ano. A verdade é que 2022 é o ano não quer me dar sossego. Acontece algo maravilhoso como a vitória da democracia contra a barbárie, mas ele insiste em perturbar o sossego do peão, como meu pai sempre dizia antes do AVC.

Eu sou uma pessoa de hábitos simples. Desejo apenas me preocupar com os aniversários de meus filhos, como administrar meu 13º para fazer dois aniversários em dezembro com diferença de apenas 4 dias. Quero meus problemas de anos anteriores, mas o Brasil me atenta definitivamente. Quero férias, Brasil, e férias no meu país Nordeste, para que dirigentes femininas do futebol possam falar ainda mais de nós, escondendo seu racismo e xenofobia, dizendo que é liberdade de expressão, mas o bom é que fascistas não passaram e nem passarão.

Quero curtir minha ressaca com assuntos corriqueiros, temas de aniversário infantis, milagre da multiplicação dos reais para o fim de ano, que dia vou encarar o shopping para fazer minhas compras, o que vou postar no dia 20 de novembro para bombar nas redes, quais são as festas de verão que já estão anunciando, qual foi o reajuste exorbitante que a escola de meu filho vai tentar me convencer que está dentro da inflação, onde está vendendo bons biquinis e com preço razoável para comprar, quanto está custando o panetone e o quilo do queijo cuia (sonhando que o queijo cuia tenha um preço legal para conseguir comprar e presentear minhas tias.

Com esse presente de rico garanto um 2023 cheio de sardinhas fritas, roupas alvas e pasteizinhos doces de presente.  Quem tem tias e família grande tem tudo. E sendo a primeira neta, aí é que me dou bem.

Que 2022 me ajude a ter um final de ano dentro de uma normalidade. Estou com muita saudade desse período tumultuado, pois não tá fácil pra ninguém a ressaca chegar e não conseguir curtir.

 

Mirtes Santa Rosa é publicitária e especialista em Comunicação e Gerenciamento de Marcas e também trabalha com planejamento estratégico comunicacional de projetos culturais, no qual pode mesclar suas duas maiores habilidades profissionais: gestão e comunicação. É umas das idealizadoras e apresentadoras do Umbu Podcast

 

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#Opinião – A função esotérica do incenso – Por Januário

Ana Paula Nobre

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Januário
Foto: Divulgação

Há quase dois milhões de anos, os povos denominados pela arqueologia como primitivos “conheceram” o fogo. Além de preparar alimentos, clarear ambientes e enfrentar predadores, percebeu-se A Tarefa Superior desse elemento: iluminar o caminho até A Grande Consciência Cósmica. O plasma formado por átomos livres, resultantes da combustão, revela a sutileza d’A Sabedoria Universal.

Paralelo a esse conhecimento, os humanos também identificaram como determinados aromas produzem alterações psicológicas, exercendo efeitos nos sete centros energéticos do corpo, os chakras[2] da cultura hindu. Logo, aquecer ervas aromáticas ao fogo tornou-se costume entre nossos ancestrais. Nasciam as primeiras tradições místicas, reconhecendo os efeitos terapêuticos do incenso, um importante amplificador da consciência e purificador de ambientes.

A palavra latina incendere, literalmente, acender ou queimar, remete às escolas herméticas do Antigo Egito, passando pelas tradições da umbanda, candomblé, xintoísmo, budismo, judaísmo e cristianismo, encontramos a utilização do incenso como chave para acessar os Planos Espirituais. Diversas escolas esotéricas, como a maçonaria, o martinismo, o rosacrucianismo, o sufismo e algumas tradições do Yoga guardam consigo os segredos do preparo de incensos específicos para a transmutação do espírito, buscando a perfeição.

São raras as pessoas que conhecem o sentido profundo do incenso. A superstição vulgarizou o uso, distorceu o seu propósito original, substituindo-o por dogmas. Não obstante, encontramos nos livros adotados por várias religiões, referências ao incenso como presente para celebrar o nascimento de alguns avatares: foi assim com O Mestre Jesus[3].

Tecnologia espiritual, útil para queimar miasmas e larvas astrais, o incenso protege, purifica e auxilia a entrar em contato com O Caminho Ancestral Superior. Um meio para REunir-se aos Arcanos do Conhecimento Eterno. A fumaça que se desloca pelo ar da aspiração humana, rumo A União Secreta e Suprema com O Todo.

[1] Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp).

[2] Em artigo posterior, falaremos sobre os sete chakras e a sua importância para equilibrar os nossos sete corpos: físico, mental, emocional, astral, essencial, espiritual e energético.

[3] “Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2:11).

 

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#Opinião – João: um sol místico na Judeia – Por Armando Januário

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Entre os santos mais populares do Brasil, São João Batista é uma das figuras mais importantes na tradição judaico-cristã. Reverenciado pela cultura nordestina nas celebrações de junho, o Batizador de Jesus, desde os primórdios da sua existência, cultivou intimidade com os arcanos da Sabedoria Universal.

