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Música

Nara Couto celebra a cultura negra e baiana em “ORI”

Ana Paula Nobre

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Nara Couto
Foto: Divulgação

O segundo álbum de estúdio da artista, Nara Couto, já está disponível em todas as plataformas. Abrindo portais para infinitos mundos em “ORI”, o projeto conta com arranjos e direção musical de Letieres Leite (1959-2021) e participações de grandes nomes como Mateus Aleluia, Luedji Luna, Graça do Ilê Aiyê e Vovó Cici.

Criado a partir de uma pesquisa etnomusical profunda e contemporânea, “ORI” explora toda a profundidade da percussão baiana enquanto une o estudo de claves rítmicas do maestro Letieres Leite – autor da metodologia conhecida por Universo Percussivo Baiano –  à pesquisa sobre teorias do corpo realizada por Nara Couto, resultando em arranjos que exploram as dimensões melódicas e harmônicas do ritmo.

Com Seu Mateus Aleluia – Foto: Edgar Azevedo

Significado para “cabeça” em iorubá, “ORI” nasce como um ato de celebração e propagação da cultura negra e baiana. Ao longo das 10 faixas que conduzem o olhar estético contemporâneo e afro-futurista do projeto, Nara Couto nos convida a ingressar em uma jornada que desafia as fronteiras da realidade e nos conecta com o cosmos.

“‘ORI’ é um portal de muitos mundos e músicas. Liga o caminho dos nossos antepassados à construção do futuro que só é possível na vida do presente. As canções escolhidas são encantamentos musicais para celebração do bem-viver no seu público. ‘ORI’ é uma invocação a dias de abundância, saúde e amor. Nas memórias orgânicas preservadas através do ritmo e imagem que se conectam com nossa ancestralidade a partir do evento musical, ele é feito para muitas pessoas que se conectam por meio dos sons transatlânticos e da cultura afro-brasileira.”

“Este é um projeto sobre celebração e verdade. ‘ORI’ é um convite para explorar, entender e abraçar a riqueza de nossa herança afro-brasileira e para abraçar o futuro com a sabedoria ancestral que nos guia. Este projeto é uma celebração da identidade, da música, da dança e da espiritualidade que compõem o tecido cultural da Bahia.”

Cantora, compositora, produtora e dançarina brasileira, Nara Couto começou sua vida artística ainda jovem, no bairro em que nasceu, Curuzu. Seu primeiro contato artístico foi com o bloco afro Ilê Aiyê. Seu desenvolvimento técnico foi iniciado no Balé Folclórico da Bahia. Desde então, tem trabalhado com vários artistas em destaque no cenário musical, como Gilberto Gil, Margareth Menezes, Mateus Aleluia, Lazzo Matumbi, Ara Ketu, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, entre outros. A multiartista, além de professora de Pilates e de danças africanas, é também atriz e integra a Orquestra Afrosinfônica.

 

Música

Cantor baiano Moisés Victório lança trabalho musical autoral “Borí”

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O artista interdisciplinar, Moisés Victório, apresenta seu novo trabalho autoral de música, o EP “Borí”, composto por cinco faixas inéditas que exploram as conexões entre música, fé, memórias e ancestralidade africana. Disponível nas principais plataformas de streaming, o projeto representa um marco significativo em sua trajetória, traduzindo em sons sua busca pela (re)construção de uma identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica.

“O processo de transformar essas referências em sonoridades foi muito espontâneo para mim, muito natural”, explica Moisés. “Primeiro porque essa ancestralidade africana está à nossa volta o tempo inteiro. Não tem como conviver e transitar em Salvador sem estar imerso nessa herança. Por outro lado, a conexão com a espiritualidade vem da minha formação familiar. Cresci em terreiros de candomblé, e essa primeira formação musical veio dos cânticos, das rezas, dos orikis que entoávamos rotineiramente.”

Bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia, Moisés vem desenvolvendo pesquisas sobre as relações criativas entre arte, novas tecnologias e cultura eletrônica, estabelecendo relações com o estudo das culturas, línguas e cosmogonias africanas, em especial a cultura nagô-yorubá. Esse encontro entre contemporaneidade e ancestralidade é a essência de “Borí”.

