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Artes

Fotógrafo baiano Talbert Igor, vence Prêmio Nacional de Fotografia

Jamile Menezes

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foto mostra o fotógrafo baiano Talbert Igor, vestindo uma camiseta azul com estampa floral, em frente a uma parede bege
Foto pessoal_Talbert Igor - Crédito Ana Pedrosa

Mestrando do Pós-Cultura na UFBA, fotógrafo e pesquisador ganhou 1º lugar  com retrato da cultura popular de sua cidade natal, Cipó (BA).

O fotógrafo, cineasta e pesquisador baiano, Talbert Igor ganhou o primeiro lugar no XII Prêmio Fotografia – Ciência e Arte, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Talbert foi premiado na Categoria I, relativa a imagens produzidas por câmeras fotográficas, com a obra intitulada “Mestre Zé Verde – A Gaita Ancestral do Brejinho”.

Nela, ele retrata José João da Mata, conhecido como Zé Verde, um dos poucos remanescentes da cultura popular da gaita no município de Cipó (BA).

O prêmio contempla imagens produzidas por estudantes de graduação e pós-graduação, graduados e pós-graduados, docentes, pesquisadores brasileiros e estrangeiros com visto permanente no Brasil. Ele é graduado em Cinema e Audiovisual pelo IHAC (UFBA) e mestrando do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFBA). Talbert já havia sido contemplado com o segundo lugar na mesma categoria, na XI edição do prêmio, em 2021.

“Sou oriundo da zona rural do sertão baiano, de escola pública e programa de assistência estudantil universitária. Ganhar esse prêmio também é uma reafirmação pessoal na crença da educação como força de transformação, é mais uma mostra da importância que a minha família e os incentivos públicos sociais tiveram para o meu desenvolvimento”, afirma.

Em sua pesquisa de mestrado, Talbert trabalha com a linguagem fotográfica e planeja entregar, além da dissertação, um livro-objeto fotográfico com imagens autorais que desenvolve desde 2015, retratando as mais variadas manifestações culturais populares cipoenses. “Acredito na imagem como modo de estar no mundo, assim como na sua potência subjetiva, sensível, educadora e de transformação das realidades. Poder utilizar a fotografia para a construção de sentidos e conhecimentos, junto com a escrita acadêmica, é de uma satisfação enorme e me deixa muito contente”, conclui.

Sobre o artista:
Talbert Igor Santana de Oliveira é um artista visual, fotógrafo e cineasta baiano. Ele pesquisa e cria trabalhos visuais sobre cultura popular e memória. Talbert é cofundador do selo Candeia – Objetos de Arte e mediador em artes visuais e saúde mental. Ele dirigiu curtas-metragens e publicou livros com suas fotografias. Seu trabalho foi exibido em mostras e festivais no Brasil e no exterior, recebendo prêmios. Atualmente, ele está cursando mestrado em Cultura e Sociedade, explorando a cidade de Cipó em sua pesquisa fotográfica e investigação sobre seu desenvolvimento.

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Informações à imprensa

Gisele Santana (71) 98872-5492

contato@gicomunica.com

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Artes

Coletivo Nosso Kilombo leva Sambas, Artesanias e Resistências culturais para Itapuã

Jamile Menezes

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Coletivo Nosso Kilombo

De julho a dezembro, as ruas do bairro de Itapuã serão tomadas pelo projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” do Coletivo Nosso Kilombo, movimento surgido em 2018 na Festa de São Tomé, umas das festas mais tradicionais do bairro. O projeto terá diversas ações culturais de rua, como samba de roda, rodas de fuxicos, conversas intergeracionais com mestres griôs da comunidade, caminhada no Abaeté e cortejo artístico.

O intuito é retomar, preservar e ressignificar as tradições culturais típicas do bairro de Itapuã, o espírito de insurgência da comunidade negra e indígena na localidade. Trazendo a memória de resistências históricas do bairro, como por exemplo o Quilombo Buraco do Tatu, o projeto convoca a comunidade a olhar para seu território com senso de pertencimento. Além de fortalecer a presença dos ditos “sambas de boi”, como os bois Bumbapuã e Boca de Ouro, construídos a muitas mãos por mobilizadores culturais de outras gerações, e que hoje são “maternados” pelo Coletivo Nosso Kilombo.

“Para além de tocar consciências e corações através do toque dos tambores, cantos orgânicos e curativos, da dança raiz, cores e brilhos; de toda esta ritualística, o Coletivo quer ver tudo isto em manifestação constante,como necessidade vital, com honra, comprometimento e coração, demonstrando, assim, o poder do sentimento de pertencimento de um lugar e sua cultura”, diz Verônica Mucúna, artivista cultural, agitadora social e uma das fundadoras do Nosso Kilombo.

