Connect with us

Políticas

Movimento Hip-Hop terá comissão estadual para dialogar com entes públicos

Jamile Menezes

Publicado

on

Movimento Hip-Hop da Bahia

Integrantes do movimento Hip-Hop da Bahia vão estabelecer criação de comissão estadual para dialogar com os entes públicos formas de fomento e valorização da cultura. A criação da organização coletiva foi um dos encaminhamentos realizados após mais de quatro horas de discussão na audiência pública promovida pela Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública da Bahia em parceria com a Construção Nacional do Hip-Hop Bahia, realizada na segunda-feira (27), no auditório da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

O evento reuniu representantes do movimento hip hop de 19 municípios baianos com representantes dos poderes públicos e ressaltou a incidência realizada pela cultura de rua na educação, segurança pública, cultura e saúde mental dos jovens de comunidades. Intitulada “Proteção, Garantia e Promoção Hip Hop”, a audiência foi promovida em parceria com a Construção Nacional do Hip Hop seção Bahia e foi a culminância de uma série de reuniões virtuais e presenciais com a comunidade hip Hop do estado feitas pela Ouvidoria da DPE/BA.

De acordo com a ouvidora-geral, Naira Gomes, a atuação da Ouvidoria busca fomentar espaços culturais nas comunidades marcadas pela guerra às drogas. “Nós temos defendido que as mortes de jovens negros não se resume à física.  Antes disso, acontece a morte simbólica pela interdição de acesso à educação, à cultura, aos direitos. Depois disso, se torna tão pouco matar um jovem negro”, argumentou Naira.

Para Naira, considerando a extensão territorial e diversidade do estado, a criação da comissão deliberada na audiência é um importante passo para fortalecimento da cultura Hip Hop no estado por possibilitar a unificação dos pleitos. A Ouvidoria da DPE/BA é um dos órgãos que vai  constituir a estrutura a ser criada. “Nosso papel será de retaguarda. Vamos continuar abrindo espaços, fortalecendo pedidos, mas garantindo que o movimento tenha protagonismo”, explica a ouvidora-geral da DPE/BA.

Para a rapper Udi Santos, que dividiu a presidência da audiência pública com Naira, a criação da comissão se insere como mais um passo para o fortalecimento do hip hop no estado. No ano passado, junto com a Construção Nacional, foram criados grupos temáticos, inclusive um GT Parlamentar. “Foi esse grupo que nos trouxe aqui hoje, porque ele buscou autoridades e a Defensoria para criarmos um diálogo constante com o poder público para criação de políticas públicas que possam existir por anos e anos”, lembra.

O compromisso de um trabalho conjunto para fortalecimento da incidência promovida pelo hip hop nas comunidades também foi reforçado pela defensora-geral, Firmiane Venâncio. Para ela, a Defensoria e o movimento hip hop possuem uma extrema conexão com seus propósitos e razão de existir. “A Defensoria Pública existe para caminhar juntos daqueles(as) que não foram reconhecidos, que não estão incluídos dentro daquilo que o sistema fez questão de excluir”, reforçou.

Além da defensora-geral, o evento foi prestigiado pelas deputadas Fabíola Mansur e Olívia Santana; pela coordenadora do Escritório da Unicef em Salvador, Helena Oliveira Silva; representantes do Ministério da Cultura; secretarias de Cultura, Política para Mulheres, Promoção da Igualdade Racial; Emprego Trabalho e Renda, entre outros. Todos os órgãos presentes se comprometeram com as demandas do movimento hip hop.

Movimento cultura com incidência social

De acordo com dados das plataformas de streaming apresentados pelo MC Gold CBX, a Bahia é o 7º estado brasileiro que mais consome hip hop no país. “A gente consome muito, mas não consome daqui porque não temos suporte técnico e equipamentos para produzir em nível de competitividade com o eixo Rio-São Paulo”, criticou.
Para ele, o movimento hip hop precisa ser visto como uma expressão da economia criativa, que garante renda não só para DJs e MCs, mas também para designers, fotógrafos e outros profissionais. Já o MC Jotta D, classifica o trabalho realizado nas comunidades como a possibilidade do poder público olhar o hip hop e atingir a segurança pública, a saúde e a cultura.

