Literatura
Casa do Benin terá lançamento de autoras negras na Flipelô

Vai ter literatura preta na Flipelô, e vai ser na Casa do Benin.
É na sexta-feira, dia 11 de agosto a partir das 18h, que a editora Malê realiza o lançamento do livro “Estampas do Abismo”, da poeta Jovina Souza, “um ofertório de poemas” que convida a uma afirmação da vida. Formada em letras vernáculas, Jovina é especialista em estudos literários e em ensino da história e da cultura afro-brasileira.
A Malê lança ainda “A Galinha Conquém”, livro infantil inspirado em um antigo mito africano que narra uma história de coragem, superação e amizade, da historiadora Vanda Machado. A escritora, através de palavras e ilustrações, nos estimula a pensar sobre a boa convivência entre as pessoas e com o meio ambiente. Além da sessão de autógrafos, as escritoras participarão de bate-papos com o público presente.
Sábado
A partir das 15h, ocorre o lançamento do livro ilustrado “Àwon Ona Jagun – Narrativas de Mãe Carmen de Osaguian”, pela Editora Tecnomuseu, que em poesia conta algumas histórias da vida de yalorixá do Gantois, no desafio de “documentar” pilares e valores, e assegurar que os preceitos de matriz africana adentrem o futuro. O livro é escrito por filhos de santo do terreiro, sendo eles Tanira Fontoura, Tiago Coutinho, José Ricardo Lemos e Rubens Caldas. A produção artística é do designer Breno Loeser.
Casa do Benin
Na encruzilhada que dá acesso ao Pelourinho, Taboão, Santo Antônio Além do Carmo e Barroquinha, um casarão branco nos lembra cotidianamente há 35 anos o intercâmbio sociocultural e político entre dois países, uma relação que é retomada entre os anos de 1986 e 1988, no projeto Bahia-Benin, encabeçado pelo então prefeito de Salvador na época, Mário Kertész, através da recente criada Fundação Gregório de Mattos (FGM). Fluxo e refluxo, que deu origem à Casa, equipamento cultural inaugurado no dia 06 de maio de 1988. Dentro das comemorações, ocorre a exposição Lapso Temporal , com fotografias e documentos do Acervo Arlete Soares. Um chamamento imagético que reacende as relações Bahia-Benin.
Literatura
“Conto Aqui, Conto Ali” abre convocatória para autores infantis de Salvador

Foto: Silara Aguiar
Literatura
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Literatura
Meg Heloise lança livro ‘Na Beira’ no Museu de Arte da Bahia

A escritora e pesquisadora Meg Heloise lança no próximo dia 13 de junho seu primeiro livro solo de poesias, Na Beira, publicado pela Editora Segundo Selo. A obra reúne 45 poemas que atravessam memórias, afetos e vivências de uma mulher negra em constante processo de resistência e reinvenção. O lançamento acontece às 19h, no Museu de Arte da Bahia (MAB), com sessão de autógrafos e presença da autora.
A coletânea marca a estreia de Meg como autora solo, após participações em antologias nacionais e internacionais. A pré-venda do livro já está disponível e segue até o dia 11 de junho, ao valor de R$ 40.
“Na Beira é onde estou. À margem da sociedade, à margem de mim mesma, buscando compreender a minha trajetória, minha ancestralidade e os afetos que me atravessam. Escrevo para me manter viva, para não naufragar”, diz a autora, que é doutora em Literatura e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e também atua como curadora da Festa Literária de Aratuípe (FLITA), no Recôncavo baiano.
A obra tem prefácio assinado pela escritora Luciany Aparecida e orelha de Silvana Carvalho, e propõe uma travessia poética sensível e potente sobre ser mulher, negra e nordestina. Com textos escritos entre 2017 e 2024, a publicação nasceu do desejo antigo de reunir anotações que há anos habitavam blocos e cadernos. “Em 2020, comecei a organizar os poemas, mas só agora pude dar corpo a esse sonho, que foi sendo adiado pelas múltiplas tarefas e demandas da vida acadêmica e profissional”, conta Meg.
Natural de Nazaré, no Recôncavo baiano, a escritora começou a escrever ainda na infância, incentivada pela mãe e por professores da rede pública. Desde 2021, tem atuado nos bastidores da cena educacional e cultural, especialmente na formação de professores e na assessoria técnica da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
Inspirada por autoras como Conceição Evaristo, Lívia Natália, Calila das Mercês, Maya Angelou e Luciany Aparecida, Meg acredita na escrita como ferramenta de resistência, reconhecimento e prazer. “A escrita é uma possibilidade de existência. Quando escrevo, acolho a menina que fui e digo a ela: a escrita é possível, é necessária.”
Mais do que uma conquista individual, a publicação de Na Beira reflete o fortalecimento de um movimento maior: a democratização do acesso ao livro e à leitura, especialmente nos interiores. “Tenho acompanhado esse processo de interiorização das festas literárias e de formação de novos leitores e escritores. A leitura não deve ser uma prática mecânica, e sim uma descoberta prazerosa. Em minha memória, ler sempre esteve associado ao afeto, ao prazer, à liberdade”, afirma a autora.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro Na Beira, de Meg Heloise
Quando: 13 de junho (quinta-feira), às 19h
Onde: Museu de Arte da Bahia (MAB) – Salvador
Quanto: R$ 40,00
Instagram @meg_heloise
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