Ações culturais

O projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” começa em julho, quando serão realizadas as “Rodas de Fuxicaria – Conspirar para construir”, nos dias 11, 18 e 25, na Praça da Rua da Literatura. Os encontros serão para confecção artesanal de fuxicos, com presença de mestres griôs da comunidade, reunindo moradores de Itapuã de diversas idades e estudantes de escola pública. As Rodas terão as participações ancestrais da Mestra Anamaria das Virgens (RevisÁfrica / Nosso Kilombo), Mestre Ulysses dos Santos (Afoxé Korinagô / Nosso Kilombo) e Mestra Damiana do Pandeiro (Roda de Samba das Mulheres de Itapuã). No último dia (25), encerrando a primeira etapa do projeto, haverá o Samba do Fuxico, com Nosso Kilombo.

Já no mês de agosto, dia 29, a ação será o “Arroz de Graças – Partilhar para Reunir”, um movimento tradicional que visa a distribuição de arroz doce com samba de roda na Praça da Igreja Católica do bairro de Itapuã. O arroz será distribuído para cerca de 200 pessoas.

Em setembro, no dia 22, será o momento da “Caminhada Patrimonial – Caminhar para Convocar”, reunindo estudantes de escolas públicas de Itapuã, focando na preservação do meio ambiente e patrimônio cultural da região. A caminhada chama atenção para o progresso de projetos de urbanização que ameaçam a área, traz à tona campanhas de conscientização sobre a importância da Lagoa do Abaeté e a defesa do patrimônio histórico e cultural do local.

Finalizando o projeto, em dezembro será realizado o “Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir”, ação artística que vai percorrer a ruas do bairro de Itapuã, partindo da praça da Igreja (Praça Dorival Caymmi) em direção ao Cruzeiro de Piatã, integrando a Festa de São Tomé e celebrando os 07 anos do Coletivo Nosso Kilombo.

O projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo ,Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

Mestra Anamaria das Virgens /Foto Pio Filho

Sobre Mestras e Mestre 

Mestra Anamaria das Virgens é uma das fundadoras do grupo cultural as Ganhadeiras de Itapuã, é cantora, compositora, artesã, educadora e foi ganhadeira e lavadeira nas margens do Abaeté. É mestra orientadora do Coletivo Nosso Kilombo e rainha coroada por ele com mais de 50 anos dedicados à atividade cultural no território.

Mestra Damiana do Pandeiro/Foto Fabíola Campos

Mestre Ulysses dos Santos é uma das principais lideranças de Itapuã, mobilizador cultural e presidente do Afoxé Korin Nagô. Foi diretor de bateria por mais de 10 anos de blocos afros como Malê Debalê, Filhos de Gandhy e ganhador da Medalha Zumbi dos Palmares.

Mestra Damiana do Pandeiro é compositora, percussionista, madrinha da Roda de Samba de Mulheres, Baiana de Acarajé e Ganhadeira de Itapuã.

Mestre Ulysses dos Santos/Foto Pio Filho

Sobre o Coletivo Nosso Kilombo

O Coletivo Nosso Kilombo tem iniciativas de preservação e ressignificação das tradições culturais do território de Itapuã. Vem realizando, desde 2018, intervenções com objetivo de valorização da brincadeira de rua e das tradições afroindígenas presentes na culinária e nos sambas juninos do território, fomentando o pertencimento comunitário entre os moradores. suas ações contribuem para a patrimonialização da cultura em todas as suas expressões, como forma de barrar as recorrentes investidas da especulação imobiliária e de práticas do racismo religioso na localidade. Construiu, junto com Mestre Ulysses, o boi Boca de Ouro, um dos tradicionais bois da Festa de São Tomé, representando o legado ancestral como forma de manter vivo os sambas de boi, samba duro e samba de roda da localidade, que tem se tornado cada vez mais escasso na cultura de Itapuã.

PROGRAMAÇÃO

JULHO – Praça da Rua da Literatura – Itapuã

Roda de Fuxicaria com Mestra Anamaria das Virgens (RevisÁfrica / Nosso Kilombo)

Data: 11/07, das 14h às 17h

Roda de Fuxicaria com Mestre Ulysses dos Santos (Afoxé Korinagô / Nosso Kilombo)

Data: 18/07, das 14h às 17h

Roda de Fuxicaria com Mestra Damiana do Pandeiro (Roda de Samba das Mulheres de Itapuã) e Samba do Fuxico com Nosso Kilombo

Data: 25/07, das 15h às 20h

AGOSTO – Praça da Igreja Católica – Itapuã

 Arroz de Graças – Partilhar para Reunir: distribuição de arroz doce com samba de roda

Data: 29/08, 18h

SETEMBRO – Concentração no Busto de Mãe Gilda – Parque Metropolitano do Abaeté.  Caminhada Patrimonial – Caminhar para Convocar

Data: 22/09, 13h às 16h

DEZEMBRO – Concentração às 17h na Praça da Igreja Católica. Cortejo em direção ao Cruzeiro de São Tomé em Piatã

Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir: Cortejo de aniversário do Nosso Kilombo e  celebração da Festa de São Tomé (uma das mais antigas de Itapuã).