Políticas

Chamada pública busca pesquisadoras negras para estudo técnico

Ana Paula Nobre

Publicado

on

6ª edição do Março
Foto: Divulgação

A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver 2025, com apoio e co realização da Associação Brasileira de Pesquisadore/as Negro/as (ABPN), a Associação Gênero e Número, o Observatório da Branquitude e a Oxfam Brasil, lançou um chamado para pesquisadoras negras interessadas em desenvolver um estudo técnico sobre os avanços na igualdade de raça e gênero conquistados desde a Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, realizada em 2015, em Brasília (DF).

O objetivo do estudo é analisar os impactos da mobilização das mulheres negras na formulação e implementação de políticas públicas voltadas à população negra nos últimos 10 anos. A pesquisa também oferecerá recomendações para fortalecer a luta por reparação histórica e equidade, temas centrais da Marcha de 2025, que terá alcance internacional.

“Passaram-se dez anos e a gente precisa entender qual foi o movimento feito no Brasil, do ponto de vista de políticas públicas para enfrentar as desigualdades, que colocam as mulheres negras em situações mais vulneráveis do que outras populações”, analisa Terlúcia Silva, que faz parte do Comitê Impulsionador Nacional da Marcha representando a Rede de Mulheres Negras do Nordeste.

Além disso, a ativista destaca que a opção por pessoas negras reivindica o lugar da população negra como produtora de informação e dados — a mesma posição que historicamente tem sido negada pela sociedade. Segundo ela, as produções epistemológicas do movimento negro e do movimento de mulheres negras têm sido fundamentais para evidenciar as desigualdades socioeconômicas no Brasil, por meio de pesquisas.

No entanto, as mulheres negras ainda enfrentam um histórico de apagamento de suas contribuições teóricas e técnicas, sendo suas narrativas frequentemente contadas a partir do olhar de pessoas brancas. Diante desse cenário, a chamada pública busca ampliar esse espaço e incentivar pesquisadoras negras a ocuparem o protagonismo na construção do conhecimento sobre as desigualdades no país.

Oportunidade para pesquisadoras negras

A chamada pública convida pessoas negras (preferencialmente mulheres e LGBTQIAPN+) com experiência comprovada em análises e narrativas sobre desigualdade racial e de gênero a se inscreverem para a consultoria. As candidatas selecionadas irão desenvolver um relatório técnico baseado em dados oficiais e pesquisas recentes, detalhando os avanços, desafios e perspectivas futuras da incidência política dos Movimentos de Mulheres Negras.

O Termo de Referência com mais informações sobre esta chamada pode ser acessado no site da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB). Já as inscrições podem ser realizadas até 21 de março de 2025, através do formulário disponível no link.

Ao final do projeto, deverá ser apresentado um relatório que servirá como instrumento para o fortalecimento das reivindicações da Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver 2025, que pretende reunir 1 milhão de mulheres negras do Brasil e diversos outros países do mundo. A expectativa é que o estudo contribua para embasar políticas públicas e ações concretas em prol da reparação e da equidade racial no país.

Mulheres negras em marcha

Mais de 100 mil mulheres negras do Brasil marcharam em 2015 contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver – um processo histórico que impactou e definiu os rumos da organização política das mulheres negras no Brasil e na América Latina.

Quase dez anos depois, os movimentos de mulheres negras fazem uma nova mobilização, desta vez para a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, a 2ª Marcha Nacional (de caráter internacional) das Mulheres Negras, que acontecerá no dia 25 de novembro de 2025, também em Brasília (DF).

