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Destaque

Slam das Minas Bahia conquista 2° lugar no VIII Torneio de Slam’s

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O Slam das Minas Bahia participou, no último fim de semana, do VIII Torneio de Slam’s em São Paulo, realizado no Instituto Moreira Salles. O evento fez parte do Encontro Estéticas das Periferias 2024 e foi marcado por trocas intensas, aprendizado e aquilombamento, onde o coletivo baiano se destacou e garantiu o 2° lugar na competição.

Representando com orgulho a Bahia e o Nordeste, o Slam das Minas Bahia competiu com slams de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Cada grupo trouxe ao palco sua identidade única, performances marcantes e um lirismo potente, tornando o torneio uma verdadeira celebração da poesia periférica.

“A essência do Slam é o encontro, a troca, o afeto e os amores. Se não for assim, está errado. E nós fomos Slam e vivemos o Slam”, disse o organizador do torneio e Slammaster, Emerson Alcalde.

No final, o Slam Primeiro Ato conquistou o 1° lugar, mas a vitória foi coletiva. “Vida longa ao Torneio dos Slams!” foi o sentimento que ecoou entre os participantes, refletindo a essência do encontro e celebrando a conquista como um reconhecimento merecido de todo o trabalho e dedicação. A participação no torneio não foi apenas sobre competir, mas também sobre fortalecer laços, compartilhar experiências e vivenciar intensamente a cultura slam.

Slam das Minas Bahia

Slam das Minas Bahia – Foto: Divulgação

Sobre o Slam das Minas Bahia

O Slam das Minas Bahia é um coletivo de poesia falada que tem como objetivo criar um espaço seguro e potente para mulheres e pessoas não-binárias expressarem suas vozes. Através de batalhas de poesia, o coletivo promove a arte, a cultura e a resistência feminista e periférica na Bahia.

Destaque

‘O Vila Ocupa a Cidade’ apresenta programação internacional

Ana Paula Nobre

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Espetáculo Esse Caminho Longe | Foto: Divulgação

O programa de ocupação artística do Teatro Vila Velha “O Vila Ocupa a Cidade” apresenta o projeto “O Vila Ocupa o MAB” e a exposição “Vila Velha, Por Exemplo: 60 anos de um teatro do Brasil”, em celebração o Mês da Consciência Negra. Com um painel internacional que se conecta com as matrizes étnicas brasileiras, espetáculos e atividades formativas têm como temática, fundamento e processos criativos a cultura ancestral africana. Com uma programação intensa no Museu de Arte da Bahia (MAB) e no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), o Novembro Negro do Vila se estende até o dia 8 de dezembro.

Com curadoria da diretora de projetos do Teatro Vila Velha, Cristina Castro, as residências internacionais em dança trazem de Moçambique o “Tremuria Project” – com o dançarino, coreógrafo e professor de dança contemporânea Pak Ndjamena, que propõe, por meio de pesquisa coreográfica com exercícios e ritmos focados em uma linguagem contemporânea, investigar questões importantes sobre o corpo, espaço e tempo, tensão entre controle e liberdade, sujeito e relação com a sociedade, tendo o indivíduo como foco; os encontros de trabalho aconteceram no Museu de Arte da Bahia, entre os dias 11 e 13/11.

Espetáculo Esse Caminho Longe | Foto: Divulgação

Ainda nesse ciclo formativo, de intercâmbio afrolatino e sulamericano, numa parceria inédita com o Centro de Danza y Coreografía del Valle del Cauca La Licorera, a residência “Memórias Afrodiaspóricas do Sul Global”, que ocupa o MAM, do dia 25 ao dia 29/11, das 10h às 13h. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do formulário on-line disponível na bio do instagram @teatrovilavelha

Orientada pelo coreógrafo colombiano Rafael Palácios, com a colaboração do percussionista William Camilo Perlaza Micolta, na qual propõem a união da dança com a música como uma afirmação afrodiaspórica que contraria a imaginários de erotismo e exotismo, num processo de “descolonização do corpo”, em que partem de histórias pessoais-coletivas para criar e propor interpretações de dança, combatendo assim  estereótipos e representações sociais racializadas sobre corpos-territórios-culturas negras. Uma mostra da residência será realizada no dia 30/11, às 16h.

