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Teatro

“Pequeno Manual Antirracista” estreia em Salvador

Amanda Moreno

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“Pequeno Manual Antirracista” estreia em Salvador
Primeira adaptação de uma obra de Djamila Ribeiro para o teatro (Foto: Magali Moraes)

“Pequeno Manual Antirracista” estreia em Salvador. Primeira adaptação de uma obra de Djamila Ribeiro para o teatro, “Pequeno Manual Antirracista” marca a estreia da atriz Luana Xavier em um monólogo. Trazendo a questão racial e a luta contra o racismo estrutural e individual como mote, o espetáculo é dirigido por Aldri Anunciação, que também assina o texto. A peça permanecerá em curta temporada, até o dia 31 de março, no teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia.

Apresentada pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a peça é uma realização da Maré Produções e co-realização da Melanina Acentuada, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.

Através de sua abordagem engajada e informativa, “Pequeno Manual Antirracista” tem o potencial de despertar reflexões e debates sobre questões raciais, contribuindo para a conscientização e a luta contra o racismo na sociedade. É um projeto cultural de grande relevância e impacto social, capaz de promover a inclusão, a diversidade e a igualdade em diferentes segmentos.

Sinopse 

A professora de ensino médio Bell vê sua aula subitamente interrompida quando uma misteriosa e violenta manifestação irrompe fora da escola. Protegida e confinada na sala de aula, a professora inicia um irônico e animado fórum sobre o racismo brasileiro com sua querida turma. Contudo, o mundo de Bell e dos seus alunos vira de cabeça para baixo quando eles descobrem as verdadeiras causas do protesto que ocorre lá fora.

Sobre Luana Xavier (atriz)

Mulher, preta, gorda, de axé, neta de Chica Xavier, atriz, apresentadora, roteirista, produtora, assistente social, criadora de conteúdo e ativista antirracista. Luana Xavier participou de produções como Dona Flor e seus dois maridos, Sessão de Terapia, Barba Cabelo e Bigode, dentre muitas outras em teatro e audiovisual. Em 2022, foi uma das apresentadoras do Saia justa, o programa mais longevo da TV fechada.

Sobre Aldri Anunciação (texto e direção)

Ator, Diretor e dramaturgo baiano. Seus textos encenados no teatro foram “Namíbia, não!” , “O campo de batalha: a fantástica história de interrupção de uma guerra bem-sucedida”, “A Mulher do Fundo do Mar”, “Pele Negra, Máscaras Brancas” e mais recentemente o “Embarque Imediato” que trouxe de volta aos palcos baianos o ator Antônio Pitanga aos 80 anos de idade. No cinema e na TV, foi roteirista do longa metragem “Medida Provisória, dirigido por Lázaro Ramos. Aldri Anunciação é um dos cinco únicos autores baianos a ter sido laureado com o primeiro lugar na categoria de obra de ficção no Prêmio Jabuti de Literatura.

Serviço

Pequeno Manual Antirracista

Monólogo com Luana Xavier

Texto e direção: Aldri Anunciação

Coordenação geral: Maré Produções Culturais

Temporada: de 15 a 31 de março de 2024

Local: Teatro do Goethe-Institut Salvador-Bahia

Endereço: Av. Sete de Setembro, 1809 – Vitória, Salvador

Às sextas (20h), sábados (16h e 20h) e domingos (17h)

Classificação: 12 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (meia entrada). Vendas pelo Sympla.

Acessibilidade em todas sessões: libras e audiodescrição

Instagram: @manualantirracistaapeca

Teatro

Teatro Sesc-Senac Pelourinho recebe espetáculo “FURACÃO”

Ana Paula Nobre

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Foto: Renato Mangolin

Morar em um país atingido por um fenômeno meteorológico de grande proporção, capaz de isolar totalmente comunidades, abandonadas por dias pelo poder público. Esse é o tema do espetáculo “FURACÃO”, baseado na obra homônima do francês Laurent Gaudé e dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt, em curta temporada no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, que ocorrerá de 27 a 29 de março, com sessões de quinta a sábado, às 19h, e na sexta-feira tem sessão extra às 15h. Veja teaser aqui.

