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Conceição Evaristo é tema de concurso da Fundação Palmares

Selecionar três obras literárias inéditas que abordem o gênero afrofuturismo, além de incentivar a produção de novos talentos e valorizar a carreira de escritores já consagrados. Além de celebrar a escritora Conceição Evaristo.
Esse é o objetivo do Prêmio Conceição Evaristo de Literatura Afrofuturista, promovido pela Fundação Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura.
Três autores serão selecionados com obra de, no mínimo, 29 páginas. E receberão prêmios individuais de R$ 30 mil. Para participar, os interessados devem encaminhar formulário digital, anexar documentação exigida e a obra em formato PDF. As inscrições se encerram em 25 de setembro.
O candidato pode escrever em qualquer gênero, técnica ou estilo literário, desde que “contenham características fundamentais das narrativas afro futuristas como tema principal ou em elementos que remetam a essa estética”.
Homenageada
Linguista, Conceição Evaristo é a celebrada escritora afro-brasileira que inspira o concurso. Aos 76 anos, ela tem um acervo de livros de romance, poema e contos. Em 2015, faturou um dos mais importantes prêmios brasileiros, o Jabuti, na categoria contos e crônicas.
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946. De origem humilde, migrou para o Rio de Janeiro na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino da capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade (1996), e Doutora em Literatura Comparada na Universidade Federal Fluminense, com a tese Poemas malungos, cânticos irmãos (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira em confronto com a do angolano Agostinho Neto.
Formulário no site do MinC.
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Cantoras Carla Lis e Ju dos Santos são convidadas do Grupo Botequim

As cantoras Carla Lis e Ju dos Santos serão as convidadas do Grupo Botequim nesta sexta-feira (14), no Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo, a partir das 21h, comemorando o Mês da Mulher. A roda de samba mais aguardada de Salvador promete agitar a noite com um repertório especial, que mistura a tradicional energia do samba de raiz com músicas que exaltam o poder feminino, o empoderamento e a beleza das mulheres. Os ingressos estão disponíveis no Sympla.
Para Roberto Ribeiro, um dos fundadores e cavaquinista do grupo, a roda especial do Mês da Mulher é uma forma de reverenciar o legado de artistas importantes que passaram pela história do samba. “Ficamos muito felizes em entender que a mulher sempre esteve e hoje está muito mais, e pode ainda estar muito mais no espaço que sempre foi delas de direito, mas que esse mundo machista muitas vezes barrou”, afirma.
“O Botequim vai homenagear essas figuras importantes e históricas que, no processo de fortalecimento do samba, foram pontos fundamentais para que o samba resistisse, desde Tia Ciata e muitas outras. Apesar do machismo também presente dentro do samba, hoje em dia a gente já vê uma quantidade enorme de grupos formados por mulheres, artistas, cantoras, pelo Brasil todo. Estamos muito felizes com a participação dessas duas figuras incríveis, que são Carla e Ju, fazendo essa representação”, comenta Roberto.

Ju dos Santos | Foto: Divulgação
Sobre as convidadas
Potiguar radicada em Salvador, Ju dos Santos vai contribuir para a roda com seu carisma e timbre forte, que vem conquistando espaços cada vez maiores, como o Carnaval de Salvador, onde cantou pela primeira vez a convite do Camarote Expresso 2222. Cantora, compositora e mulher trans negra, Ju Santos reforça seu compromisso com a diversidade e a representatividade feminina e trans.
Cantora desde os 9 anos de idade, Carla Lis tem toda uma vida dedicada à música popular brasileira e ao samba. Em 98, ingressou na Banda Feminina Didá como vocalista da banda principal, representando o “Samba Reggae” por vários países. Hoje em carreira solo, Carla Lis continua contagiando o público com seu samba.
A roda de samba de março do Botequim se destaca não apenas pela qualidade musical, mas também pelo seu simbolismo. A escolha do repertório foi pensada para homenagear mulheres que fizeram história no samba e para dar espaço a vozes que representam o empoderamento feminino.
Além das canções tradicionais do gênero, o público poderá se deliciar com uma seleção de composições que reverenciam a força, a luta e o brilho das mulheres, mostrando a importância da presença feminina tanto na música quanto na sociedade.

Foto: Marina Alfaya
Sobre o Grupo Botequim
Símbolo de resistência e afirmação do samba na Bahia, o Grupo Botequim tem 18 anos de história e carrega alegremente a responsabilidade pela ampliação da vivência em torno do gênero musical na cidade de Salvador. Com canções autorais registradas no álbum “Festa no Botequim” (2016), o grupo apresenta um trabalho autoral consolidado, sendo reconhecido nacionalmente pelo trabalho de pesquisa sobre o samba tradicional de todas as regiões do país.
O Grupo Botequim é formado por Roberto Ribeiro (cavaquinho e voz), Washington Rodrigues (violão e voz), Tito Fukunaga (flauta e percussão), Bolota (percussão), Lalá Evangelista (percussão) e Brinquedo (surdo).
Serviço
Roda de Samba de Março – Grupo Botequim celebrando o mês da mulher
Local: Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo
Data: 14 de março (sexta-feira)
Horário: 21h
Ingressos no Sympla
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Márcia Short é convidada de Lan Lanh e Mário Soares segunda (17)

