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Artes

Fotógrafa Amanda Tropicana retrata quilombolas na expo “Raízes”

Jamile Menezes

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Amanda Tropicana vence prêmio nacional de fotografia

 

A Fundação Pierre Verger e a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 realizam mais uma exposição da série 16 Ensaios Baianos, projeto que apresenta um recorte da fotografia baiana, destacando trabalhos de fotógrafos que vivem ou viveram na Bahia. Neste sábado (31), abre a expo Raízes, da fotógrafa Amanda Tropicana, que será inaugurada às 15 horas, na galeria da Fundação.

Raízes apresenta fotografias do cotidiano de lideranças femininas das comunidades quilombolas de Lagoa do Mato, Vereda dos Cais e Sapé, localizadas em Caetité, no Sudoeste da Bahia. As fotografias do ensaio foram realizadas para dar visibilidade à luta e às necessidades das comunidades tradicionais, como primeira etapa de um projeto desenvolvido em 2019 pela Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3.

“A fotografia tem o poder de guardar memórias e de possibilitar retornos para além do afetivo e das imagens capturadas. A comunidade me recebeu de uma forma maravilhosa e doou para mim seu tempo e atenção para a realização do trabalho e por isso acredito que seja muito justo que eu possa de alguma maneira contribuir para além dos registros que retornarão à comunidade”, disse Amanda.

Foto Amanda Tropicana

Com a série 16 Ensaios Baianos, a Fundação Pierre Verger apresenta um recorte da fotografia baiana, promovendo maior visibilidade na cena local e nacional. Os ensaios são resultado de trabalhos fotográficos com qualidade e relevância artísticas e culturais, que são expostos na Fundação Pierre Verger Galeria.

A renda das fotografias vendidas na exposição, que pelo projeto pertence ao fotógrafo, com um percentual para a Fundação Pierre Verger, será totalmente destinada às comunidades fotografadas. Os quilombos também receberão pouco mais de uma centena de exemplares do catálogo da exposição, editado pela Fundação.

Foto Amanda Tropicana

Quem é Amanda?

A Fotógrafa Amanda Tropicana, 33, é carioca de Brás de Pina, subúrbio do Rio de Janeiro, mas ainda na infância veio morar em Salvador, onde vive até hoje. O  gosto pela fotografia veio dos pais, que deixaram como legado a importância do registro fotográfico para a história da vida das pessoas. Começou como assistente de fotografia em uma empresa de eventos, mas logo passou também a se dedicar ao fotojornalismo e à fotografia documental.

Foto Amanda Tropicana

Em 2023, Amanda foi a vencedora da categoria “Ancestralidade e Representação” no 9º Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger (2023), com um ensaio no Ilê Axé Obá Tadê Patiti Obá, retratando a vida sagrada da comunidade religiosa. Integra a coleção de fotojornalistas brasileiros do projeto “Testemunha Ocular” do Instituto Moreira Salles, recebeu o primeiro prêmio no VIII Salão de Fotografia da Marinha do Brasil (2015). Foi finalista na categoria Cor do 10º Concurso Leica-Fotografe. Participou de mais de 30 exposições, dentre elas: a internacional “The Fifth Annual Exposure Photography Award”, no Museu do Louvre, Paris; “Olhares Afro Contemporâneos”, em São Paulo e “Entreatros III: Fotografia”, no Museu de Arte Moderna da Bahia.

RAÍZES

Abertura: 31 de agosto, às 15h.

Visitação: de segunda à sábado, das 9h às 19h.

Local: Fundação Pierre Verger Galeria.

Endereço: Rua da Misericórdia, 09, loja 1, Centro Histórico.

Artes

Exposição “Plantações de Autoestima” tem oficinas gratuitas

Jamile Menezes

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Oficinas gratuitas com aulas de graffiti e de outras técnicas artísticas para crianças, jovens e adultos. É o que oferece a exposição “Plantações de Autoestima” idealizada pelos grafiteiros e artistas Sagaz & Pipino. Até 18 de dezembro, tudo isso será oferecido, além de uma roda de conversa com os artistas. Com carga horária de 2h, as atividades acontecerão nos espaços da Casa do Benin, no Espaço Axé e no Boca de Brasa Centro.

Algumas oficinas serão ministradas por graffiteiros e graffiteiras profissionais como Pita, Niiny Santos, Patek, Zureta, Nath Arts, Black Shock, Hard Cores, Sista Kátia e pelas artistas visuais Eliade e Débora Santos, proporcionando aos alunos uma imersão no universo do Graffiti e de diferentes Técnicas Artísticas.