Continue Reading

Políticas

ONG CRIOLA realiza roda de conversa sobre violência racial e de gênero

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Foto: Flávia Viana | ONG CRIOLA

A ONG CRIOLA realizará uma roda de conversa virtual sobre ‘Violência Racial e de Gênero na Experiência de Mulheres Negras’, nesta quinta-feira (13), às 19h. O debate reunirá especialistas e ativistas de organizações compostas por mulheres negras das cinco regiões do Brasil, para apresentar as estratégias regionais implementadas para garantir às meninas e mulheres negras um futuro livre de violências e violações de direitos. O encontro é aberto ao público e poderá ser acompanhado pelo canal do Youtube da ONG CRIOLA.

A roda de conversa é uma ação do Projeto Empoderando Mulheres Negras para o Enfrentamento à Violência Racial e de Gênero, criado para ampliar a capacidade de articulação e incidência política de organizações e lideranças negras em todas as regiões do país. A programação do dia contará com três paineis: racismo patriarcal cisheteronormativo e as violências, impactos da violência racial e de gênero no Brasil: panorama regional e ações para reversão deste diagnóstico. A baiana Eva Bahia, da Didê Nós Por Nós, participará de um dos paineis.

Campanha Nacional 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo

Realizada desde 2017, trata-se de uma agenda coletiva de ações e atividades realizadas por diversas organizações do Brasil, com o intuito de fortalecer o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado em 21 de março. CRIOLA participa ativamente desde a sua criação e a roda de conversa faz parte da programação da Campanha.

Sobre CRIOLA

CRIOLA é uma organização da sociedade civil fundada em 1992 e conduzida por mulheres negras. Atua na defesa e promoção de direitos das mulheres negras em uma perspectiva integrada e transversal, tendo por missão trabalhar para a erradicação do racismo patriarcal cisheteronormativo, contribuindo com a instrumentalização de meninas e mulheres negras, cis e trans, para a garantia dos direitos, da democracia, da justiça e pelo Bem Viver.

Serviço

O quê: Roda de conversa Violência Racial e de Gênero na Experiência de Mulheres Negras

Quando: Dia 13 de março (quinta-feira)

Horário: Às 19h

O evento será transmitido virtualmente pelo canal de CRIOLA no Youtube

Continue Reading

Políticas

Raquel Virgínia participa de encontro com pessoas trans terça (28)

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Foto: Ronê Ferreira
A cantora Raquel Virgínia participa do bate papo “Desafios e conquistas das pessoas trans na cultura”, nesta terça-feira (28), às 14h, na Livraria LDM do Shopping Bela Vista, em Salvador. A conversa será mediada pela assessora parlamentar Paulett Furacão e a ativista pelos direitos à saúde da população trans Aimêe Campos. Aberto ao público, o evento celebra ao Mês da Visibilidade Trans. A realização é do site Dois Terços, com o apoio da livraria LDM.
A temporada de verão da cantora começou agitada em Salvador, com o lançamento do clipe e a música Consumo, gravado ao lado de O Poeta. Na capital baiana, Raquel fez questão de dialogar com lideranças e representantes das causas trans da Bahia, conversar com jornalistas, estreitar laços com artistas e participar de vários eventos.
No bate papo, a cantora Raquel irá conversar sobre a sua história e a importância da música na sua vida, desde a transgressora e prestigiada banda de MPB “As Baías”, que Raquel Virgínia, recebeu duas indicações ao Grammy Latino e até a atual fase da carreira solo.
“Acho fundamental as pessoas trans estarem conectadas e contando publicamente sobre nossas contribuições. Estou feliz de estar com essas potências em Salvador, vivendo este momento na cidade que tanto amo e onde gravei o clipe e lancei a música “Consumo””, afirma Raquel.
Serviço
O quê: Roda de conversa com a cantora Raquel Virgínia
Quando: Dia 28 de janeiro (terça-feira)
Horário: 14h
Onde: Livraria LDM do Shopping Bela Vista
Mediação: Paulett Furacão (Assessora parlamentar) e Aimêe Campos (Ativista pelos direitos à saúde da população trans)
Realização: Site Dois Terços
Continue Reading
Advertisement
Vídeo Sem Som

EM ALTA