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Cultura

Orquestra Agbelas estreia em Salvador na festa de Iemanjá

Jamile Menezes

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A Orquestra Agbelas, totalmente comandada por mulheres que tocam xequerê, fará uma oferenda musical à rainha das águas

A Orquestra Agbelas, totalmente comandada por mulheres que tocam xequerê, fará uma oferenda musical à rainha das águas em sua estreia na capital baiana, no dia 2 de fevereiro.

“Nossa apresentação é um presente para Iemanjá. Construímos juntas uma Orquestra de Agbê, tambem conhecido como xequere, na qual esse instrumento e as mulheres são as protagonistas. Esse é o grande diferencial, mais de 50 mulheres do mundo inteiro, reunidas em reverência a grande mãe”, afirma Gio Paglia, arte educadora, ativista e percussionista que é líder e fundadora da Orquestra e da iniciativa Agbelas.

A oferenda musical da Orquestra Agbelas, acontece às 7h no dia 2 de fevereiro na Praia da Paciência e integra a programação do Festival Somente Flores para Iemanjá, iniciativa que completa 17 anos em 2024.

“Nesse ano nos unimos ao Movimento Mulheres da Encantaria, que completa 17 anos de caminhada enquanto ação social e ambiental que acontece no território do Alto da Sereia, comunidade tradicional da pesca onde está localizado o Centro de Tradições Vivas Canzuá, coletivo liderado pela mestra Dandara Baldez, que resguarda e mantém vivo saberes e tradições de matriz africana. O tema Mulheres Negras e Justiça Climática serão as pautas principais dentro da tradicional festa de Iemanjá desse ano, e está totalmente alinhada com os fundamentos e filosofia das Agbelas”, acrescenta a ativista.

A Orquestra Agbelas surgiu nas comunidades do DF, com aulas de agbês gratuitas para a população em vulnerabilidade social, e já passou pelo Chile, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, e pela primeira vez se apresenta em Salvador.

As alunas participaram dos ensaios e de toda construção coletiva durante 3 meses, tanto presencialmente em Salvador, quanto online – mulheres do mundo inteiro que estão vindo pra cidade só para essa oferenda. Nosso objetivo é incentivar o protagonismo da mulher não só na arte, mas onde ela quiser, trazendo os fundamentos da cabaça e da sua origem afro-diaspórica, pois a cabaça é um fruto de poder e nossa grande mestra”, complementa Gio Paglia.

Sobre Agbelas

Agbelas é uma iniciativa e uma comunidade de pessoas com um interesse em comum: descobrir sobre o Agbê e toda a potência ancestral que ele carrega. As Agbelas pesquisam, praticam e ensinam ritmos, toques e a confecção do instrumento de origem africana. Fundada em Brasília em 2019, por Gio Paglia, arte educadora, ativista e percussionista negra especializada no instrumento Agbê.

 

Cultura

Mercado Iaô celebra cultura e empreendedorismo na Ribeira

Kelly Bouéres

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Capa Divulgação Atrações
Divulgação

O Mercado Iaô está de volta à Ribeira neste domingo (16) com uma edição especial que celebra a cultura afro-brasileira e o empreendedorismo criativo. Das 10h às 22h, a Fábrica Cultural se transforma em um grande ponto de encontro da arte, da música e da economia criativa baiana, com entrada gratuita mediante doação de 1kg de alimento não perecível, destinado à Creche Comunitária Ruby.

Integrando o Novembro Salvador Capital Afro, o evento reúne 150 empreendedores dos segmentos de moda, gastronomia, decoração e bem-estar, além de atrações musicais de destaque: o Cortejo Afro, que recebe Majur, e o grupo Sambaiana, que convida Márcia Short.

No Galpão das Artes, empreendedores da Rede Iaô apresentam criações autorais e sustentáveis, em um ambiente que une diversidade, identidade e inovação. Mais que uma feira, o Mercado Iaô se firma como movimento de oportunidades para quem transforma cultura em potência e economia em criatividade.

A programação ainda conta com DJ Belle, o grupo Sambadiar, o Cortejo Iaô com A Pombagem e o Samba Duro da Ladeira. As crianças também têm espaço garantido, com Tio Beto e o Parque Móvel animando o público infantil ao longo do dia.

Há mais de dez anos, o Mercado Iaô conecta arte, cultura e empreendedorismo, fortalecendo a economia criativa local e valorizando as expressões afro-brasileiras.

“O Mercado Iaô é um grande encontro da cidade com sua própria potência criativa. Aqui, a cultura afro-brasileira se expressa com liberdade, e o empreendedorismo se transforma em oportunidade e celebração”, destaca Jaqueline Azevedo, diretora executiva da Fábrica Cultural, realizadora do projeto.

