Música
Dom Marcus lança single e videoclipe de “Ô cabeça”

Dom Marcus lança single e videoclipe de “Ô cabeça”. O verbo “convocar” é o ato de reunir. Uma ação coletiva em prol de um objetivo comum. E o chamado para a convocação é: “Ô cabeça!”, uma gíria popular baiana ouvida em todos os cantos da Baía de Todos os Santos. E é com essa expressão que o artista baiano Dom Marcus intitula o seu novo single “Ô cabeça”, a ser lançado a partir das 00h do próximo dia 01 de março em todas as plataformas de streaming (https://onerpm.link/
A música, escrita para todo e qualquer tempo, nos pede: “Olha agora para dentro e veja toda a sua beleza”. O single, lançado após Dom Marcus vencer o Festival Lapidando Talentos, organizado pela empresária Carol Chicre, em 2021, teve a sua versão final escrita e concluída durante a pandemia, nesse mesmo ano. Foi gravado e produzido em Goiânia na Pé de Amora Music em 2023 pelo produtor Willibaldo, para ser lançado agora em 2024.
“Tudo em seu tempo, com o seu propósito, como num verdadeiro ato atemporal por esperança a tudo que vivenciamos nos últimos anos, período em que mentes e cabeças foram muito abaladas. E é justamente aí que reside o duplo sentido desse título. A palavra “cabeça” sugere o nosso eu interior, a nossa mente e ao mesmo tempo é um chamado informal, tal qual uma gíria local, muito usada no dia a dia do nosso povo”, conta Dom Marcus.
Os primeiros versos da canção começaram a ser escritos pelo compositor há uns 5 anos. Marcus estava conhecendo uma pessoa que o chamava de “cabeça” e isso acabou servindo de inspiração para o nascimento da primeira versão da canção. A música tinha uma estrutura melódica diferente e uma outra letra. Com o tempo, o artista foi percebendo que aquela composição extrapolava uma paixão efêmera, e tinha um potencial muito maior do que aquele sentido inicial demonstrava. Foi aí que durante a pandemia, por conta do que foi vivido, a nova letra nasceu, uma nova mensagem surgiu.
A canção, que parece falar de um tempo pandêmico, extrapola os períodos e nos faz perceber que é preciso, em tempos de breu, isolamentos, dores e perdas, sermos resilientes, sabendo que tudo passa e uma hora o sol volta a brilhar. Após tantas vivências coletivas, Dom Marcus questiona: “Será que a gente aprendeu?”.
“Por mais ampla que a interpretação da letra seja, imagino que muitas pessoas vão entender de cara a questão da pandemia, a raiz da minha inspiração. “Ô cabeça” é um grito de esperança, para toda e qualquer situação de desesperança. Um manifesto à vida. Uma forma de entendermos que precisamos tirar alguma lição dos momentos bons e ruins, de breu e luz, ao longo de nossas vidas”, ressalta o cantor e compositor.
“Ô cabeça! / Agradeça! O dia nasceu! / Com certeza a tristeza vai dizer “Adeus””.
A partir da compreensão dessa letra, o diretor Itabagi da Like Filmes, produziu um videoclipe que nos tira do isolamento, do estado de confinamento, da dor, para o convívio coletivo, para a troca de afetos, para a natureza urbana das cidades. Todo o projeto está sendo conduzido pela Icomp, agência de marketing musical, na figura de Dhiego Bicudo.
Dom Marcus fala que “Ô cabeça” representa para ele uma maior maturidade musical em compreender que é possível fazer uma música que cause reflexão, que tenha qualidade de melodia, harmonia e letra, sem perder o sentido de ser ‘comercial’ e atrativa, abraçando diversos gêneros e tipos de públicos.
Do Samba ao Pop
Das brincadeiras musicais em sala de aula, ainda na adolescência, para sambas enredos escritos para Mangueira e agora o lançamento do seu primeiro single e videoclipe profissional “Ô cabeça “. O interesse em seguir a carreira musical começou ainda jovem, aos 17 anos, quando formou com amigos uma banda de Pop Rock, a Sunset Riser, na qual foram premiados em um Festival Intercolegial de Música.
Foi nesse período que, além de cantor, se descobriu compositor. A partir daí, desenvolveu um trabalho solo, se apresentando em bares e espaços culturais. “Enquanto estudava Publicidade e Propaganda na Católica, participei do Festival Universitário de Música, que ocorreu na Concha Acústica, onde fui premiado como melhor intérprete”, relembra Dom.
Após formado, o artista foi morar no Rio de Janeiro, onde realizou o sonho de fazer parte da ala de compositores da Estação Primeira de Mangueira. Depois de um período morando na cidade de São Paulo, ele retorna a Salvador e logo de cara é finalista do concurso “Música do Verão” realizado pela Rede Bahia e transmitido ao vivo no programa Bahia Meio-dia, com a sua composição “Povo Massa”, um samba reggae. A pluralidade musical e a versatilidade de poder navegar em diferentes gêneros, acaba sendo uma das suas maiores marcas.
