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Audiovisual

Mostra de Cinema Africano tem inscrições abertas

Jamile Menezes

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A imagem da Mostra de Cinema Africano tem fundo amarelo intenso e traz dois perfis de mulheres negras ligadas por uma mandala colorida.

Estão abertas as inscrições para a Mostra de Cinema Africano – Espelhos d´África, festival internacional de audiovisual que tem como principal objetivo ampliar as janelas de reproduções de obras cinematográficas realizadas por diretores africanos ou realizados em um país africano.

A Mostra de Cinema Africano – Espelhos d´África será realizada no mês de novembro de 2023, em data a ser divulgada posteriormente nas redes e site do evento, e contará com exibições gratuitas em espaços culturais e escolas públicas estaduais.

O prazo para envio de obras cinematográficas será até 10 de setembro de 2023.

O evento foi contemplado no Edital Setorial de Audiovisual 2019, e conta com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.

Serão exibidos gratuitamente longas e curtas metragens, em diferentes espaços sociais da cidade de Salvador, como salas de cinema, escolas da rede pública e praças. A lista com os filmes selecionados será divulgada nas redes sociais da mostra. Os filmes a serem exibidos serão selecionados pela organização seguindo critérios de apuro estético, representatividade e relevância.  Ao todo serão selecionados 10 filmes, entre curtas (até 30 minutos), médias (de
30 à 60 minutos) e longas (acima de 60 minutos), trazendo recortes diversos.

As inscrições poderão ser realizadas através do site: http://mostraespelhos.com

Saiba mais:

www.mostraespelhos.com

Audiovisual

“O Primeiro Beijo” estreia em Salvador no Dia da Consciência Negra

Kelly Bouéres

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O Primeiro Beijo
Ismael Silva

No Dia da Consciência Negra, Salvador recebe o lançamento do longa O Primeiro Beijo, documentário dirigido pela cineasta baiana Urânia Munzanzu. A sessão de estreia acontece no dia 20 de novembro, no circuito da Saladearte, e marca a chegada de uma obra que é ao mesmo tempo testemunho, manifesto político e ato de resistência.

Após 14 anos de investigação, o filme apresenta experiências diversas de mulheres negras que tiveram suas vidas atravessadas pelo crack, revelando como a droga — vista pela diretora como uma “tecnologia de escravização moderna” — opera como mecanismo de extermínio, apagamento e feminicídio.

O primeiro beijo” é a expressão usada em Salvador para nomear o primeiro contato com a droga. “Essa frase cheia de múltiplos sentidos, e de certa maneira irônica, guarda a dor de mulheres para as quais as experiências de amor e afeto estão atravessadas pelas mais variadas formas de violência”, explica Urânia.

A semente do projeto foi plantada em 2006, quando a diretora, então jornalista e moradora do centro da cidade, foi abordada por Rilda, uma mulher negra em situação de dependência química. “Ela disse: ‘Eu vou morrer, mas antes disso quero falar dessa droga’. A linha que me separava de Rilda era muito tênue. Era só o primeiro beijo que ela deu e eu não dei”, relembra Urânia.

Com produção da Acarajé Filmes, em parceria com a Modupé Produtora Audiovisual e Mulungu Realizações Culturais, o longa conta com trilha sonora de Jarbas Bittencourt, voz de Elza Soares narrando o poema Canarinhas da Vila, de Landê Onawale, e produção associada de Lázaro Ramos e Thiago Gomes. A equipe majoritariamente negra reforça a estética e o posicionamento político do filme.

“Temos no Brasil um processo civilizatório construído com base necropolítica, e o crack faz parte disso. Este filme olha para mulheres que tiveram seus caminhos atravessados por essa droga, mas que resistem, persistem e sobrevivem”, afirma Susan Kalik, coprodutora.

Entre depoimentos e cenas de escuta, o documentário coloca em foco as ausências do Estado, o silêncio da sociedade civil e a força das redes de apoio construídas por mulheres que enfrentam o abandono. Urânia buscou uma abordagem sensível, filmando as entrevistas em um teatro — e não nas ruas —, para devolver dignidade às personagens.

“Eu escolhi tirá-las dos lugares sujos e sem dignidade. Levei-as para um teatro, com camarim, comida boa, água, e um espaço seguro para falarem. Era sobre reconstruir a imagem delas com respeito”, afirma a diretora.

Para Urânia, O Primeiro Beijo é um filme indigesto, mas necessário. “Minha esperança é que este filme chegue para jovens negras e negros, que as escolas possam levantar esse debate. É para que a gente não morra”, conclui.

O projeto foi contemplado nos Editais Paulo Gustavo Bahia, com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, via Secretaria de Cultura, e recursos do Ministério da Cultura.