Em mais uma edição do “Troca de Saberes”, a cantora, compositora e professora de Canto, Manuela Rodrigues, conduz o workshop intitulado “Voz que Canta, Voz que fala”, um encontro lúdico que utilizará diversos exercícios da técnica do Canto como veículo facilitador da fala. Através das melodias e textos das canções, diversos jogos e exercícios são trabalhados no intuito de melhorar a consciência e saúde no uso da voz falada. Dia 18/11, das 14h às 16h, no MAM.

Cantora e compositora Manuela Rodrigues | Foto: Sara Regis

Em novembro também tem estreia da coprodução luso-afro-brasileira “Esse Caminho Longe”, uma parceria entre a Cem Palcos e o Teatro Vila Velha. O espetáculo é uma criação imersiva, que cruza teatro, vídeo e música ao vivo, uma marca da dramaturgia dos diretores da montagem, Marcio Meirelles e Graeme Pulleyn, em que as diversas vozes, como o texto, a atuação, o vídeo e a música convergem para uma construção narrativa polifônica. Essa proposta se traduz no espaço através de uma concepção de cruzamentos, cruzamentos de poéticas, de linguagens, de culturas, de estéticas, identidades e etnias. Uma obra multicultural e intercultural que reúne três continentes: América do Sul, África e Europa.

Espetáculo Esse Caminho Longe (Teatro) / São Tomé, Brasil e Portugal

“Esse Caminho Longe” é um espetáculo imersivo que cruza teatro, vídeo e música ao vivo. O público senta-se nos quatro lados de um palco em forma de cruzamento. Duas telas de vídeo, de um lado e do outro mostram imagens de São Tomé e de Portugal. São uma das vozes que contam a história de uma mulher afastada da sua terra natal ainda em criança e da sua luta para regressar e reencontrar aquilo que perdeu, a essência do seu ser. Três atrizes, duas negras e uma branca, narram estórias, narram histórias, narram a HISTÓRIA, colocam questões, fazem perguntas, convidam o público e empatizar e apontam um caminho para um recomeço, depois de tanto e tantos séculos de escravidão real e metafórica. A relação entre atriz e público é muito próxima. A música, tocada ao vivo, é uma quarta voz, o vídeo a quinta, o conjunto um só objeto, forte, duro, apaixonado e no final ressoa uma frase: “O sofrimento passa, o que não passa é ter sofrido”. Conseguiremos, reconhecendo os erros do passado, recomeçar no presente um outro futuro?

Temporada:

O quê: Esse Caminho Longe

Onde: Museu de Arte da Bahia (Corredor da Vitória, Salvador)

Quando: 29 de novembro a 8 de dezembro (sextas e sábados, às 19h; domingos, às 17h)

Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia entrada)

Ingressos disponíveis através do Sympla (LINK) e na bilheteria do espaço.

Poeta e escritora santomense Olinda Beja | Foto: Divulgação

Olinda Beja nasceu em São Tomé e Príncipe, na cidade de Guadalupe, e migrou ainda menina para Portugal, onde iniciou seus estudos. Atualmente, divide-se entre os dois países e tem poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, mandarim, árabe e esperanto. Sua obra é estudada em teses de doutoramento realizadas por pesquisadores diversos na Alemanha, na Inglaterra, no Gabão e no Brasil.

