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Cultura

Solar Gastronomia reúne ritmos no dia de Iemanjá

Jamile Menezes

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Solar Gastronomia prepara programação especial para saudar lemanjá.

Com Panteras Negras, Ellen Oléria e Ayana Amorim, Solar Gastronomia prepara programação especial para saudar lemanjá. O evento, que acontece a partir das 11h, também contará com cardápio especial e shows do Samba de Última Hora, Djs Queen & Slim, DJ Zimba Selektor e Dj Paulinha e EI Cabong.

Sob a direção executiva e curadoria da Chef Andrea Nascimento, a casa contará com um cardápio especial All Inclusive, oferecendo uma experiência gastronômica única, acompanhada por diversos pratos da casa, como a Feijoada de Frutos do Mar, drinks com gin e autorais, cerveja e bebidas não alcoólicas como água, refrigerante e chá gelado de hibisco, em um ambiente climatizado.

Com abertura a partir das 11h, o Solar Gastronomia também terá atrações musicais ao longo do dia. Iniciando com o som da DJ Paulinha, quem assume a festa a partir das 12h, o “Samba de Última Hora”, baile de samba e música popular brasileira, tendo influências de ritmos como forró, carimbó, MPB, frevo e o ijexá.

Como tradição, o espaço terá um momento reservado para o cortejo das oferendas, onde os clientes poderão levar seus presentes para lemanjá. A partir das 16h30, eles serão inseridos no balaio do Solar e levados ao mar, fazendo a entrega na praia mais próxima ao restaurante.

“Como chef e diretora executiva do Solar Gastronomia, é uma honra proporcionar mais uma edição desse evento especial, destacando não apenas nossa culinária excepcional,mas também a importância de preservar e respeitar tradições que enriquecem nossa cultura ancestral. Convido cada um de vocês a participar desse momento, trazendo seus presentes para lemanjá”, conta Andrea Nascimento.

Às 19h, o palco será tomado pelo espetáculo “Agolonã”, apresentado pelas pretas Panteras Negras, Ellen Oléria e Ayana Amorim. O repertório contará com músicas autorais e releituras de grandes artistas da música brasileira. A direção artística do show é de Ziati Comazi, também produtor da Banda Panteras Negras e direção musical de Line Santana, baterista da banda.

Os ingressos do primeiro lote podem ser adquiridos pelo Sympla, através do link.

Cultura

Roda de capoeira movimenta Farol da Barra neste domingo (18)

Ana Paula Nobre

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Grande roda de capoeira
Foto: Acervo MTUR

O Farol da Barra será palco da abertura do Encontro Cultural e Intercâmbio Internacional de Capoeira Mangangá, neste domingo (18), a partir das 15h. Depois de uma grande roda de capoeira com participação dos capoeiristas, as atividades do evento ganharão os bairros do Pau Miúdo, Sete de Abril, Tancredo Neves, Terreiro de Jesus, Cabula, Mercado Modelo e Arena da Capoeira, no Comércio e em Simões Filho. Até o dia 25 de agosto, irão ocorrer ações em locais da capital baiana e região metropolitana.

Durante os oito dias, os participantes estarão envolvidos em ações como oficinas de percussão, dança afro, teatro, samba de roda, maculelê, Berimbalada, musicalidade e puxada de rede. Rodas de conversas, vivência, mostra de cinema, aulão público, Arrastão musical com o Festival de Samba Reggae andante. Além do batizado, troca de graduações e formatura. Na edição 2024, a Associação Cultural de Capoeira Mangangá vai homenagear o lendário “Besouro Mangangá” – Manoel Henrique Pereira – capoeirista baiano, nascido em Santo Amaro da Purificação, que no início do século XIX tornou-se o maior símbolo da Capoeira da Bahia. Além disso, por seus poderes “sobrenaturais”, consagrou-se um personagem lendário/mitológico para os praticantes da Capoeira.

A programação do 23° encontro estará voltada a uma reflexão sobre o tema com objetivo de salvaguardar, preservar e divulgar ainda mais a história de um herói nacional, esquecido por muitos, por representar uma classe oprimida, que não conseguia registrar a própria história por falta de oportunidades. Além de fortalecer os saberes tradicionais e promover o direito à cultura. O projeto pretende demonstrar estéticas simbólicas e políticas, embasado na mais ampla e rigorosa base empírica. Daí, a necessidade urgente da revolução da capoeira desde a era Besouro Mangangá.

