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Artes

Festival Quabales da Primavera celebra arte do Nordeste de Amaralina

Ana Paula Nobre

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Quabales
Foto: Rafael Paixão

A primeira edição do Festival Quabales da Primavera ocorre neste sábado (7), no Nordeste de Amaralina, levando música, arte, cultura e gastronomia. O evento gratuito tem direção do multi-instrumentista baiano Marivaldo dos Santos e da produtora Fernanda Mello, idealizadores do projeto social Quabales, da Quabales Banda e do Selo Favellê. Shows, artesanato, stand-up comedy e Espaço Kids acontecem na Rua Aurelino Silva, 385, entre 15h e 22h. A festa integra a programação do Festival da Primavera e o projeto é uma realização do Favellê Produções e do Quabales.

Capitaneando o festival, a Quabales Banda, que já subiu em palcos de festivais como Rock in Rio, Festival de Verão de Salvador e AFROPUNK, se apresenta no local, com canções como “Sensação de Perigo” e “Balacobaco Up and down” – essa gravada em parceria com Preta Gil e Daniela Mercury. O Baile Favellê também é atração no dia. Trata-se de um encontro dos artistas que fazem parte do selo Favellê, projeto de Marivaldo dos Santos e Fernanda Mello com foco no lançamento de cantores das periferias de Salvador, e que retoma a temporada de lançamentos a partir do dia 13 de setembro. Diversas participações especiais também fazem parte da programação, com artistas como Makonnen Tafari, Raça Pura – Denny Palma & Pinho Palma, Sagatemici, Mr. Armeng, Samba Fervura, Samba Prime. Outros nomes também farão participações.

Foto: Amanda Tropicana

Além da mistura de gêneros como samba, pagode e partido alto, hip hop, trap e pagotrap, outras atrações integram o festival, que tem como objetivo central movimentar a economia circular no Nordeste de Amaralina, apostando em artistas das periferias e nos empreendedores do bairro. Apresentação de stand-up comedy e uma feira com opções de gastronomia e artesanato regional também estarão no local, além de um espaço Kids para as crianças. O festival terá também uma projeção fotográfica contando a história da rua que sediará o evento (Aurelino Silva, nome em homenagem ao avô de um dos integrantes do Quabales, que dirigia um trator e foi um dos responsáveis por abrir a rua que hoje leva seu nome).

“É um festival múltiplo. Agregamos vários artistas, principalmente das comunidades, e juntamos várias vertentes musicais. O artesanato e artes plásticas dos artistas do bairro, bem como a gastronomia local, também estarão presentes, fortalecendo a economia local dos produtores da própria comunidade. A grande ideia é potencializar a cultura e a economia do Nordeste de Amaralina”, explica Marivaldo.

“O objetivo é fomentar a arte e a cultura no bairro, assim como os empreendedores locais, ampliando as oportunidades para os pequenos negócios da economia circular e o turismo local, garantindo acesso e inclusão cultural, integração de comunidades e valorização de talentos locais e acesso à atividades culturais de qualidade. A ideia que esse festival propõe é agregar todas essas vertentes. A gente tem no Nordeste de Amaralina e nas periferias uma riqueza de talentos e ideias e empreendedores muito forte. A questão é cada um ter acesso à oportunidade de mostrar seu trabalho e o que de melhor sabe fazer”, completa Fernanda Mello.

SERVIÇO
Festival Quabales da Primavera
Quando: 07 de setembro (sábado), às 15h
Onde: Rua Aurelino Silva, 385, Nordeste de Amaralina
Quanto: Grátis

Artes

ÌYÁ’S – Festival de Arte de Mulheres Negras tem programação gratuita

Iasmim Moreira

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ÌYÁ’S

Entre os dias 18 e 26 de julho, Salvador recebe a 5ª edição do ÌYÁ’S – Festival de Arte de Mulheres Negras. Com 20 atrações artísticas e 14 atividades formativas, o evento ocupa cinco espaços da capital baiana, como o Teatro Gregório de Mattos, o Espaço Cultural da Barroquinha e escolas públicas, reunindo espetáculos, shows, oficinas, mesas temáticas e ações educativas que exaltam a produção artística e intelectual de mulheres negras.

