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#Opinião – Você quer flores, discursos, parabéns ou protagonismo nesse 8M? – Por Mirtes Santa Rosa
O mês mais sem entendimento para muitos homens, algumas mulheres e uma infinita quantidade de marcas chegou. E ele chegou chegando, como diz o povo, quando alguém ou algo acontece com força. Hoje é 2 de março e o 1º de março nas minhas redes já estava cheio de postagens com os seguintes discursos: “chegou o Mês da Mulher”, “não me mandem flores”, “que ano as marcas vão entender que essa data é de luta política?”, “Não quero parabéns”, “se alguém escrever aqui parabéns em alguma postagem minha no dia 8 de março, pode deixar de me seguir”.
Lembro de trabalhar em agências e essa data ser uma das mais chatas pra trabalhar. Eu muitas vezes com toda minha militância pelos direitos femininos, ficava nervosa e até um simples briefing me deixava broxa. Sempre foi uma luta de murro em ponta de faca. De um lado o cliente que queria parecer bonzinho pra dar parabéns e do outro publicitários e publicitárias que faziam das tripas coração pra explicar mais um ano que a data pode ser trabalhada de outra forma em sua mensagem.
Todos na agência normalmente iam se empenhar para apresentar uma ideia legal e de posicionamento sobre a importância da data, mas o que acontecia era que a peça final que eu ia acabar liberando no estúdio pra veicular em algum veículo impresso ou liberar a produção de um VT ou spot teria a mesma coisa sem graça de sempre.
Tipo, cor rosa ou lilás, uma mulher sorrindo e feliz com a homenagem, uma flor rosa em algum lugar do layout e pronto. A homenagem estava pronta com a seguinte frase: Feliz Dia da Mulher. Fico me perguntando se agora que vivemos novos tempos de comunicação e posicionamento para algumas marcas locais ou nacionais, que falam até de sustentabilidade, a partir das diretrizes da ONU, apesar de não estar mais no dia a dia de uma agência de publicidade, se as peças criadas já podem ser mais ousadas ou até menos tradicionais?
Se hoje já podemos explicar pro cliente sem riscos de tomar reclamação do dono da agência, que a data é importante para fazermos reflexões sobre a situação econômica, social e histórica das mulheres no mundo. E se você cliente, marca, quando diz que tem um posicionamento arrojado e fala sobre equidade em seus valores na sua placa de entrada da empresa, já criou coragem para transgredir a comunicação nesse dia? Já pensou em fazer uma pesquisa e entender se para seu público-alvo essa data é importante e, caso seja, o que esse público espera de verdade de posicionamento para sua campanha?
Que em tempos em que todos querem causar e lacrar nas redes, falar o óbvio sobre a data a partir da missão e visão de sua empresa, associando a data que todos dizem que não pode passar sem nenhuma ação (a data está no calendário do marketing como uma das mais importantes), pode ser sua lacração para quem realmente compra seus produtos ou serviços? Posso até dar algumas dicas pra criação, pois ainda dá tempo de mudar a postagem do dia, caso você homem hetero, branco, cis, classe média alta, que faz reunião on line e quando dirige na cidade não percebe que a maioria dos nomes das ruas, avenidas e escolas são de homens e não de mulheres.
Aqui em Salvador temos um exemplo bem interessante de nome de avenida que é de mulher e falamos o sobrenome masculino. Conseguiu lembrar qual é? Essa mesma: Garibaldi, ou melhor Avenida Anitta Garibaldi. Você que assiste vídeos do coach do Campari e é a última palavra na aprovação da campanha, que tenha sido tomado por um momento de mudança após tantos anos de experiência mercadológica em não ter resultado na data mais importante do mês de março. Vai que no lugar de dizer na reunião com sua agência que não precisa fazer nada nessa data, que não sabe nem porque existe essa data, foi tomado por um novo despertar, uma intuição esquerdopata, social, democrática e inclusiva e resolve que quer brocar este ano.
A dica que deixo é a seguinte: para entender a importância da data e o porque de ser legal você criar algo diferente e impactante pro seu negócio: solicite uma reunião presencial com sua agência e, ao chegar, fale com seu atendimento que deseja falar com a criação sobre o tema, porque sua mãe disse que tá na hora de mudar a campanha do Dia Internacional das Mulheres já que vendemos para mulheres todos os dias. Quando a criação chegar, observe quantas mulheres existem, se tiver na equipe uma mulher branca e uma negra posso te afirmar que você está no lucro, caso na sua equipe não tenha ninguém é melhor decidir não fazer nada no dia, pois passar vergonha e depois virar meme em grupos de comunicação ou exemplo pra professor de criação do 1º semestre da faculdade é vergonha demais.
