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Música

Salutari faz show no Espaço Cultural da Barroquinha

Amanda Moreno

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Salutari faz show no Espaço Cultural da Barroquinha
Salutari faz show no Espaço Cultural da Barroquinha (Foto: Patrícia Almeida)

Salutari faz show no Espaço Cultural da Barroquinha. Um barítono de voz marcante, graves definidos, agudos encorpados e um timbre carregando de uma regionalidade ancestral, o artista independente, Salutari, sobe ao palco do solo sagrado do Espaço Cultural da Barroquinha, na sexta-feira, dia 22 de março, ms 19h, para um pocket show gratuito do álbum “Despache” durante a programação do Festival Boca de Brasa da Fundação Gregório de Matos.

A performance, que tem direção musical assinada pelo próprio artista, traz seu último lançamento “Odara Ô“, além de faixas inéditas do álbum e músicas de uso irrestrito das religiões afro-brasileiras. Salutari, que já fez parte de um duo perfo-politíco-musical, estreou em 2022 como artista solo com o EP “Oferenda”, um trabalho autoral sobre a fé, a devoção baiana na tradicional festa do dois de fevereiro, e a sua relação sagrada com Iemanjá, a Mãe de todas as cabeças.

Despache

Quando terminou sua parceria musical, e entendeu que a performatividade que exercia em dupla, não seria mais condizente com uma caminhada solo e preste a perder a oportunidade de uma apresentação que lhe ajudaria a fechar as contas do mês, o artista entrou em desespero, e pediu caminho a suas ancestralidades e foi dentro do ônibus no meio da BA-522 que a voz suave e enigmática que lhe direcionava pelas mais seguras desde sua infância, ressoou dizendo “Cante pra Exu!”

Agora, no ano que completa 7 anos na música, ele lança o seu primeiro álbum, intitulado Despache, o primeiro álbum baiano sobre Elegbará e o Povo de Rua, que vem imperativamente afirmando a necessidade de evocar as sentinelas para nosso caminho, e nele o cantautor compartilha desejos, vivências, homenagens e protestos através de 12 faixas. O trabalho foi dirigido e conceitualizado por ele, com a produção musical do Aquahertz, instrumentais da multiartista Dakorô e participações de outros artistas independentes que estiveram na sua caminhada nesses 7 anos de história, caminhada essa, que o artistas considera ter sido essencial para dar vida a essa musicalidade repleta de identidade, variações de ritmos, e uma energia pulsante e reconexão, que chegará, no dia 12 de junho de 2024, aos aplicativos de streaming pela Tratore Distribuição.

Salutari

Oriundo da Nova Brasília Itapuã, que está contida na região que é lar de grandes ícones da nossa cultura, como as Ganhadeiras de Itapuã, Seu Regi de Itapuã e o majestoso Malê Debalê. Filho e neto de baianas de acarajé, ele cresceu imerso na culinária, saberes ancestrais e no samba que embalava as manhãs de preparo dos insumos para o tabuleiro. Salutari flerta desde muito cedo com a arte, passava horas fazendo desenhos das Iyabás que via nos xirês, talento que herdou de seu pai fazia pequenos souvenires e desenhos sobre a comunidade pesqueira, ele costuma dizer que de sua herdou a palavra, pois Dona Jaci sempre um mulher de língua afiada, apaixonada por canções e poemas românticas, e sempre incentivou a escrita e leitura.

Salutari não fazia ideia que todas essas vivências viriam a culminar em um artista multi-linguagens, que hoje é um cantautor, artista plástico, gestor cultural e figurinista, graduando do curso de artes plásticas da Escola de Belas Artes da UFBA e formado em gestão de espaços culturais pelo projeto Boca de brasa da Fundação Gregório de Matos, que ouviu muitas vezes que sonhar era uma perda de tempo, mas ouso fazê-lo, pois seus grande ídolos vieram do mesmo o lugar e que ele, e se eles não tivessem tido ímpeto de sonhar eles não seriam suas grandes referências.

 

Música

Grupo Ofá apresenta “Encanto das Águas” em Salvador

Ana Paula Nobre

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Foto: Geovane Peixoto

O espetáculo “Encanto das Águas” será apresentado pelo Grupo Ofá, dia 9 de fevereiro (domingo), às 17h, na Casa Rosa, no Rio Vermelho, em uma apresentação histórica em Salvador. Considerado um dos principais nomes da música afro-brasileira, o evento promete ser uma noite de fé e celebração, conectando o público às tradições ancestrais das religiões de matriz africana e à riqueza da música popular brasileira.

Após turnês consagradas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o grupo apresenta na capital baiana o espetáculo que celebra as Yabás — divindades femininas das águas sagradas — e homenageia Mãe Menininha do Gantois, uma das maiores referências do candomblé, no mês em que completaria mais um aniversário. A chegada da apresentação em Salvador, considerada o coração da cultura afro-brasileira, reforça o simbolismo do evento, unindo a tradição do grupo ao cenário onde essas raízes culturais mais florescem.