Com o tema “O alçar voo do ventre de quem sabe que veio dos caminhos matricêntricos”, o festival reafirma sua proposta como território de resistência, imaginação e liberdade. Os ingressos para espetáculos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à venda pelo Sympla. Já as oficinas, bate-papos e outras atividades culturais são gratuitas.

Criado por artistas baianas e realizado em julho — mês em que se celebram o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia da Mulher Africana —, o ÌYÁ’S amplia em 2024 o seu alcance, dialogando diretamente com a educação básica. Serão oferecidas 10 oficinas gratuitas em escolas públicas de bairros como Itapuã, Cajazeiras, Nazaré, Ribeira e Cabula, conduzidas pelas artistas dos espetáculos da programação. A proposta é promover uma mediação cultural que incentive a comunidade escolar a frequentar os espetáculos, levando arte e conhecimento para dentro e fora dos palcos.

“Celebramos a criatividade e a força produtiva desses ventres que reverberam e se unem na construção desse festival. A programação é múltipla, diversa, assim como é o fazer de toda artista negra”, destaca Juliana Monique, atriz e produtora executiva do ÌYÁ’S.

A edição reúne 10 espetáculos de artes cênicas, sendo sete de Salvador e três de outras localidades: Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão. O interior da Bahia também está presente, especialmente nas atrações musicais. As apresentações abordam temas como ancestralidade, feminismo negro, identidade, espiritualidade, memória, violência de gênero e afeto.

Além disso, mesas temáticas com atrizes-criadoras e pesquisadoras negras aprofundam debates sobre insurgência feminina negra, arte de guerrilha e poéticas de mulheres negras.

🎭 Destaques da Programação Artística

  • Monocontos – Elas fantasiam o tempo (Coletivo Meio Tempo): histórias de figuras como Rainha Nzinga e Tereza de Benguela

  • Mulheres do Lar – Mortes Anunciadas (Lucimélia Romão): poética sobre violência doméstica e feminicídio

  • Carta à Mãe (Milena Pitombo): segredos e afetos entre mãe e filha

  • O Leque de Oxum (Cia Robson Correia): coreografia sobre a força da orixá Oxum

  • Orúkọ (Hilda Maretta – RJ): memória negra e ancestralidade

  • Mukunã – Do fio à raiz (Vika Mennezes): cabelo crespo como símbolo político

  • Golpes no Ventre (Jane Santa Cruz): heranças de dor e força de uma linhagem feminina

  • ABAYOMI (Rebeca Carneiro – MA): dança e espiritualidade entre negritude e indígena

  • Amarelo Ouro Mi Maió (Cia da Mata): dança poética sobre ser mulher negra

  • Eu, Atlântica (Aline Oliveira): memória e legado da historiadora Beatriz Nascimento

Encerramento com feira e shows

No dia 26 de julho, o evento se despede com uma grande celebração no Pátio do Terreiro de Jesus (Iyá Nassô), com feira criativa, lançamento de livros e shows gratuitos com Priscila Sales e Renata Lima, além de apresentações como Coral Vozes de Mainha e Dança Mulher.

SERVIÇO

Evento: ÌYÁ’S – Festival de Arte de Mulheres Negras – 5ª edição
Quando: De 18 a 26 de julho
Onde: Teatro Gregório de Mattos, Espaço Cultural da Barroquinha, Espaço Xisto Bahia, Café-Teatro Nilda Spencer e escolas públicas estaduais de Salvador
Quanto:

  • Espetáculos e shows: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia) – à venda no Sympla

  • Oficinas, mesas temáticas e demais atividades: Gratuito
    Instagram: @festivaliyas

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Artes

Coletivo Nosso Kilombo leva Sambas, Artesanias e Resistências culturais para Itapuã

Jamile Menezes

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Coletivo Nosso Kilombo

De julho a dezembro, as ruas do bairro de Itapuã serão tomadas pelo projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” do Coletivo Nosso Kilombo, movimento surgido em 2018 na Festa de São Tomé, umas das festas mais tradicionais do bairro. O projeto terá diversas ações culturais de rua, como samba de roda, rodas de fuxicos, conversas intergeracionais com mestres griôs da comunidade, caminhada no Abaeté e cortejo artístico.

