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Olodum comemora 45 anos com Varanda Cultural

Amanda Moreno

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Olodum comemora 45 anos com Varanda Cultural
Olodum comemora 45 anos com Varanda Cultural

_Grupo festeja aniversário com música para seus fãs em apresentação na frente da Casa do Olodum, no Pelourinho_

 

O Olodum comemora nesta 45 anos com Varanda Cultural nesta quinta-feira (25). Para celebrar a data, o grupo programou a Varanda Cultural, na Casa do Olodum, Pelourinho. O encontro das percussões com as vozes dos seus cantores é aberto ao público e acontece a partir das 19h.

No dia, serão relembrados os momentos mais marcantes da trajetória do grupo, que teve início em 1979 e continua a encantar multidões até os dias de hoje. A Varanda Cultural também contará com a apresentação do tema do Carnaval 2025 do Bloco Olodum.

O evento será uma viagem pela rica história do Olodum, desde os seus primórdios até os dias atuais. Da festa para o rei negro ao povo Wodaabe. Do Egito dos Faraós a Cuba. Do Nordeste do Saara ao Nordeste Brasileiro. O grupo trará a memória dos seus antigos carnavais aos dias atuais.

Sobre o Olodum

Considerado como um movimento musical que foi o divisor de águas da música baiana nos anos 80, o Olodum perpassa gerações. Nas suas canções, músicas de rua, do Carnaval, cultuam a paz, o amor, a luta contra todos os tipos de preconceito, a exemplo do machismo e racismo, além de propagar a cultura de povos africanos.

Patrimônio Cultural Imaterial da Bahia, o Olodum traz o seu samba-reggae uma roupagem moderna, mantendo as características percussivas, mas com forte referência da atual produção musical africana, utilizando diversos elementos como o Afrobeat, dub, raggamuffin e reggaeton como inspiração. O repertório terá novas canções e também os grandes sucessos que consagraram o grupo, como: Faraó Avisá la, Rosa, Deusa do Amor, Protesto Olodum e Vem Meu Amor e a música de trabalho em 2024 Vou descer de Olodum.

Na sua trajetória já se apresentou na Argentina, EUA, Chile, Canadá, França, Bélgica, Alemanha, Inglaterra, África do Sul, Gana, Costa do Marfim, estando em mais de 45 países, uma das bandas percussivas de maior sucesso no Brasil e no exterior. No Brasil já esteve em todos os estados em cidades como São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Macapá e Belém.

Agenda

Aniversário do Olodum 45 anos 
Data – 25 de abril de 2024(quinta-feira)
Horário – 19 horas
Local – Casa do Olodum

Endereço – Rua Gregório de Mattos, 22 – Pelourinho
Evento Gratuito

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Duo DOUM lança primeiro single com clipe que saúda Ibejis

Ana Paula Nobre

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Duo DOUM
Foto: Engels Miranda

O duo DOUM, formado pelos amigos Diggo e Raysson, lança seu primeiro single “Tiro cego” acompanhado por clipe dirigido por Chico Kertész. Nas cenas, os cantores preparam um caruru de Ibejis com um roteiro cheio de temperos da Bahia. Nesta primeira faixa, composta pela dupla e produzida por Marcelo Delamare e Raysson, eles mostram que chegaram ao mercado fonográfico para escreverem sua história na música contemporânea.

“O DOUM terá a alegria e a sonoridade da Bahia, a delicadeza e a marra da Black Music e a linguagem popular”, resume Diggo. “Sempre trazendo os tambores e as letras criativas que buscam de fato emocionar o público”, acrescenta Raysson. Eles contam que se conheceram via internet, um namorando o trabalho do outro.

“Quando nos conhecemos pessoalmente, eu senti que ele era um irmão mais novo que eu não conhecia ainda”, lembra Diggo. “De fato, pela conexão, pelos pensamentos, forma de agir e falar, parece mesmo que tem alguma história que parece que a gente já se conhece há anos”, concorda o parceiro.

O single nasceu durante um passeio no Porto da Barra. Raysson criou a melodia no violão e eles começaram a escrever por cima. Este é o primeiro single de um EP que está programado pra sair ainda este ano. Se depender de talento, conexão e musicalidade, o destino do DOUM será espalhar sua arte para além da Bahia e do Brasil. A próxima parada dos meninos é o mundo.

