Dança
Podcast Mexe o Balaio traz histórias de artistas da Dança na Bahia

Começa hoje (19), o Podcast Mexe o Balaio, comandado pelo comediante Tiago Banha e pela atriz e dançarina Ingrid Lago. O Podcast vem fortalecer a arte e os artistas da dança em Salvador e já no primeiro episódio a potência da dança afro, Nildinha Fonseca. Em formato videocast, o projeto estreia hoje (19/06), às 18h, no Canal do Youtube, mas posteriormente, será disponibilizado também nas plataformas de áudio.
Em 6 episódios, distribuídos sempre às quartas-feiras, o Podcast Mexe o Balaio trará referências no mercado. Além de Nildinha Fonseca, os anfitriões receberão Edilene Alves, Cissa Barbosa, Alisson George, Ju Paiva, Emerson Creu, Elivan Nascimento, Gil Alves e Índia Smith.
“O Mexe o Balaio é um videocast que vem para trazer luz sobre a comunidade dançante, é feito para falar sobre as dores e as delícias dessa arte, seus desafios, conquistas e histórias inspiradoras. É um estímulo e uma reflexão, tanto para quem está sonhando em começar, quanto para quem já vive essa realidade”, explicou a co-host Ingrid Lago.
O idealizador do Podcast Mexe o Balaio, Tiago Banha, conta que a ideia surgiu durante uma conversa com um motorista de aplicativo, que havia feito parte do Balé Folclórico da Bahia, viajado o mundo e integrado diversas bandas.
“A partir daí, pensei: pô, não é muito comum ver a galera da dança falando sobre sua própria carreira, daí juntei minha curiosidade com o entusiasmo de Ingrid pela arte e desenvolvemos o projeto”, completou o comediante.
Quem faz
O comediante Tiago Banha é um dos criadores do Vatapá Comedy Club, referência da cena stand up de Salvador. Também é um dos donos do Frases de Baiano – uma das maiores páginas de humor e entretenimento da Bahia, contando com milhões de seguidores.
Ingrid Lago é atriz, licenciada em artes cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tem mais de 10 anos de formação em danças de salão, e atualmente integra os cursos livres da Escola de Dança da Funceb nas modalidades de Stiletto e Street Jazz.
Dança
Tabuleiro da Dança traz programação gratuita na CAIXA Cultural

Entre os dias 14 e 18 de maio, a CAIXA Cultural será tomada pela arte do movimento com a realização do Tabuleiro da Dança. Com quase duas décadas de atuação, o projeto retorna ao público com uma programação inteiramente gratuita, composta por oficinas, bate-papos e apresentações de grupos e companhias da Bahia e de outras regiões do Brasil.
O projeto visa a democratização do acesso à dança e com a valorização da produção artística periférica. Ao longo dos cinco dias de atividades, o público poderá mergulhar em diferentes linguagens da dança — do afro-brasileiro ao contemporâneo, passando por danças urbanas, valsa, quadrilhas juninas e dança do ventre.
“A proposta é contribuir com a profissionalização de artistas, coletivos e grupos da dança, incentivando a interação entre territórios centrais e periféricos”, explica o coordenador geral do Tabuleiro da Dança, Jorge Silva.
Oficinas e Formação
A programação formativa começa no dia 14, das 14h às 16h, com a Oficina de Dança Afro-brasileira ministrada por Tatiana Campêlo. No dia 15, das 9h30 às 11h30, será a vez da Dança Moderna com Anderson Rodrigo e Robson Portela. A formação se encerra no dia 18, das 15h às 17h, com a Oficina de Valsa, ministrada por Arlisson Pirata, que contará com acessibilidade em Libras.
Apresentações
A mostra artística se inicia na sexta-feira (16), a partir das 20h, com o coletivo Afrobapho, seguido por apresentações das companhias Corpo de Baile Raízes Black, Grupo Uzarte, Luan Isaltino Cia de Dança, Brisa Òkun e Cia de Dança Robson Correia, com destaque para a coreografia O Leque de Oxum, inspirada na orixá das águas doces.
No sábado (17), as apresentações ocorrem em dois momentos. À tarde, a partir das 16h, se apresentam Grupo Jeitus, Áttomos Cia de Dança, Jorge Silva Cia de Dança, Corpo de Baile Raízes Black e a bailarina Antonia Lyara, com solo de dança do ventre. À noite, o destaque é o Balé Jovem de Salvador, com a obra eco-futurista AREIA 3000, além da Cia Ominirá (Vale do Capão), Cia Sinha Guimarães e outros coletivos.
No domingo (18), a programação começa com o Tabuleirinho da Dança, voltado para o público infantil. Entre os destaques estão Triscou, Pegou (Cia Robson Correia), Baile: O Espetáculo (Cia Baile) e a Quadrilha Mirim Forró do Luar. À tarde, o bate-papo “O brilho nos olhos dá a certeza de que existimos no cenário da dança”, mediado por Matias Santiago, promove reflexões sobre os desafios da dança enquanto prática artística e social. À noite, a mostra adulta encerra o evento com Cia Baile, Luan Isaltino Cia de Dança e a estreia de Cruzadas Para Além da Fé, da Oxente Cia de Dança, com acessibilidade em audiodescrição.
História do Tabuleiro da Dança
Criado há 19 anos, o Tabuleiro da Dança já passou por importantes palcos da capital baiana, como o Teatro do Liceu de Artes e Ofícios, o Teatro Sesc-Senac do Pelourinho e o Teatro Xisto Bahia, além de ter realizado uma edição virtual durante a pandemia. O projeto se destaca por promover intercâmbios e fortalecer financeiramente grupos e artistas da dança, sobretudo aqueles oriundos de contextos periféricos.
SERVIÇO:
Tabuleiro da Dança
Onde: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador/BA
Quando: 14 a 18 de maio de 2025
Valor: Gratuito (ingressos via Sympla a partir de 15/05, às 12h)
Inscrições para oficinas a partir de 09/05 no site da CAIXA Cultural Salvador
Mais informações: @CaixaCulturalSalvador
Foto: Gabriela Barros
Dança
No compasso da luta: artistas da dança exigem aprovação da Lei que reconhece a profissão no Brasil

