Connect with us

Religião

Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu lança selo comemorativo

Jamile Menezes

Publicado

on

Acervo Ilê Aiyê

 

Para celebrar os 100 anos de Mãe Hilda Jitolu, o Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu lança na próxima sexta-feira (6), no Barracão do Acé Jitolu, no Curuzu, em Salvador, um Selo Comemorativo em homenagem à matriarca. O selo foi criado pelo artista plástico baiano Wilton Bernardo a convite do Instituto.

“Celebrar o centenário de Mãe Hilda é fundamental pela importância que ela tem para a cultura baiana e para a religiosidade afro-brasileira. O trabalho dela contribuiu para a formação de crianças da comunidade do Curuzu e Liberdade. Sem ela o Ilê Aiyê não existiria. Ela deu a base para a criação do Ilê. Foi ela quem incentivou os filhos a criarem o primeiro bloco afro do Brasil”, lembra Valéria Lima, neta da religiosa e diretora-executiva do Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu.

Importante líder religiosa, Mãe Hilda muito contribuiu para a valorização da cultura afro-brasileira. Nascida no dia 06 de janeiro de 1923, em 1952 fundou o Terreiro Acé Jitolu em um dos bairros mais negros da capital baiana, o Curuzu. Foi neste espaço sagrado que nasceu o primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê.  Assim ela se tornou Matriarca do bloco, tendo sido homenageada diversas vezes pela instituição.

Em 1988, Mãe Hilda fundou uma escola que levava seu nome, formando milhares de crianças da região.

Pertencente à terceira geração de mulheres negras influentes na família, Valéria é uma das responsáveis pela fundação, em 2022, do Instituto Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu. A organização feminista negra, que tem como pilar a busca pelo acesso a direitos para meninas e mulheres cis e transexuais negras, tem como objetivo promover ações integrais, dentro dos princípios do Bem Viver, voltadas para a educação, direitos sociais e direitos humanos.

“A criação do Instituto significa dar continuidade ao trabalho desenvolvido por ela, pela história que ela construiu. Somos a terceira geração de uma sequência de mulheres negras que, de alguma forma, contribuíram para um movimento nacional de valorização da mulher negra. Estamos aqui para continuar esse legado, para que mais meninas e mulheres tenham auto-estima, sejam valorizadas e se sintam pertencentes a esta sociedade tão excludente”, explica.

A atividade realizada pelo Instituto vai reunir representantes de organizações sociais, personalidades da cultura do estado, pessoas que conviveram com Mãe Hilda, lideranças de religiões de matriz africana, representantes da comunidade e poder público, para juntos comemorarem o legado de Mãe Hilda.

O evento é reservado a convidados e será transmitido, ao vivo, a partir das 19h, através do perfil da TV Correio Nagô no Youtube. A ação conta com o apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado da Bahia.

Serviço:

O que: Selo Comemorativo em homenagem ao Centenário de Mãe Hilda Jitolu
Quando: 6 de janeiro de 2023, às 19h
Onde: Barracão do Acé Jitolu, no Curuzu (só para convidados) com transmissão ao vivo, a partir das 19h, no perfil da TV Correio Nagô no Youtube (@tvcorreionago)

Religião

Terreiro Zoogodò Bogum Malè Rundò recebe roda de conversa sábado (29)

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Foto: Divulgação

O Zoogodò Bogum Malè Rundò, um dos mais tradicionais terreiros de Candomblé de Salvador, recebe o Projeto Okàn Dúdù para mais uma etapa do ciclo educativo. A roda de conversa será sobre saúde mental no candomblé e acolhimento aos yawò, neste sábado (29), a partir das 10h. Criado por Laísa Gabriela de Sousa, o projeto visa fortalecer os laços entre os membros da comunidade de axé, promovendo um espaço de escuta, troca de experiências e valorização das tradições afro-brasileiras.

“Nossa história é marcada pela resistência e pela força dos nossos ancestrais. O Okàn Dúdù vem para fortalecer essa caminhada, trazendo reflexões e conexões fundamentais para a nossa existência e continuidade”, destaca Laísa.