Os artistas Lan Lanh e Mário Soares ‘Num Axé Pra Lua’ vão carnavalizar a Praça Quincas Berro D’Água nesta segunda-feira (17), às 20h, no Pelourinho. O violinista Mário Soares e a percussionista Lan Lanh voltam a mergulhar na música afro-brasileira com participação da convidada especial, Márcia Short, cantora que faz parte da trajetória da axé music. Os dois contam com a companhia de músicos de peso: Ruan de Souza (violão), Alexandre Vieira (baixo) e Robinson Cunha (bateria). O evento é aberto ao público.
No título, o show festeja a primeira canção de Luiz Caldas a tocar no rádio, Axé pra Lua, três anos antes de o cantor, compositor e multi-instrumentista lançar a axé music, que comemora 40 anos. Uma homenagem que se estende à música baiana e à diversidade do autor de Fricote, que dedicou aquele primeiro sucesso ao Velho Lua, apelido de Luiz Gonzaga, inevitavelmente presente no dueto dos musicistas. É impossível não dançar com o diálogo entre as melodias e acordes clássicos, brasileiros e caribenhos do violino de Mário com a batida de Lan Lanh, que mistura o pop com o sagrado dos terreiros.
“Nosso encontro e o repertório ratificam essa abertura para vários espectros da música, tirando o violino do lugar exclusivamente erudito e trazendo a percussão para um diálogo paradoxalmente harmônico. Ritmo no violino e harmonia no batuque”, descreve Lan. “O encontro do violino com o universo percussivo de Lan Lanh nos traz um mundo de possibilidades e cores. A sonoridade rica e diversa que orquestramos é desafiadora e surpreendente!”, define Mário.

Foto: Divulgação
Já que o legado da Mãe África é o eixo central do show, sempre é bom garantir a bênção dos orixás. “Vamos começar pedindo licença a Iemanjá, com Batuque nas Águas (Naná Vasconcelos), Sereiar (Lan Lanh/ Robson Nonato) e Sexy Iemanjá (Pepeu Gomes), para abrir o show que traz o DNA de dois artistas que navegam por mares do afro, seja no baião de Qui nem jiló (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira) ou no Lamento Sertanejo (Gilberto Gil/ Dominguinhos), canções que Mário Soares trouxe pro repertório”, conta Lan.
Para fechar, os dois homenageiam Osmar Macêdo, um dos pais do trio elétrico, com o frevo Taiane, e Moraes Moreira, primeiro artista a levar voz às “multidões sem cantor” do trio elétrico. Lan Lanh define seu encontro com Mário Soares tomando emprestada a expressão “forroxé”, desse sucesso inicial de Luiz Caldas, ou seja, Nordeste com axé. Mário descreve essa relação no show: “À medida que o violino se revela, também, como uma rabeca, esteticamente, no toque, nos acompanhamentos, na maneira de interpretar, Lan Lanh traz o pandeiro, uma percussão que vai para esse lugar do barro do chão, do sertão, e esse lugar celebra a região Nordeste”.
“Quem espera uma conversa entre os instrumentos dentro dos âmbitos tradicionais dos musicistas quebrou o queixo. O violino de Mário e a parede percussiva de Lan Lanh tornaram-se protagonistas numa ode à música brasileira baiana e caribenha. No palco, os dois escalonam encontros memoráveis como o do violino/berimbau, instrumento bem estereotipado na cultura baiana, e o violino/cajón (acentuando todo um sotaque latino marcado pelo show”, afirma Sérgio Maggio, jornalista, dramaturgo e diretor teatral.
No show, Lan toca um medley com músicas do Velho Lua e ritmos afins, como baião, ijexá, xote e coco. “Todo show eu faço isso”, conta. Mário também toca Gonzaga e dimensiona sua importância: “Luiz Gonzaga é o rei da estrutura levada pro país inteiro que fez com que o Brasil respeitasse, entendesse e lesse de forma mais ampla o Nordeste’’.
Serviço
O quê: Show Lan Lanh e Mário Soares num axé pra lua
Quando: 17 de fevereiro (segunda-feira), às 20h
Onde: Largo Quincas Berro D’Água, no Pelourinho
Atrações: Lan Lanh (percussão e voz) e Mário Soares (violino e voz)
Banda: Ruan de Souza (violão), Alexandre Vieira (baixo) e Robinson Cunha (bateria)
Entrada gratuita
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Parada Popular – Tributo à Música Brega acontece no Jubiabar quarta (12)

O show “Parada Popular – Tributo à Música Brega” acontece nesta quarta-feira (12), às 20h30, em sua última apresentação da temporada “Quartas Culturais”, com produção de Deo Carvalho. A apresentação ocorre no Jubiabar, no Rio Vermelho, e faz um resgate sensível e minucioso do repertório do estilo denominado ‘brega’, prestando uma homenagem e reverenciando os autores, cantores e cantoras desse movimento musical, prometendo ainda mais emoção com os convidados Sandra Simões e Estevam Dantas.
O projeto nasce como uma segunda vertente do Doc Musical: Breve História da Música Brega, que está em cartaz há sete anos, passando pelos palcos dos mais importantes teatros da cidade. O objetivo é revelar a beleza e a importante influência que este repertório tem na vida de quase toda a população do nosso país, das mais variadas classes sociais. Desde o seu nascimento, nos anos 60, até os nossos dias, esse estilo vem marcando as composições e o cancioneiro popular gerando hits que embalam a história de vida das pessoas e da nossa sociedade como um todo.
Ficha técnica
Cantores: Pedro de Rosa Morais e Sancho
Músicos: Márcio Melgaço, Fabrício Cyem e Rafael Santana
Direção: Kaika Alves
Serviço
O quê: “Parada Popular – Tributo à Música Brega”
Quando: Quarta-feira (12), às 20h30
Onde: Jubiabar – Rua Conselheiro Pedro Luiz, 79 A – Rio Vermelho
Couvert: R$ 40,00