O EP nasce das experiências pessoais do artista, que teve sua formação musical nos terreiros de candomblé durante sua infância. “Borí é ritual, é transcendência, é orixá, é essência”, afirma Moisés. “A partir da mundivisão nagô-iorubá, podemos entender figurativamente o conceito de Borí como um processo de conexão interna, de autoconhecimento, de expansão de si para o mundo – através do seu lugar de fala e origem”.

Parte do trabalho foi concebido durante sua Residência Artística no Instituto Sacatar em 2023, onde Moisés colaborou com pesquisadores e artistas afro americanos da Universidade de Stanford (EUA). Dessa experiência surgiu a participação especial de Amara Tabor-Smith na faixa “Obìnrin”. A produção musical do EP conta com a colaboração do maestro e arranjador Cassius Cardozo. A masterização e finalização foi concebida pelo engenheiro de áudio Carlos Eduardo Andrade (Cají).

A primeira faixa “ÈṢÙ”, que abre o EP, já está disponível com videoclipe no YouTube. A obra traduz em canção um universo construído e imaginado nas intersecções do orixá da comunicação, do guardião dos caminhos, daquele que traz as notícias e elabora a sorte. “Essa faixa é muito especial porque ÈṢÙ é o orixá da comunicação, o mensageiro que conecta os mundos”, comenta Moisés. “Na cultura tradicional iorubá e afro-brasileira, antes de iniciar qualquer ritual, qualquer celebração, é essencial saudar Exú. Por isso, a faixa abre o disco e também foi a primeira a ganhar um videoclipe”.

“Borí” representa mais que um conjunto de canções – é uma metáfora da memória, um portal para o autoconhecimento, é uma celebração da herança africana na diáspora atlântica. “Espero que as pessoas se conectem com esse trabalho pela força da simbologia que carrega”, reflete o artista. “Este EP é um resgate de memórias da minha infância nos terreiros, mas também é uma discussão sobre cultura, identidade, ancestralidade, visões de mundo. Ele dialoga e protagoniza narrativas que precisam ser mais ouvidas”.

Bori é uma realização da Bogum Ambiente Criativo em parceria com a Multi Planejamento Cultural e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Sobre Moisés Victório

Músico intuitivo, aprendeu nos terreiros de candomblé onde passou a infância o letramento necessário para traduzir em canções o mundo à sua volta. Começou sua trajetória artística aos 12 anos, como mobilizador cultural no quilombo urbano onde nasceu, no Engenho Velho da Federação. Ao longo dos mais de 20 anos de aprendizados e trajetória profissional, trabalhou ao lado de dezenas de artistas nacionais e internacionais, tendo circulado por todas as capitais brasileiras e alguns países do exterior.

Borí, novo trabalho de Moisés, apresenta os desdobramentos poéticos da sua mais longeva pesquisa, a (re)construção da sua identidade africana como indivíduo da diáspora atlântica. Nascido no seio de uma família candomblecista, construiu sua primeira percepção de mundo através dos itans e orikis, dos cânticos sagrados e do cósmico som dos atabaques. Essa percepção afro centrada, impactou profundamente sua formação política, social e artística.

Ao longo dos anos, vem se dedicando ao estudo regular das línguas, cultura e cosmogonia africanas. É discente do curso de língua e cultura yorubá do Núcleo Permanente de Extensão em Letras – NUPEL da Universidade Federal da Bahia – UFBA, além de dedicar-se a imersões sobre a mundivisão nagô-yorubá. É certificado pelo projeto Ẹ̀kọ́ Dára (Ilê-Ifé, Nigéria) coordenado pelo professor nigeriano Phd em literatura e linguística Prof. Dr. Félix Ayoh’omidire, o que lhe conferiu maior aprofundamento às origens, fundamentos e orientação ancestral da pessoa nagô-yorubana.

Artista interdisciplinar, é bacharel em artes pela Universidade Federal da Bahia. Além de iluminador cênico, realizador audiovisual e músico, atua na gestão de festivais, eventos e instituições. Atualmente é gestor do Teatro Sesc Casa do Comércio, dirige a empresa Bogum Ambiente Criativo e faz parte do comitê gestor da Casa Preta Espaço de Cultura. Antes, foi gestor do Teatro Gregório de Mattos e coordenador técnico da Gerência de Equipamentos Culturais da Fundação Gregório de Mattos, prefeitura municipal de Salvador.