Para Tonho Matéria, organizador do evento, Besouro é de fundamental importância para a cultura esportiva. “Besouro virou um mito, um símbolo da resistência negra a toda violência que a sociedade impôs aos homens e mulheres que construíram o país com grilhões em suas pernas e braços. Pouco se sabe sobre Manuel Henrique Pereira (filho de Maria José conhecida como Maria Aifa e João Matos Pereira conhecido como João Grosso). Registros oficiais mostram que ele nasceu em 1895 e/ou 1900 e foi a primeira geração da família a não estar preso por grilhões de ferro”.

“A revolução da roda de capoeira desde a era Besouro Mangangá se faz necessária. Ainda que não tenha deixado registro fotográfico, o Mestre Sidney da cidade de Santo Amaro, imbuiu-se ao retrato falado de Besouro, tendo como análise, a pesquisa e estudo da professora e historiadora Maria Mutti, assim como dados coletados por ele (mestre Sidney), das mãos do mestre Lampião”, acrescentou Tonho. Programação completa no @aldeiatribalproducoes e @blocodacapoeiraoficial

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Cultura

7º Festival de Cultura e Arte Quilombola acontece em Simões Filho

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Foto: Wallisson Braga

A 7ª edição do Festival de Cultura e Arte Quilombola acontece entre os dias 16 e 18 de agosto, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Com atividades gratuitas e abertas ao público, o evento vai reunir manifestações culturais e saberes tradicionais de oito comunidades quilombolas da Bahia. Moradores dos quilombos Pitanga dos Palmares (Simões Filho), Dandá (Simões Filho), Rio dos Macacos (Simões Filho), Quingoma (Lauro de Freitas), Matinha dos Pretos (Feira de Santana), Cordoaria (Camaçari), Alto do Tororó (Salvador) e Fazenda Retiro (Terra Nova) estarão reunidos, buscando fortalecer a memória cultural dessas localidades. Uma homenagem será prestada à idealizadora, Mãe Bernadete Pacífico, liderança que teve sua vida interrompida violentamente em 2023.

A programação inicia na sexta-feira (16), com o Encontro Nacional de Mulheres da Conaq –  Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas. O encontro reunirá 50 mulheres de quilombos de todo o Brasil que participarão de uma oficina com o tema Resistência Quilombola. O festival conta com dez apresentações culturais de música e dança tradicionais, oficinas de gastronomia, dança, artesanato em barro, piaçava e palha da costa. No domingo (18), uma feira reúne produtos da agricultura familiar, artesanato e gastronomia, unindo 25 mestres e mestras artesãs das comunidades quilombolas, onde os visitantes poderão ver de perto alguns processos de produção, como a preparação da farinha numa Unidade Móvel Casa de Farinha.

O Afroturismo também será incentivado e, no sábado e domingo, às 10h, os participantes poderão aproveitar uma visita guiada, com direito a café da manhã com iguarias da culinária quilombola. O roteiro inclui a barragem, a Fazenda Aras Vento Leste e a casa de farinha no Quilombo Dandá. Os grupos serão formados às 10h, tanto no sábado quanto no domingo, e as vagas são limitadas.

“A cultura negra no Brasil criou estratégias próprias de resistência para a população, que não tem outras armas a não ser sua crença na vida. O festival é a salvaguarda desses saberes e fazeres ancestrais, como a gastronomia, a dança, o samba de roda, a agricultura familiar e o artesanato. Buscamos também movimentar a economia local e aproximar outros públicos da produção cultural que acontece em nossas comunidades”, afirma Wellington Pacífico, liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares.

Um dos pontos altos do festival será a Caminhada da Diversidade Cultural, uma grande celebração pelo pedido de paz, respeito e tolerância religiosa e às diversidades culturais. A manifestação, que acontece no dia 18 (domingo), às 10h, deverá reunir um público de mil pessoas e contará com a presença de representantes de instituições políticas e culturais, organizações da sociedade civil, do candomblé, católicas e evangélicas e grupos LGBTQIA+. A caminhada pacífica e festiva é embalada pela música do grupo de samba de roda Viola de Quilombo, formado por moradores locais.

Com o mote “Mão Bernadete, o legado continua”, esta edição do festival tem como grande homenageada a líder comunitária e religiosa, principal mobilizadora do evento e uma das mais respeitadas lideranças negras do Brasil. No sábado (17), às 8h, uma missa seguida de cânticos para Oxumarê, na sede da Associação Muzanzu, marcará um ano da morte da matriarca do Quilombo Pitanga dos Palmares, brutalmente assassinada dentro de sua casa. Ela também dará nome ao Prêmio Mãe Bernadete Pacífico – Reconhecimento e Ancestralidade, que, em sua primeira edição, reconhecerá personalidades negras cujo trabalho ou ações são voltados para reconhecer, valorizar e estimular a cultura negra no Brasil. A premiação será no dia 18 (domingo), às 14h, e já tem as presenças confirmadas de João Jorge, presidente da Fundação Palmares, e Hélio Silva Jr, advogado e fundador do JusRacial.