Os alunos aprenderão algumas técnicas iniciais, farão desde o esboço até a prática com tinta spray e outros tipos de materiais também serão utilizados durante as aulas em cada oficina. As inscrições para as aulas de Graffiti são para o público com idade a partir de 14 anos.

“Além de promover atividades artísticas, educação social e conscientização por meio da arte educadora. A oficina possibilita uma convivência de troca de saberes, de arte e instrução aos jovens para a arte urbana, do entendimento da ocupação da cidade através do Graffiti. Pois tenho convicção que eles necessitam de oportunidades de experimentar, de conhecer, ter contato com as práticas artísticas e do uso do spray, das cores, iniciando a criação de seu próprio Graffiti e expressão artística.”, revela o artista Pipino

Já nas oficinas de Técnicas Artísticas, a classificação é livre para o público de todas as idades. Haverá oficinas de Carimbos Artesanais, Noções Básicas de Criação de Personagens, Mandala em Movimento: Oficina de Criação para Iniciantes e Marca Páginas Criativo de Papel: Crie Seu Bichinho Companheiro de Leitura.

De acordo com Sagaz, “a oficina tem como objetivo difundir as artes conectando o público diretamente com o momento criativo, fazendo com que tal processo participativo seja despertado, enriquecendo os olhares e outras formas de construir através da vivência artística. Entendendo a importância de compartilhar conhecimento, abrindo possibilidades da conexão dos artistas com o público para que facilite o acesso da produção artística.”, diz.

Informações adicionais e novas atualizações estarão no perfil do instagram @producoesnuances, as  inscrições são através do formulário.

A exposição artística Plantações de Autoestima está instalada na Galeria da Cidade no Teatro Gregório de Mattos até 10 de janeiro de 2025, com entrada gratuita, os dias de visitação são de quarta a sábado de 14h às 18h.

O Curto Circuito das Artes, realizado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Funarte, Ministério da Cultura, Governo Federal, chega aos espaços culturais de Salvador entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025.

Confira datas e horários das oficinas:

05/12 | 14h às 16h – Pita, Oficina de Graffiti | Espaço externo do Boca de Brasa Centro

07/12 | 10h às 11h – Roda de conversa sobre Plantações de Autoestima com Sagaz & Pipino | Casa do Benin

11/12 | 14h às 16h – Zureta, Oficina de Graffiti | Espaço externo do Boca de Brasa Centro

13/12 | 09h às 11h – Débora, Oficina de Marca páginas criativo de papel: crie seu bichinho companheiro de leitura | Espaço Axé

13/12 | 10h às 12h –  Patek, Noções básicas de criação de personagens | Casa do Benin

13/12 | 13h00 às 14h30 – Black Shock, Oficina de Criação de personagens | Casa do Benin

13/12 | 14h30 às 16h – Sista Kátia, Oficina de Graffiti | Casa do Benin

14/12 | 13h00 às 14h30 – Nath, Mandala em Movimento: Oficina de Criação para Iniciantes | Casa do Benin

14/12 | 14h30 às 16h – Hard, Oficina de Graffiti | Casa do Benin

18/12 | 14h às 16h – Ninny Santos, Oficina de Graffiti | Espaço Boca de Brasa Centro

SERVIÇO

O quê: Oficina gratuita de Graffiti e de Técnicas Artísticas

Onde: Casa do Benin, Espaço Axé e Espaço Boca de Brasa Centro

Quanto: Gratuito

Inscrições: formulário no perfil da @producoesnuances.

Fotos – Helder Akixel

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Artes

Grupo Cultural Art’Mandaia movimenta Pernambués e Saramandaia

Jamile Menezes

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Grupo Cultural Art’Mandaia movimenta Pernambués e Saramandaia

O Grupo Cultural Art’Mandaia realiza nos dias 7 e 14 de dezembro o sarau “O Som do Beco”, em Pernambués e Saramandaia. O Sarau é uma atividade que celebra a culminância do projeto O Som do Beco, que uniu música, educação e inclusão social. Durante meses, crianças e adolescentes de 8 a 17 anos destas comunidades participaram de oficinas gratuitas de música, aprendendo a tocar violão, guitarra, contrabaixo, teclado, cajon e percussão.

No dia 7 de dezembro, às 11h, o Grupo Cultural Art’Mandaia chegará à rua Pirapora, em frente à Escola Estadual Mariinha Tavares, Pernambués com a certificação dos participantes do projeto. No sábado seguinte, dia 14, será a vez dos moradores de Saramandaia receberem o sarau também às 11h com a gravação de um clipe na rua Amargosa, ao lado da Morada Flor de Liz, Saramandaia.

