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Cultura

Hip-Hop será Patrimônio Imaterial da Bahia

Jamile Menezes

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Dj Branco no centro junto à Tata Ricardo à direita e Luciana Mandelli à esquerda seguram protocolo nas mãos.

Foi protocolado nesta quarta-feira (26), no Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia – IPAC, órgão ligado a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SECULT, do Governo do Estado, pela Casa do Hip-Hop Bahia o pedido de abertura do processo de registro especial da Cultura e Movimento Hip-Hop como Patrimônio Imaterial do Estado.

A reunião aconteceu na sede do IPAC com a presença do Dj Branco, secretário executivo e coordenador geral da Casa do Hip-Hop Bahia, de Luciana Mandelli, diretora-geral do Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia – IPAC, e de Tatá Ricardo Tavares, presidente da Câmara de Patrimônio Artístico Arqueológico e Natural do Conselho de Cultura do Estado da Bahia. Na pauta, foram dialogadas demandas referentes à política pública no estado e cultura hip-hop.

Luciana Mandelli, ressaltou a importância de reconhecimento e salva guarda da cultura hip-hop. “Quero agradecer primeiro à Casa do Hip-Hop Bahia por tomar essa iniciativa e se somar ao movimento da Construção Nacional do Hip-Hop. Que apresentou ao IPHAN a solicitação do registro especial nacional do reconhecimento como cultura imaterial do Brasil. Aqui na Bahia, o hip-hop tem uma função mais importante ainda porque quando a gente fala sobre formação e identidade cultural, tem a ver com a organização de cultura periférica em todo o estado. Com a história do movimento negro na cidade, então, o hip-hop na Bahia tem essa característica própria, e a gente está muito feliz em poder contribuir com esse processo. O IPAC se coloca à disposição da Casa do Hip-Hop Bahia e outros organismos do movimento hip-hop para que a gente possa fortalecer a salvaguarda de memória da cultura e movimento”, disse.

Tatá Ricardo afirmou que esse é um momento histórico. “ O movimento hip-hop é uma arte afirmativa que ocupa espaço com um grande papel transformador, educador e emancipador da população. Em especial da população periférica, a população negra,  que de fato através de sua arte, da construção da arte-educação, tem libertado e salvado vidas. Tem reconstruído sonhos cantados, dançados, grafitados, a favor da vida em versos e prosas. Então, o hip-hop ter esse reconhecimento estadual não é nada mas justo pela sua contribuição e merecimento, porque o povo da Bahia já reconhece”, afirmou.

“O hip hop é um movimento sócio-político-cultural e econômico, que ajudou e está ajudando a reconstruir esse país. Formado por jovens negros/negras em sua maioria de comunidades periféricas, que utilizam os elementos da cultura hip hop (rap, break, graffiti, Dj) como importantes ferramentas de educação, conscientização, transformação social. Promove a cidadania, elevação da consciência e resgata a autoestima. Dialogamos diretamente com aqueles e aquelas que o poder público não dialoga. Por isso, e entre outras coisas, é importante esse reconhecimento”, afirmou Dj Branco.

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Cultura

Expo Axé promove roda de conversa na Caixa Cultural sexta (14)

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação
A última roda de conversa do projeto ‘Expo Axé: A Força Sonora e Visual de um Movimento’ chega ao seu encerramento no dia 14 de março (sexta-feira), às 17h, na CAIXA Cultural Salvador. Sob o tema “Agradecer o ontem, viver o hoje e plantar o amanhã!”, o evento reunirá grandes nomes da música baiana para um bate-papo sobre o legado e a evolução do Axé Music. A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço.
O encontro contará com a presença dos artistas Tonho Matéria e Amanda Santiago, além dos compositores Rafa Lemos e Brenno Casagrande, que compartilharão suas experiências e visões sobre o gênero que transformou a cena musical da Bahia e do Brasil. A mediação será do curador Jonga Cunha, que conduzirá a conversa em um momento de celebração e reflexão sobre o impacto do Axé Music ao longo dos seus 40 anos.
A Expo Axé tem sido um espaço de valorização e resgate da história desse movimento cultural, destacando sua identidade visual, musical e social. Ao longo de sua exibição, a exposição promoveu debates, apresentações e encontros que reforçaram a importância do Axé como um dos estilos musicais mais emblemáticos do país.
Além da programação cultural, o evento promove uma ação solidária: os visitantes são convidados a doar 1kg de alimento não perecível, que será arrecadado na entrada da exposição. Mais informações: @ExpoAxe40anos | www.ExpoAxe40anos.com.br
Serviço

O quê: Última Roda de Conversa da Expo Axé

Tema: “Agradecer o ontem, viver o hoje e plantar o amanhã!”