Foto: Engels Miranda

Sobre Raysson Lima

Hoje com 20 anos, Raysson é cantor, compositor, multi-instrumentista e capoeirista. Desde muito novo, demonstrou uma conexão  com a música, sendo influenciado pelos tambores da escola criativa Olodum e pelo berimbau da Capoeira Mangangá, do qual seu pai, Tonho Matéria, é fundador e mestre. Começou a arriscar os primeiros toques aos 2 anos, explorando os baldes de sua mãe, dona Joelma, e desde então, ele vem trilhando seu caminho.

Aos 3 anos, Raysson iniciou sua jornada como ouvinte na escola criativa Olodum, absorvendo a essência da música nas aulas e ensaios nas ruas. Com 11 anos de participação, ele expandiu seu horizonte musical ao ingressar na orquestra NEOJIBA, onde teve a oportunidade de explorar a música clássica. Raysson acumula experiências significativas ao colaborar com renomadas bandas e artistas, incluindo Timbalada, Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Arnaldo Antunes, Gilberto Gil, Aguidavi do Jêje, e principalmente Carlinhos Brown, com quem participou de turnês e shows em festivais mundiais.

Em 2022, Raysson alcançou um marco notável ao se tornar o primeiro solista jovem negro de berimbau e orquestra na Europa, realizando duas apresentações memoráveis no Concertgebouw em Amsterdã e na Philharmonie de Paris, na França. Após encerrar seu ciclo na orquestra, Raysson embarcou no projeto “FILHOS DA BAHIA”, que obteve reconhecimento nacional, sendo destaque em programas de grande audiência, como Fantástico (Rede Globo), Encontro com Patrícia Poeta (Rede Globo), Rodrigo Faro (Record), e Faustão (Band).

Sobre Diggo

Soteropolitano, cantor é um dos compositores mais requisitados no mercado brasileiro. “Dengo” de João Gomes e “Contatinho” de Léo Santana são alguns dos seus hits que marcaram a indústria. A música entrou na sua vida  naturalmente quando, aos 15 anos, compôs uma canção que fez sucesso na voz de uma banda local da época.

A partir disso, sua vida artística variou entre composições e participações como vocalista em bandas de samba, uma das suas maiores referências musicais. Em sua carreira solo, o artista lança seu trabalho no pagodão baiano com influência no trap e no eletrônico, com músicas virais nas suas proporções e que entraram nos gostos de artistas respeitados no Brasil.

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Literatura

Midiã Noelle lança obra sobre Comunicação Antirracista pela Editora Planeta

Ana Paula Nobre

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Midiã Noelle
Foto: Divulgação

Previsto para o primeiro trimestre de 2025, a obra inédita sobre comunicação antirracista da jornalista, Midiã Noelle Santana, será lançada pela renomada Editora Planeta Brasil, que firmou contrato com a escritora esse mês. Sua trajetória notável na mídia dentro do campo da comunicação antirracista tem sido amplamente reconhecida, levando-a a ser incluída na lista Bantumen das 100 pessoas mais influentes dos países lusófonos.

A comunicadora, que é mestra em Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestranda em Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas, é idealizadora do Instituto Commbne, que pauta comunicação, inovação, raça e etnia. Entre seus feitos, recentemente, criou o prêmio Jacira da Silva, para premiar mídias negras, em parceria com o Instituto Afrolatinas.

“Nos meus 16 anos como jornalista, aprendi muito sobre como a comunicação é fundamental para garantir dignidade às vidas das pessoas. Foram muitos os caminhos percorridos: jornal impresso, Nações Unidas/ONU, movimento social, sobretudo negro e feminista negro, e governo. Neste que será o meu primeiro de muitos filhos como escritora, irei reunir esses aprendizados, percepções e estratégias de uma forma inédita e amorosa”, destaca a jornalista.

Sobre a escritora

Midiã é uma mulher negra soteropolitana, criada em bairros periféricos de Salvador, como Liberdade e Paripe, no subúrbio da capital. Foi uma das criadoras da editoria Correio Afro no Jornal Correio, na Bahia, onde ainda apresentou o programa “Conexões Negras” entre 2020 e 2022, entrevistando figuras proeminentes nas questões raciais do Brasil, como a escritora Djamila Ribeiro e a apresentadora Rita Batista.

