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Teatro

Peça ‘Partiste’ completa um ano em cartaz no Teatro Módulo

Ana Paula Nobre

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Peça ‘Partiste’
Foto: Diney Araújo

Após percorrer os palcos da capital e do interior da Bahia, volta a cartaz o espetáculo teatral ‘Partiste’, celebrando um ano com nova temporada. Nos dias 07, 14, 21 e 28 de setembro, sempre aos sábados, às 19h, no Teatro Módulo, os valores dos ingressos custam R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia). As sessões dos dias 14 e 21 contarão com os recursos de acessibilidade de Libras e Audiodescrição.

A montagem é protagonizada por Márcia Limma, reconhecida atriz que nos últimos anos tem apresentado o sucesso de crítica e público: Medeia Negra. Formam o elenco, outros jovens talentos da cena baiana: Carol Alves, Ruan Passos, Dani Souza e Luzia Barbosa. O texto do dramaturgo baiano Paulo Henrique Alcântara foi vencedor no Prêmio Braskem de Teatro (2010) e ganhou uma nova encenação em 2023 pelo ator e diretor do recôncavo baiano Ícaro Bittencourt.

Em Partiste, a ação se passa no início dos anos 70, na cidade de Livramento de Nossa Senhora, interior da Bahia. Num lar formado por sete pessoas, sendo que duas delas nunca são vistas. Uma é o pai, que está sempre ausente sob a justificativa de carga extra ou recolhido pelo cansaço do trabalho. Entretanto, a ausência plena que consome o juízo dos membros da casa é a de Jairo.

Foto: Diney Araújo

Jairo partiu para São Paulo e a sua última carta foi enviada há mais de um ano. Desde então, a mãe segue muito aflita quanto ao paradeiro do filho. Reza e chora constantemente temendo a segurança do quarto rebento. No curso da história lhe ocorre uma ideia luminosa e decisiva para sobrepujar a lida. Enquanto isso, sustenta os três jovens, mimando-os com inúmeras sobremesas e disciplinando, quando preciso, com lições necessárias.

O espetáculo abre a intimidade de um seio familiar pautado na figura da matriarca e nos faz revisitar as memórias das nossas próprias famílias. Além de tocar em questões sociais bastante atuais como violência contra mulher, dependência química, o protagonismo feminino; como também exalta muitas produções culturais brasileiras com diversas referências a novelas, livros e músicas da trilha sonora.

Partiste toca o público nas suas próprias vivências. Sempre tem com quem ou com qual situação se identificar, lembrar e sentir esta palavra, que neste sentido amplo só existe em português, chamada saudade. Um espetáculo para rir, chorar e aquecer o cantinho do coração onde mora a ausência dos afetos, as nossas saudades..

Nas palavras do autor: “Partiste é um canto de saudade. Trata do afeto sincero que insiste em resistir a distância, minimizadas pelas cartas tão ansiadas por quem partiu e por quem ficou. Estão no mesmo tacho recordações e ficção, ingredientes colocados com a intenção de resultar num doce bom, como aquele que só a mãe sabe fazer.”

O tema da família sempre foi muito caro e fluente no vocabulário cênico do dramaturgo baiano Paulo Henrique Alcântara. Em suas obras Lábios que beijei (1998), Bolero (2004), Sublime é a noite (2017) e Maldita Seja (2022) nos deparamos com diferentes prismas sobre a dinâmica entre pessoas que dividem o mesmo teto ou partiram de um. Em Partiste, que não foge à regra, os decibéis da emoção estão elevados a máxima potência.

SERVIÇO

O quê: Espetáculo ‘Partiste’

Quando: 07, 14, 21, 28 de setembro (aos sábados)

Horário: 19h

Local: Teatro Módulo

Preços: R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia-entrada)

Classificação indicativa: Livre

Libras e ADD: 14 e 21 de setembro

Vendas: Sympla no link ou na bilheteria do Teatro Módulo

Teatro

Multiartista Liz Novais faz performance “Estudos pra Cangasereia”

Ana Paula Nobre

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Foto: Nti Uirá

A multiartista, Liz Novais, apresenta a performance cênico musical “Estudos para Cangasereia”, nesta segunda-feira (2), às 18h, na sede do Malê Debalê, em Itapuã, aberta ao público. O trabalho é um dos dez contemplados com a Bolsa Estímulo Boca de Brasa e foi construído como uma intervenção de rua, movido através de uma figura mítica e sua própria história, buscando entender as relações entre as mulheres da sua família materna a partir de reflexões sobre afeto, raça, voz e ancestralidade negra. A performance contará com a preparação corporal de Samara Martins, Joarlei Sants como DJ e técnico de som e gravação de áudios de Felipe Bittencourt.

“A ideia é de convocar, a partir da minha autobiografia e da relação com o território, memórias de resistência, de acolhimento e de convocação da ancestralidade negra a partir da voz”, explica a artista.

O trabalho é fruto de um conjunto de investigações cênicas e musicais gestados desde 2019, a partir de experimentações de autorretrato na pandemia e com apresentações em 2022 e 2023 junto a outras artistas negras no projeto ‘Vozes Mulheres’, realizado na Casa da Música, em Itapuã. Na ocasião, o projeto contemplou trabalhos experimentais em processo de artistas negras da dança, música e teatro do território, com participações de artistas locais e bate papo com o público sobre esses processos criativos.

