Artes
Núcleo Artístico de Favela realiza o “Danças Negras e Periferia”
O Núcleo Artístico de Favela (NAF), em parceria com o Coletivo Negritude Sussuarana, lançou o projeto “Danças Negras e Periferia – Intersecção do Bicentenário e Suas Conexões”, iniciativa que visa promover o diálogo sobre conduta social e racial, enquanto estimula o reconhecimento e valorização das identidades étnicas e culturais nas comunidades periféricas de Salvador.
O projeto engloba uma série de atividades artísticas e culturais neste mês, que incluem oficinas nos dias 7, às 16h (Casa do Povo); 10, às 10h (Colégio Estadual Ruth Pacheco); 18, às 10h (Colégio Estadual, São Daniel Comboni) e um bate-papo no dia 27, às 19h, com ampla participação da comunidade. Os responsáveis transformarão os registros das ações artísticas realizadas em uma mostra final, que servirá de referências futuras.
As três oficinas de dança – Dança de Reis e Rainhas, Danças Negras Periféricas, com destaque no pagode baiano e brega funk, e Dança Afro Contemporânea, ressaltando o samba de roda – voltadas para aproximadamente 30 jovens, com idades entre 14 e 35 anos, em cada oficina, têm como público alvo moradores das comunidades periféricas de Salvador.
Além disso, uma roda de conversa sobre a “Intersecção do Bicentenário nas Danças Negras e Suas Conexões com a Periferia” será realizada, com a participação de cerca de 60 pessoas, de forma presencial e virtual.
O projeto do Núcleo Artístico de Favela também apresentará em novembro uma mostra artística itinerante com o resultado das oficinas na XXI Caminhada da Consciência Negra, com expectativa de aproximadamente 600 espectadores.
O “Projeto Danças Negras e Periferia” foi contemplado pelo Edital Diálogos Artísticos – Bicentenário da Independência na Bahia e tem apoio financeiro da Fundação Cultural da Bahia, unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Funceb/SecultBa).
Artes
Goethe-Institut Salvador celebra arte e sustentabilidade
O Goethe-Institut Salvador encerra a programação de 2025 com o Dia de Portas Abertas, neste sábado (15), das 13h às 18h30, no Corredor da Vitória. O evento gratuito ocupa todos os espaços do instituto com arte, música, tecnologia, gastronomia e convivência comunitária.
A programação marca o encerramento da temporada da Residência Artística Vila Sul, que neste ano teve como tema “Meio Ambiente e Sustentabilidade”, reunindo 12 artistas de diferentes países em pesquisas que conectam corpo, território, espiritualidade e ecologia.
“O Dia de Portas Abertas é um convite à cidade para vivenciar a Vila Sul em sua essência. Um espaço de encontro, experimentação e diálogo entre linguagens e culturas”, afirma Friederike Möschel, diretora executiva do Goethe-Institut Salvador-Bahia. “Queremos que o público sinta de perto a diversidade e a potência artística que se cruzam aqui ao longo do ano.”
Entre os destaques, estão as performances “Studio for Error”, de Karina Griffith (Canadá/Alemanha), e “Here”, de Nyancho NwaNri (Nigéria), além da feira criativa Pira, com expositores de artesanato, design e gastronomia local.
O público poderá participar ainda da oficina “Um padrão para a Bahia”, da artista Karina Griffith, e das atividades do KreativLab, com experiências de realidade virtual e espaço maker voltadas para todas as idades.
A programação inclui também o espetáculo “Fofocas Comestíveis”, da Cia Acerola de Teatro, com a artista Camille Banville (Mila), e a performance musical “Salvar o homem de si mesmo”, de Henry Weekes (Reino Unido/Alemanha), que encerra o evento com música, pixação e pajubá em um diálogo sobre resistência e transformação.
O público infantil poderá aproveitar a área de jogos em alemão, com atividades lúdicas e educativas para quem deseja aprender o idioma brincando.
SERVIÇO:
Dia de Portas Abertas do Goethe-Institut Salvador Sábado, 15 de novembro, das 13h às 18h30
Goethe-Institut Salvador – Corredor da Vitória
Entrada gratuita e livre para todos os públicos
Artes
Exposição “Memória” estreia no MUNCAB
A exposição “Memória: relatos de uma outra História” chega a Salvador nesta terça-feira (4), às 18h30, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB). A mostra faz parte da Temporada França-Brasil 2025 e permanece em cartaz até 1º de março de 2026, reunindo artistas negras do Senegal, França, Brasil e outros territórios afro-diaspóricos.
