Memória
Arquivo Público do Estado da Bahia lança edição comemorativa dos 220 anos da Revolta dos Búzios

Liderada por negros escravizados, libertos, trabalhadores pobres e alguns membros das elites liberais, a Revolta dos Búzios é um dos importantes movimentos de insatisfação popular brasileira contra a coroa portuguesa. Em celebração ao marco, será lançado o livro em Edição Comemorativa dos 220 Anos da Revolta dos Búzios, pelo Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB), gerido pela Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA), nesta quinta-feira (24), às 9h, na Baixa de Quintas.
Resultado de uma emenda parlamentar, a edição comemorativa 220 da revolta dos búzios, utiliza como base os dados documentais do APEB, custodiados desde 1890, reconhecido e inscrito pelo Programa Memória do Mundo da UNESCO, em 2008.
O lançamento acontece na manhã do dia 24 de novembro, no Solar Quinta do Tanque, na Baixa de Quinta, no antigo prédio do século 16 tombado em 1949, que desde 1980 passou a abrigar o APEB, segunda maior instituição arquivística do país.
O evento conta com a presença de autoridades políticas e colaboradores da construção do livro, além de apresentação musical. A versão revisada contém índice onomástico, que faz um estudo de nomes próprios de um ou mais idiomas e tem fortes ligações com a história e a geografia.
SERVIÇO: Lançamento da Edição Comemorativa dos 220 anos da Revolta dos Búzios
QUANDO: 24 de novembro, às 9h.
ONDE: Arquivo Público do Estado da Bahia – Solar Quinta do Tanque, nº 50, Baixa de Quintas
ENTRADA: Franca
Memória
Fala Vila especial Samba recebe Juliana Ribeiro e convidados

Mais uma edição especial do Fala Vila acontece no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), nesta sexta-feira (7), às 16h, com o tema “O samba inaugura o Vila: a Juventude do Garcia e a história das escolas de samba de Salvador”. O grupo inaugurou o Teatro Vila Velha, em 1964. Mediado pela cantora, compositora e historiadora Juliana Ribeiro – atualmente, doutoranda pelo Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade da UFBA – o encontro reúne num bate-papo musical João Barroso, presidente do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Juventude do Garcia e Caroline Fantinel, pesquisadora e coordenadora do projeto “Memórias de Momo”.
A atividade, gratuita e aberta ao público, integra a programação da exposição “Vila Velha, Por Exemplo – 60 anos de um teatro do Brasil” e conta com as participações especiais dos músicos Bruno Barroso e Muniz do Garcia, trazendo sambas que marcaram época. A exposição “Vila Velha, Por Exemplo – 60 anos de um teatro do Brasil” tem patrocínio do Banco do Brasil, através da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal, e conta com apoio do Museu de Arte Moderna da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural e Secretaria Estadual da Cultura. A produção é da Janela do Mundo, com coprodução do Teatro Vila Velha.
Serviço
O quê: Fala Vila – “O samba inaugura o Vila: a Juventude do Garcia e a história das escolas de samba de Salvador”
Quando: Dia 7 de fevereiro (sexta-feira)
Horário: Às 16h
Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) – Avenida Contorno
Entrada: Gratuita
Mais informações:
Instagram: @teatrovilavelha
Site: www.teatrovilavelha.com.br
Memória
Cici de Oxalá e Mario Omar ministram aula-espetáculo em São Paulo

