Literatura
Alex Simões ministra oficina gratuita de poesia na Academia de Letras da Bahia
A oficina gratuita de escrita de poesia ‘Tudo métrica e rima num caderno’, ministrada pelo poeta e performer, Alex Simões, está com inscrições abertas até o dia 8 de setembro. Estão sendo oferecidas 20 vagas – dessas, oito são destinadas para deficientes visuais (caso as oito vagas não sejam preenchidas, serão alocadas para pessoas sem deficiência visual). Os encontros acontecem presencialmente, nos dias 23 (segunda-feira), 25 (quarta-feira) e 27 de setembro (sexta-feira), das 14h às 18h, na sede da Academia de Letras da Bahia (ALB), no Palacete Góes Calmon, na Av. Joana Angélica, 198, Nazaré.
A oficina de leitura e produção escrita de textos literários poéticos vai abordar noções básicas de versificação, como verso (metrificado e livre), ritmo, escansão, rima, sempre partindo de textos tanto literários quanto musicais (letras de gêneros musicais como MPB, bossa nova, funk e rap) de autores brasileiros, preferencialmente baianos ou situados na Bahia, passando pelo exercício da leitura e oralização e, em seguida, produção de textos. A carga horária total é de 12 horas e haverá entrega de certificado.
Nos encontros, os participantes deverão produzir:
1) uma quadra em redondilha menor e uma quadra em redondilha maior;
2) 01 soneto;
3) um caderno grampo canoa com os textos lidos durante a oficina e os textos produzidos nos três encontros.
Ao final do encontro, será realizado um mini sarau com o material produzido pelos participantes.
Após se inscrever e preencher o formulário no link Oficina Tudo Métrica e Rima num Caderno, o interessado passará por uma seleção. O resultado sai no dia 18 de setembro, no site da Academia de Letras da Bahia.
A Academia de Letras da Bahia tem apoio financeiro do Governo da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
Sobre o oficineiro
Com uma vasta experiência na poesia, Alex Simões publicou cinco livros do gênero e integra diversas antologias nacionais e internacionais em português, inglês e espanhol. Desde os anos de 1990, o poeta baiano participa de saraus, festivais literários e eventos multilinguagens no estado e fora dele. Entre as andanças lá fora participou como convidado do recital ‘Resistência’, em Havana (Cuba); ministrou workshop de poesia visual no Poetry Foundation, em Chicago (EUA), e foi um dos autores estudados na disciplina ‘Introdução à Literatura Lusófona’, na University of Washington.
Vem realizando diversas performances, dentre as quais ‘Você tem seda?’, ‘A cappella de Waly’ e ‘Poeformance’, borrando as fronteiras entre arte e vida, entre poesia e outras linguagens. Atuou como artista no Lusoteropolitana 2021 e como artista, oficineiro, coordenador artístico e curador de literatura e performance do Lusoteropolitana 2022. Integra o atual Conselho Deliberativo do Plano Estadual do Livro e da Leitura do Estado da Bahia.
SERVIÇO
O que: INSCRIÇÕES para oficina ‘Tudo métrica e rima num caderno’, com o poeta e performer Alex Simões
Quando: De 22 de agosto a 08 de setembro
Onde: Site academiadeletrasdabahia.org.br
Resultado dos selecionados: 18 de setembro
Período de realização da oficina: 23, 25 e 27 de setembro, das 14h às 18h
Onde: Academia de Letras da Bahia – Av. Joana Angélica, 198 – Nazaré
Literatura
Lucas de Matos lança segundo livro em Salvador
O escritor, Lucas de Matos, lança ‘Antes que o Mar Silencie’ em Salvador, no dia 17 de setembro (terça-feira) às 19h, na Livraria LDM do Shopping Bela Vista. O segundo livro do poeta alcançou a 12º posição da lista de mais vendidos da Amazon na categoria de temática em literatura e ficção, e é uma publicação do Selo Principis, Ciranda Cultural.
No evento, Lucas vai recitar e conversar com o público sobre curiosidades da obra, que já tem data de lançamento em outras cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. “Vai ser uma noite de encontros, comemoração e celebração da palavra”, festeja o poeta que prepara intervenções poéticas com textos do livro, com temas sobre sustentabilidade, desequilíbrio ambiental e autoconhecimento.