“O cacau vai cair”. Esta é uma expressão muito utilizada na Bahia para chamar a atenção que vem fortes chuvas. É um alerta principalmente para que comunidades periféricas e pessoas em situação de vulnerabilidade social possam se resguardar. Os riscos: deslizamentos, municípios e bairros inundados, boca de lobos entupidas, famílias desabrigadas – muitas delas, negras, comunidades quilombolas isoladas, entre outros transtornos.

Esses são alguns dos agravos causados por questões ambientais somadas à falta de ações dos poderes públicos nas áreas de saneamento básico, esgotamento sanitário, iluminação, calçamento e demais outras necessidades importantes para comunidades periféricas, grande parte delas ocupadas por pessoas pretas. É o que podemos chamar de racismo ambiental.

Foto: Renato Mangolin

Katrina – 20 anos

“Furacão” apresenta Joséphine Linc Steelson, “uma velha negra de quase cem anos”, moradora de Nova Orleans, que enfrenta sozinha a fúria do Katrina, furacão que há 20 anos devastou o sul dos Estados Unidos (2005). Uma mulher marcada pela segregação racial cuja voz ecoa como um grito na cidade inundada e abandonada a própria sorte.

A obra reflete sobre questões climáticas, racismo ambiental e retorno à ancestralidade alcançando questões éticas complexas: para aqueles que não se lembram, antes do Katrina atingir os EUA, os moradores dos bairros ricos de Nova Orleans, ocupados principalmente por pessoas brancas, foram desocupados enquanto os bairros periféricos e a sua comunidade preta, ficaram largados à própria sorte.

No espetáculo, teatro e música compõem um ato único. A riquíssima cultura musical negra estadunidense (em particular, o blues) é a referência para a criação de uma linguagem cênica híbrida: o espetáculo apoia-se tanto no teatro como na música para instaurar a cena ritual e cerimonial que caracteriza os trabalhos do Amok.

Josephine é uma espécie de griô norte-americana – alertando para a situação dos excluídos diante das catástrofes climáticas que devastam o planeta. O espetáculo segue a trajetória desta mulher cuja história poderia ser também a história de tantas outras mulheres brasileiras.

No elenco de FURACÃO, estão em cena as atrizes Sirlea Aleixo, a atriz e cantora Taty Aleixo – mãe e filha, na vida real – e os músicos Anderson Ribeiro e Rudá Brauns. Sirleia integrou o processo formativo que abriu o projeto “Trilogia da África” do Amok Teatro – que abrange, além de “Furacão”, as obras “Salina – A última vértebra” (2015) e “Os cadernos de Kindzu” (2016).

Ocupação Ancestral

Crítico e político, “Furacão” estreou em agosto de 2023 no Rio de Janeiro. Inédita em Salvador, a peça da premiada companhia carioca, além das sessões no Teatro Sesc-Senac Pelourinho, será apresentada gratuitamente em dois Quilombos – Alto do Tororó (25) e Dandá (30), sessões que receberão também os quilombos São Thomé e Tubarão; e Macacos e Pitanga dos Palmares, respectivamente.

O espetáculo fala sobre resistência de um povo, que chegou forçosamente em terras americanas. A ambientação cênica é inspirada no Preservation Hall, espaço de resistência e preservação da música e cultura de Nova Orleans, considerado um “templo do Jazz” . A música desempenha em “Furacão” um papel central na narrativa.

Oficinas

Além das apresentações de “FURACÃO”, o projeto irá promover uma oficina gratuita voltada a profissionais, estudantes e coletivos teatrais, destacando a importância do intercâmbio artístico e ações educativas. Em Salvador, a oficina “Treinamento-Improvisação” será ministrada pela diretora Ana Teixeira, nos dias 28 e 29 de março, dentro das dependências da Escola de Teatro, da Universidade Federal da Bahia (ETUFBA), integrando a Semana Pedagógica da Instituição. As inscrições podem ser feitas através de formulário disponível no perfil @amokteatrorj.