Outra possibilidade é fazer a pergunta pedagógica do constrangimento alheio, fazendo-se de louco e perguntando se não tem mulheres na equipe? Onde está a diversidade básica de sua agência? Se na hora de sua reunião tiver um dono de agência, nós que nem estamos na sua reunião sorriremos após esse momento, pois sabemos que a luta pelo entendimento do 8 de março é constante e diária e, com certeza, as militantes da comunicação democrática e inclusiva sentirão a energia da mudança de onde estivermos.
Essa energia da mudança que começou com sua pergunta bem simples e direta. Pois tudo é a força do pensamento. O universo é quântico, então nós vivemos nesse dia 8 em um local do multiverso, onde as marcas nos apresentam campanhas transformadoras para a sociedade, nós sorrimos, nos nossos grupos de comunicação as discussões é sobre a campanha PHODA que a marca Y conseguiu fazer. Que o 8 de março de 2023 chegue como o meu multiverso, sem muitos parabéns e dia do homem é todo dia. Me encontro em oração desde já para alcançar meu objetivo quântico como uma boa mulher que gosta de livros, bruxaria, balbúrdia e transgressão.
Mirtes Santa Rosa é publicitária e especialista em Comunicação e Gerenciamento de Marcas também trabalha com planejamento estratégico comunicacional de projetos culturais, no qual pode mesclar suas duas maiores habilidades profissionais: gestão e comunicação. É umas das idealizadoras e apresentadoras do Umbu Podcast. Confira aqui outros artigos de Mirtes.
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#Opinião – A função esotérica do incenso – Por Januário
Há quase dois milhões de anos, os povos denominados pela arqueologia como primitivos “conheceram” o fogo. Além de preparar alimentos, clarear ambientes e enfrentar predadores, percebeu-se A Tarefa Superior desse elemento: iluminar o caminho até A Grande Consciência Cósmica. O plasma formado por átomos livres, resultantes da combustão, revela a sutileza d’A Sabedoria Universal.
Paralelo a esse conhecimento, os humanos também identificaram como determinados aromas produzem alterações psicológicas, exercendo efeitos nos sete centros energéticos do corpo, os chakras[2] da cultura hindu. Logo, aquecer ervas aromáticas ao fogo tornou-se costume entre nossos ancestrais. Nasciam as primeiras tradições místicas, reconhecendo os efeitos terapêuticos do incenso, um importante amplificador da consciência e purificador de ambientes.
A palavra latina incendere, literalmente, acender ou queimar, remete às escolas herméticas do Antigo Egito, passando pelas tradições da umbanda, candomblé, xintoísmo, budismo, judaísmo e cristianismo, encontramos a utilização do incenso como chave para acessar os Planos Espirituais. Diversas escolas esotéricas, como a maçonaria, o martinismo, o rosacrucianismo, o sufismo e algumas tradições do Yoga guardam consigo os segredos do preparo de incensos específicos para a transmutação do espírito, buscando a perfeição.
São raras as pessoas que conhecem o sentido profundo do incenso. A superstição vulgarizou o uso, distorceu o seu propósito original, substituindo-o por dogmas. Não obstante, encontramos nos livros adotados por várias religiões, referências ao incenso como presente para celebrar o nascimento de alguns avatares: foi assim com O Mestre Jesus[3].
Tecnologia espiritual, útil para queimar miasmas e larvas astrais, o incenso protege, purifica e auxilia a entrar em contato com O Caminho Ancestral Superior. Um meio para REunir-se aos Arcanos do Conhecimento Eterno. A fumaça que se desloca pelo ar da aspiração humana, rumo A União Secreta e Suprema com O Todo.
[1] Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp).
[2] Em artigo posterior, falaremos sobre os sete chakras e a sua importância para equilibrar os nossos sete corpos: físico, mental, emocional, astral, essencial, espiritual e energético.
[3] “Entraram na casa e encontraram o menino com Maria, a sua mãe. Então se ajoelharam diante dele e o adoraram. Depois abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mateus 2:11).
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#Opinião – João: um sol místico na Judeia – Por Armando Januário
Entre os santos mais populares do Brasil, São João Batista é uma das figuras mais importantes na tradição judaico-cristã. Reverenciado pela cultura nordestina nas celebrações de junho, o Batizador de Jesus, desde os primórdios da sua existência, cultivou intimidade com os arcanos da Sabedoria Universal.
