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Artes

Boca de Brasa certifica turmas do Polo Criativo Malê na Sede do Bloco Malê

Ana Paula Nobre

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Boca de Brasa
Foto: Divulgação

O evento de certificação da Escola Criativa Boca de Brasa (ECBB), Polo Malê, acontece na próxima terça-feira, dia 10 de setembro, no Malê, com realização da ICEAFRO, em parceria com a Fundação Gregório de Mattos, da Secretaria Municipal de Cultura de Salvador e SEMDEC. O Palco Aberto Boca de Brasa é um evento aberto ao público, destinado a apresentações culturais com livre participação de artistas e grupos da comunidade, e também para compartilhamento dos produtos das oficinas realizadas entre abril e agosto, nos cursos de dança afro, música percussiva, sonorização, figurinos e turismo cultural.

Marcado para iniciar às 17h, o Palco Aberto vai contar com apresentações culturais produzidas nas oficinas, a exemplo da Encenação Coreográfica de Dança Afro intitulada IPÁ ONÃ OMÍ, criada pelos professores e corégrafos Agnaldo Fonsêca e Renê Oliveira; apresentação do Grupo de Dança Malê Transição com participação de Dandara Toalejí e um casal de dançantes com os figurinos e adereços criados nas Oficinas da Escola Criativa para o Rei e Rainha do Malê para o Carnaval de 2025.

O cantor e compositor, Bêça, Itapuanzeiro, aborda temas atuais, utilizando linguagem cultural, simples e lúdica. Entre suas composições, “Azulzinho” trata do perigoso “modismo” que é o uso de estimulantes sem prévia orientação médica e “Tô Solteiro na Pista” mostra, além da auto estima e confiança de um solteiro convicto, sua luta contra a solitude.

Duda Maria, cantora e compositora, vai apresentar a canção “Príncipe Negro”, de sua autoria, e também “Bailes da vida”, de Milton Nascimento, em uma performance de voz e percussão. Jezebel e Adriano Bugalho farão número cênico musical da canção “Incompatibilidade de Gênios”, de João Bosco e Aldir Blanc, para discutir a relação. A palhaça Narizinho entra em cena com uma paródia, trazendo à tona reclamações femininas bem oportunas na contemporaneidade.

Boca de Brasa

Foto: Divulgação

A Escola Criativa Boca de Brasa tem o objetivo de fomentar a cultura e a cidadania, potencializando a criatividade na cidade. As turmas foram compostas por jovens e adultos envolvidos nos campos da cultura e/ou da economia criativa, com acesso a metodologias de educação criativa, diferentes professores e linguagens. O programa incluiu ainda módulos básicos em identidade e mídias sociais, além de atividades complementares, como visitas técnicas e recreativas à bens culturais.

Em 2023, o ICEAFRO também executou o projeto dos Pólos Criativos Boca de Brasa no território de Valéria, e neste ano, a OSC atuou em dois territórios, o Polo Barra-Pituba, com aulas no Centro Cultural Mãe Carmen do Gantois, e Polo Itapuã, com atividades na sede do Malê Debalê. O Palco Aberto e a  certificação do Polo Itapuã estão marcados para o dia 12 de setembro na sede do Malê.

Fundado sob três princípios da existência negra na Diáspora — Ancestralidade, Identidade e Resistência — o ICEAFRO tem uma trajetória de 30 anos de promoção da equidade racial e de gênero por meio de ações de educação, cultura e profissionalização direcionadas às comunidades. Com metodologias afrorreferenciadas nos territórios, o Instituto traz no currículo um conjunto de iniciativas que marcaram a história da educação afrocentrada e da luta por direitos da população negra na Bahia.

Dentre elas, a “Escola Plural: A Diversidade Está na Sala”, o “Escritório de Garantia de Direitos da Juventude Negra”, o “Trocas Quilombolas: Agenda Político-Cultural para Quilombos”, as “Diretrizes Curriculares para Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Rede Municipal de Ensino de Salvador”, entre outras.

Essas ações são fruto da seleção da proposta do ICEAFRO no Edital 06/2023 Polos Criativos Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria de Cultura e Turismo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Prefeitura Municipal do Salvador.