Quando: Dia 14 de março de 2025 (sexta-feira)

Horário: Às 17h

Onde: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, nº 57, Centro

Quanto: Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)

Ação solidária: Doação de 1kg de alimento não perecível

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Cultura

3º Round BR chega a Salvador trazendo circuito freestyle

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Considerado o maior circuito de freestyle do Brasil, 3º Round BR chega a Salvador nos dias 21 e 22 de março (sexta e sábado), tornando a capital baiana como o centro do Hip-Hop nacional, com batalhas entre os melhores MC’s do Brasil. Três campeões nacionais e nove campeões estaduais estão confirmados para esse encontro inédito, que fortalece a cena do freestyle no Norte-Nordeste.

A grande final acontece na Praça das Artes, no Pelourinho, com apresentações de Ravi Lobo, Suiky (999) e Afrocidade, além dos DJ’s Iano e Jarrão garantindo o som. Mais informações no insta @3roundoficial | Pyedra Barbosa – (71) 98526-3088 e Cosca – (71) 99196-4061.

Programação:

21/03 (sexta) – Califórnia Studios (DOCA1)
Coletiva de Imprensa + Vish Flow – Esquenta (Evento fechado)

22/03 (sábado) – Praça das Artes, Pelourinho

Grande Final | Entrada gratuita | 15h

 

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Cultura

Agbelas entrega Oferenda Musical para Iemanjá no Rio Vermelho 

Ana Paula Nobre

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Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso
A Orquestra Agbelas voltou a Salvador no dia 2 de fevereiro de 2025 para a segunda edição de sua Oferenda Musical para Iemanjá, performance que uniu danças, ritmos e cantos de matriz afrobrasileira. Formada majoritariamente por mulheres tocando xequerês (ou agbês) – instrumento de percussão de origem africana -, o grupo reuniu cerca de 100 participantes, incluindo 60 mulheres de diferentes gerações dos dois aos 70 anos, vindas de diversas regiões do Brasil, além de Uruguai, Chile e Canadá.
A apresentação integrou a 18ª edição do Festival Somente Flores para Iemanjá, realizado pelo Centro de Tradições Vivas Canzuá. O público acompanhou o cortejo que saiu do Largo de Santana, no Rio Vermelho, por volta das 6h da manhã, em direção à Praia da Paciência, onde ocorreu a conclusão da celebração em homenagem à Rainha do Mar.

Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso

O destaque especial ficou por conta da parceria com a Escola Aguidavi do Jêje, localizada no Terreiro do Bogum, no Engenho Velho da Federação, no qual crianças tiveram um momento de apresentação solo e depois se juntaram à Orquestra. O projeto, subsidiado pela Lei Paulo Gustavo, envolve aulas de percussão, confecção de xequerês e criação de figurinos. No repertório, ritmos de matriz africana (Opanijé, Ijexá e Ilú) e referências populares como ciranda, maracatu e samba.

“Reunimos um número recorde de mulheres e a diversidade está em cada detalhe. Da idade, com crianças de dois a senhoras de 70 anos, ao nível de experiência com o instrumento. Tem aluna que nunca havia tocado antes e veio a Salvador, sobretudo, para reverenciar mãe Iemanjá”, ressalta Gio Paglia, líder e fundadora da Orquestra e da iniciativa Agbelas.
Para a terapeuta e enfermeira soteropolitana, Vanda Machado, participante do projeto Agbelas, que é constituído eminentemente por mulheres que se habilitam a tocar o Agbê, “tocar esse instrumento nos permite transcender e viver a nossa essência feminina, rica de suavidade e leveza. Ser Agbelas é acreditar nas nossas potencialidades artísticas, musical e acima de tudo espiritual. Confesso que o meu mergulho nesse universo do sagrado feminino tive um outro olhar sobre eu mesma. Tudo se iniciou com a oficina de Agbê, onde foi possível me autoconhecer entre cada detalhe construtivo, desde a abertura da cabaça, a sua higienização e decoração e consequentemente o saculejar do instrumento emitindo sons que vão do ritmo Ijexá ao Maracatu”.

Foto: Estúdio Casa de Mainha | André Frutuoso

Sobre a Agbelas
Fundada em Brasília em 2019 por  Gio Paglia, a Agbelas difunde o legado ancestral do xequerê sob uma perspectiva negra, matriarcal e decolonial. Com aulas gratuitas de agbê para comunidades em situação de vulnerabilidade social, a iniciativa já passou por Chile, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, levando educação e arte afrodiaspórica para diversos públicos.
Patrícia Bernardes Sousa é jornalista, redatora e integra projetos de impacto social, letramento, educação e cultura e é colaboradora do Portal Soteropreta.
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