No próximo dia 01 de março, Dom Marcus convoca a todes a ouvirem e assistirem ao resultado de toda essa trajetória, hoje representada por uma canção que promete entrar na cabeça da galera para nunca mais sair. Ô cabeça! Você está preparado?
Música
Cantor baiano Moisés Victório lança trabalho musical autoral “Borí”

O artista interdisciplinar, Moisés Victório, apresenta seu novo trabalho autoral de música, o EP “Borí”, composto por cinco faixas inéditas que exploram as conexões entre música, fé, memórias e ancestralidade africana. Disponível nas principais plataformas de streaming, o projeto representa um marco significativo em sua trajetória, traduzindo em sons sua busca pela (re)construção de uma identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica.
“O processo de transformar essas referências em sonoridades foi muito espontâneo para mim, muito natural”, explica Moisés. “Primeiro porque essa ancestralidade africana está à nossa volta o tempo inteiro. Não tem como conviver e transitar em Salvador sem estar imerso nessa herança. Por outro lado, a conexão com a espiritualidade vem da minha formação familiar. Cresci em terreiros de candomblé, e essa primeira formação musical veio dos cânticos, das rezas, dos orikis que entoávamos rotineiramente.”
Bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia, Moisés vem desenvolvendo pesquisas sobre as relações criativas entre arte, novas tecnologias e cultura eletrônica, estabelecendo relações com o estudo das culturas, línguas e cosmogonias africanas, em especial a cultura nagô-yorubá. Esse encontro entre contemporaneidade e ancestralidade é a essência de “Borí”.
O EP nasce das experiências pessoais do artista, que teve sua formação musical nos terreiros de candomblé durante sua infância. “Borí é ritual, é transcendência, é orixá, é essência”, afirma Moisés. “A partir da mundivisão nagô-iorubá, podemos entender figurativamente o conceito de Borí como um processo de conexão interna, de autoconhecimento, de expansão de si para o mundo – através do seu lugar de fala e origem”.
Parte do trabalho foi concebido durante sua Residência Artística no Instituto Sacatar em 2023, onde Moisés colaborou com pesquisadores e artistas afro americanos da Universidade de Stanford (EUA). Dessa experiência surgiu a participação especial de Amara Tabor-Smith na faixa “Obìnrin”. A produção musical do EP conta com a colaboração do maestro e arranjador Cassius Cardozo. A masterização e finalização foi concebida pelo engenheiro de áudio Carlos Eduardo Andrade (Cají).
A primeira faixa “ÈṢÙ”, que abre o EP, já está disponível com videoclipe no YouTube. A obra traduz em canção um universo construído e imaginado nas intersecções do orixá da comunicação, do guardião dos caminhos, daquele que traz as notícias e elabora a sorte. “Essa faixa é muito especial porque ÈṢÙ é o orixá da comunicação, o mensageiro que conecta os mundos”, comenta Moisés. “Na cultura tradicional iorubá e afro-brasileira, antes de iniciar qualquer ritual, qualquer celebração, é essencial saudar Exú. Por isso, a faixa abre o disco e também foi a primeira a ganhar um videoclipe”.
“Borí” representa mais que um conjunto de canções – é uma metáfora da memória, um portal para o autoconhecimento, é uma celebração da herança africana na diáspora atlântica. “Espero que as pessoas se conectem com esse trabalho pela força da simbologia que carrega”, reflete o artista. “Este EP é um resgate de memórias da minha infância nos terreiros, mas também é uma discussão sobre cultura, identidade, ancestralidade, visões de mundo. Ele dialoga e protagoniza narrativas que precisam ser mais ouvidas”.
Bori é uma realização da Bogum Ambiente Criativo em parceria com a Multi Planejamento Cultural e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.
Sobre Moisés Victório
Músico intuitivo, aprendeu nos terreiros de candomblé onde passou a infância o letramento necessário para traduzir em canções o mundo à sua volta. Começou sua trajetória artística aos 12 anos, como mobilizador cultural no quilombo urbano onde nasceu, no Engenho Velho da Federação. Ao longo dos mais de 20 anos de aprendizados e trajetória profissional, trabalhou ao lado de dezenas de artistas nacionais e internacionais, tendo circulado por todas as capitais brasileiras e alguns países do exterior.
Borí, novo trabalho de Moisés, apresenta os desdobramentos poéticos da sua mais longeva pesquisa, a (re)construção da sua identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica. Nascido no seio de uma família candomblecista, construiu sua primeira percepção de mundo através dos itans e orikis, dos cânticos sagrados e do cósmico som dos atabaques. Essa percepção afro centrada, impactou profundamente sua formação política, social e artística.