 

SERVIÇO:

Lançamento do documentário O Primeiro Beijo
 20 de novembro
Saladearte – Salvador (BA)
Direção: Urânia Munzanzu
Duração: 110 min
Classificação: 16 anos

Redes:
@munzanzuurania | @acarajefilmes | @modupe.produtora | @mulungurealizacoes | @olharfilmes_

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Audiovisual

Documentário baiano aborda a economia das folhas sagradas

Kelly Bouéres

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Jornada das Folhas
Emerson Kilendo

O documentário “Jornada das Folhas” será exibido na próxima quarta-feira (13), às 19h, no Museu Eugênio Teixeira Leal, durante o Cineclube Olodum, como parte da programação do PANAFRO FEMADUM 2025, em Salvador. Dirigido por Ravena Maia e Emerson Kilendo, o filme investiga a economia que se forma em torno da coleta e comercialização das folhas sagradas, indispensáveis aos rituais dos povos de santo.

A produção acompanha mulheres do Oiteiro, em Simões Filho, que vivem da colheita e da venda das folhas em feiras populares de Salvador, como o Mercado das Sete Portas e a Feira de São Joaquim. O filme revela o cotidiano dessas trabalhadoras, a maioria chefes de família, que sustentam saberes tradicionais enquanto enfrentam condições precárias de trabalho e baixa remuneração.

“É um trabalho de grande importância, mas marcado por riscos e desvalorização. Queremos contribuir para fortalecer essa atividade, que também é um exercício de autonomia e de conexão com a natureza”, afirma Ravena Maia.

O codiretor Emerson Kilendo reforça o caráter afetivo da produção:

“Meu avô, que é tata kambondo, participa do documentário. Ele me ensinou muito sobre as folhas. Queremos que essas pessoas sejam vistas e valorizadas, tanto simbolicamente quanto financeiramente.”

Com roteiro e pesquisa de Carla Pita e produção de Tailson Souza, o documentário integra a série “Economia do Sagrado”, que investiga as cadeias produtivas ligadas aos terreiros — das folhas aos trajes, cerâmicas e objetos rituais.

A exibição conta com apoio da DIMAS/FUNCEB, e o projeto foi contemplado pelos Editais Paulo Gustavo Bahia, com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura e do Governo do Estado da Bahia.

“Jornada das Folhas” se soma à proposta do FEMADUM 2025, que homenageia Chiquinha Gonzaga e Tia Ciata sob o tema “Celebrando a Mulher Negra na Música Brasileira”. O festival reúne ações formativas, oficinas, debates, literatura, cinema e apresentações artísticas entre novembro e dezembro, no Pelourinho.

SERVIÇO:

Exibição do documentário “Jornada das Folhas”
13 de novembro, às 19h
Museu Eugênio Teixeira Leal – Pelourinho, Salvador
PANAFRO FEMADUM 2025 – Festival de Música e Artes Olodum
Etapas:
• Atividades artísticas e culturais: 13 a 16 de novembro
• Festival de Música e Shows: 6 e 7 de dezembro
Entrada gratuita

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Audiovisual

Conversa Preta estreia 6ª edição na TV Bahia

Kelly Bouéres

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Conversa preta
Beto Foto

O “Conversa Preta” chega à 6ª edição neste sábado, 8 de novembro, logo após o Mosaico Baiano, na TV Bahia. Comandado por Luana Assiz e curadoria de Val Benvindo, o episódio de estreia, com o tema “Vim da Bahia”, terá como convidados Lazzo Matumbi, Edvana Carvalho e O Kanalha.

“É um forte encontro de gerações para falar sobre as experiências de pertencimento a essa Bahia diversa”, afirma Luana Assiz.

Segundo ela, cada convidado traz sua linguagem artística, conectando-se na ideia de que educação e cultura transformam a sociedade e fortalecem a comunidade negra.

Uma das novidades desta temporada é a gravação com plateia ao vivo, realizada no Goethe-Institut Salvador, no Corredor da Vitória, com discussões sobre três temas centrais: “Vim da Bahia”, “Memória que Move o Futuro” e “Corpos Pretos e Narrativas”.

No episódio de 15 de novembro, Vanderson Nascimento recebe Flávia Oliveira, Elisio Lopes JR e Lorena Bispo para abordar memória, arte e representatividade.

“O ‘Conversa Preta’ é a certeza de que estamos construindo um caminho diferente para as próximas gerações”, comenta Nascimento.

O último episódio, em 22 de novembro, será conduzido por Luana Souza e terá debate com Will, Valdineia Soriano e Lucas Pizane, abordando projetos culturais, juventude negra e redes sociais. “A participação da plateia trouxe ainda mais força à troca, fechando a temporada com propósito, afeto e esperança”, afirma Luana.

Desde sua criação, o programa se consolidou como referência na TV baiana, destacando a valorização das narrativas pretas. Entre os participantes de edições anteriores estão Conceição Evaristo, Fabrício Boliveira, Wanda Chase e Margareth Menezes. O “Conversa Preta” é bicampeão do Prêmio Globo de Programação.

SERVIÇO:

Programa Conversa Preta – 6ª edição
8 de novembro de 2025 (sábado), logo após o Mosaico Baiano
TV Bahia – TV aberta
Informações: @conversapreta / TV Bahia

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