A mesa crítica conta com Rita Pinheiro, escritora e garimpeira da cultura, responsável por assinar a orelha da obra. Anielle Sol, poeta, professora e Doutora em Língua e Cultura, também se junta para analisar a poética de Matos. Além da mesa, o poeta realiza uma sessão de autógrafos para o público. “LDM pode ser uma sigla para Lucas de Matos, e é uma alegria estar na casa dos livros para falar do meu”, celebra a parceria com a Livraria.
Sobre o livro
Nascido em Salvador, o escritor possui uma profunda conexão com o mar. “O título é uma grande metáfora que abarca muitos significados. Escutar a música do mar é um lembrete de estar vivo para mim, e não mais ouvir esse som simboliza o fim do ciclo da vida. Assim, o que nós podemos fazer da nossa existência antes desse silêncio?”, reflete Lucas. Poemas como ‘Batismo’, ‘Água de Cachoeira’ e ‘Maleme’ fazem uma ode às águas. O poeta também traz alertas sobre a poluição dos oceanos e o desequilíbrio ambiental.
“O mar também pode silenciar enquanto estamos vivos, dado o cenário de degradação ambiental do ecossistema marinho. É urgente nos enxergarmos como parte da Natureza, e não à parte dela”, destaca. Lucas ainda enfatiza que “estamos na década do oceano, uma iniciativa da Unesco com ações para conscientizar a população global sobre a importância das águas”, defende.
“Criei um alfabeto inteiro para compor o livro, ao invés de utilizar uma fonte digital, porque acredito que a criação faz parte do brado da poesia de Lucas”, comenta Natália Calamari, ilustradora da obra. “O mar quase abstrato representado em ondas que vão rareando é como uma metáfora do título. Ao mesmo tempo em que a onda chega na praia, ela retorna para o oceano, o som e o silêncio que fazem parte do ciclo da vida”, explica.
SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro ‘Antes que o Mar Silencie’ de Lucas de Matos
Quando: 17 de setembro (terça-feira) às 19h
Onde: Livraria LDM do Shopping Bela Vista
Selo Principis, Ciranda Cultural, 2024
96p.
R$34,90
Literatura
Livro “Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro” será lançado segunda (9)
O livro “Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro”, do antropólogo francês Michel Agier, será lançado na próxima segunda-feira (9), com a presença do autor. Participam da roda de conversa Antônio Carlos Vovô, Arany Santana, a diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais Jamile Borges e a antropóloga Maria Rosário Gonçalves de Carvalho, que assina o texto de orelha da obra. O encontro será na sede do Ilê Aiyê, no Curuzu, às 19h, onde o público poderá comprar o livro e ter um recorte da história do Mais Belo dos Belos em sua prateleira. Haverá uma apresentação da Band’Aiyê no final da conversa.
Com mais de três décadas de familiaridade com o Ilê, Michel Agier, professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, dedicou anos de pesquisa para entregar com riqueza de detalhes, dados e informações um arquivo sobre a trajetória do bloco que, em 2024, chega ao seu cinquentenário. Em homenagem ao legado de todos aqueles que fizeram parte deste marco, o resultado foi o livro “Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro”.
“O que eu quero transmitir enquanto francês e antropólogo é que a importância do Ilê vai além do local, é uma importância cultural e política. O Ilê Aiyê teve um papel fundamental sobre o olhar que se tem sobre o povo negro, inclusive colocando em pauta a luta contra o racismo e a valorização de uma história própria de referência aos afrodescendentes não só da Bahia, mas do mundo todo. Recompus o dia a dia da preparação do primeiro carnaval desde o primeiro folheto de 1974, um arquivo histórico muito importante de um pequeno evento de jovens negros que brincavam no carnaval com essa ideia de África na Bahia e que se tornou referência tanto local quanto internacional”, comenta Michel.
Para colher entrevistas, relatos de vida de alguns membros e de mulheres associadas do bloco, o autor fez muitas idas e vindas à Bahia. Agier, que já desenvolveu no Brasil pesquisas sobre relações raciais e dinâmicas culturais afro, focou especial atenção nos ritos carnavalescos e no bloco Ilê Aiyê a partir dos anos 90. No decorrer das páginas, o autor analisa as condições que deram origem e viabilidade ao movimento, situando-as no contexto dos debates sobre raça, cultura e modernidade no país, ao mesmo tempo em que acompanha de perto os cinquenta anos de existência do bloco afro.