A realização é do Quilombo Pitanga dos Palmares e da Associação Etno Desenvolvimento Muzanzu, com apoio de Sepromi – Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Embasa – Empresa Baiana de Águas e Saneamento, SDR – Secretaria de Desenvolvimento Rural, CAR – Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional, CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos e EGBÉ AXÉ – Associação de Terreiros da Bahia.

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Serviço:

O quê: Festival de Cultura e Arte Quilombola

Quando: 16 a 18 de agosto de 2024

Onde: Quilombo Pitanga dos Palmares – Caipora – Simões Filho, Bahia

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Cultura

Projeto “CIRCULÔ” acontece na UFBA

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Foto: Divulgação

O projeto “Circulô 2.0: A rua é nóix”, acontece entre os dias 02 e 03 de agosto, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (FAUFBA), em Salvador. Idealizado pelo Coletivo Resistência Preta (CRP), uma plataforma social do Movimento Negro que atua na capital baiana, o foco são as periferias, afro-inscrição, garantia de direitos e participação política.

Organizado pelo Núcleo de Juventudes do Coletivo Resistência Preta (CRP), o evento visa  integrar as juventudes que não estão “organizadas” em grupos sociais, coletivos ou movimentos estudantis, proporcionando um espaço neutro para a construção coletiva de propostas de políticas públicas. O evento será gratuito e as inscrições devem ser realizadas através do link.

O projeto “CIRCULÔ” é o resultado das ações do núcleo de juventude, tendo como principal objetivo unir as juventudes negras, quilombolas, indígenas, LGBTQIAPN+ dos territórios periféricos, dada a dificuldade imposta pelo sistema vigente que limita o acesso dessas juventudes a outros espaços, seja devido à crescente violência, ao tráfico, ou questões mais básicas como acessibilidade e transporte. Em sua primeira edição, em julho de 2023 na UNEB (Universidade Estadual da Bahia) , o “CIRCULÔ” uniu centenas de jovens que buscam por capacitação e empoderamento.

De acordo com a coordenação do Núcleo CRP Juventudes, a primeira edição do CIRCULÔ, que aconteceu em julho de 2023,  foi bem sucedida, mobilizando mais de duzentos jovens dentro de uma universidade pública em Salvador, que foi a UNEB. Na primeira edição os jovens puderam propor políticas públicas efetivas a partir da perspectiva deles, colocando em pauta as necessidades  para que haja incentivo  de política pública dentro das suas comunidades.

Este ano o projeto teve um alcance exponencial com a inicialização de uma extensão de políticas públicas educacionais dentro da UFBA  (Universidade Federal da Bahia), para alunos e professores. Extensão essa que visa ampliar o debate sobre o acesso da juventude aos espaços de poder e tomadas de decisões (principalmente dentro das universidades) , o direito à cidade que engloba: infraestrutura, acessibilidade, inclusão, ocupação do espaço público e acesso a outros equipamentos sociais e culturais na cidade.

Tendo em vista que a Universidade Pública é um importante espaço de produção, acumulação e disseminação de conhecimento, essa Extensão Universitária servirá como um instrumento de inserção social, onde será possível aproximar a academia das comunidades e outras instituições, garantindo valores democráticos de igualdade de direitos, respeito à pessoa e sustentabilidade ambiental e social.

O “CIRCULÔ II: A rua é nóix” acontecerá no seguinte formato: sexta-feira,02, o evento inicia às 18h com mesa de abertura institucional, batalha da UFBA e coquetel para jovens mobilizados. No sábado o evento começa às 08h e haverá programação até as 22h, com oficinas culturais, roda de integração e festival cultural.

O propósito do coletivo é que a juventude tenha direito de reivindicar e questionar sobre a sociedade, sobre a formação e a constituição política. E para os membros da coordenação o CIRCULÔ  fomenta ainda mais essa ação, tornando possível, palpável e  tangível a partir das recorrências que acontecem durante todo o ano, antes mesmo de acontecer o Fórum, pois trabalham incansavelmente para desenvolver e concretizar projetos dentro das comunidades.

Serviço:

O quê: “Circulô 2.0: A rua é nóix”

Onde: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia

Quando: 02 e 03 de agosto

Entrada Gratuita

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