Marcio Meirelles é fundador do grupo Avelãz e Avestruz (1976-1989), criador e diretor do Espaço Cultural A Fábrica (1982) e diretor de um dos maiores centros culturais do Brasil – o Teatro Castro Alves (1987-1991). Em 1990 criou juntamente com Chica Carelli o Bando do Teatro Olodum. Revitalizou o Teatro Vila Velha e assumiu a direção artística em 1994. Entre seus trabalhos no teatro, destacam-se: o espetáculo “Ó Pai Ó!”, com o Bando de Teatro Olodum; “Candaces – A Reconstrução do Fogo” (2003), do grupo carioca Companhia dos Comuns, que virou samba enredo do Salgueiro no carnaval de 2007.

Também co-dirigiu, com Werner Herzog, o espetáculo “Sonhos de uma Noite de Verão”, no Rio de Janeiro, para a ECO 92. Dirigiu, para o Bando, nova versão da comédia de Shakespeare premiada como melhor espetáculo pelo Prêmio Braskem, em 2006. Foi Secretário de Cultura do Estado da Bahia (2007-2010) e, em junho de 2011, assumiu novamente a direção do Teatro Vila Velha, onde criou em 2013 a Universidade Livre de Teatro Vila Velha. Em 2019, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia. Dirigiu mais de 100 espetáculos, entre realizações no Brasil, na Europa e na África. Em 2022, marca os seus 50 anos de teatro com realizações artísticas em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

Graeme Pulleyn nasceu no norte de Inglaterra em 1967. Licenciou-se em Estudos Teatrais e Artes Dramáticas pela Universidade de Warwick e mudou-se para Portugal em 1990. Co-fundou e foi diretor artístico do Teatro Regional da Serra do Montemuro entre 1990 e 2004. Vive em Viseu desde 2005, a partir de onde trabalha como encenador, ator e tradutor. É diretor artístico da CEM Palcos, uma plataforma de criação e programação artística com uma forte vocação para trabalhos nas áreas das novas dramaturgias, da exploração de espaços não convencionais e de projectos com as comunidades.

Professora Vanda Machado | Foto: Divulgação

Fala Vila: Identidade, Ancestralidade e Poesia – São Tomé e Brasil

O FalaVila é um projeto tradicional do Teatro Vila Velha. Viabiliza debates acerca de temas emergentes da cultura e, nessa edição, promove o encontro entre a escritora santomense Olinda Beja, a pesquisadora e professora universitária baiana Vanda Machado e a professora e poeta carioca Leda Maria Martins.

Produtoras de conteúdos diversos nos campos da literatura e das artes, as três convidadas irão debater sobre as contribuições e os desafios enfrentados por mulheres negras na literatura. Para isso, trazem como destaque a produção de artistas importantes para a cena, fazendo relações com suas próprias trajetórias e produções. Uma oportunidade para explorar as experiências e perspectivas dessas escritoras, promovendo um debate sobre identidade, ancestralidade, representação e o impacto da literatura na sociedade.

Vanda Machado é professora-doutora, colaboradora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), possui rica trajetória no campo da educação étnico-racial. Criou o Projeto Político Pedagógico Irê Ayó, na Escola Eugenia Anna dos Santos, no Ilê Axé Opô Afonjá, propiciando o reconhecimento da escola como Referência Nacional pelo Ministério da Educação (MEC). Realiza consultorias, palestras, conferências e apresenta trabalhos em vários estados no Brasil, e também em Bruxelas, Nigéria, Cuba, Portugal e Buenos Aires. Membro da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (RENAFRO), participou como roteirista do documentário O Cuidar nos Terreiros e Saúde.

Leda Maria Martins mora atualmente em Belo Horizonte. Professora-doutora, leciona na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi também professora convidada da New York University. Pesquisadora da cultura afrobrasileira, desenvolveu projetos de pesquisa na área, como O Palco em Negro: Estudo da dramaturgia e da escritura cênicas contemporâneas de matizes afrodescendentes; Performances do Movimento: A escritura cênico-dramática do rito no Congado; Performances do tempo espiralar; Afro-descendências: Raça e etnia na cultura brasileira; dentre outros. Publicou livros e também artigos em periódicos brasileiros e estrangeiros.

