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Teatro

Plataforma Nacional das Artes Negras encerra programação

Ana Paula Nobre

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Plataforma Nacional das Artes Negras
Foto: Divulgação

Com dois espetáculos no Espaço Xisto, a Plataforma Nacional das Artes Negras encerra sua programação diversificada neste domingo, 18 de agosto, às 18h. Será apresentada a performance “Sobre a Ausência da Pedra”, de Anderson Feliciano. A obra explora as relações entre a dureza da pedra, a fluidez da água e o movimento do corpo, criando uma atmosfera onde o tempo e a transformação se entrelaçam de maneira poética e visceral. Também às 18h, no mesmo local, o cearense Gerson Moreno sobe ao palco com o espetáculo “Sobre Aquilo que Permanece”.

Em comemoração aos seus 50 anos, Gerson traz uma reflexão poético-política sobre a continuidade e a resiliência, dançando as histórias e os afetos que compõem sua trajetória de vida e militância. A obra-solo celebra suas cinco décadas de vida e os legados que se formam e permanecem em Itapipoca, no interior do Ceará, onde sua história se entrelaça com muitas outras, gerando percursos coletivos e experiências singulares de coexistência.

“Permanecer dançando aos 50 anos é, sobretudo, um ato político-poético de continuidade, resiliência e reinvenção no mundo, mas também um desejo inevitável de pausa, calmaria e autocuidado. Aqui, já não cabem os excessos e apegos de outrora. O tempo do passo é de Oxalufã”, afirma o artista.

A Plataforma Nacional das Artes Negras foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022. Para mais informações e a programação completa, siga os perfis no Instagram: @oyo.artes e @plataformaartesnegras.

Teatro

Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”

Ana Paula Nobre

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Foto: Nti Uirá

A multiartista, Liz Novais, apresenta a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, nesta segunda-feira (2), às 18h, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, aberta ao público. O trabalho é um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa e foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.

“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.

O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.

Foto: Nti Uirá

Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes. “Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.

 

Serviço

O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais

Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira)

Horário: Às 18h

Onde: Boca de Brasa Apresenta – Malê Debalê, em Itapuã

Quanto: Gratuito

 

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Teatro

Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa

Ana Paula Nobre

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Foto: Diney Araújo

O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.

“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.

Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.

Foto: Diney Araújo

 

Serviço:

O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”

Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA

Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)

Horário: Às 19h

Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla 

 

 

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Teatro

Espetáculo Memórias Povoadas realiza ciclo de apresentações

Ana Paula Nobre

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Foto: Lucas Barral Amoedo

Neste Novembro Negro 2024, o espetáculo Memórias Povoadas realiza mais um ciclo de apresentações entre os dias 18 e 28 de novembro, em Salvador. Com o elenco composto pelas atrizes Cilene Ribeiro, Luane Souto, Lucila Laura, Preta Kiran, Rejane Maya e Thallia Anatália, a peça é dirigida por Cássia Valle, com co-direção e direção musical de Cell Dantas. Os temas que norteiam o trabalho são a visão estereotipada de força das mulheres pretas como uma fortaleza que suporta tudo e o sagrado feminino negro, passado de geração à geração. O trabalho estreou em setembro de 2022, como celebração pelo primeiro aniversário de fundação da Pé de Erê Produções.

“Até onde é saudável estar sempre pronta para a luta? Essa visão prejudica a saúde mental dessas mulheres e as mantém na base da pirâmide social, afinal ‘elas aguentam’. É negado o direito à fragilidade, à desistência. Elas precisam ser o tempo inteiro fortes para aguentar o que vem da sociedade, da família, de companheiros/as e de si mesmas”, aponta Cássia.

Inspirado no conceito de Teatro Instalação, imagens e arte cênica são bases complementares da composição artística, resultando em uma experiência interativa onde as pessoas são convidadas a construírem as suas próprias narrativas, levando o público a experimentar a diluição das fronteiras entre começo, meio e fim do espetáculo. Chegou a fazer seis temporadas em equipamentos culturais como: Teatro Makota Valdina, Teatro Vila Velha, Teatro Sesi Rio Vermelho, Teatro Sesi Casa Branca, Sala do Coro do TCA e Teatro Gregório de Mattos.

“Mulheres pretas sempre utilizaram de ervas para curar, de música e dança para afastar a tristeza e “o mal”, para criar um elo entre si. Sempre sentaram em roda para trabalhar e transmitir suas histórias através da oralidade. Deusas, bruxas, Iyágbás e Iyamins sempre fizeram parte dos mitos e das mitologias afro-diaspóricas e compõem a identidade do povo brasileiro. O sagrado feminino negro é ancestral e é transmitido de mãe para filha, de avô para neta”, explica a diretora.

 

PROGRAMAÇÃO NOVEMBRO 2024

18/11 Feira Literária do Subúrbio – FLISU

23/11, 30 /11 e 07 /12 Memórias Negras no MAFRO (Museu Afro Brasileiro)

28 /11 Novembro Negro na PGE (Procuradoria Geral do Estado).

 

 

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