Com um repertório que passeia pelos álbuns “Odum Orin”, “Obatalá: Uma Homenagem a Mãe Carmen” e “Iyabá Shirê: O Poder do Sagrado Feminino”, o show é uma verdadeira imersão na ancestralidade e espiritualidade. Entre cânticos sagrados em yorubá e composições marcantes, o espetáculo também inclui homenagens a grandes nomes da música brasileira, e a participação especial do cantor e compositor Roberto Mendes, reafirmando o compromisso do grupo com a preservação e a valorização da herança cultural.

“Encanto das Águas” é mais do que um espetáculo musical, é um convite à reflexão sobre a força vital e simbólica das águas, explorando suas metáforas para a vida, os desafios e as belezas da existência, em uma noite para festejar a fé, em um local profundamente conectado à espiritualidade das águas, que é o bairro do Rio Vermelho. Reconhecido internacionalmente, o Grupo Ofá já se apresentou em palcos como o festival Back2Black, em Londres, e em eventos históricos no Brasil, como os festejos do 2 de Julho, em Salvador. Em seus 25 anos de história, o grupo construiu um legado que vai além da música, promovendo resistência cultural e a preservação das tradições afro-brasileiras.

A apresentação também revisita o impacto cultural do álbum “Obatalá: Uma Homenagem a Mãe Carmen”, lançado em 2019, que exaltou o candomblé e a força feminina nas tradições afrodescendentes. O disco, que contou com gravações memoráveis no estúdio de Carlinhos Brown, no Candeal, incluiu vozes de grandes nomes como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Alcione, e recentemente foi transformado em um documentário. Este trabalho foi um marco na história do Grupo Ofá, consolidando sua missão de levar a força das matrizes africanas a novos públicos.

Este evento reforça o papel deste tipo de espetáculo no calendário do verão baiano, um período em que Salvador celebra intensamente sua diversidade cultural e religiosa. A cidade, berço da cultura afro-brasileira, é palco de manifestações que unem fé, música e ancestralidade, consolidando-se como um centro de resistência e exaltação da identidade afrodescendente. “Encanto das Águas” é um exemplo de como a música e a tradição podem conectar o público às raízes mais profundas da história e espiritualidade de Salvador e do Brasil.

Os ingressos para a apresentação “Encanto das Águas” já estão disponíveis na plataforma Sympla, através do link, com valor de R$ 40,00 (meia-entrada) e R$ 80,00 (inteira).

Serviço

O quê: Show “Encanto das Águas” – Grupo Ofá

Quando: 9 de fevereiro (domingo)

Horário: 17h

Onde: Casa Rosa, Rio Vermelho – Salvador, BA

Ingressos: R$ 40 (meia) e R$ 80 (inteira) – vendas pelo Sympla no link

 

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Música

Mário Soares e Lan Lanh apresentam um axé pra lua quinta (06)

Ana Paula Nobre

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Foto: Nanda Costa

O violino de Mário Soares e a percussão de Lan Lanh vão desbravar os mares da música afro-brasileira numa criativa apresentação, dia 6 de fevereiro (quinta-feira), às 20h, no Teatro do Sesc – Casa do Comércio. A dupla tem como sintonia fina a multiplicidade de sons desse universo diaspórico e levará ao palco uma canção inédita de cordas, num improviso de violino e berimbau, formação pouco explorada profissionalmente, além de uma homenagem a Luiz Caldas, Gonzagão e Osmar Macêdo, criador do trio elétrico, ao lado de Dodô. Os ingressos estão à venda no site do Sympla e na bilheteria do teatro.

O cantor e compositor Luiz Caldas gravou Axé pra Lua para o disco do trio elétrico Tapajós em 1981, quando ninguém imaginava que ele seria considerado o pai da cena chamada, coincidentemente ou não, de axé music, que este ano completa 40 anos. A homenagem, então, se estende à música baiana e à diversidade do autor de Fricote. “Comungamos com ele essa admiração por vários ritmos”, diz Lan. “E Luiz é um exímio instrumentista. Já toquei com ele nuns três, quatro shows e num programa de TV”, conta Mário.

Para completar, a música é dedicada a Luiz Gonzaga, presente de muitas formas no encontro de Lan Lanh e Mário Soares. Ela toca um medley com músicas do Velho Lua e ritmos afins, como baião, frevo, ijexá, xote, coco. “Todo show eu faço isso”, diz. Mário também toca Gonzaga, mas expande o conceito: “Luiz Gonzaga é o rei da estrutura levada pro país inteiro, que fez com que o Brasil respeite, entenda e leia de forma mais ampla o Nordeste”, contextualiza.

Dentro do universo de Luiz Gonzaga, Lan Lanh e Mário recebem a cantora Mãeana, para uma participação especial com canções de João Gomes, que tem como uma das referências à obra do “Rei do Baião”. O trabalho da cantora como o repertório do jovem artista pernambucano conecta diretamente com a ponte que os músicos baianos fazem de Luiz Gonzaga com Luiz Caldas, que fundamenta o título Num Axé Pra Lua.