Ao longo dos anos, vem se dedicando ao estudo regular das línguas, cultura e cosmogonia africanas. É discente do curso de língua e cultura yorubá do Núcleo Permanente de Extensão em Letras – NUPEL da Universidade Federal da Bahia – UFBA, além de dedicar-se a imersões sobre a mundivisão nagô-yorubá. É certificado pelo projeto Ẹ̀kọ́ Dára (Ilê-Ifé, Nigéria) coordenado pelo professor nigeriano Phd em literatura e linguística Prof. Dr. Félix Ayoh’omidire, o que lhe conferiu maior aprofundamento às origens, fundamentos e orientação ancestral da pessoa nagô-yorubana.
Artista interdisciplinar, é bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia. Além de iluminador cênico, realizador audiovisual e músico, atua na gestão de festivais, eventos e instituições. Atualmente é gestor do Teatro Sesc Casa do Comércio, dirige a empresa Bogum Ambiente Criativo e faz parte do comitê gestor da Casa Preta Espaço de Cultura. Antes, foi gestor do Teatro Gregório de Mattos e coordenador técnico da Gerência de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos, prefeitura municipal de Salvador.
O álbum pode ser conferido em todas as plataformas digitais no link
O videoclipe da canção Èṣù já está disponível no Youtube
Música
Rapper Wall Cardozo lança single ‘Itapuã’ em parceria com Liz Kaweria

O rapper Wall Cardozo vai lançar na próxima quinta-feira (20), seu novo single ‘Itapuã’ (faça o pré-save aqui). Com um flow marcante que se encaixa perfeitamente com a letra, a canção fala de amor e desejo entre duas pessoas que querem viver um romance em um dos bairros mais famosos de Salvador: Itapuã. O trabalho faz parte do seu primeiro álbum intitulado ‘Homem Menino’ e o projeto autoral conta com a participação de diversos artistas nordestinos, sendo lançado na íntegra em abril.
Com mais de 10 anos de carreira, Wall destacou como foi o processo de criação da música. “Considero Itapuã uma das músicas mais bonitas que já fiz. Lembro de ter começado a escrever a letra durante um momento de inspiração, encima de um beat gratuito da internet. Quando terminei a composição, cheguei com a ideia para Manigga, que brilhou na produção musical. A participação de Liz foi a cereja do bolo. Quando a voz dela entrou, ficou claro que era exatamente o que faltava para considerarmos a música pronta”, disse o artista.
Para a cantora Liz Kaweria, gravar o feat com Wall “foi incrível. Quando ouvi a música pela primeira vez, me deu uma sensação de paz. A melodia é perfeita, a produção é perfeita, a letra é absurda, é excelente. A letra mostra um amor com cumplicidade, companheirismo. É uma música que casais novos e antigos podem se identificar. Pra mim foi muito bom gravar, eu me identifiquei muito com a letra”, declarou Liz.
Sobre Wall Cardozo
Wall Cardozo é um baiano que está no cenário da música desde 2013, quando formou o grupo WWL RAP junto com amigos da escola e permaneceu na formação musical até 2019. O rapper viu seu processo criativo aflorar em janeiro de 2020, com o lançamento do seu primeiro EP chamado EHLO. O projeto tem cinco faixas e foi exclusivamente produzido pelo artista. Agora, em 2025, Wall celebra uma nova fase da carreira com o seu primeiro álbum, que será lançado em abril. Através dele, o artista faz uma conexão mais potente com sua própria arte e experimenta novas possibilidades musicais ao lado de artistas já admirados por ele.
Música
Dendê Macêdo faz show em homenagem ao Mestre Bira Reis

O cantor, compositor e instrumentista, Dendê Macêdo, faz um show no próximo dia 21 (sexta-feira) em homenagem ao Mestre Bira Reis, multi-instrumentista, artista plástico e educador, falecido em 2019. O evento, que conta com a participação dos músicos João Teoria e Vini Mendes, acontece às 18h, na Oficina de Investigação Musical, no Pelourinho, com entrada a preço popular de R$10,00.
“Estou feliz em poder fazer essa homenagem a Bira Reis, que foi meu incentivador e guia na música. Para mim, está sendo simbólico esse momento, porque tocarei instrumentos que aprendi a criar graças aos seus ensinamentos”, conta Dendê Macedo.
Na oportunidade, será apresentada ainda uma amostra do projeto “Sons Reciclados”, que traz inovação musical ao transformar materiais recicláveis em instrumentos de percussão, unindo música e sustentabilidade. Dendê dá uma nova utilidade a objetos que seriam descartados, criando sonoridades únicas. Taco de golfe que vira berimbau, xequerê feito com capacete, surdo feito com balde e atabaque criado com vaso sanitário estão entre suas criações que, juntas, resultam em uma performance inovadora com sons percussivos distintos e únicos.
Serviço
O quê: “Dendê Macêdo e Sons Reciclados”
Quando: Dia 21 de março de 2025 (sexta-feira)
Horário: Às 18h
Onde: Oficina de Investigação Musical – R. das Portas do Carmo, 24 – Pelourinho
Ingressos: Valor social R$ 10,00