O intuito é retomar, preservar e ressignificar as tradições culturais típicas do bairro de Itapuã, o espírito de insurgência da comunidade negra e indígena na localidade. Trazendo a memória de resistências históricas do bairro, como por exemplo o Quilombo Buraco do Tatu, o projeto convoca a comunidade a olhar para seu território com senso de pertencimento. Além de fortalecer a presença dos ditos “sambas de boi”, como os bois Bumbapuã e Boca de Ouro, construídos a muitas mãos por mobilizadores culturais de outras gerações, e que hoje são “maternados” pelo Coletivo Nosso Kilombo.

“Para além de tocar consciências e corações através do toque dos tambores, cantos orgânicos e curativos, da dança raiz, cores e brilhos; de toda esta ritualística, o Coletivo quer ver tudo isto em manifestação constante,como necessidade vital, com honra, comprometimento e coração, demonstrando, assim, o poder do sentimento de pertencimento de um lugar e sua cultura”, diz Verônica Mucúna, artivista cultural, agitadora social e uma das fundadoras do Nosso Kilombo.

Ações culturais

O projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” começa em julho, quando serão realizadas as “Rodas de Fuxicaria – Conspirar para construir”, nos dias 11, 18 e 25, na Praça da Rua da Literatura. Os encontros serão para confecção artesanal de fuxicos, com presença de mestres griôs da comunidade, reunindo moradores de Itapuã de diversas idades e estudantes de escola pública. As Rodas terão as participações ancestrais da Mestra Anamaria das Virgens (RevisÁfrica / Nosso Kilombo), Mestre Ulysses dos Santos (Afoxé Korinagô / Nosso Kilombo) e Mestra Damiana do Pandeiro (Roda de Samba das Mulheres de Itapuã). No último dia (25), encerrando a primeira etapa do projeto, haverá o Samba do Fuxico, com Nosso Kilombo.

Já no mês de agosto, dia 29, a ação será o “Arroz de Graças – Partilhar para Reunir”, um movimento tradicional que visa a distribuição de arroz doce com samba de roda na Praça da Igreja Católica do bairro de Itapuã. O arroz será distribuído para cerca de 200 pessoas.

Em setembro, no dia 22, será o momento da “Caminhada Patrimonial – Caminhar para Convocar”, reunindo estudantes de escolas públicas de Itapuã, focando na preservação do meio ambiente e patrimônio cultural da região. A caminhada chama atenção para o progresso de projetos de urbanização que ameaçam a área, traz à tona campanhas de conscientização sobre a importância da Lagoa do Abaeté e a defesa do patrimônio histórico e cultural do local.

Finalizando o projeto, em dezembro será realizado o “Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir”, ação artística que vai percorrer a ruas do bairro de Itapuã, partindo da praça da Igreja (Praça Dorival Caymmi) em direção ao Cruzeiro de Piatã, integrando a Festa de São Tomé e celebrando os 07 anos do Coletivo Nosso Kilombo.

O projeto “LEVANTA POVO! Sambas, Artesanias e Resistências” foi contemplado pelo edital Territórios Criativos – Ano II com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo ,Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.

Mestra Anamaria das Virgens /Foto Pio Filho

Sobre Mestras e Mestre 

Mestra Anamaria das Virgens é uma das fundadoras do grupo cultural as Ganhadeiras de Itapuã, é cantora, compositora, artesã, educadora e foi ganhadeira e lavadeira nas margens do Abaeté. É mestra orientadora do Coletivo Nosso Kilombo e rainha coroada por ele com mais de 50 anos dedicados à atividade cultural no território.

Mestra Damiana do Pandeiro/Foto Fabíola Campos

Mestre Ulysses dos Santos é uma das principais lideranças de Itapuã, mobilizador cultural e presidente do Afoxé Korin Nagô. Foi diretor de bateria por mais de 10 anos de blocos afros como Malê Debalê, Filhos de Gandhy e ganhador da Medalha Zumbi dos Palmares.

Mestra Damiana do Pandeiro é compositora, percussionista, madrinha da Roda de Samba de Mulheres, Baiana de Acarajé e Ganhadeira de Itapuã.