Foto: Nanda Costa

Lan Lanh define seu encontro com o violinista tomando emprestada a expressão “forroxé”, dessa música de Luiz Caldas, ou seja, Nordeste com axé. Mário descreve essa relação no show: “À medida que o violino se revela, também, como uma rabeca, esteticamente, no toque, nos acompanhamentos, na maneira de interpretar, Lan Lanh traz o pandeiro, uma percussão que vai para esse lugar do barro do chão, do sertão, e esse lugar celebra a região Nordeste”.

Com mais de 30 anos de carreira, Lan Lanh brilhou, nos últimos tempos, como percussionista da banda de Maria Bethânia, que a apresentava, todo santo show, como seu “auxílio luxuoso”. Mestre em performance pela Ufba, Mário Soares atua na Osba e na Sinfônica da Ufba e gosta da ideia de deslocar um instrumento da erudição europeia de seu contexto original para criar texturas sonoras com a rítmica de matriz africana.

“Nosso encontro e o repertório ratificam essa abertura para vários espectros da música, tirando o violino do lugar exclusivamente erudito e trazendo a percussão para um diálogo paradoxalmente harmônico. Ritmo no violino e harmonia no batuque”, descreve Lan. “O encontro do violino com o universo percussivo de Lan Lanh nos traz um mundo de possibilidades e cores. A sonoridade rica e diversa que orquestramos é desafiadora e surpreendente!”, anima-se Mário.

Em mais de 20 anos de carreira, Mário já dividiu palco com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira e Armando Macedo. Por sua vez, Lan Lanh já trabalhou com Cássia Eller, Cyndi Lauper, Tim Maia, Nando Reis, Marisa Monte, Jussara Silveira e outros. Ambos os artistas são compositores e têm trabalhos solos lançados no mercado, mas uma das curiosidades deste encontro é que Mário morou na Espanha, onde se encantou pelo flamenco, e Lan Lanh é a percussionista brasileira pioneira em cajón, instrumento usado no flamenco.

“Abriremos o show pedindo licença a Iemanjá, trazendo um pouco de referência ao Dois de Fevereiro, com Batuque nas Águas (Naná Vasconcelos), Sereiar (Lan Lanh e Robson Nonato) e Sexy Yemanjá (Pepeu Gomes). A noite vai ter lua cheia”, explica Mário.

O Canto de Xangô fará a ponte, a transição, do nordeste, do baião, da lua do sertão, do barro do chão de Luiz Gonzaga para a alegria e o frenesi dos frevos e suas misturas que tanto alegram o nosso carnaval. “Nessa seção frevo homenageamos Dodô e Osmar, os grandes inventores do trio elétrico e Moraes Moreira, o primeiro cantor de trio elétrico”, explica Lan Lanh.

Serviço

O quê: Mário Soares e Lan Lanh Num Axé Pra Lua

Quando: 6 de fevereiro (quinta-feira)

Horário: Às 20h

Onde: Teatro Sesc – Casa do Comércio – Avenida Tancredo Neves, 1109 – Caminho das Árvores

Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) – 1º lote

Onde comprar: site da Sympla

 

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Música

Show “Eu Mulher” une vozes de Irma Ferreira e Ifátókí na Casa da Mãe

Ana Paula Nobre

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Irma Ferreira | Foto: Divulgação

No dia 3 de fevereiro de 2025 (segunda-feira), às 21h, a Casa da Mãe, no Rio Vermelho, será palco da apresentação “Eu Mulher”, um encontro emocionante entre as cantoras com carreira internacional Ifátókí e Irma Ferreira. Duas potentes vozes da música brasileira que se reencontram para um show inédito em Salvador.

Irma Ferreira, cantora baiana, transita entre a musicalidade ancestral dos orixás e a erudição do canto lírico orquestral. Com uma trajetória marcada pela vivência no repertório afro-religioso e experiência em óperas, orquestras e big bands, sua voz carrega a força e a ancestralidade da cultura afro-brasileira.

Ifátókí | Foto: Divulgação

Já Ifátókí, anteriormente conhecida como Maíra Freitas, é cantora, pianista, compositora e produtora musical. Com uma sólida carreira, sua música transita entre o piano clássico, o jazz e as influências do samba, sempre conectada à ancestralidade.

“Eu Mulher” é uma celebração dessas trajetórias e influências, um espetáculo que exalta a energia feminina e a espiritualidade afro-brasileira. Inspirado na grande mãe Iemanjá e em outras Iabás e entidades femininas, o show propõe uma experiência sensorial de força, beleza e conexão com a ancestralidade.

O público poderá apreciar um repertório cuidadosamente selecionado para expressar essa fusão de estilos e vivências, criando um ambiente de profunda imersão musical e espiritual.

Serviço

O quê: Show “Eu Mulher” – Irma Ferreira e Ifátókí
Onde: Casa da Mãe – Rua Guedes Cabral, 81, Rio Vermelho
Quando: 3 de fevereiro (segunda-feira)
Horário: 21h
Ingressos: Antecipado: R$ 50 / na porta: R$ 60
Reservas e informações: (71) 99168-3879
Produção: Beira da Praia Produções

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