Música
Álbum de chulas do mestre João do Boi será lançado nesta sexta-feira

Álbum de chulas do mestre João do Boi será lançado nesta sexta-feira. Registro do primeiro álbum independente do mestre João do Boi e de seu grupo, o Samba Chula João do Boi, gravado em setembro de 2022, tem lançamento agendado para a próxima sexta-feira, 05 de abril de 2024, em todas as plataformas de streaming de música (Spotify, Aple Music, Deezer, Tidal e YouTube Music).
Com grande expectativa o álbum intitulado “A Chula de São Braz”, estava previsto para lançamento em abril de 2023, mas teve de ser adiado por conta do seu falecimento do mestre João do Boi em 08 de janeiro de 2023. Em 13 de junho deste ano, o mestre completaria 80 anos. Link para acesso ao álbum – https://bfan.link/a-chula-de-sao-braz
Atendendo ao desejo do mestre, o álbum foi prensado em CD, apenas mil cópias. O projeto gráfico é assinado pela designer Fernanda PC e traz, além das letras em seu encarte, desenhos assinados pelo artista e ilustrador Davi Comodo, como também algumas fotos do dia da gravação do álbum em São Braz. A capa, contracapa e a estampa da bolacha do CD têm as fotos cedidas e assinadas pela fotógrafa Maria Buzanovisky, além de homenagens póstumas ao mestre Alumínio (foto de Vinícius Xavier) e Maria Eunice (foto de Fidelis Melo), irmão e esposa do mestre João do Boi.
O álbum “A Chula de São Braz” do grupo Samba Chula João do Boi é uma realização da Zazueira Produções e conta com o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Centro de Culturas Populares e Identitárias – CCPI e Secretaria de Cultura da Bahia.
SOBRE JOÃO DO BOI E SEU GRUPO SAMBA CHULA JOÃO DO BOI
O Samba Chula João do Boi foi criado em 2015 pelo líder João Saturno, mais conhecido como João do Boi, ex-integrante do Samba Chula de São Braz. João do Boi é um dos maiores representantes da tradição oral do Samba de Roda do Recôncavo, que é reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Imaterial da Humanidade, desde 2005. Com seu pandeiro em punho João do Boi e seu grupo entoam um repertório ímpar de chulas que cantam o samba, a viola e a mulher. E também retratam a vida do trabalho da roça e do mar.
São chulas lúdicas, piadas e conselhos irônicos, em pequenas parábolas ironizando situações sensuais e tragicômicas da vida cotidiana de São Braz, uma vila da cidade de Santo Amaro-Bahia, terra de Caetano Veloso, Maria Bethânia, Roberto Mendes e outros artistas. Portanto, muitas chulas retratam a vida do trabalho na roça, no canavial, no mar e no mangue, às vezes com uma conotação do sofrimento, do “penar” que remete aos tempos da escravidão.
Música
Ouça nas plataformas digitais “CANTO”, novo single de Juliana Ribeiro com Nelson Rufino

A partir de hoje (10), o público pode conferir o single “CANTO”, de Juliana Ribeiro. A nova canção da cantora, compositora e historiadora, foi composta especialmente para a artista pelo sambista Nelson Rufino, e vem para complementar seu repertório já aclamado pelo público, que envolve as diversas matrizes do samba.
“CANTO” é uma celebração coletiva à vida, ao amor, com melodia e letra que trazem o encantamento que vem moldando a música entre os dois artistas ao longo dos últimos meses. É uma homenagem de Rufino ao canto da própria Juliana, sua forma de cantar e encantar com sua voz marcante e performance sensível.
O arranjo orquestral de Ruan de Souza costura claves que vão do samba afro ao samba de roda passando pela canção. Ruan também assume a direção musical tocando violão, cavaco e viola machete; na percuteria o mago Sebastian Notini; na bateria o criativo Beto Martins, o baixo expressivo de Fabrício Cyem, além de um naipe de sopros feminino e cheio de representatividade composto por Berta Pitanga na flauta, Vanessa Melo na clarineta e Rosa Denise no trombone mesclando cores e timbres.
A mixagem (Caji Estúdios) ainda trouxe uma grata surpresa ao final da canção: o diálogo emocionado entre Nelson Rufino e Juliana Ribeiro. É uma canção que transborda ao ser ouvida e para ser cantada por todos os públicos. Já o clipe making off tem direção da cineasta Lindwe Aguiar e produção da Ogunjá Filmes, trazendo todo o processo de construção e execução dos arranjos ao vivo no Carranca Estúdio, com cenas da interação entre Juliana, as musicistas, o diretor e o próprio Nelson Rufino.
Sobre Juliana
Com 23 anos de carreira dentro e fora do Brasil, Juliana Ribeiro consolidou-se como uma das principais referências da música nacional, cativando públicos diversos e criando uma marca unindo canções, história e uma verve interpretativa única nos palcos por onde passa. Dona de uma aplaudida performance de palco e admirada pela bela voz e timbre marcante, Juliana também surpreende quando faz da música um veículo de divulgação da pesquisa como historiadora e doutoranda em Cultura e Sociedade, que desnuda as origens do samba. Foi indicada, em 2012, ao 23° Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor álbum com seu CD Amarelo e ao Troféu Caymmi na categoria “Cantora Revelação”.
Foto Tetê Marques
Música
Silas Niehaus lança EP “Màriwò” exaltando identidade preta e LGBTQI+

