Teatro
CORRE Coletivo Cênico apresenta a peça Museu do Que Somos

O CORRE Coletivo Cênico monta a peça Museu do Que Somos, que realizará sua temporada de estreia na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, entre os dias 12 e 22 de outubro de 2023, de quinta a sábado, às 20h, e domingos, às 19h.
Entre documentos oficiais, narrativas biográficas, movimentos coletivos e vivências performativas, a obra convida o público a experienciar o lugar de curador de uma exposição e construir um museu que exponha não apenas sua memória, mas sobretudo os contextos do vivido e as peças do presente.
Com direção e dramaturgia de Luiz Antônio Sena Jr., a obra mistura teatro, performance e museologia criando um ambiente onde “o espectador é convocado a se colocar como curador, auxiliando, sugerindo e compondo o Museu do Que Somos”, destaca. Nesse sentido, discute questões sociais urgentes como a perspectiva de comunidade, a hegemonia das narrativas, as representações afetivas, os impactos do colonialismo e as camadas de registro e exposição a qual temos vivido em meio a digitalização da humanidade.
A peça marca a estreia oficial do CORRE Coletivo Cênico nos palcos. Os ingressos para a peça Museu do Que Somos são vendidos na plataforma Sympla e na bilheteria do Teatro Castro Alves, com valores de R$50 (inteira) e R$25 (meia) – https://bileto.sympla.com.br/
A “peça”
A cada visita-vivência-apresentação, um novo museu, um espetáculo diferente. Entre cena e exposição, legado e performance, presença e representação, a peça Museu do Que Somos é uma obra construída no limite, na fronteira, na margem. Cada “peça” exposta é uma tentativa de colocar em evidência histórias coletivas.
A cenografia, também assinada por Luiz Antônio Sena Jr., se funde a iluminação de Marcus Lobo e ao figurino de Guilherme Hunder – criado em colaboração com o elenco.
om produção assinada pelos integrantes do CORRE (Anderson Danttas, Luiz Antônio Sena Jr e Rafael Brito), o processo de criação da peça Museu do Que Somos iniciou em maio de 2022, através de laboratórios cênicos e dramatúrgicos realizados na Casa Teatro (em Santo Amaro-BA), e, dos encontros de reflexão e prática afirmativa com homens gays, realizados ao longo do mesmo ano, através do projeto Corre Pra Sentir.
CORRE
A peça Museu do Que Somos integra o repertório de iniciativas cênico-performativas e pedagógicas do CORRE Coletivo Cênico, criado em 2019, com a finalidade de discutir, através das artes da cena e da presença, os impactos da masculinidade na construção da identidade dissidente. Sua pesquisa de linguagem se dá a partir da biografia de seus integrantes – artistas transdisciplinares, gays, negros e do interior da Bahia que se encontram residentes em Salvador: Anderson Danttas, Igor Nascimento, Luiz Antônio Sena Jr, Marcus Lobo, Muri Almeida (ator convidado) e Rafael Brito.
Serviço
O quê – peça Museu do Que Somos
Quando – 12 a 22 de outubro – quinta a sábado, às 20h, e domingo, 19h
Onde – Sala do Coro do Teatro Castro Alves
Ingressos – R$50 (inteira) e R$25 (meia) – plataforma Sympla e na bilheteria do local – https://bileto.sympla.com.
* Ingressos Promocionais – 40% de desconto para assinantes do Clube Correio e para quem fizer doação de roupas – as quais devem ser entregues na entrada do teatro, no dia em que for assistir ao espetáculo.
Teatro
Espetáculo “Um fio para liberdade” acontece sábado (22)

Teatro
Espetáculo ṢE entra em cartaz no Teatro Molière dia 15 de março

ṢE – Uma Performance Jogo de Improviso é um espetáculo de improvisação cênica que mistura teatro, dança, música e performance para explorar as múltiplas dimensões da presença. Criado e interpretado por Diego Alcantara, com trilha original ao vivo de Tiago Farias, a obra é uma leitura do processo criativo e uma crítica incisiva à cultura do entretenimento instantâneo, o consumo de narrativas rápidas e a representatividade nas mídias tradicionais. A peça fica em cartaz nos dias 15, 16, 22 e 23 de março, às 19h, no Teatro Molière – Av. Sete de Setembro, 401, Salvador.
Transitando entre afrografias, mandinga, malícia e deboche, ṢE convida o público a uma experiência sensorial e intelectual, questionando convenções, racismo estrutural e apropriação cultural. Entre a comicidade dos folguedos brasileiros e o futurismo digital, o espetáculo provoca com uma estética vibrante e subversiva – uma eletricidade, “coisa de negro”. Como um streaming vivo, traduz desejos e pulsões do público, tornando cada apresentação única e irrepetível. Uma experiência efêmera que instiga cada um a acessar sua Inteligência Ancestral (IA) e refletir sobre seu próprio lugar no mundo.