No final de 1974, um grupo de jovens de Salvador distribui pelas ruas o panfleto de um novo bloco carnavalesco, com uma foto de três negros numa rua de Lagos, na Nigéria, e os dizeres “Nós somos os africanos na Bahia”. Surgia assim o Ilê Aiyê: mais do que um bloco de carnaval, um movimento cultural e social que seria responsável não só pela reinvenção do carnaval da Bahia, mas por lançar um novo olhar sobre as relações raciais no Brasil. É assim que nasce então a investigação antropológica sobre os múltiplos significados dessa frase e desse carnaval que deslocavam tanto o imaginário do que era a África como do que era então a cidade de Salvador.
Enriquecido pelas reflexões de Antonio Sérgio Alfredo Guimarães, no posfácio, e 35 fotografias de Milton Guran — elas próprias um documento antropológico de excepcional qualidade estética —, o produto final é um livro vivíssimo, que diz respeito não apenas à cultura afro-baiana, mas interroga também o devir de outras culturas diaspóricas ao redor do globo.
SERVIÇO
Lançamento do livro “Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro”
Data: 9 de setembro (segunda-feira)
Horário: 19h
Local: Sede do Ilê Aiyê – Curuzu, Salvador-BA
Valor do livro: R$72,00 (176 páginas)
Literatura
Midiã Noelle lança obra sobre Comunicação Antirracista pela Editora Planeta
Previsto para o primeiro trimestre de 2025, a obra inédita sobre comunicação antirracista da jornalista, Midiã Noelle Santana, será lançada pela renomada Editora Planeta Brasil, que firmou contrato com a escritora esse mês. Sua trajetória notável na mídia dentro do campo da comunicação antirracista tem sido amplamente reconhecida, levando-a a ser incluída na lista Bantumen das 100 pessoas mais influentes dos países lusófonos.
A comunicadora, que é mestra em Cultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestranda em Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas, é idealizadora do Instituto Commbne, que pauta comunicação, inovação, raça e etnia. Entre seus feitos, recentemente, criou o prêmio Jacira da Silva, para premiar mídias negras, em parceria com o Instituto Afrolatinas.
“Nos meus 16 anos como jornalista, aprendi muito sobre como a comunicação é fundamental para garantir dignidade às vidas das pessoas. Foram muitos os caminhos percorridos: jornal impresso, Nações Unidas/ONU, movimento social, sobretudo negro e feminista negro, e governo. Neste que será o meu primeiro de muitos filhos como escritora, irei reunir esses aprendizados, percepções e estratégias de uma forma inédita e amorosa”, destaca a jornalista.
Sobre a escritora
Midiã é uma mulher negra soteropolitana, criada em bairros periféricos de Salvador, como Liberdade e Paripe, no subúrbio da capital. Foi uma das criadoras da editoria Correio Afro no Jornal Correio, na Bahia, onde ainda apresentou o programa “Conexões Negras” entre 2020 e 2022, entrevistando figuras proeminentes nas questões raciais do Brasil, como a escritora Djamila Ribeiro e a apresentadora Rita Batista.
Atualmente, Midiã é consultora da UNESCO e está à frente da elaboração do Plano Nacional de Comunicação Antirracista na administração pública, para o governo federal. Com passagens por diversas agências das Nações Unidas, como UNFPA e PNUD, ela realiza formações especializadas em comunicação antirracista desde 2019, atendendo empresas públicas, privadas, o terceiro setor e a sociedade civil. Como fundadora do Instituto Commbne, promove a conexão e ampliação das vozes de comunicadores da diáspora africana.
Sobre a Editora
A Editora Planeta Brasil, fundada em 2003, é parte do Grupo Planeta, um dos maiores conglomerados editoriais do mundo, com sede em Barcelona. Com nove selos editoriais, a editora já publicou mais de 1.500 livros, além de enciclopédias, como a Barsa no Brasil. O Grupo Planeta possui filiais em várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo e Curitiba.