Apresentação:

O quê: FalaVila – Identidade, Ancestralidade e Poesia

Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (Avenida Contorno)

Quando: Dia 2 de dezembro (segunda-feira, às 19h)

Ingressos gratuitos

Músico santomente Filipe Santos | Foto: Divulgação

A Poesia de Olinda Beja – Recital de Olinda Beja com Filipe Santo / São Tomé

A rica cultura são-tomense é celebrada pela obra da artista Olinda Beja em apresentação que reúne música, poesia e arte. Um trabalho que se nutre do diálogo cultural e demonstra profundo respeito às artes como impulsionadoras da humanidade.

Olinda Beja é uma escritora lusófona. Nasceu em São Tomé e Príncipe, na cidade de Guadalupe, e migrou ainda menina para Portugal, onde iniciou seus estudos. Atualmente, divide-se entre os dois países e tem poemas e contos traduzidos para espanhol, francês, inglês, mandarim, árabe e esperanto.

Olinda Beja tem trabalhos publicados na Alemanha (Universidade de Frankfurt e Universidade de Berlim) sobre a língua materna de S. Tomé, bem como poemas dispersos em revistas nacionais e estrangeiras, em livros didáticos dos Ministérios Português e Francês da Educação e em diversas Antologias.

As suas obras têm servido a teses de doutoramento a professores como Luciano Caetano da Rosa (Alemanha); Sandra Campos (Inglaterra); Annie Mendzy Anda (Libreville-Gabão); Amarino Queiroz (Brasil), Zuleide Duarte (Brasil) entre muitos outros. É membro da UNEAS (União Nacional de Escritores e Artistas de S. Tomé e Príncipe).

Filipe Santo nasceu em Madalena, na ilha de São Tomé. Suas canções retratam temas de suas tradições e do cotidiano do povo de São Tomé e Príncipe. Músico acompanhante da poeta Olinda Beja, lançou o seu primeiro álbum-solo, Musa, em 2002. Em 2015, lança o segundo álbum, Lagaia, que contou com a participação de vários nomes da música africana e lhe tornou vencedor da segunda edição do STP Music Awards (2016).

Apresentação:

O quê: Sarau Falavila com Olinda Beja

Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (Avenida Contorno)

Quando: Dia 3 de dezembro (terça-feira, às 19h)

Ingressos gratuitos

Coreógrafo colombiano e diretor da Sankofa Danza, Rafael Palácios | Foto: Divulgação

Encontro Musical Luso-Afro-Brasileiro / São Tomé, Brasil e Portugal

Com músicos de Portugal, São Tomé e Brasil, o encontro marcado para o Museu de Arte Moderna na Bahia (MAM) traz nomes como João Milet Meirelles, Gonçalo Alegre, Vanessa Faray, Ramon Gonçalves e Filipe Santo, dentre outros.

O programa centra foco em interações artísticas entre as diversas culturas, na procura por elementos fundantes que passam a ser compartilhados em sessões que o improviso propicia momentos especiais de musicalidade. Nesse espírito, são apresentadas revisões sonoras de músicas e ritmos típicos de cada país, em uma celebração da ancestralidade e da diversidade.

João Milet Meirelles, baiano, é compositor, produtor musical, live electronics performer e fotógrafo. Dedica-se à pesquisa do som e imagem com uma atenção especial para as texturas e timbres e suas relações temporais. Desde 2012 toca e produz live electronics no BaianaSystem, banda formada em 2009 e que construiu uma forte presença no novo cenário da música brasileira. Participou de projetos com a banda Beto Júnior e LARGO, plataforma de encontros de música expandida. Lançou o livro fotográfico Bença e Sobre os Pés de Quem Anda, livro objeto produzido e lançado por DUNA editora.