Espaços ancestrais da cultura negra brasileira, os Quilombos Alto de Tororó e do Dandá receberão a oficina “Olelê – Brincando Bantu”, ministrada pelo músico, pesquisador e arte-educador Fábio Mukanya, que através da transmissão oral crianças, jovens e adolescentes aprenderão brincadeiras tradicionais dos povos de Angola, Moçambique e Congo, além de criarem brinquedos como o pião de cabaça, bonecos de manipulação e instrumentos musicais.

AMOK TEATRO: formação e teatro político-social

O Amok Teatro é um grupo carioca de teatro de pesquisa com 27 anos de trajetória, dirigido por Ana Teixeira e Stephane Brodt desde sua fundação em 1998. O grupo é reconhecido pela crítica e pelo público, tendo recebido diversos prêmios, e é considerado uma das companhias mais prestigiadas da cena carioca contemporânea, com grande reconhecimento internacional. O trabalho do Amok Teatro se caracteriza pela pesquisa contínua sobre a arte do ator e as linguagens da cena, buscando rigor formal e intensidade. Os projetos do grupo exploram diferentes caminhos de pesquisa cênica e treinamento para o ator, dialogando com diversas tradições e culturas. Os espetáculos abordam temas contemporâneos e questões fundamentais de nossa época, sempre com uma linguagem poética e a cena como espaço cerimonial.

Serviço

O quê: Espetáculo FURACÃO, uma obra da Trilogia da África, do Amok Teatro
Quando: 27, 28 e 29 de março de 2025 – quinta e sábado, às 20h, e sexta, sessões às 15h e 19h
Onde: Teatro Sesc-Senac Pelourinho – Largo do Pelourinho, 19 – Pelourinho
Ingressos: R$20 e R$10 (na bilheteria ou antecipados pela plataforma Sympla
Mais informações: @amokteatrorj
Duração: 70 minutos | Classificação: 12 anos

O quê: Oficina de “Treinamento-Improvisação”, para atores e estudantes de teatro
Quando: 28 e 29 de março, de 09h às 13h
Onde: Teatro Sesc–Senac Pelourinho
Inscrições: @amokteatrorj

Serviço – Ação nos Quilombos
Quilombo Alto do Tororó
Apresentação de “FURACÃO” – 25/03, terça –19h | acesso gratuito
+ oficina “Olelê – Brincando Bantu”, com Fabio Mukanya – 29/03, sábado – 14h

Quilombo do Dandá (Simões Filho)
Apresentação de “FURACÃO” – 30/03, domingo – 19h
+ oficina “Olelê – Brincando Bantu”, com Fabio Mukanya – 30/03, domingo – 14h

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Teatro

Indicações pretas aquecem torcida para o Prêmio Bahia Aplaude

Jamile Menezes

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Bahia Aplaude

Com a missão de incentivar a produção teatral baiana, tanto na capital quanto no interior do estado, o prêmio Bahia Aplaude – antes prêmio Braskem de Teatro – avaliou 52 montagens, entre peças de teatro e performances. O resultado é uma lista das indicações às categorias Espetáculo Adulto, Espetáculo Infantojuvenil, Direção, Ator, Atriz, Texto, Revelação, Performance e Categoria Especial.

Em sua 30ª edição, o novo título homenageia as origens da premiação, que começou como Troféu Bahia Aplaude e agora expande sua assinatura para novas parcerias. O intuito é fortalecer a cadeia criativa do teatro, dando possibilidade de agregar outras marcas que acreditam no grande potencial transformador da arte, assim como a Braskem, forte impulsionadora do teatro baiano.