Foto: Laís da Conceição
O espetáculo ṢE estreou em uma temporada curta no Espaço Cultural da Barroquinha, em abril de 2024, e é uma expansão do exercício artístico-científico que dialoga com a pesquisa de mestrado em Artes Cênicas (PPGAC) de Diego Alcantara, estruturando metodologias da negrura.
Provoque, desafie, deseje, compre, negocie, traga uma história, cante, dance, toque, faça! Esses são os dispositivos que rompem a barreira entre palco e plateia, transformando espectadores em agentes de um jogo cênico pulsante e instantâneo. Inspirado na estética dos jogos eletrônicos de simulação e na magia dos rituais, ṢE é uma máquina do tempo vestida de teatro, impulsionando o público a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.
Teatro
Espetáculo “Nasceu” estreia no Teatro Martim Gonçalves

Com texto lírico, assinado por Clara Romariz, a peça “Nasceu” parte da imagem de uma serpente sendo assassinada a duras pauladas por uma mulher prenha. Com a proposta de um teatro visual, físico e extremamente poético, o espetáculo marca sua formatura no bacharelado em direção teatral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e fica em cartaz gratuitamente nos dias 14, 15, 16 e 21, 22, 23 de março, sempre às 19h, no Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, em Salvador.
“Nasceu” aborda o princípio da vida: gênese de uma ideia, de uma obra de arte, de uma diretora, de um ser-humano, de uma leoa. E aqui não se trata de “gênese” em oposição a “morte”, já que fim e início estão conectados de forma espiralar. Fim de um ciclo, início de outro. Fim de uma fruta, início de uma semente. Fim de um bicho, alimento para a terra que dará início a mais vida. Descascar da pele da cobra, uma nova configuração de serpente.

Foto: Roama
“Nasceu” trata do feminino, tema da pesquisa de Clara Romariz há alguns anos, saindo de um lugar único de compreensão deste ser-mulher, estereotipado, sempre em oposição. Santa ou puta, Eva ou Maria, a do instinto materno puro e imaculado ou a mãe que é sempre culpabilizada por tudo. Com um elenco formado pelas atrizes Amanda Cervilho, Daiane Martins e Nina Andrade e equipe majoritariamente feminina, “Nasceu” busca outras formas de mulheridade, muito mais vinculada à ancestralidade, ao lado animalesco desse dito instinto materno, um lado menos controlado por milênios de culpa cristã. Através de um texto poético e de uma encenação contemporânea, “Nasceu” questiona a representação do feminino propondo um novo olhar sobre as mulheres.
Sobre a diretora
Clara Romariz é diretora, atriz e dramaturga, formada pela universidade livre do teatro vila velha, trabalhou no Vila por cinco anos tendo participado de diversos espetáculos, ora como atriz, ora como assistente de direção. Depois de sair do Vila, Clara entra em direção teatral na UFBA, tendo se aprofundado mais na dramaturgia e na direção. Escreveu diversos espetáculos como Gatunas, Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres, Abismo, Rominho e Marieta, passeando por gêneros diversos, sem perder sua linguagem lírica e seu tema de pesquisa, o universo do feminino. Dirigiu Ifigênia Agamemnon Electra, Sonata, Varal (seu solo) e Do fundo ao fôlego – ecos de mulheres (sua pré-formatura em direção).
Serviço
O quê: Espetáculo “Nasceu”
Estreia: Dia 14 de março (sexta)
Temporada: Dias 15, 16, 21, 22 e 23 de março de 2025 (sexta a domingo)
Horário: Às 19h
Onde: Teatro Martim Gonçalves – Av. Araújo Pinho, 292, Salvador-BA
Entrada gratuita (retirada 1h antes de cada sessão na bilheteria do Teatro)