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#Opinião – Onde fica o Fim do Mundo? – Por Mirtes Santa Rosa
O mês que amo chegou. Ele chega levando todas as minhas parcas economias forçadas. Tenho dois filhos sagitarianos, pense aí? Faz 9 anos que sempre penso que quero também 14º e 15º, mas meu adorável mês chega cheio de entusiasmo e com bastante chuvas. Lembro de aprender na aula de Geografia que nosso clima é quente e úmido, mas tá tudo de cabeça pra baixo, então preciso pesquisar como posso tipificar o clima atualmente.
O cacau não para de cair. Essa mudança climática causa preocupação para pessoas não negacionistas. Eu tinha 11 anos na época da ECO 92, no Rio. Fiz até trabalho escolar de pesquisa sobre a mudança climática. Trinta anos depois, é feio negar o óbvio após tanta pesquisa escolar. Nessa mesma época, eu acreditava, quando estava brincando com meus amigos no Imbuí, que o fim do mundo era atrás do Exército. Desde a eleição de outubro, todas as vezes que passo na frente da entrada do Imbuí dou risada pensando que eu tinha razão. O fim do mundo é no Exército.
Mas agora é na frente. Ontem quando passei na entrada do quartel percebi novas bandeiras. Tenho quase certeza que aquelas 13 pessoas aproveitaram esse tempo maravilhoso de chuvas e começo das compras natalinas, com a BrackFraude, para renovar seu patriotismo. As bandeiras chacoalhando o amor pelo país agora são enormes. A Globo bem que podia colocar a novela Fim de Mundo no Globo Play. É provável que aquela galera tenha alguma senha disponível pra assistir o último sucesso escrito por Dias Gomes, que teve a colaboração especial de Ferreira Gular.
Bons tempos dramatúrgicos aqueles. Mas nem uma pessoa como Dias Gomes que gostava do fantástico acho que ia imaginar o Fim do Mundo acontecendo na porta do Exército. Mas a reprise da novela pode ajudar essa galera a se perguntar o que vão fazer após o meu fim de mundo dia 31 de dezembro. Será que esse fim de mundo aparece em algumas cenas dos vídeos em inglês do pendrive do deputado que foi ao Qatar e pagou a viagem em suaves prestações? Segundo sua esposa, eles planejaram a viagem com um ano de antecedência.
Será que essa galera vai entender a tempo que dezembro é aquele mês gostoso pra confraternizações e pra mostrar nas redes sociais o quanto eles são famílias de bem? Saudade desse dezembro simples, quente, sem chuva, cristão, caridoso e bem natalino.
Como sempre gostei de dezembro vou me adaptando a esse novo clima de fim de ano. Até porque tenho duas crianças que estão sonhando com seus aniversários e os temas escolhidos são bem pitorescos: um quer o tema On Piece (se você nunca ouviu falar é porque não convive com crianças entre 8 e 10 anos) e Patrulha Canina (se você nunca ouviu falar é porque não convive com nenhuma criança entre 2 e 5 anos) e pra botar pra andar essas comemorações eu preciso é que São Pedro me ajude a não chover, pois o aluguel dos salões tá mais caro e preciso que a festa seja no lugar aberto. Caso contrário, aí sim eu vou viver o fim do mundo em dezembro.
E não vai ter espírito natalino que conserte a situação.
Mirtes Santa Rosa é publicitária e especialista em Comunicação e Gerenciamento de Marcas e também trabalha com planejamento estratégico comunicacional de projetos culturais, no qual pode mesclar suas duas maiores habilidades profissionais: gestão e comunicação. É umas das idealizadoras e apresentadoras do Umbu Podcast.
Confira outros artigos dela AQUI.
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#Opinião – A função esotérica do incenso – Por Januário
Há quase dois milhões de anos, os povos denominados pela arqueologia como primitivos “conheceram” o fogo. Além de preparar alimentos, clarear ambientes e enfrentar predadores, percebeu-se A Tarefa Superior desse elemento: iluminar o caminho até A Grande Consciência Cósmica. O plasma formado por átomos livres, resultantes da combustão, revela a sutileza d’A Sabedoria Universal.
Paralelo a esse conhecimento, os humanos também identificaram como determinados aromas produzem alterações psicológicas, exercendo efeitos nos sete centros energéticos do corpo, os chakras[2] da cultura hindu. Logo, aquecer ervas aromáticas ao fogo tornou-se costume entre nossos ancestrais. Nasciam as primeiras tradições místicas, reconhecendo os efeitos terapêuticos do incenso, um importante amplificador da consciência e purificador de ambientes.
A palavra latina incendere, literalmente, acender ou queimar, remete às escolas herméticas do Antigo Egito, passando pelas tradições da umbanda, candomblé, xintoísmo, budismo, judaísmo e cristianismo, encontramos a utilização do incenso como chave para acessar os Planos Espirituais. Diversas escolas esotéricas, como a maçonaria, o martinismo, o rosacrucianismo, o sufismo e algumas tradições do Yoga guardam consigo os segredos do preparo de incensos específicos para a transmutação do espírito, buscando a perfeição.
São raras as pessoas que conhecem o sentido profundo do incenso. A superstição vulgarizou o uso, distorceu o seu propósito original, substituindo-o por dogmas. Não obstante, encontramos nos livros adotados por várias religiões, referências ao incenso como presente para celebrar o nascimento de alguns avatares: foi assim com O Mestre Jesus[3].
Tecnologia espiritual, útil para queimar miasmas e larvas astrais, o incenso protege, purifica e auxilia a entrar em contato com O Caminho Ancestral Superior. Um meio para REunir-se aos Arcanos do Conhecimento Eterno. A fumaça que se desloca pelo ar da aspiração humana, rumo A União Secreta e Suprema com O Todo.