Foto: Nti Uirá

Para além do projeto, a artista reúne diversos trabalhos no teatro e música da cena baiana, participando de grupos como banda Motumbá (2012–2023), direção musical do espetáculo teatral Mulheres Malês (2018-2024) e mais recentemente, a direção musical do espetáculo Mukunã – Do Fio à Raiz (2024), solo de Vika Mennezes. “Estudos para Cangasereia” é resultado do trabalho de mentoria e apoio para iniciativas culturais, como parte das Escolas Criativas Boca de Brasa, por meio do termo firmado entre a Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal de Salvador e o ICEAFRO, através dos recursos do Edital Polos Criativos Boca de Brasa. Mais informações no Instagram:@novaisliz/@moirasprodutora.

 

Serviço

O quê: Performance “Estudos Para Cangasereia” com Liz Novais

Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira)

Horário: Às 18h

Onde: Boca de Brasa Apresenta – Malê Debalê, em Itapuã

Quanto: Gratuito

 

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Teatro

Vika Mennezes leva espetáculo “Mukunã: do fio à raiz” ao Teatro Gamboa

Ana Paula Nobre

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Foto: Diney Araújo

O Teatro Gamboa, em Salvador, recebe pela primeira vez o espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”, idealizado e encenado pela atriz, arte-educadora, pesquisadora, diretora e gestora cultural, Vika Mennezes, nos dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo), às 19h. Com ingressos a preços populares (R$10/5), o trabalho é uma jornada artística que une passado, presente e futuro, utilizando a narrativa pessoal da artista, que se passa quando uma mulher se confronta com a ancestralidade a partir do seu cabelo e vai do fio à raiz.

“O intuito de Mukunã é promover uma mudança significativa no cenário cultural da Bahia e na percepção das questões raciais e de gênero”, diz a atriz.

Vika Mennezes já atuou em 13 espetáculos teatrais e 11 obras audiovisuais. Todos os elementos dialogam com sua vivência com o racismo desde a infância, cuja violência estrutural transformou em arte empoderadora para ajudar outras pessoas a superar situações semelhantes. Existe também uma forte presença dos orixás e elementos da cultura afro-brasileira.

Foto: Diney Araújo

 

Serviço:

O quê: Espetáculo “Mukunã: do fio à raiz”

Onde: Teatro Gamboa – Rua Gamboa de Cima, Salvador-BA

Quando: Dias 15, 16 e 17 de novembro (sexta, sábado e domingo)

Horário: Às 19h

Ingressos: R$10/5, vendas no local e no Sympla 

 

 

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Teatro

Espetáculo Memórias Povoadas realiza ciclo de apresentações

Ana Paula Nobre

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Foto: Lucas Barral Amoedo

Neste Novembro Negro 2024, o espetáculo Memórias Povoadas realiza mais um ciclo de apresentações entre os dias 18 e 28 de novembro, em Salvador. Com o elenco composto pelas atrizes Cilene Ribeiro, Luane Souto, Lucila Laura, Preta Kiran, Rejane Maya e Thallia Anatália, a peça é dirigida por Cássia Valle, com co-direção e direção musical de Cell Dantas. Os temas que norteiam o trabalho são a visão estereotipada de força das mulheres pretas como uma fortaleza que suporta tudo e o sagrado feminino negro, passado de geração à geração. O trabalho estreou em setembro de 2022, como celebração pelo primeiro aniversário de fundação da Pé de Erê Produções.

“Até onde é saudável estar sempre pronta para a luta? Essa visão prejudica a saúde mental dessas mulheres e as mantém na base da pirâmide social, afinal ‘elas aguentam’. É negado o direito à fragilidade, à desistência. Elas precisam ser o tempo inteiro fortes para aguentar o que vem da sociedade, da família, de companheiros/as e de si mesmas”, aponta Cássia.

Inspirado no conceito de Teatro Instalação, imagens e arte cênica são bases complementares da composição artística, resultando em uma experiência interativa onde as pessoas são convidadas a construírem as suas próprias narrativas, levando o público a experimentar a diluição das fronteiras entre começo, meio e fim do espetáculo. Chegou a fazer seis temporadas em equipamentos culturais como: Teatro Makota Valdina, Teatro Vila Velha, Teatro Sesi Rio Vermelho, Teatro Sesi Casa Branca, Sala do Coro do TCA e Teatro Gregório de Mattos.

“Mulheres pretas sempre utilizaram de ervas para curar, de música e dança para afastar a tristeza e “o mal”, para criar um elo entre si. Sempre sentaram em roda para trabalhar e transmitir suas histórias através da oralidade. Deusas, bruxas, Iyágbás e Iyamins sempre fizeram parte dos mitos e das mitologias afro-diaspóricas e compõem a identidade do povo brasileiro. O sagrado feminino negro é ancestral e é transmitido de mãe para filha, de avô para neta”, explica a diretora.

 

PROGRAMAÇÃO NOVEMBRO 2024

18/11 Feira Literária do Subúrbio – FLISU

23/11, 30 /11 e 07 /12 Memórias Negras no MAFRO (Museu Afro Brasileiro)

28 /11 Novembro Negro na PGE (Procuradoria Geral do Estado).

 

 

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