Teatro
“Koanza” leva blocos afro para Espaço Cultural da Barroquinha

Celebrando o Agosto da Igualdade, “Koanza” anuncia nova temporada em um palco muito especial: o Espaço Cultural da Barroquinha. Depois de cinco temporadas de sucesso, a ialorixá leva a irreverência, o empoderamento e a firmeza habituais ao seu 6º ano no teatro, dando destaque para a afirmação do povo preto e prestando reverência ao sagrado e à ancestralidade. As apresentações da peça “Koanza: do Senegal ao Curuzu” acontecem nos dias 09, 10, 11, 15 e 16 de agosto, às 19 horas, com ingressos por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda na plataforma Sympla.
Com um texto afiado e crítico ao contexto de intolerância religiosa e racial, a personagem traz, para a nova temporada, a presença ilustre de blocos afro para ajudar a contar essa história quase nada ficcional. Criador da personagem, o ator baiano Sulivã Bispo comenta a importância de voltar ao espaço que acolheu seu primeiro monólogo e o significado de ocupar o local que carrega tanto da história do candomblé.
“Para mim, é um espaço muito simbólico porque foi onde eu estreei ‘Kaiala’, meu primeiro monólogo, há 7 anos. Eu volto a fazer ‘Koanza’ num lugar que é muito significativo, principalmente porque o Espaço Cultural da Barroquinha foi o lugar em que se bateu o primeiro terreiro de Candomblé de Keto, no Brasil. É um espaço sagrado, afirmativo, muito emblemático e dentro do Agosto da Igualdade”.
A nova temporada celebra, em parceria com a Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), o mês da igualdade racial recebendo os blocos afro Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê e Malê Debalê. O intuito é “trazer nosso povo para perto, dentro desse ato celebrativo que traz consciência, afirmação e também sabendo que é pra gente discutir o racismo não apenas em novembro, não se conscientizar apenas em novembro, mas puxar esse gancho também para outros meses”, afirma Sulivã.
“Os clarins que estão nas festas de candomblé; o atabaque de um alabê, de um ogã, abrindo os trabalhos. A gente traz sempre signos da nossa comunidade também para dentro do teatro negro, sempre com muito respeito, trazendo litúrgico, mas de uma forma que preserve o sagrado e trazendo a cultura de uma forma ainda mais visceral para a gente. Porque a gente entende que o sagrado precisa ser preservado, mas a identidade, ela também precisa ser revista para que ela possa ser respeitada e conhecida”, pontua o ator.

Teatro
Espetáculo “Um Fio para Liberdade” discute violência sexual infantil

“Um Fio para Liberdade” estreia neste domingo (25) no CineTeatro 2 de Julho, com sessões acessíveis e ações educativas dentro da campanha Maio Laranja. O espetáculo, escrito e dirigido por Robson Raycar, da Trupe 7.com, lança luz sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes, tema urgente e ainda silenciado em muitos lares brasileiros.
A peça conta a história de Lorena, adolescente vítima de abuso dentro da própria família, que encontra na arte um caminho de resistência e libertação. Embora ficcional, a narrativa se ancora em dados alarmantes. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, só na Bahia, entre janeiro e maio de 2024, houve uma média de 11 denúncias diárias de violência sexual infantil.
A atriz Ariele Pétala, que interpreta a protagonista, destaca a responsabilidade do papel.
“É delicado trazer à cena o que tantas crianças vivem a cada 24 horas. O espetáculo é um grito de socorro por aquelas que não conseguiram falar. É também um espaço de cura e denúncia”, afirma.
Além da violência sexual, a obra aborda como o fundamentalismo religioso e o machismo presente nas estruturas familiares podem contribuir para a perpetuação dos abusos. A personagem de Lorena entra em conflito com a própria mãe, que, guiada por valores conservadores, não reconhece a violência vivida pela filha.
“É uma obra sensível, com momentos de humor que ajudam a dar fôlego ao público, mas sem jamais desviar da gravidade do tema”, comenta o diretor Robson Raycar.
Com classificação indicativa a partir dos 12 anos, o espetáculo terá sessão com tradução em Libras, viabilizada pelo projeto Libra Mais. Um Fio para Liberdade tem texto e direção de Robson Raycar, atuação de Ariele Pétala, Renata Bastos, Marcos Lopes, Vinícius Souza, Raquel Bispo, Felipe Oliveira, Mikyleu, Maylla Rocha, Raiane Mendes e Jéssica Mendez, produção de Renata Bastos, assistência de direção de Raquel Bispo, operação técnica de Felipe Oliveira e identidade visual de Mikyleu, com realização da Trupe 7.com.
O espetáculo já havia sido apresentado em 2024 durante a mostra “Novembro das Artes Negras”, e retorna agora com novas cenas e elenco ampliado. A iniciativa faz parte da campanha Maio Laranja, voltada para a conscientização e combate à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes.
Para denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, disque 100.
SERVIÇO
Espetáculo: Um Fio para Liberdade
Onde: CineTeatro 2 de Julho (Federação) e Colégio Central da Bahia (Nazaré)
Datas:
25/05 (domingo), às 17h – sessão gratuita e acessível em Libras
25/05 (domingo), às 19h – sessão paga
27/05 (terça-feira) – sessão para alunos do Colégio Central
Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia)
Venda antecipada: (71) 9 8765-0330 (Renata)
Venda presencial: 1h antes do espetáculo
Classificação: 12 anos
Espaço sujeito a lotação
Fotos: Diney Araújo
Teatro
Espetáculo “Meninas Contam a Independência” volta aos palcos