SERVIÇO:

Mercado Iaô Novembro
Atrações: Cortejo Afro convida Majur, Sambaiana convida Márcia Short, DJ Belle, Sambadiar, A Pombagem e Samba Duro da Ladeira
16 de novembro (domingo)
10h às 22h
Fábrica Cultural – Largo da Ribeira
Entrada: 1kg de alimento não perecível

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Cultura

Samba da Resistência recebe Mestre Ecinho do Acupe

Kelly Bouéres

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Mestre Ecinho do Acupe
Domingos Cardoso

O Samba da Resistência recebe neste sábado (15) o grande Mestre Ecinho do Acupe, referência do samba chula e figura histórica do Recôncavo Baiano. A roda acontece a partir das 17h, na Praça do Coreto do Alto da Bela Vista de Itapuã, no Espaço Cultural Rumo do Vento, com entrada gratuita.

O evento, que tem à frente Seu Régi de Itapuã e o músico Pedrão Abib, traz para o bairro uma celebração das manifestações culturais do Recôncavo. O encontro contará ainda com Coutinho, Dudu Reis, Leto Oliveira, Ana Paula Oliveira, Neto Moska e Paulo Avelar, e estará aberto à participação de artistas do público.

Mesclando o samba tradicional com o samba chula, o repertório da noite será formado por composições dos dois mestres, além de homenagens a nomes marcantes do samba baiano. A proposta é valorizar quem vive, ensina e mantém viva essa tradição ancestral.

Com produção do Diversom, o Samba da Resistência propõe um valor voluntário via Pix (71 99327-5880), com sugestão de R$20, para ajudar nos custos do projeto.

Quem é Mestre Ecinho do Acupe:

Nascido em 1951, na Fazenda Bela Vista, em Cachoeira (BA), Mestre Ecinho é filho da centenária sambadeira Dona Maninha (Eurides Bispo dos Santos). Quilombola, pescador e sambador, se tornou referência no samba chula ao lado de nomes como Leopoldo “Lió” de Souza e Antônio “Preta” dos Santos.

Em 2006, após o reconhecimento do Samba de Roda pela UNESCO, fundou o grupo Samba de Roda Raízes de Acupe, consolidando-se como um dos últimos cantadores de chula de Santo Amaro. Também integra grupos tradicionais como o Samba Chula de São Brás, João do Boi e Viola Rasgada, mantendo viva a força e a memória do samba do Recôncavo.

SERVIÇO:


Samba da Resistência recebe Mestre Ecinho do Acupe
 15/11 (sábado)
 17h
Espaço Cultural Rumo do Vento – Praça do Coreto (Alto da Bela Vista de Itapuã)
Contribuição voluntária: via Pix 71 99327-5880

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Cultura

Academia de Letras da Bahia celebra legado de Mãe Stella de Oxóssi

Kelly Bouéres

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Mãe Stella de Oxóssi
Fundaj/Divulgação

No mês da Consciência Negra, a Academia de Letras da Bahia (ALB) realiza uma programação especial com o seminário “Ofá: Diálogos Profundos”, nesta sexta-feira (14), das 14h às 20h45, no Palacete Góes Calmon, em Nazaré, Salvador. O evento presta homenagem à Ialorixá Mãe Stella de Oxóssi (1925–2018), escritora, intelectual e imortal da ALB, e integra o Novembro Negro ALB.

A programação reúne rodas de conversa, apresentações artísticas e exibição de filme, celebrando a produção intelectual e cultural negra da Bahia. Participam das atividades Rita Santana, Lindinalva Barbosa, Meg Heloise, Wesley Correia, Fábio Lima e Marielson Carvalho. Sobrinho da homenageada, Adriano Azevedo receberá uma placa em nome do Instituto Mãe Stella de Oxóssi, que dirige. O grupo A Pombagem apresenta o sarau lítero-musical Lá vai verso.

O público também poderá assistir ao filme “Café com Canela” (Rosza Filmes, 2017), dirigido por Ary Rosa e Glenda Nicácio, em sessão especial do Cineclube ALB. Após a exibição, os acadêmicos Carlos Ribeiro e Décio Torres Cruz, coordenadores do projeto, comandam uma roda de conversa com o público.

Um dos organizadores, o professor Wesley Correia explica o título do evento:

“Ọfá é o símbolo maior de Ọxóssi — arco e flecha com que esse orixá ensina ao seu povo a arte da provisão. Espírito protetor de Mãe Stella, que em 2025 completaria 100 anos, Ọ̀ṣọ́ọ̀sì liga-se à ideia da coletividade, da integração e da força comunitária.”

Segundo ele, o seminário propõe “atividades voltadas à comunicação ancestral por meio da arte e das subjetividades negras — rodas de conversa, relatos, memórias, poesia e música que celebram o legado de Mãe Stella e exaltam os saberes negros da Bahia”.

O presidente da ALB, Aleilton Fonseca, destaca:

“A Academia de Letras da Bahia exerce o direito e o dever de exaltar o Novembro Negro como parte de nossas culturas e imaginários mais profundos, espaço das vozes, dos gestos e do pensamento do povo preto da Bahia, guardião de nossas ancestralidades.”

O evento é gratuito e aberto ao público, mediante inscrição pelo Sympla: clique aqui para se inscrever.

O Novembro Negro ALB – Ofá: Diálogos Profundos conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda (Sefaz-BA), Secretaria de Cultura (Secult-BA) e da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

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