Ícaro Sá – músico Percussionista, nascido e criado no Pelourinho – Salvador, Ícaro Sá iniciou sua carreira aos 15 anos. Integrou a Orchestra Sudaka, de Ramiro Musotto. Por 11 anos foi percussionista da Orkestra Rumpilezz. Atualmente, faz parte do grupo Baiana System, tendo feito 2 turnês nos EUA e diversos shows pelo Brasil, e gravou quatro discos da banda, EP Pirata, Duas Cidades, O Futuro Não Demora e OXEAXEEXU assinando os arranjos percussivos e concepção rítmicas dos discos, logrando o Grammy Latino de 2019. Acompanhou diversos artistas e bandas, tais como: Arto Lindsay, Lucas Santana, Lazzo Matumbi, Márcia Castro, Larissa Luz, Mariana Aydar, Baby do Brasil, Josyara entre outros.

Gonçalo Alegre é natural de Mangualde, cidade localizada na região central de Portugal. Ainda adolescente, iniciou os estudos no baixo elétrico e depois no contrabaixo, na variante de Jazz. A Escola de Jazz do Porto e alguns professores particulares foram guias para que Gonçalo mergulhasse nessa linguagem sonora. Em 2014 concluiu o curso de Licenciatura de Instrumento – Contrabaixo – Variante Clássica e, em sequência, passa a estudar sobre processos de captação, gravação e produção musical.

Cantora santomense Vanessa Faray | Foto: Divulgação

Vanessa Faray é uma ativista, feminista, cantora, rapper e atriz santomense que, através de seu trabalho, busca dar voz aos jovens de seu país. Suas composições tratam da realidade vivida por sua geração, mas também abrem espaço para a reflexão poética, constituindo-se em poderosa ferramenta de emancipação e também de fruição artística.

Ramon Gonçalves atua como artista multimídia desde 2012, dividindo sua pesquisa entre artes visuais, música, literatura e audiovisual. Como artista visual, participou em diversas exposições coletivas em Salvador (em espaços como Goethe Institut, Teatro Vila Velha, Cinema da Ufba, Teatro Gamboa Nova e Galeria Cañizares), e Ciudad de México (Centro Médico Nacional, MX). Em 2015 e 2018 participou do programa Flotar Residências Artísticas (Ciudad de México, MX e Rio de Janeiro, RJ respectivamente) – a convite do Harmonipan Studio (MX) – projetos contemplados pelos editais Conexão Cultura Brasil – Intercâmbios (2014) e Mobilidade Artística (2018).

Em 2018 começou a desenvolver música para teatro, tendo co-dirigido musicalmente espetáculos da companhia teatro dos novos. Desenvolve AURATA desde 2014, projeto multimídia que tem como base a música minimalista, dialogando com dispositivos eletrônicos, o experimentalismo e as possibilidades de criação lo-fi; conta com onze registros lançados, entre eps e álbuns. O oitavo registro, Satori (2018), foi distribuído internacionalmente pelo selo Whirling Wolf Recordings (Amsterdam, NE) e ganhou uma exposição sobre seu processo durante a 13a edição do Vivadança Festival Internacional. Esteve em duas turnês nacionais em 2017 (centro oeste brasileiro) e 2018 (sul/sudeste), junto à NHL Produções (BA).

Filipe Santo nasceu em Madalena, na ilha de São Tomé. Suas canções retratam temas de suas tradições e do cotidiano do povo de São Tomé e Príncipe. Músico acompanhante da poeta Olinda Beja, lançou o seu primeiro álbum-solo, Musa, em 2002. Em 2015, lança o segundo álbum, Lagaia, que contou com a participação de vários nomes da música africana e lhe tornou vencedor da segunda edição do STP Music Awards (2016).