Neste final de semana, Salvador recebe a curta temporada do espetáculo infantojuvenil “Meninas Contam a Independência”, indicado ao Prêmio Bahia Aplaude 2025 na categoria de Melhor Espetáculo. As apresentações acontecem no Teatro SESI Rio Vermelho, neste sábado (17), às 16h, e no domingo (18), às 11h e 16h, com ingressos disponíveis na plataforma Sympla por R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Com dramaturgia de Camila Guilera e Ana Luisa Fidalgo, e direção de Lara Couto, a montagem é um convite lúdico e potente à redescoberta das mulheres que marcaram a luta pela Independência do Brasil na Bahia. No palco, as atrizes Ana Luisa Fidalgo e Márcia Limma conduzem a história a partir de um jogo de tabuleiro, onde enfrentam desafios, enigmas e surpresas comandadas por Urânia Vanério, interpretada pela atriz mirim Marina Fidalgo, de apenas nove anos.
A peça dá vida a personagens históricas como Joana Angélica, Maria Felipa, Maria Quitéria e a própria Urânia Vanério, menina de dez anos que escrevia panfletos pela independência em 1823. Tudo isso com uma linguagem acessível, humor refinado e o objetivo claro de promover o conhecimento e o empoderamento das crianças, especialmente das meninas negras e nordestinas.
“Estamos muito felizes com a indicação ao Prêmio Bahia Aplaude e por reencontrar o público com uma história que emociona e educa. As crianças se reconhecem nas personagens, e isso é transformador”, afirma Ana Luisa Fidalgo, que também atua na peça.
A montagem é uma realização da grupA A Panacéia, formada exclusivamente por mulheres artistas, que desde 2008 desenvolvem espetáculos com foco na presença feminina na História e nas artes cênicas. No repertório, criações como “EU PAGU”, “Filipa” e “200+1 – As Heroínas da Independência” reforçam esse compromisso artístico e político.
A apresentação faz parte da programação da Mostra Prêmio Bahia Aplaude, que ao longo de maio exibe os espetáculos finalistas da 30ª edição da maior premiação do teatro baiano.
SERVIÇO
Espetáculo: Meninas Contam a Independência
Data: Sábado (17), às 16h | Domingo (18), às 11h e 16h
Local: Teatro SESI Rio Vermelho
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Venda: Sympla
Realização: A Panacéia
Instagram: @apanaceia
Teatro
“Candomblé da Barroquinha” integra Mostra Bahia Aplaude com curta temporada

Depois do sucesso de público e crítica na temporada de estreia, o espetáculo Candomblé da Barroquinha retorna aos palcos em uma curtíssima temporada dentro da Mostra Prêmio Bahia Aplaude 2025. As apresentações acontecem de 23 a 25 de maio no Espaço Cultural da Barroquinha. Os ingressos já estão à venda na plataforma Sympla, com valores populares: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Dirigida por Thiago Romero e escrita por Daniel Arcades, a montagem presta homenagem ao Candomblé Ketu — a maior nação do Candomblé no Brasil — e propõe uma experiência imersiva no universo religioso e cultural afro-baiano. A trama acompanha Marcelina, uma jovem abian que, ao longo de um dia decisivo, mergulha nas raízes de sua comunidade e descobre seu papel na preservação da herança espiritual que lhe foi transmitida.
No palco, nomes como Nitorê Akadã — Yalorixá do Ilê Axé Egbe Omi N’lá —, Fernanda Silva, Larissa Libório, Shirlei Silva, Antonio Marcelo e Diogo Teixeira dão vida ao cotidiano do fictício Terreiro da Barroquinha. Entre oferendas, cantigas e o cuidado com a ancestralidade, o espetáculo traça paralelos entre o passado e o presente da tradição religiosa afro-brasileira.
A peça estreou em janeiro de 2025 com sessões esgotadas e foi indicada em quatro categorias na 30ª edição do Prêmio Bahia Aplaude: Espetáculo Adulto, Direção, Texto e Categoria Especial.
“Recebemos com muita felicidade as indicações, e integrar a Mostra é uma oportunidade valiosa de dar vida novamente ao espetáculo, num tempo tão difícil para manter nossas criações em temporada”, afirma o diretor Thiago Romero.
A Mostra Prêmio Bahia Aplaude, que acontece ao longo de maio, oferece ao público de Salvador a chance de rever os espetáculos finalistas da principal premiação teatral da Bahia, tanto em apresentações presenciais quanto virtuais.
SERVIÇO
Espetáculo: Candomblé da Barroquinha
Quando: 23 e 24 de maio (sexta e sábado), às 19h | 25 de maio (domingo), às 16h
Onde: Espaço Cultural da Barroquinha – Rua do Couro, s/n, Barroquinha, Salvador
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) – à venda no Sympla
Classificação: 14 anos
Realização: Dan Território (danterritorio.com.br)
Informações: @danterritorio
Foto: Caio Lirio