No mês em que o mundo celebra o Dia Internacional da Dança (29 de abril), profissionais da dança em todo o Brasil intensificam uma antiga reivindicação: a regulamentação da profissão. O Projeto de Lei 4768/16, que reconhece legalmente o exercício da dança como trabalho, tramita há quase uma década no Congresso Nacional. Para pressionar sua aprovação, o Fórum Nacional de Dança (FND) lançou a campanha “LEI DA DANÇA JÁ!”, convocando coletivos, instituições, escolas, sindicatos e profissionais autônomos a assinarem um manifesto em apoio à causa.
A iniciativa ganha força em um contexto de invisibilização estrutural da dança como ofício, sobretudo para os corpos negros que historicamente construíram — e ainda sustentam — a riqueza cultural dessa linguagem artística no Brasil.
Assine o manifesto aqui:
https://forms.gle/UaWjSkNDeTQAEkUD6
O corpo negro entre a dança e a resistência
Para dar corpo e voz a essa pauta, o Portal Soteropreta produziu um vídeo especial gravado na Escola de Dança da Funceb, em Salvador. O material traz depoimentos sensíveis de três artistas da dança.
O vídeo traz alguns depoimentos sobre o que é ser um corpo negro na dança, com destaque para a ausência de políticas públicas específicas, a precariedade das condições de trabalho.
“É muito amor envolvido, sobretudo sendo da cidade de Salvador, nós trazemos esse legado que é ser um corpo preto na dança. A ancestralidade nos traz essa consciência. Um homem gay, preto, da periferia no lugar de artista”, afirmou Ramsés Zaíd, coreógrafo e aluno da Funceb.
Um direito adiado há quase 10 anos
O Projeto de Lei 4768/2016 busca regulamentar o exercício das atividades profissionais da dança no Brasil, estabelecendo parâmetros para formação, atuação e reconhecimento jurídico. Mesmo tendo sido aprovado por unanimidade na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados em 2017, o PL continua parado, sem previsão de votação final.
Para o Fórum Nacional de Dança, a aprovação do projeto é um passo essencial para garantir direitos trabalhistas, previdenciários e sociais para quem vive da dança. “Sem essa regulamentação, ficamos à margem. Somos artistas, mas também somos trabalhadores”, destaca o FND.
No Brasil, mais de 60% dos profissionais da dança são mulheres negras, segundo mapeamentos recentes do setor cultural. Ainda assim, esses corpos seguem sendo os mais precarizados e invisibilizados nos circuitos oficiais, nos editais e nos espaços de decisão.
Dança
Coletivo Afrobapho abre programação dos 44 anos do Balé Teatro Castro Alves

O Balé Teatro Castro Alves (BTCA) dá início à programação do projeto “BTCA Convida” no próximo dia 23 de abril, com a participação especial do coletivo Afrobapho, grupo soteropolitano conhecido por seu trabalho que une arte, performance, negritude e dissidência. O projeto marca as comemorações pelos 44 anos da companhia pública de dança contemporânea da Bahia e integra as ações do Mês da Dança.
As apresentações acontecem às 19h, na Sala Principal do Espaço Xisto Bahia, nos Barris. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), e podem ser adquiridos na bilheteria física do local.
O “BTCA Convida” propõe encontros inéditos entre o BTCA e grupos de dança da Bahia, reunindo em uma mesma noite três performances: dois solos assinados por integrantes da companhia e um espetáculo de uma companhia convidada. Na estreia, além da performance do Afrobapho, o público também poderá assistir aos solos dos bailarinos Lila Martins e Paulo Fonseca, do BTCA.
- Foto: Fábio Bouzas | Solo Frida – Lila Martins
- Foto: Patricia Almeida | Solo Pacífico – Paullo Fonseca
Já no dia 30 de abril, o projeto recebe a Má Teus Cia de Dança, de Jequié, representando a força da produção artística no interior do estado. Nessa data, os solos serão apresentados pelos bailarinos Dina Tourinho e Agnaldo Fonseca.
A iniciativa reforça o compromisso do BTCA com a diversidade, a troca de experiências e a valorização das múltiplas expressões da dança contemporânea baiana. Com curadoria voltada para a pluralidade estética, técnica e territorial, o projeto também destaca o papel da companhia como fomentadora do intercâmbio artístico no estado.
SERVIÇO
O que: BTCA Convida
23 de abril – Afrobapho (Salvador) | Solos: Lila Martins e Paulo Fonseca
30 de abril – Má Teus Cia de Dança (Jequié) | Solos: Dina Tourinho e Agnaldo FonsecaOnde: Sala Principal do Espaço Xisto Bahia – Rua General Labatut, Barris
Horário: 19h
Valores: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia) – Venda apenas na bilheteria física
Classificação indicativa: livre
Entrada não será permitida após o início da sessão