Os contadores de histórias Cici de Oxalá e Mario Omar apresentam a aula-espetáculo “Oratura” no próximo sábado (8), a partir das 19h, na Praça de Eventos do Sesc Vila Mariana, em São Paulo. A proposta é promover um encontro entre a sabedoria e a cultura ancestral com a leitura contemporânea da tradição oral. A Roda de Histórias seguirá a tradição oral bantu, com a transmissão de conhecimentos através dos mais diversos elementos da palavra, como a narração de contos, provérbios, cânticos e musicalização africana. A entrada é gratuita.
Segundo os organizadores, a atividade é direcionada para professores, educadores sociais, contadores de histórias, comunidade de religião de matriz africana e afro-brasileira e pessoas negras em geral que se identificam com o tema. Para Mario Omar, que é pesquisador da tradição oral, o evento pretende fortalecer a propagação do conhecimento empírico, mantendo vivo o legado da cultura africana na cultura brasileira.
“Levar para São Paulo essa vivência que fala sobre a Bahia e as tradições iorubá e bantu será cheia de axé. Vamos fazer uma roda de saberes ancestrais pautada nos conhecimentos antigos. Cici de Oxalá, conhecida como Vovó Cici, é uma grande mestra da nossa cultura ancestral. Foram as mulheres negras que socializaram a Bahia e o Brasil, então ouvir e aprender com uma mulher negra sobre tradição oral é muito importante”, disse Mario Omar.

Foto: Erika Maia
Tradição Oral
A arte de contar histórias era feita pelos mestres da tradição oral, que faziam suas narrações no seio de sua comunidade. Não se pode definir uma data exata para o surgimento da prática, que antecede a escrita, o que se sabe é que era uma das principais formas de socialização e transmissão do conhecimento, transcorrendo as mais diversas culturas e civilizações.
Na África, os contadores são os “reis da palavra”. Eles preparam seu povo para as plantações com seus contos, exortam os enfermos e saram suas mazelas com suas narrativas, alegrando as noites de verão e ninando os bebês com suas histórias.
Na contemporaneidade os narradores modernos fazem o uso das fofocas, causos, lendas, contos do maravilhoso, recursos virtuais audiovisuais e palcos urbanos, adaptando a linguagem narrativa para os ouvintes e os espaços da cidade. Nos dias atuais, os contadores e contadoras de histórias têm mantido acesa a chama da palavra que continua sendo passada de geração em geração como faziam os antigos.
Sobre Cici de Oxalá
Considerada uma das maiores contadoras de histórias do século XX, Nancy de Souza, 83, conhecida como Cici de Oxalá, é um dos principais pilares para a tradição oral no mundo. Nascida no Rio de Janeiro e radicada baiana, a mestra griô mantém viva as tradições afro-brasileiras e da Oratura Banto, sendo condecorada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Sobre Mario Omar
Mario Omar é angoleiro, arte-educador e pesquisador da tradição oral Bantu.
Serviço
O quê: Aula-espetáculo “Oratura”, com Cici de Oxalá e Mario Omar
Quando: 08 de fevereiro, a partir das 19h
Onde: Sesc Vila Mariana, São Paulo
Endereço: R. Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo – SP
Entrada: gratuita
Memória
Seminário de Música Negra acontece na ALB nesta terça-feira (26)

A Academia de Letras da Bahia (ALB) e o Instituto Reparação realizam o Seminário de Música Negra da Bahia, intitulado ‘Dos blocos dos povos indígenas ao samba reggae’, nesta terça-feira (26), às 14h. O evento é aberto ao público e acontece na sede da ALB, no Palacete Góes Calmon – Av. Joana Angélica, 198, Nazaré -, no mês em que se celebra o Dia Nacional de Zumbi e Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro.
Os convidados serão a cantora, compositora e historiadora Juliana Ribeiro; o cantor, compositor e mestre capoeira Tonho Matéria; o cantor, produtor e percussionista Dado Brazzaville; e o músico, produtor e carnavalesco Jorginho Commancheiro, presidente do bloco Comanches do Pelô. As inscrições devem ser feitas no link.
Reconhecidos em suas áreas artísticas, eles debatem na Academia de Letras da Bahia, pela primeira vez na história da instituição, sobre a música negra baiana, abordando como tudo começou até os dias de hoje, passando pelos blocos chamados ‘de índio’, os blocos afro e o samba reggae.
Também participam do debate o presidente da ALB e antropólogo Ordep Serra; e o coordenador do Instituto Reparação e sociólogo Ailton Ferreira. Haverá entrega de certificado de participação. A Academia de Letras da Bahia tem apoio financeiro do Governo da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.