O projeto do Grupo Cultural Art’Mandaia proporcionou aos participantes a oportunidade de vivenciar a arte como ferramenta de transformação, ressignificando espaços e fortalecendo os laços comunitários.

Através de aulas ministradas por músicos com uma coordenação artística dedicada, “O Som do Beco” incentivou a descoberta de talentos e o desenvolvimento de habilidades que vão além da música, como a disciplina, a convivência em grupo e a valorização da cultura local. Agora, como resultado final dessa jornada, os alunos vão às ruas, becos e vielas para apresentar suas performances em apresentações gratuitas e abertas à comunidade.

O evento também marca o início de uma nova etapa para o projeto, que seguirá como uma caravana cultural, levando música para outros becos e vielas de Salvador.

Realizado pelo Grupo Cultural Art’Mandaia, o projeto “O Som do Beco” foi contemplado pelo edital territórios criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Matos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador, e da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, Governo Federal.

Programação:
07/12, às 11h: Culminância do projeto e certificação dos alunos.
Local: Rua Pirapora, em frente à Escola Estadual Mariinha Tavares, Pernambués.
14/12: Gravação do clipe e apresentação.
Local: Beco – Rua Amargosa, ao lado da Morada Flor de Liz, Saramandaia.
Serviço:
O que: Sarau “O Som do Beco”.
Quando e Onde: 07/12, às 11h: Rua Pirapora, Pernambués. 14/12 às 11h: Rua Amargosa, Saramandaia.

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Artes

Fotógrafo André Fernandes é premiado com ensaio “Orixás”

Jamile Menezes

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Fotógrafo André Fernandes é premiado com ensaio “Orixás”

Com o ensaio “Orixás”, que destaca as divindades do Candomblé, o fotógrafo André Fernandes foi premiado no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários, organizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). A cerimônia de premiação aconteceu no Centro de Artes da Escola Internacional de Genebra (Ecolint), Suíça.

Estabelecendo-se como uma plataforma para artistas minoritários defensores dos direitos humanos, o concurso tem o fotógrafo André Fernandes como o único brasileiro premiado nesta edição. Na cerimônia, o artista recebeu o prêmio de menção honrosa, concedido por um painel de cinco juízes que destacaram a qualidade da obra e a relevância dos temas abordados para ampliar a conscientização e a compreensão dos direitos de minorias. Ao todo, oito artistas foram escolhidos em todo o mundo, atuantes de diversas áreas da arte.

Oxum Ọṣun

“Enquanto artista, essa é uma grande oportunidade de usar a arte para falar do Candomblé, para atingir mais pessoas e lançar luz sobre a beleza que é o Candomblé. É uma honra poder representar a Bahia e o Brasil em um espaço tão relevante para os Direitos Humanos, na capital humanitária do mundo. Então, dar visibilidade internacional para essas narrativas é uma forma de reverenciar as nossas memórias ancestrais. Participar disso tudo é incrível. Imaginar que, durante sete dias, estarei participando de diversos eventos e reuniões sobre arte, cultura e direitos humanos em nível internacional; que vou conhecer pessoas com histórias tão potentes nessa jornada e ter a oportunidade de participar da 17ª sessão do Fórum das Nações Unidas para Minorias, no Palácio das Nações, é muito gratificante. Eu acredito que, na minha volta, terei um olhar ainda mais apurado sobre esses temas, e uma responsabilidade de passar isso adiante”, reforça fotógrafo André Fernandes.

O projeto demorou mais de dois anos desde a concepção até a produção das fotos, em 2014, no Terreiro Ilê Axé Alaketu. “Orixás” é um ensaio fotográfico que revela as divindades do Candomblé com todas as suas vestes, adornos e indumentárias usadas nas obrigações e festas cíclicas do terreiro. Revela também os elementos que conectam os homens com o espírito ancestral dos Orixás.

Exu Èṣù

O fotógrafo André Fernandes ressalta que trabalhar temas relacionados à ancestralidade e memória afrodescendente é importante, principalmente no combate a estigmas.

“Todas as pessoas têm o direito de manifestar a sua fé, conceito amplamente defendido pela ONU na iniciativa chamada ‘Fé por Direitos’, de 2017. Então, ‘Orixás’ aborda temas relacionados à memória, ancestralidade e identidade. Além de preservar a memória afrodescendente, as fotografias possibilitam acender o debate e a reflexão sobre o Candomblé, tendo em vista que quanto mais gente estiver falando e desmistificando o tema, menos o preconceito existirá sobre a cultura e suas peculiaridades”, conclui.

O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura da Bahia e Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). “Orixás” foi contemplado pelo edital Salvador Circula, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

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