Apresentação:

O quê: Encontro Musical luso-afro-brasileiro

Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia (Avenida Contorno)

Quando: Dia 4 de dezembro (quarta-feira, às 19h)

Ingressos gratuitos

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Destaque

Festival Ubaque reúne ÀTTØØXXÁ, Vandal e DJS em Salvador

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

A estreia do Festival Ubaque promete movimentar o Jardim dos Namorados neste final de semana. Com shows gratuitos — sujeito à lotação — começando a partir das 15h deste sábado (30) e domingo (1º), o festival reúne um line-up formado por ÀTTØØXXÁ, Nêssa, DJ Pureza, Felipe Barros, Migga, Cabuloso Trio, DJ Felipe Poeta, Vandal, Letícia, Gibi, DJ Creator Beats e Dja Luz. A realização é da Join Entretenimento e Tha House Co, com apoio da Papo Comunicação e Ventura Cenografia. O patrocínio é da Prefeitura Municipal de Salvador. Devassa é a cerveja oficial, valorizando a cultura nordestina e unindo a paixão pela música com a tradição que nos move.

No primeiro dia, se apresentam Vandal, Felipe Barros + Dja Luz, a batalha de DJs Creator Beat + Telefunksoul, Nêssa e Letícia. No domingo, as atrações são ÀTTOOXXÁ, Cabuloso Trio, Migga, os DJS Felipe Poeta + Pureza e Gibi. Todo o conteúdo dos shows será gravado e disponibilizado nas plataformas audiovisuais, tornando-se mais um material de divulgação do trabalho desses artistas. Além do Festival, o Ubaque já proporcionou aos artistas do selo a participação em ações como o Palco Rua do Festival de Verão 2024 e um trio elétrico no Carnaval de Salvador deste ano — o Trio Ubaque.

A iniciativa reforça a proposta do Ubaque Conteúdo Musical: produzir, organizar e difundir conteúdos de novos artistas que movimentam a agenda musical de Salvador durante todo o ano, através da gravação de audiovisuais em pontos estratégicos da cidade. O projeto reúne a Join Entretenimento (dos empresários idealizadores do Ubaque, Camila Rebouças e Fábio Almeida), a Virgin Music — braço da Universal Music no lançamento de artistas da nova geração da música brasileira — e a Tha House Co, selo de música urbana.

As atrações

A partir de experimentalismos, o ÀTTØØXXÁ apresenta uma revolução musical, integrando o pagode a sons periféricos de várias partes do mundo e ao que há de mais contemporâneo na produção do Bass Culture mundial, com uma estética atual, transcendental e afrofuturista, distante de clichês. O resultado do trabalho se revela nos milhões de streams nas plataformas, diversos prêmios, indicação ao Grammy Latino, indicação ao melhor show nacional no Guia Folha 2018 e hits gravados em parceria com artistas como Major Lazer, Ludmilla, Thiaguinho, Carlinhos Brown, Luedji Luna, Mulú, Psirico, Parangolé e Heavy Baile.

Nêssa é cantora, compositora e ilustradora. Dona de hits como “Aquele Swing”, música que faz parte da Trilha sonora do filme “Ó PAÍ, Ó 2” e com mais de 2 milhões de execuções só no Spotify, ela é a representação mais genuína da música popular contemporânea da Bahia, esbanjando talento e potência em cada faixa lançada, cada feat, cada show. No Carnaval de Salvador cantou com Léo Santana, Psirico, Iza, Carlinhos Brown, dividiu um trio com Pabllo Vittar.

Vandal é um rapper baiano que acumula números expressivos em suas músicas. No Spotify, o artista ultrapassa os 4 milhões de plays em seus lançamentos populares na plataforma. O artista já colaborou com nomes como Baiana System, Melly, Hiran, Giovani Cidreira, além de ser um dos artistas que integra o disco “Sabotage 50”, em homenagem a um dos maiores rappers brasileiros, Sabotage.

Recuperando velhos clássicos, unindo-os a novas melodias, DJ Pureza encanta o público com hits esquecidos, mixando e remixando com as novas tendências musicais. Seu trabalho permeia a Música Negra Periférica, passeando por estilos como Samba, Afrobeats, Dancehall e Dembow adicionando células rítmicas de Afrohouse, Funk Favela, Trap e Pagodão.