João foi educado nos preceitos judaicos e logo adentrou ao nazireado, costume típico do judaísmo, no qual algumas famílias destinavam seus filhos para uma vida ascética: os nazireus deixavam crescer a barba e os cabelos, se privavam de bebidas alcoólicas e uvas, e não tocavam em cadáveres. Essa moral era o caminho encontrado para a introdução em conhecimentos profundos sobre A Energia Criativa. O Batista afirmava que batizava em água, contudo, viria Aquele que batizaria em fogo, sendo maior que ele (Mateus 3:11). Essa passagem bíblica dá a entender que João já conhecia a iminente Manifestação Crística em Jesus de Nazaré. Com efeito, ele é o filho de Isabel, que ainda no ventre da sua mãe, pula de júbilo quando ela ouve a saudação de Maria, grávida de Jesus (Lucas 1:41-44). Esse momento indica que João e Jesus se conheciam de outras existências.

Antes de o imperador Justiniano, no Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 553, condenar a reencarnação, o cristianismo primitivo encarava a pluralidade das existências como realidade. Por isso, quando Jesus afirmou que João “[..] é Elias, que havia de vir” (Mateus 11:14), o Mestre alude a vida pregressa do Batista, algo que certamente não causou surpresa aos presentes. A própria encarnação de João, anunciada pelo anjo Gabriel confirma a existência pretérita de João como Elias: “[…] e [João] irá adiante dele com o espírito e a virtude de Elias, a fim de reconduzir os corações dos pais para os filhos” (Lucas 1:13).

João Batista é uma figura tão especial que os festejos em sua homenagem uniram certas tradições antigas[1], na qual a data está inserida no solstício de verão, quando o ângulo do sol se distancia ao máximo da Terra. Esse fenômeno ocorre apenas duas vezes por ano: em junho, no Hemisfério Norte e em dezembro, no Hemisfério Sul. Temos, portanto, dois sóis: João, o sol que vem para anunciar a chegada de outro sol, reluzente e soberano: Jesus, o Cristo Planetário.

[1] Os celtas comemoravam o solstício de verão em honra ao deus Sol, para o qual pediam proteção contra maus espíritos e pragas nas colheitas. As festas incluíam fogueiras e fartura, apontando para o desejo de prosperidade espiritual e física.

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#Opinião – O sentido místico do Dia dos Namorados – Por Armando Januário

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Por aspectos históricos e econômicos, o Brasil celebra o Dia dos Namorados em 12 de junho. A 1948, o publicitário João Dória, pai do ex-governador de São Paulo, foi contratado por uma loja. Ele percebeu que o Mês das Mães era rentável para o comércio, em oposição a junho, um mês de queda nos lucros. Planejando estender os ganhos comerciais, Dória escolheu a véspera do Dia de Santo Antônio – na tradição católica, O Santo Casamenteiro – para aquecer os corações e o comércio. A estratégia deu certo e temos o Dia dos Namorados em junho, mais de 4 meses após a data tradicional, 14 de fevereiro, Dia de São Valentim. Contudo, essas tradições oficiais envolvem um mistério muito anterior.

No Império Romano, havia a celebração do deus Lupercus, para afastar os maus espíritos e atrair fertilidade. A Lupercália era marcada pelo momento em que os homens retiravam de um jarro o nome das mulheres que seriam suas companheiras nessa festa e nas seguintes. Posteriormente, alguns desses casais se apaixonavam e se casavam, porque teriam o que se considera “sorte no amor”. Essa expressão envolve ser agraciado através do sorteio, que, inicialmente, seria puro acaso. Não obstante, o sentido esotérico de sorte abrange saber o instante adequado para consolidar um plano. Percebemos, então, que o sentido dado a esta palavra se afastou significativamente do seu conceito original. Fica também evidente a inexistência da sorte como percebida nos tempos atuais, mas, sim, que ela obedece às Leis Cósmicas, sobretudo, a Lei de Atração. O oculto no Dia dos Namorados se apresenta.

A celebração dos apaixonados potencializa a vibração e atrai a pessoa amada para o campo magnético do emissor. Não se trata de magia ou acaso. Antes, falamos do Poder Divino[3] manifesto em nós. Por isso, quando pensamos em viver um amor com a firme convicção de sua existência, a materialização dessa realidade ocorre, obedecendo o Mistério denominado Tempo.

Portanto, o Dia dos Namorados, longe de uma data comum, oferece a oportunidade vibracional para ser A Unidade Eterna, Princípio de Todas As Coisas, que utiliza o desejo para cocriar sonhos.

[1]Dedico esse texto a minha noiva, Andrêina.

[2]Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp)

[3]Em João 10:34, Jesus de Nazaré argumenta com seus opositores: “na Lei de vocês está escrito que Deus disse: “Vocês são deuses”” (O Mestre Jesus, em João 10:34). Deixamos com a pessoa do leitor a perspicácia para compreender o ensino secreto do Mestre.

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