Fundado no século XIX, o Terreiro Bogum, liderado por Naadoji Índia Mello, é um importante referencial da nação Jeje-Mahi e tem papel fundamental na preservação da cultura e espiritualidade negra. “O Okàn Dúdù tem criado um espaço de diálogo que respeite a hierarquia do Candomblé, mas, também, que abre caminho para discussões sobre temas essenciais para a nossa comunidade, como acolhimento, combate ao racismo religioso, coletividade e pertencimento”, explica Laísa Gabriela, idealizadora do projeto.

Foto: Divulgação

O ciclo educativo, que está em suas últimas rodas de conversa da circulação, abordou sete temáticas que dialogam com as vivências do povo de axé, incentivando a troca de conhecimentos entre gerações. A iniciativa, também, pretende ampliar seu impacto com a produção de um documentário e a realização de palestras em escolas, levando as discussões para diferentes espaços da sociedade.

Serviço

O quê: Roda de conversa do projeto Okàn Dúdú
Quando: 29 de Março de 2025 às 10h
Onde: Zoogodò Bogum Malè Rundò (Engenho Velho da Federação)
Entrada: Gratuita

Continuar lendo

Audiovisual

Mostra “Entre Axé” exibe curtas inéditos no Museu Afro-Brasileiro

Jamile Menezes

Publicado

on

Mostra Entre Axé

Salvador completa 476 anos e o Instituto Calu Brincante, em parceria com a produtora Menina Bonita, realiza a mostra cinematográfica “Entre Axé” no Museu Afro-Brasileiro (MAFRO). Serão exibidos os curtas “Ecos de Cura” e “Roncó: No Mesmo Passo”, que exploram saberes, rituais e a resistência da cultura afro-brasileira na cidade mais negra fora de África.

O curta “Ecos de Cura”, dirigido por Cassia Valle e Luane Souto, desdobra o espetáculo Memórias Povoadas, mergulhando nos saberes ancestrais das mulheres negras e ressaltando a cura e o cuidado como formas de resistência. Já “Roncó: No Mesmo Passo”, dirigido por Anjos de Castro, mostra a fundação de um terreiro de candomblé nos arredores de Salvador, entrelaçando as histórias de três irmãos em uma jornada de fé e tradição.

Mostra "Entre Axé"

Os curtas fazem parte da primeira edição do Cinerê – Circuito de Produção Audiovisual para Novos Cineastas Negros, realizado pela Pé de Erê Produções.

A Mostra “Entre Axé” veio para reafirmar Salvador como um centro de diversidade cultural e criatividade, onde novas histórias, protagonizadas por negros e negras, ganham cada vez mais visibilidade.

“Ao celebrar suas raízes, Salvador se coloca como um farol de resistência e afirmação cultural, onde as narrativas negras não só são preservadas, mas também projetadas para o futuro, construindo um legado de protagonismo e visibilidade para as gerações vindouras”, diz Cassa Valle.

A sessão é gratuita e aberta ao público. Sujeita a lotação.

SERVIÇO

O quê: Exibição dos curtas Ecos de Cura e Ronco no Mesmo Passo – Mostra “Entre Axé”

Onde: MAFRO – Museu Afro-Brasileiro, Pelourinho, Salvador

Quando: 29 de março de 2025, às 15h

Quanto: Gratuito

Fotos: Luane Souto

Continuar lendo

Religião

Terreiro Axé Omin Ifan recebe roda de conversa sobre legado ancestral

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Foto: Divulgação

O Terreiro Ilê Axé Omin Ifan, em São Tomé de Paripe, em Salvador, receberá uma roda de conversa sobre acolhimento à população LGBTQIAPN+ e o legado ancestral através das gerações no candomblé, dia 22 de março (sábado), a partir das 10h.

A ação integra o projeto Okàn Dùdù, que articula saberes ancestrais e contemporâneos, conectando o candomblé às questões sociais.

Foto: Divulgação

A primeira edição do projeto conta somente com as pessoas de terreiro para debater importantes temáticas dentro da religião, como seus desafios e aproximações com a nova geração, compreendendo que a tradição depende da continuidade.

“Realizar itinerários formativos que fertilizam e diluem pontes entre os mais velhos e a juventude no candomblé é uma responsabilidade de todos nós, uma vez que a tradição implica em continuidade”, afirma Almerson Cerqueira, Bàbá Egbé do Ilê Axé Omin Ifan.

Continuar lendo

EM ALTA