Atualmente, Midiã é consultora da UNESCO e está à frente da elaboração do Plano Nacional de Comunicação Antirracista na administração pública, para o governo federal. Com passagens por diversas agências das Nações Unidas, como UNFPA e PNUD, ela realiza formações especializadas em comunicação antirracista desde 2019, atendendo empresas públicas, privadas, o terceiro setor e a sociedade civil. Como fundadora do Instituto Commbne, promove a conexão e ampliação das vozes de comunicadores da diáspora africana.

Sobre a Editora

A Editora Planeta Brasil, fundada em 2003, é parte do Grupo Planeta, um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, com sede em Barcelona. Com nove selos editoriais, a editora já publicou mais de 1.500 livros, além de enciclopédias, como a Barsa no Brasil. O Grupo Planeta possui filiais em várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo e Curitiba.

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Políticas

Aloisio Menezes recebe Medalha Zumbi dos Palmares

Ana Paula Nobre

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Aloisio Menezes
Foto: Divulgação

O cantor, compositor e artista brasileiro, Aloisio Menezes, irá receber a Medalha Zumbi dos Palmares, dia 20 de agosto (terça-feira), às 18h30, no Plenário Cosme de Farias, na Câmara Municipal de Salvador, que fica localizada na Praça Thomé de Souza. A condecoração é uma homenagem pelo legado e contribuição do artista na disseminação da música e da arte baiana e pelo seu papel na manutenção da cultura afro-brasileira, da cidadania e dos direitos humanos.

“É a medalha que leva o nome de Zumbi, e damos àquelas pessoas que contribuem ativamente na luta contra o racismo através de seu trabalho e de seu legado”, afirma a vereadora Marta Rodrigues (PT), responsável pela de entrega da honraria, fruto de projeto de resolução do então vereador Moisés Rocha (PT). A vereadora lembra, ainda, que ele foi um dos fundadores do Bando Teatro Olodum, um dos autores da peça Ó Pai Ó, e já cantou ao lado Caetano Veloso, Gilberto Gil, Daniela, Ivete e Luiz Melodia. Teve sua voz e canções reconhecidas por diversos artistas.

Aloísio Menezes é considerado um dos maiores artistas brasileiros e dono de uma voz insubstituível no cenário musical do país. Nascido e criado no Garcia, o artista carrega em sua trajetória um potente legado. Há mais de 24 anos como integrante do Cortejo Afro, Menezes segue uma carreira independente e eclética, agregando nos mais diversos estilos musicais e buscando levar sua arte a todos os cantos. Marta, que é presidenta da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia Makota Valdina, pontua ainda que o homenageado vem ao longo dos anos prestando valorosa contribuição na luta antirracista utilizando-se da arte e da música.

“Nada mais justo do que Aloisio receber a medalha que leva o nome de um dos maiores líderes do Brasil no combate à escravidão, que criou o maior quilombo de resistência e luta que este país já teve. Um artista dessa magnitude, que tem uma voz que ecoa, que arrepia e que reflete nossa ancestralidade”, diz a vereadora.

Xiré – Em 2011, Aloisio Menezes gravou o álbum Xiré Reverbe, produzido por Guga Stroeter, maestro da Orquestra HB. “Me deixa muito feliz saber que ao longo de minha trajetória eu sempre estive do lado certo da história e nunca me vendi para a indústria fonográfica. Cantei com os maiores representantes da música brasileira, assim como eu. Fui indicado a prêmios e tenho na minha essência a vontade de cantar sempre reforçando que o negro tem o poder”, declara o artista.

É dele a voz que começa o videoclipe do cantor Saulo Fernandes na música ‘Raiz de Todo Bem’ e que, explica ele, muito expressa sua essência. “Somos a Bahia de um mar inteiro. Somos a fumaça de um mensageiro. Somos pretos e cantaremos nossa cor. Somos a luz da cidade sóbria. Somos o sonho de ser pátria igual. Somos beleza infinita. De perto, anormal. Somos capoeira de mestre forte. Somos escolhidos da sorte. Somos tambores ricos de fé. Somos universo de bem maior. Somos o amor e seus aliados. Somos filhos dos encantados”, recita.

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