 SERVIÇO 

O QUÊ:  Palco Aberto Boca de Brasa – Polo Malê e Certificação

QUEM: ESCOLA CRIATIVA ICEAFRO MALÊ

QUANDO: Terça, 10/09/2024, 17h

ONDE: Sede do Bloco Afro Malê Debalê – Itapuã

ENTRADA GRATUITA

Mais informações: (71) 99145-7119 / obacacaue@gmail.com

 

 

Artes

Artista soteropolitana Eva de Souza tem obra imortalizada na Suíça com bordado político “Zamambaia”

Iasmim Moreira

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Eva de Souza

A artista Eva de Souza, nascida em Salvador, acaba de conquistar um marco histórico em sua trajetória artística: sua obra têxtil “Zamambaia: a testemunha silenciosa” passa a integrar o arquivo público Cantonale, em Berna, na Suíça. A escolha se deu por meio de um processo de seleção rigoroso que visa preservar obras de relevância para as futuras gerações.

Radicada na Suíça há mais de 30 anos, Eva é suíço-brasileira, mas leva com orgulho suas raízes soteropolitanas, que marcam profundamente sua produção artística. Atriz, ativista e artista plástica, ela utiliza o bordado político como ferramenta de denúncia e elaboração artística, transformando linhas e tecidos em poderosos manifestos visuais.

Eva de Souza

Foto: Divulgação

A obra “Zamambaia” é um tributo à resistência diante das violências cotidianas, especialmente contra corpos negros e femininos. Com forte inspiração nas dores da humanidade, o bordado denuncia o racismo estrutural e a violência de Estado, ao mesmo tempo em que exalta a natureza como testemunha e força vital.

“Esse é o meu protesto contra as desumanidades, o esquecimento e o abandono. Zamambaia ilustra o racismo estrutural e a violência contra a mulher negra que perdura por gerações. A cada linha, um traço de pensamento e a construção de um desenho de ativismo”, afirma Eva.

Com formação em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Eva também é mestre em Gestão Cultural pela Universidade de Basel, em Berlim, e tem especialização em Mediação e Conflito pela Universidade de Berna. Sua trajetória começou nos palcos e galerias de Salvador, expandindo-se para exposições na Alemanha, Suíça e outros países europeus.

Eva de Souza

Foto: Divulgação

A artista celebra o reconhecimento internacional como um passo simbólico para as vozes e narrativas vindas da diáspora.

“Me orgulho por representar o Brasil na Europa com trabalhos que contribuem para um cenário artístico plural e diverso. Agora, me consolidei não apenas como uma artista suíço-brasileira, mas como uma artista imortal”, destaca.

Para conhecer mais sobre o trabalho de Eva de Souza, acesse seu portal oficial ou siga o perfil @evadesouzabluewin.ch nas redes sociais.

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Artes

Artista cabo-verdiana Daja Do Rosário promove oficina gratuita sobre corpo e memória

Iasmim Moreira

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Daja do Rosário

Salvador recebe entre os dias 10 e 18 de maio, a artista visual cabo-verdiana Daja Do Rosário para uma série de atividades que unem arte, ancestralidade e ecologia. A oficina principal, com o nome “Corpo – Indumentária / Transe”, será gratuita e tem vagas limitadas, acontecerá nos dias 14 e 15, das 14h às 17h, na Casa do Benin e no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BA).

O projeto propõe uma vivência colaborativa que combina práticas ancestrais com arte contemporânea. Os participantes serão convidados a criar esculturas-indumentárias a partir de fibras vegetais, como a ráfia, explorando o corpo, a memória e os gestos como forma de escuta e reverência à ancestralidade africana.

A experiência é destinada a artistas afrodescendentes que atuam em diferentes linguagens: artes visuais, arte têxtil, dança, performance, literatura, música, práticas de cura, escultura, saberes culturais e educação. As inscrições são feitas exclusivamente online, através do FORMULÁRIO

Resultado da experiência coletiva

Durante a imersão, 15 participantes em cada instituição desenvolverão peças únicas, simbólicas e pessoais, que ao final serão reunidas em uma grande escultura coletiva — um “corpo-fractal” que preserva as individualidades e promove um campo comum de diálogo e pertencimento. Além da inscrição, os participantes são incentivados a levar fibras e tecidos naturais que possam ser incorporados à criação.