Mestre Ulysses dos Santos/Foto Pio Filho

Sobre o Coletivo Nosso Kilombo

O Coletivo Nosso Kilombo tem iniciativas de preservação e ressignificação das tradições culturais do território de Itapuã. Vem realizando, desde 2018, intervenções com objetivo de valorização da brincadeira de rua e das tradições afroindígenas presentes na culinária e nos sambas juninos do território, fomentando o pertencimento comunitário entre os moradores. suas ações contribuem para a patrimonialização da cultura em todas as suas expressões, como forma de barrar as recorrentes investidas da especulação imobiliária e de práticas do racismo religioso na localidade. Construiu, junto com Mestre Ulysses, o boi Boca de Ouro, um dos tradicionais bois da Festa de São Tomé, representando o legado ancestral como forma de manter vivo os sambas de boi, samba duro e samba de roda da localidade, que tem se tornado cada vez mais escasso na cultura de Itapuã.

PROGRAMAÇÃO

JULHO – Praça da Rua da Literatura – Itapuã

Roda de Fuxicaria com Mestra Anamaria das Virgens (RevisÁfrica / Nosso Kilombo)

Data: 11/07, das 14h às 17h

Roda de Fuxicaria com Mestre Ulysses dos Santos (Afoxé Korinagô / Nosso Kilombo)

Data: 18/07, das 14h às 17h

Roda de Fuxicaria com Mestra Damiana do Pandeiro (Roda de Samba das Mulheres de Itapuã) e Samba do Fuxico com Nosso Kilombo

Data: 25/07, das 15h às 20h

AGOSTO – Praça da Igreja Católica – Itapuã

 Arroz de Graças – Partilhar para Reunir: distribuição de arroz doce com samba de roda

Data: 29/08, 18h

SETEMBRO – Concentração no Busto de Mãe Gilda – Parque Metropolitano do Abaeté.  Caminhada Patrimonial – Caminhar para Convocar

Data: 22/09, 13h às 16h

DEZEMBRO – Concentração às 17h na Praça da Igreja Católica. Cortejo em direção ao Cruzeiro de São Tomé em Piatã

Cortejo Levanta Povo – Celebrar para Insurgir: Cortejo de aniversário do Nosso Kilombo e  celebração da Festa de São Tomé (uma das mais antigas de Itapuã).

Data: 20/12, a partir das 17h

Foto: Fabíola Campos

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Artes

Oficina de processos criativos com Goya Lopes abre inscrições no MAM

Iasmim Moreira

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Goya

Estão abertas até a próxima quarta-feira (2) as inscrições para a Oficina de Processos Criativos, ministrada pela artista visual Goya Lopes, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). A atividade integra o projeto “Cutucar o MAM – 45 anos de Oficinas Criativas”, realizado pela VIA Press Comunicação em parceria com o museu, que celebra as oficinas promovidas pelo MAM ao longo dos seus 45 anos.

A oficina, com 30 vagas gratuitas, é voltada preferencialmente para pessoas que já trabalham com xilogravura e acontece aos sábados, nos dias 5, 12 e 19 de julho, das 13h30 às 17h30, no Galpão das Oficinas do MAM, localizado no Solar do Unhão. Os participantes serão convidados a explorar processos artísticos que envolvem desenho, criação de padrões, memória cultural e impressão manual.

Antes do início da oficina, no dia 4 de julho, das 15h às 17h, será realizada uma roda de conversa aberta ao público com Goya Lopes, na Galeria 3 do MAM, sem necessidade de inscrição prévia. Todas as atividades terão intérpretes de Libras para garantir acessibilidade.

As xilogravuras produzidas durante a oficina serão impressas e costuradas em um painel entre os dias 21 e 26 de julho. Este painel integrará a exposição “Okòtò: Espiral da Evolução”, de Goya Lopes, que está em cartaz no MAM com visitação gratuita.

O projeto “Cutucar o MAM” foi contemplado pelo edital da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura (SecultBA), vinculada ao Ministério da Cultura.

Sobre Goya Lopes
Designer têxtil, empresária e artista plástica, Goya Lopes é referência nacional no design inspirado nas culturas africana e afro-brasileira. Formada em Belas Artes pela UFBA e com especializações na Itália, a artista é conhecida pelas xilogravuras impressas em tecido e pela criação da marca Didara, que utiliza a estamparia para contar histórias da relação entre Brasil e África.

Serviço

  • Roda de Conversa: 4 de julho, 15h às 17h, Galeria 3 do MAM – entrada gratuita

  • Oficina de Processos Criativos: 5, 12 e 19 de julho, 13h30 às 17h30, Galpão das Oficinas do MAM – 30 vagas gratuitas

  • Inscrições: nos perfis do Instagram @bahiamam e @cutucaromam

Foto: Renan Benedito

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