Depois de circular por Bordeaux, Abidjã, Iaundé e Antananarivo, a exposição desembarca na capital baiana com o propósito de celebrar a arte negra contemporânea e o fazer feminino como força criativa e política.
“A memória é um canto que atravessa o tempo e chega ao agora”, afirma a co-curadora Jamile Coelho.
“Abordamos uma memória coletiva tecida pelo fazer feminino, um convite à escuta e à partilha a partir de perspectivas contra-hegemônicas.”
Com curadoria de Nadine Hounkpatin (Benin/França) e Jamile Coelho (Brasil), “Memória” ocupa o segundo andar do MUNCAB com obras em pintura, escultura, têxteis, fotografia, vídeo e performance, propondo um mergulho nas camadas da lembrança e da ancestralidade.
Entre as artistas participantes estão Amélia Sampaio, Barbara Asei Dantoni, Beya Gille Gacha, Enam Gbewonyo, Fabiana Ex-Souza, Luana Vitra, Madalena dos Santos Reinbolt, Maria Lídia Magliani, Selly Raby Kane e Tuli Mekondjo, entre outras.
A mostra se divide em três capítulos — “Do íntimo ao universal”, “A memória como ferramenta política” e “Confabulações e outras imaginações” —, transitando entre o pessoal e o coletivo, o passado e o futuro, o real e o afrofuturista.
Para Cíntia Maria, diretora do MUNCAB, a chegada de “Memória” simboliza uma virada histórica:
“Estamos trilhando o caminho rumo ao título de polo da arte negra contemporânea. É uma conquista do Brasil, da Bahia e das nossas raízes africanas.”
SERVIÇO:
Exposição internacional “Memória: relatos de uma outra História”
04 de novembro de 2025 a 1º de março de 2026
Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) – Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico, Salvador (BA)
Entrada gratuita
Parte da Temporada França-Brasil 2025
Artes
Olufèmi Hinson Yovo expõe “Ecos através do Atlântico”
A artista beninense Olufèmi Hinson Yovo inaugura a exposição Ecos através do Atlântico, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC BAHIA/ Galeria 4 – Casarão), no dia 8 de novembro, às 17h. A mostra fica em cartaz até 23 de novembro.
A exposição propõe uma reflexão sobre a colonização europeia e suas marcas nas arquiteturas da África Ocidental e da América, especialmente em Salvador.
“Enquanto na África as colisões entre estéticas coloniais, modernas e tradicionais resultaram na reconfiguração da arquitetura local, no Atlântico o choque colonial criou vocabulários híbridos visíveis em templos, catedrais e mesquitas”, explica Olufèmi.
A instalação Cadavre Esquis (Cadáver esquisito) convida o público a construir coletivamente um arquivo de memórias e a traçar uma cartografia afetiva conectando Dakar, Ouidah e Bahia. Segundo a artista, “a arquitetura é um arquivo vivo e símbolo que reconstrói, através do oceano, o que um dia foi dividido”.
A mostra integra o projeto Atlantic Threads, que promove trocas artísticas e culturais entre contextos marcados por legados coloniais, conectando Salvador a países africanos e europeus. O projeto conta com acompanhamento curatorial de Cindy Sissokho e Olivier Marboeuf, e apoio do MAC BAHIA, Instituto Francês do Benin e Instituto Guimarães Rosa, com patrocínio da PETROBRAS.
Olufèmi Hinson Yovo atua como arquiteta, designer, pesquisadora e curadora em Cotonou, Benin, e é fundadora do Sah Studio, estúdio multidisciplinar dedicado à descolonização da arquitetura. Já participou das Bienais de Veneza e Dak’Art e recebeu o Prêmio Prince Claus Building Beyond 2023.
O projeto é realizado pelo Pivô Salvador, plataforma de arte contemporânea que promove intercâmbio, pesquisa e residências artísticas. A instituição conta com sedes no Boulevard Suíço e em breve inaugura o Pivô Coaty, na Ladeira da Misericórdia.
SERVIÇO:
Exposição: “Ecos através do Atlântico: construindo a partir das perdas” – Olufèmi Hinson Yovo
MAC BAHIA / Galeria 4 – Casarão, Rua da Graça, 284 (Graça), Salvador/BA
Abertura: 8 de novembro, às 17h
Visitação: 8 a 23 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 20h
Entrada gratuita
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