[1] Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp).
[2] Em artigo posterior, falaremos sobre os sete chakras e a sua importância para equilibrar os nossos sete corpos: físico, mental, emocional, astral, essencial, espiritual e energético.
[3] “Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2:11).
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#Opinião – João: um sol místico na Judeia – Por Armando Januário
Entre os santos mais populares do Brasil, São João Batista é uma das figuras mais importantes na tradição judaico-cristã. Reverenciado pela cultura nordestina nas celebrações de junho, o Batizador de Jesus, desde os primórdios da sua existência, cultivou intimidade com os arcanos da Sabedoria Universal.
João foi educado nos preceitos judaicos e logo adentrou ao nazireado, costume típico do judaísmo, no qual algumas famílias destinavam seus filhos para uma vida ascética: os nazireus deixavam crescer a barba e os cabelos, se privavam de bebidas alcoólicas e uvas, e não tocavam em cadáveres. Essa moral era o caminho encontrado para a introdução em conhecimentos profundos sobre A Energia Criativa. O Batista afirmava que batizava em água, contudo, viria Aquele que batizaria em fogo, sendo maior que ele (Mateus 3:11). Essa passagem bíblica dá a entender que João já conhecia a iminente Manifestação Crística em Jesus de Nazaré. Com efeito, ele é o filho de Isabel, que ainda no ventre da sua mãe, pula de júbilo quando ela ouve a saudação de Maria, grávida de Jesus (Lucas 1:41-44). Esse momento indica que João e Jesus se conheciam de outras existências.
Antes de o imperador Justiniano, no Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 553, condenar a reencarnação, o cristianismo primitivo encarava a pluralidade das existências como realidade. Por isso, quando Jesus afirmou que João “[..] é Elias, que havia de vir” (Mateus 11:14), o Mestre alude a vida pregressa do Batista, algo que certamente não causou surpresa aos presentes. A própria encarnação de João, anunciada pelo anjo Gabriel confirma a existência pretérita de João como Elias: “[…] e [João] irá adiante dele com o espírito e a virtude de Elias, a fim de reconduzir os corações dos pais para os filhos” (Lucas 1:13).
João Batista é uma figura tão especial que os festejos em sua homenagem uniram certas tradições antigas[1], na qual a data está inserida no solstício de verão, quando o ângulo do sol se distancia ao máximo da Terra. Esse fenômeno ocorre apenas duas vezes por ano: em junho, no Hemisfério Norte e em dezembro, no Hemisfério Sul. Temos, portanto, dois sóis: João, o sol que vem para anunciar a chegada de outro sol, reluzente e soberano: Jesus, o Cristo Planetário.
[1] Os celtas comemoravam o solstício de verão em honra ao deus Sol, para o qual pediam proteção contra maus espíritos e pragas nas colheitas. As festas incluíam fogueiras e fartura, apontando para o desejo de prosperidade espiritual e física.
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#Opinião – O sentido místico do Dia dos Namorados – Por Armando Januário
Por aspectos históricos e econômicos, o Brasil celebra o Dia dos Namorados em 12 de junho. A 1948, o publicitário João Dória, pai do ex-governador de São Paulo, foi contratado por uma loja. Ele percebeu que o Mês das Mães era rentável para o comércio, em oposição a junho, um mês de queda nos lucros. Planejando estender os ganhos comerciais, Dória escolheu a véspera do Dia de Santo Antônio – na tradição católica, O Santo Casamenteiro – para aquecer os corações e o comércio. A estratégia deu certo e temos o Dia dos Namorados em junho, mais de 4 meses após a data tradicional, 14 de fevereiro, Dia de São Valentim. Contudo, essas tradições oficiais envolvem um mistério muito anterior.
No Império Romano, havia a celebração do deus Lupercus, para afastar os maus espíritos e atrair fertilidade. A Lupercália era marcada pelo momento em que os homens retiravam de um jarro o nome das mulheres que seriam suas companheiras nessa festa e nas seguintes. Posteriormente, alguns desses casais se apaixonavam e se casavam, porque teriam o que se considera “sorte no amor”. Essa expressão envolve ser agraciado através do sorteio, que, inicialmente, seria puro acaso. Não obstante, o sentido esotérico de sorte abrange saber o instante adequado para consolidar um plano. Percebemos, então, que o sentido dado a esta palavra se afastou significativamente do seu conceito original. Fica também evidente a inexistência da sorte como percebida nos tempos atuais, mas, sim, que ela obedece às Leis Cósmicas, sobretudo, a Lei de Atração. O oculto no Dia dos Namorados se apresenta.
A celebração dos apaixonados potencializa a vibração e atrai a pessoa amada para o campo magnético do emissor. Não se trata de magia ou acaso. Antes, falamos do Poder Divino[3] manifesto em nós. Por isso, quando pensamos em viver um amor com a firme convicção de sua existência, a materialização dessa realidade ocorre, obedecendo o Mistério denominado Tempo.
Portanto, o Dia dos Namorados, longe de uma data comum, oferece a oportunidade vibracional para ser A Unidade Eterna, Princípio de Todas As Coisas, que utiliza o desejo para cocriar sonhos.
[1]Dedico esse texto a minha noiva, Andrêina.
[2]Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp)
[3]Em João 10:34, Jesus de Nazaré argumenta com seus opositores: “na Lei de vocês está escrito que Deus disse: “Vocês são deuses”” (O Mestre Jesus, em João 10:34). Deixamos com a pessoa do leitor a perspicácia para compreender o ensino secreto do Mestre.