Artistas negros e negras de Salvador e produções afro-centradas integram a super lista de indicações, a exemplo dos espetáculos Candomblé da Barroquinha e Torto Arado, categoria Espetáculo Adulto; o ator e diretor Thiago Romero (Candomblé da Barroquinha), na categoria Direção;  Diogo Lopes Filho (Torto Arado), indicado como Melhor Ator; Vika Mennezes (Mukunã) e Larissa Luz (Torto Arado) na categoria Melhor Atriz; Aldri Anunciação, Fábio Espírito Santo e Elísio Lopes Júnior (Torto Arado), Gildon Oliveira (Nó), Mônica Santana (Sr. Oculto), em Melhor Texto; Filêmon Cafezeiro e Liz Novais (composição de Mukunã: do fio à raiz), Mafá Santos (sonoplastia de Bicho de duas patas). E na Categoria Especial, as indicações de Jarbas Bittencourt (direção musical e composição de Torto Arado) e Thiago Romero (direção de arte de Candomblé da Barroquinha).

Já assistiu?

Os espetáculos indicados nas categorias Adulto, Infantojuvenil e Performance farão parte da Mostra Bahia Aplaude, que acontece em espaços culturais de Salvador em data anterior à da cerimônia de premiação, como mais uma oportunidade para o público conhecer os finalistas à premiação.

Confira lista completa de indicados no perfil @bahia.aplaude e já fique na torcida!

 

 

 

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Música

Musical “Se Acaso Você Chegasse” terá sessão extra no Teatro Moliére

Jamile Menezes

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O musical “Se Acaso Você Chegasse” terá sessão extra no domingo, dia 30 de março, no Teatro Moliére da Aliança Francesa. O espetáculo, que homenageia a cantora Elza Soares, já está em cartaz há 15 anos. Os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla ou no local da apresentação.

Escrito por Elísio Lopes Jr. e dirigido por Antônio Marques, o musical retrata diferentes fases da carreira de Elza Soares, tendo três atrizes no papel da artista: Aline Nepomuceno, Denise Correia e Lívia França, que dão vida a diferentes períodos de sua trajetória. O elenco ainda inclui Agamenon de Abreu, Cristiane Florentino, Gilson Garcia, Lycia Pestana, Leonardo Freitas e Madah Gomes.

A montagem, que recebeu a presença da própria Elza Soares em 2010, se destaca pela intensidade dramática e pela fidelidade à história da cantora, uma artista revolucionária, que uniu elementos do jazz, rock e outros estilos ao samba tradicional, deixando um legado de inovação e resistência.

Com mais de seis décadas de carreira, Elza Soares eternizou sucessos como “Se Acaso Você Chegasse”, “A Carne” e “Lama”. Além de sua importância musical, também se destacou como uma voz ativa na luta pelos direitos das mulheres e da população negra no Brasil. Falecida aos 91 anos, em janeiro de 2022, Elza deixou um impacto cultural que segue vivo em espetáculos como este.

Sobre o musical

O musical estreou em 2010, no Theatro XVIII, e desde então tem sido apresentado em diversos espaços culturais de Salvador. A obra, escrita por Elísio Lopes Jr, autor do musical D. Ivone Lara e da novela Amor Perfeito (Globo), integrou a programação de festivais e projetos como “A Cena tá Preta”, Festival de Teatro do Subúrbio, Festival Banco do Nordeste, Festival Cine Cena Unijorge e Festival Vozes no Teatro Castro Alves.

O espetáculo, prestigiado pelos cantores Elza Soares e Milton Nascimento, também recebeu durante a temporada diversos artistas baianos, que cantaram a música “A Carne”, como Carla Visi, Márcia Short, Lazzo Matumbi, Juliana Ribeiro e Magary Lord.

Serviço

Espetáculo “Se Acaso Você Chegasse”

Data: 30 de março (domingo)

Horário: 17h

Local: Teatro Moliére da Aliança Francesa

Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia)

Vendas: Sympla ou no local, no dia da apresentação

Classificação: Livre

Informações: (71) 99269-8274

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