Sobre Daja do Rosário

Daja Do Rosário é uma artista visual cabo-verdiana que utiliza sua obra para afirmar sua identidade como mulher afrodescendente. Crescida no sul da França, distante de suas raízes culturais, ela transforma sua trajetória pessoal em uma narrativa coletiva sobre as diásporas africanas. Através de autorretratos e esculturas com materiais reaproveitados — como ráfia, sacos, búzios e tecidos —, Daja combina tradição e contemporaneidade, criando composições que recontam histórias apagadas da África e reivindicam uma identidade plural, ancestral e politizada.

Daja do Rosário

Foto: Divulgação

 

SERVIÇO: 

O que: Oficina “Corpo – Indumentária / Transe”, com Daja do Rosário

Quando: 14 e 15, das 14h às 17h;

Onde: Casa do Benin e no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BA);

Valor: Gratuito;

Inscrições: através do FORMULÁRIO.

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Artes

CAIXA Cultural recebe exposição em homenagem a Jayme Fygura

Iasmim Moreira

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Jayme Fygura

A CAIXA Cultural Salvador abre ao público, a partir desta terça-feira (15), a exposição póstuma Jayme Fygura: De Corpo e Alma, que presta tributo ao artista plástico, poeta e performer Jayme Fygura, um dos nomes mais emblemáticos da cena cultural soteropolitana. A abertura oficial acontece na noite do dia 15, às 19h. A visitação segue até 6 de julho, de terça a domingo, das 9h às 17h30, com entrada gratuita.

A mostra é realizada pela Ernesto Bitencourt Galeria de Arte e tem curadoria do artista e pesquisador Danillo Barata. No espaço expositivo, o público poderá conhecer 32 pinturas em acrílico sobre tela e 23 objetos emblemáticos — entre esculturas em ferro, cabeças, falos de Exu, manuscritos e figurinos usados em performances do artista.

Jayme Figura

Foto: Daniel Lisboa

Também integram a exposição projeções audiovisuais e o documentário Sarcófago, dirigido por Daniel Lisboa, que mergulha no universo criativo de Fygura. Outro destaque é a exibição inédita de um show performático do artista, registrado pelo mesmo cineasta, além de recursos sonoros produzidos pelo próprio Jayme, como sua característica caixa de som.

“Suas esculturas, máscaras e pinturas exploram o corpo como território da violência e da reinvenção”, afirma o curador Danillo Barata. “Ao utilizar materiais reciclados e detritos urbanos, Jayme subverte a precariedade em potência criativa, tensionando a percepção do corpo negro e das estruturas de poder.”

A paleta de cores predominante nas obras — com tons de dourado, vermelho e azul — remete à simbologia das religiões de matriz africana, em especial aos orixás Obaluaiê e Exu, referências recorrentes no trabalho do artista.

Para o colecionador Ernesto Bitencourt, responsável pela preservação da obra de Fygura, a mostra é um reconhecimento da importância do artista para a arte contemporânea brasileira. “Jayme transformou dor em arte. Sua produção é um testemunho da força da cultura afro-brasileira e da resiliência diante das adversidades.”

Um legado de resistência

Jayme Fygura, conhecido como “o homem da máscara de ferro”, construiu uma trajetória artística marcada pela experimentação estética e pela crítica social. Explorando pintura, escultura, performance e indumentárias, ele articulou em sua obra elementos de ancestralidade, espiritualidade e política, sempre com forte apelo visual e simbólico. A máscara, um de seus principais signos artísticos, funcionava como instrumento de denúncia, proteção e afirmação, ressignificando o corpo negro como espaço de resistência. Jayme faleceu aos 64 anos de idade, em Salvador no domingo, 26 de novembro de 2023.

Programação educativa

Além da exposição, o projeto inclui ações educativas, como oficinas de criação de instrumentos musicais com materiais reciclados. Estudantes da rede pública de ensino participarão de visitas guiadas, com o objetivo de fomentar a reflexão sobre identidade, pertencimento e criatividade por meio da arte.

A exposição conta com recursos de acessibilidade, como interpretação em Libras, audiodescrição e placas em braile.

SERVIÇO

Exposição póstuma – Jayme Fygura: De Corpo e Alma
Local: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro
Visitação: 16 de abril a 6 de julho de 2025
Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h30
Entrada gratuita
Informações: (71) 3241-4200 | Site CAIXA Cultural | @caixaculturalsalvador
Classificação indicativa: Livre

 

 

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