O cantor, compositor e multiartista baiano Silas Niehaus lançou seu primeiro EP autoral, intitulado “Màriwò”, nesta semana, como parte do projeto Sons do Subúrbio. A obra, que já está disponível nas principais plataformas de streaming, apresenta três faixas que transitam entre samba, MPB, pop e trap, refletindo as vivências de um artista negro, LGBTQI+ e nascido na periferia de Salvador.
Natural de Fazenda Coutos III, no Subúrbio Ferroviário, Silas é um artista multifacetado: cantor, compositor, poeta, ator, multi-instrumentista, artesão e performer drag queen. Aos 25 anos, traz em sua estreia musical uma narrativa potente, que celebra sua ancestralidade e reafirma a diversidade como eixo central de sua criação.
O título do EP, Màriwò, tem origem iorubá e se refere à folha do dendezeiro usada em portais de terreiros de candomblé, especialmente nos de Ogum. Para Silas, a escolha do nome é simbólica: “Màriwò é proteção, é passagem e é sagrado. O EP nasce desse lugar de identidade e força espiritual”, afirma.
Uma das faixas, “Pres Menines”, foi criada em parceria com a banda Guias Cegos, também integrante do Sons do Subúrbio, reforçando o espírito colaborativo do projeto. A produção musical ficou a cargo de Irmão Carlos Psicofunk, com gravações realizadas no Estúdio Caverna do Som.
Da igreja ao palco: uma trajetória diversa
Silas começou na música ainda criança, cantando no coral da igreja sob a regência da mãe. Aos 15 anos, integrou a orquestra NEOJIBA, onde teve experiências com maestros internacionais e realizou seu primeiro solo na Sala do Coro do Teatro Castro Alves aos 18 anos.
Paralelamente à música, também se destacou no teatro, participando do projeto PRETato, da organização Dandara Gusmão, onde desenvolveu cenas autorais centradas em vivências negras. Sua atuação como artista drag também amplia sua expressão no palco, mesclando performance e música.
Sobre o projeto Sons do Subúrbio
O Sons do Subúrbio é uma iniciativa de fomento à música independente no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Realizado por Edmilia Barros Produção & Gestão em Cultura, o projeto oferece formação, produção artística, gravação de EPs e criação de materiais de comunicação para oito artistas ou grupos musicais. Com foco em diversidade e inclusão, a ação prioriza mulheres, pessoas negras e LGBTQIAPN+.
Ouça o EP “Màriwò”: [Link para a plataforma de áudio]
Instagram: @eusousilas_
Spotify: Silas Niehaus
Foto: Vanessa Aragão
Música
Sexta-feira tem roda de samba do Grupo Botequim no Santo Antônio Além do Carmo

O Grupo Botequim realiza mais uma edição da sua tradicional roda de samba nesta sexta-feira, 9 de maio, a partir das 21h, no Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo. Os ingressos estão à venda pelo Sympla.
Reconhecido por manter viva a tradição do samba de raiz na capital baiana, o grupo reúne repertório com clássicos do gênero, músicas autorais e convidados especiais. A apresentação acontece em um dos espaços mais procurados para rodas de samba na cidade.
Formado por Roberto Ribeiro (cavaquinho e voz), Washington Rodrigues (violão e voz), Tito Fukunaga (flauta e percussão), Bolota, Lalá Evangelista (percussões) e Brinquedo (surdo), o Botequim atua há 18 anos com foco no samba tradicional de diversas regiões do Brasil.
Nas suas rodas, o Botequim recebe importantes nomes do samba como convidados, enriquecendo a relação do seu público com o gênero musical. Além de um trabalho autoral consolidado, que teve registro no álbum “Festa no Botequim” (2016), o grupo é reconhecido nacionalmente pelo trabalho de pesquisa sobre o samba tradicional de todas as regiões do país.
Com 18 anos de trajetória, o Grupo Botequim faz parte preservação e valorização do samba tradicional na Bahia. O grupo também lançou o álbum Festa no Botequim (2016), com canções autorais. Fazem parte da formação Roberto Ribeiro (cavaquinho e voz), Washington Rodrigues (violão e voz), Tito Fukunaga (flauta e percussão), Bolota (percussão), Lalá Evangelista (percussão) e Brinquedo (surdo).
SERVIÇO
O que: Roda de Samba do Grupo Botequim – Edição de Maio
Onde: Pátio da Igreja do Santo Antônio Além do Carmo – Salvador (BA)
Quando: Sexta-feira, 9 de maio de 2025, 21h
Ingressos à venda pelo Sympla:
https://www.sympla.com.br/evento/roda-de-samba-do-grupo-botequim-edicao-de-maio/2932370
Foto: Daniel Pita