Felipe Poeta é cantor, compositor, produtor musical, DJ e beatmaker. Desde sua infância, sempre teve interesse na música. É autodidata em instrumentos como guitarra, baixo, violino, piano, teclado e sintetizador — um dos instrumentos preferidos dos DJs e amantes de música eletrônica. Produziu a trilha sonora da segunda temporada de “Arcanjo Renegado”, série disponível na Globoplay e rede Globo, com a mesma track usada para o trailer e vencedora do prêmio no New York Festivals como melhor edição. No último ano se apresentou em em grandes festivais, como o Tomorrowland, The Town, Salve o Sul, além do Camarote Salvador.

Letícia cresceu ouvindo músicos como Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. Hoje também se inspira em sons como o da Baiana System e Gilsons. Mergulhando em obras de diferentes gerações, ela traz essa linguagem em sua musicalidade e espera que suas composições conquistem tanto a sua geração, quanto a geração que a inspirou. Ela também é artista gravada no Ubaque, com canções como “Nova Era”.

Felipe Barros é cantor, compositor e violonista, e foi logo na infância que teve o seu primeiro contato com a música, quando ganhou um violão de sua avó. Começou a carreira profissional em 2016 tocando em bares, casas de show e eventos corporativos apresentando suas composições e roupagens de canções clássicas da Música Popular Brasileira. Como compositor, já possui mais de 300 canções catalogadas e 12 singles gravados por ele e outros artistas.

Músico da banda Filhos da Bahia e em turnê com a cantora Marina Sena, Migga tem um repertório autoral focado no reggae e parcerias estabelecidas com artistas como Pugah, Rafa Chagas, Gibi, Tainã Troccoli, atataBatata. Com Carlinhos Brown, seu pai, gravou a versão de E.C.T. para a terceira edição do disco “Cássia Reggae”, que apresenta versões das músicas consagradas na voz de Cássia Eller em arranjos do ritmo.

Do repertório autoral, Migga deve apresentar canções como “Códigos, Mistérios e Auês” e “Pedra Salgada”.Ir a fundo a cada som, sem medo da inovação nem da mistura. O DJ e produtor musical Telefunksoul tem mais de 20 anos dedicados à atividade e tem levado seu trabalho a diversos lugares, graças à pesquisa incansável e à produção musical. Ele é o criador e precursor do Bahia Bass (gênero musical eletrônico que tem como principal característica a mistura do bass music mundial com o repertório cultural e musical da Bahia).

Dja Luz é baiano, cantor, compositor, multi-instrumentista e faz parte de uma geração de músicos que busca se apropriar de sua cultura e estabelecer a ligação com a música contemporânea mundial em suas letras e fusões rítmicas. Utilizando a percussão em suas composições e apresentações, ele reforça sua origem e inspirações na música africana. Teve suas canções gravadas por grandes artistas baianos e nacionais, a exemplo de Natiruts, Lazzo Matumbi, Adão Negro, Filhos de Jorge e Margareth Menezes.

Unindo um time que conta com nomes de referência da cena musical na Bahia e no país, o cantor e compositor Gibi segue lançando faixas pelo Ubaque Conteúdo Musical. “Mudar de Vida” é uma canção autoral que, no lançamento especial, ganha produção assinada pelo músico Jaguar Andrade, o produtor musical e beat maker Monog e o produtor e DJ Felipe Poeta.

Gibi explora sonoridades características do R&B, trap e pagotrap, neste que é o segundo lançamento dele pelo projeto — “Olha Você” foi a faixa que marcou a estreia no Ubaque. Aos 26 anos, o cantor e compositor vem agitando a cena musical de Salvador com suas músicas e sua voz marcante. Ele conquista os fãs com uma sonoridade moderna e envolvente, batidas inovadoras e letras que refletem a sua vivência.