João foi educado nos preceitos judaicos e logo adentrou ao nazireado, costume típico do judaísmo, no qual algumas famílias destinavam seus filhos para uma vida ascética: os nazireus deixavam crescer a barba e os cabelos, se privavam de bebidas alcoólicas e uvas, e não tocavam em cadáveres. Essa moral era o caminho encontrado para a introdução em conhecimentos profundos sobre A Energia Criativa. O Batista afirmava que batizava em água, contudo, viria Aquele que batizaria em fogo, sendo maior que ele (Mateus 3:11). Essa passagem bíblica dá a entender que João já conhecia a iminente Manifestação Crística em Jesus de Nazaré. Com efeito, ele é o filho de Isabel, que ainda no ventre da sua mãe, pula de júbilo quando ela ouve a saudação de Maria, grávida de Jesus (Lucas 1:41-44). Esse momento indica que João e Jesus se conheciam de outras existências.
Antes de o imperador Justiniano, no Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 553, condenar a reencarnação, o cristianismo primitivo encarava a pluralidade das existências como realidade. Por isso, quando Jesus afirmou que João “[..] é Elias, que havia de vir” (Mateus 11:14), o Mestre alude a vida pregressa do Batista, algo que certamente não causou surpresa aos presentes. A própria encarnação de João, anunciada pelo anjo Gabriel confirma a existência pretérita de João como Elias: “[…] e [João] irá adiante dele com o espírito e a virtude de Elias, a fim de reconduzir os corações dos pais para os filhos” (Lucas 1:13).
João Batista é uma figura tão especial que os festejos em sua homenagem uniram certas tradições antigas[1], na qual a data está inserida no solstício de verão, quando o ângulo do sol se distancia ao máximo da Terra. Esse fenômeno ocorre apenas duas vezes por ano: em junho, no Hemisfério Norte e em dezembro, no Hemisfério Sul. Temos, portanto, dois sóis: João, o sol que vem para anunciar a chegada de outro sol, reluzente e soberano: Jesus, o Cristo Planetário.
[1] Os celtas comemoravam o solstício de verão em honra ao deus Sol, para o qual pediam proteção contra maus espíritos e pragas nas colheitas. As festas incluíam fogueiras e fartura, apontando para o desejo de prosperidade espiritual e física.
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#Opinião – O sentido místico do Dia dos Namorados – Por Armando Januário
Por aspectos históricos e econômicos, o Brasil celebra o Dia dos Namorados em 12 de junho. A 1948, o publicitário João Dória, pai do ex-governador de São Paulo, foi contratado por uma loja. Ele percebeu que o Mês das Mães era rentável para o comércio, em oposição a junho, um mês de queda nos lucros. Planejando estender os ganhos comerciais, Dória escolheu a véspera do Dia de Santo Antônio – na tradição católica, O Santo Casamenteiro – para aquecer os corações e o comércio. A estratégia deu certo e temos o Dia dos Namorados em junho, mais de 4 meses após a data tradicional, 14 de fevereiro, Dia de São Valentim. Contudo, essas tradições oficiais envolvem um mistério muito anterior.
No Império Romano, havia a celebração do deus Lupercus, para afastar os maus espíritos e atrair fertilidade. A Lupercália era marcada pelo momento em que os homens retiravam de um jarro o nome das mulheres que seriam suas companheiras nessa festa e nas seguintes. Posteriormente, alguns desses casais se apaixonavam e se casavam, porque teriam o que se considera “sorte no amor”. Essa expressão envolve ser agraciado através do sorteio, que, inicialmente, seria puro acaso. Não obstante, o sentido esotérico de sorte abrange saber o instante adequado para consolidar um plano. Percebemos, então, que o sentido dado a esta palavra se afastou significativamente do seu conceito original. Fica também evidente a inexistência da sorte como percebida nos tempos atuais, mas, sim, que ela obedece às Leis Cósmicas, sobretudo, a Lei de Atração. O oculto no Dia dos Namorados se apresenta.
A celebração dos apaixonados potencializa a vibração e atrai a pessoa amada para o campo magnético do emissor. Não se trata de magia ou acaso. Antes, falamos do Poder Divino[3] manifesto em nós. Por isso, quando pensamos em viver um amor com a firme convicção de sua existência, a materialização dessa realidade ocorre, obedecendo o Mistério denominado Tempo.
Portanto, o Dia dos Namorados, longe de uma data comum, oferece a oportunidade vibracional para ser A Unidade Eterna, Princípio de Todas As Coisas, que utiliza o desejo para cocriar sonhos.
[1]Dedico esse texto a minha noiva, Andrêina.
[2]Armando Januário dos Santos é Trabalhador da Luz, Mestre em Psicologia, Psicólogo (CRP-03/20912) e Palestrante. Contato: (71) 98108-4943 (WhatsApp)
[3]Em João 10:34, Jesus de Nazaré argumenta com seus opositores: “na Lei de vocês está escrito que Deus disse: “Vocês são deuses”” (O Mestre Jesus, em João 10:34). Deixamos com a pessoa do leitor a perspicácia para compreender o ensino secreto do Mestre.