O álbum pode ser conferido em todas as plataformas digitais no link

O videoclipe da canção Èṣù já está disponível no Youtube

 

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Música

Rapper Wall Cardozo lança single ‘Itapuã’ em parceria com Liz Kaweria

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O rapper Wall Cardozo vai lançar na próxima quinta-feira (20), seu novo single ‘Itapuã’ (faça o pré-save aqui). Com um flow marcante que se encaixa perfeitamente com a letra, a canção fala de amor e desejo entre duas pessoas que querem viver um romance em um dos bairros mais famosos de Salvador: Itapuã. O trabalho faz parte do seu primeiro álbum intitulado ‘Homem Menino’ e o projeto autoral conta com a participação de diversos artistas nordestinos, sendo lançado na íntegra em abril.

Com mais de 10 anos de carreira, Wall destacou como foi o processo de criação da música. “Considero Itapuã uma das músicas mais bonitas que já fiz. Lembro de ter começado a escrever a letra durante um momento de inspiração, encima de um beat gratuito da internet. Quando terminei a composição, cheguei com a ideia para Manigga, que brilhou na produção musical. A participação de Liz foi a cereja do bolo. Quando a voz dela entrou, ficou claro que era exatamente o que faltava para considerarmos a música pronta”, disse o artista.

Para a cantora Liz Kaweria, gravar o feat com Wall “foi incrível. Quando ouvi a música pela primeira vez, me deu uma sensação de paz. A melodia é perfeita, a produção é perfeita, a letra é absurda, é excelente. A letra mostra um amor com cumplicidade, companheirismo. É uma música que casais novos e antigos podem se identificar. Pra mim foi muito bom gravar, eu me identifiquei muito com a letra”, declarou Liz.

Sobre Wall Cardozo

Wall Cardozo é um baiano que está no cenário da música desde 2013, quando formou o grupo WWL RAP junto com amigos da escola e permaneceu na formação musical até 2019. O rapper viu seu processo criativo aflorar em janeiro de 2020, com o lançamento do seu primeiro EP chamado EHLO. O projeto tem cinco faixas e foi exclusivamente produzido pelo artista. Agora, em 2025, Wall celebra uma nova fase da carreira com o seu primeiro álbum, que será lançado em abril. Através dele, o artista faz uma conexão mais potente com sua própria arte e experimenta novas possibilidades musicais ao lado de artistas já admirados por ele.

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Música

Dendê Macêdo faz show em homenagem ao Mestre Bira Reis

Ana Paula Nobre

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Foto: Leslie Macêdo

O cantor, compositor e instrumentista, Dendê Macêdo, faz um show no próximo dia 21 (sexta-feira) em homenagem ao Mestre Bira Reis, multi-instrumentista, artista plástico e educador, falecido em 2019. O evento, que conta com a participação dos músicos João Teoria e Vini Mendes, acontece às 18h, na Oficina de Investigação Musical, no Pelourinho, com entrada a preço popular de R$10,00.

“Estou feliz em poder fazer essa homenagem a Bira Reis, que foi meu incentivador e guia na música. Para mim, está sendo simbólico esse momento, porque tocarei instrumentos que aprendi a criar graças aos seus ensinamentos”, conta Dendê Macedo.

Na oportunidade, será apresentada ainda uma amostra do projeto “Sons Reciclados”, que traz inovação musical ao transformar materiais recicláveis em instrumentos de percussão, unindo música e sustentabilidade. Dendê dá uma nova utilidade a objetos que seriam descartados, criando sonoridades únicas. Taco de golfe que vira  berimbau, xequerê feito com capacete, surdo feito com balde e atabaque criado com vaso sanitário estão entre suas criações que, juntas, resultam em uma performance inovadora com sons percussivos distintos e únicos.

Serviço

O quê: “Dendê Macêdo e Sons Reciclados”

Quando: Dia 21 de março de 2025 (sexta-feira)

Horário: Às 18h

Onde: Oficina de Investigação Musical – R. das Portas do Carmo, 24 – Pelourinho

Ingressos: Valor social R$ 10,00

 

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