Do bairro do Cabula, os três amigos Paulo Nascimento (voz e baixo), Ricardo Correia (voz e bateria) e Jackson Almeida (voz e guitarra) formam o Cabuloso Trio. Além de apresentarem suas versões para canções da música brasileira, os três levam em seu repertório músicas autorais, como as presentes no EP “De Onde Venho”.

Com uma fusão única de hip hop, afrobeat e ritmos brasileiros, Creator Beats celebra sua ancestralidade e a riqueza cultural baiana. Seu trabalho como beatmaker, DJ e produtor musical é marcado por uma paixão inabalável pela arte, inovação e representatividade. Com 18 anos de experiência na cultura hip hop, ele é uma força criativa na cena musical. Como bboy e produtor de eventos, contribuiu significativamente para o movimento hip hop.

Serviço

O quê: Festival Ubaque

Quando: 30 de novembro e 1º de dezembro (sábado e domingo)

Horário: 15h

Onde: Arena Jardim dos Namorados

Entrada gratuita

 

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AfroEmpreendedorismo

Projeto Encontros Negros retorna com debates sobre identidade negra

Ana Paula Nobre

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A nova edição do Encontros Negros, projeto que visa fortalecer a identidade e a conscientização racial da população negra, destacando narrativas positivas e emancipadoras, acontece nesta quinta-feira (28) na Casa do Benin, no Pelourinho. Com o tema “Por que lutamos?”, o evento aborda o compromisso e as lutas da comunidade negra em diversas áreas como política, educação, comunicação, ciência e tecnologia, promovendo diálogos enriquecedores sobre o protagonismo e o empoderamento afro-brasileiro. As inscrições serão feitas no Sympla pelo link.

Com o tema “Comunicação e Representatividade: A Voz da Comunidade Negra na Mídia”, participam Nina Santos e Igor DSN, às 14h30. Para encerrar a programação, às 16h30, será realizada a mesa “Literatura Negra: Vozes, Narrativas e Resistência”, com a participação de Elisa Lucinda e Quito Ribeiro. O evento surgiu de uma inquietação: promover o resgate da memória e da cultura afro-brasileira como caminho para a emancipação identitária.

“Queremos mostrar a nossa diversidade e o nosso olhar plural, porque ainda somos uma presença rara em muitos espaços importantes. Este tema questiona, por que lutamos, quando as estatísticas mostram que ainda estamos sub-representados nos espaços de poder e visibilidade,” afirma Mirtes Santa Rosa, uma das diretoras do projeto.

Segundo levantamento da ONG República.org, apenas 14,58% dos cargos mais elevados na administração pública são ocupados por pretos e pardos. Esses números se repetem nas estatísticas das lideranças em empresas e nas instituições acadêmicas: apenas 10,3% das lideranças em agências de publicidade e menos de 3% das mulheres negras têm acesso a cargos de ensino e pesquisa.

“A cultura é uma ferramenta poderosa de transformação, e este projeto cria um espaço onde a inovação e a tradição se encontram, dando força às novas gerações e incentivando a ocupação desses espaços que historicamente nos foram negados”, afirma Camilla França, diretora do Encontros Negros.

O Projeto Encontros Negros é realizado pela Umbu Comunicação & Cultura, com o apoio da Casa do Benin através da Fundação Gregório de Matos e Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, apoio de mídia da Imagem Digital OOH, Rádio Nova Brasil e patrocínio do Governo do Estado da Bahia por meio da Embasa.

Serviço

O quê: Encontros Negros

Quando: Dia 28 de novembro (quinta-feira)

Onde: Casa do Benin, no Pelourinho

Mesa: Comunicação e Representatividade: A Voz da Comunidade Negra na Mídia

Horário: 14h30

Convidados: Nina Santos e Igor DSN

Mediação: Luciana Neves

Mesa: Literatura Negra: Vozes, Narrativas e Resistência

Horário: 16h30

Convidados: Elisa Lucinda e Quito Ribeiro

Mediação: Tom Correia

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