Data: 20/12, a partir das 17h

Foto: Fabíola Campos

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Artes

Oficina de processos criativos com Goya Lopes abre inscrições no MAM

Iasmim Moreira

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Goya

Estão abertas até a próxima quarta-feira (2) as inscrições para a Oficina de Processos Criativos, ministrada pela artista visual Goya Lopes, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). A atividade integra o projeto “Cutucar o MAM – 45 anos de Oficinas Criativas”, realizado pela VIA Press Comunicação em parceria com o museu, que celebra as oficinas promovidas pelo MAM ao longo dos seus 45 anos.

A oficina, com 30 vagas gratuitas, é voltada preferencialmente para pessoas que já trabalham com xilogravura e acontece aos sábados, nos dias 5, 12 e 19 de julho, das 13h30 às 17h30, no Galpão das Oficinas do MAM, localizado no Solar do Unhão. Os participantes serão convidados a explorar processos artísticos que envolvem desenho, criação de padrões, memória cultural e impressão manual.

Antes do início da oficina, no dia 4 de julho, das 15h às 17h, será realizada uma roda de conversa aberta ao público com Goya Lopes, na Galeria 3 do MAM, sem necessidade de inscrição prévia. Todas as atividades terão intérpretes de Libras para garantir acessibilidade.

As xilogravuras produzidas durante a oficina serão impressas e costuradas em um painel entre os dias 21 e 26 de julho. Este painel integrará a exposição “Okòtò: Espiral da Evolução”, de Goya Lopes, que está em cartaz no MAM com visitação gratuita.

O projeto “Cutucar o MAM” foi contemplado pelo edital da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura (SecultBA), vinculada ao Ministério da Cultura.

Sobre Goya Lopes
Designer têxtil, empresária e artista plástica, Goya Lopes é referência nacional no design inspirado nas culturas africana e afro-brasileira. Formada em Belas Artes pela UFBA e com especializações na Itália, a artista é conhecida pelas xilogravuras impressas em tecido e pela criação da marca Didara, que utiliza a estamparia para contar histórias da relação entre Brasil e África.

Serviço

  • Roda de Conversa: 4 de julho, 15h às 17h, Galeria 3 do MAM – entrada gratuita

  • Oficina de Processos Criativos: 5, 12 e 19 de julho, 13h30 às 17h30, Galpão das Oficinas do MAM – 30 vagas gratuitas

  • Inscrições: nos perfis do Instagram @bahiamam e @cutucaromam

Foto: Renan Benedito

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Artes

Última semana de ‘Jayme Fygura: De Corpo e Alma’ na CAIXA Cultural

Iasmim Moreira

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Jayme Fygura

A exposição inédita “Jayme Fygura: De Corpo e Alma” segue em cartaz na CAIXA Cultural Salvador até o dia 6 de julho. A mostra é um tributo póstumo ao artista plástico, poeta e performer que deixou uma marca profunda na cena cultural da cidade com sua estética singular e vivência artística intensa.

Realizada pela Ernesto Bitencourt Galeria de Arte e com curadoria do artista e pesquisador Danillo Barata, a exposição reúne dezenas de obras inéditas de Jayme Fygura, incluindo pinturas, esculturas, objetos performáticos, manuscritos, estudos, documentos e vestimentas. O público também pode conferir projeções audiovisuais, entre elas o documentário Sarcófago, de Daniel Lisboa, e registros de shows do artista.

Conhecido como “o homem da máscara de ferro”, Jayme Fygura explorou temas como corpo, espiritualidade e resistência. Suas obras, construídas a partir de materiais reciclados, apresentam figuras híbridas e impactantes que desafiam noções de humanidade e subalternidade. A paleta de cores, marcada pelo dourado, vermelho e azul, evoca a cosmologia afro-brasileira, com referências visuais aos orixás Obaluaiê e Exu.

A exposição oferece uma experiência imersiva e inclusiva, com recursos de acessibilidade como tradução em Libras, audiodescrição e placas em braile, reafirmando o compromisso da CAIXA e do Governo Federal com a valorização da arte contemporânea brasileira e da diversidade cultural.

Serviço:
Exposição “Jayme Fygura: De Corpo e Alma”
Visitação: Até 6 de julho de 2025
Horário: 9h às 17h30 (terça a domingo)
Local: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro
Classificação: Livre
Entrada gratuita
Mais informações: www.caixa.gov.br/caixacultural

 

Foto: Daniel Lisboa

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