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Ana Mametto traz música, audiovisual e livro sobre Pombagira

Ana Paula Nobre

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Ana Mametto
Foto: Flora Negri

“Pombagira – A Entidade Silenciada” é o primeiro livro da cantora e atriz, Ana Mametto. A multiartista mergulhou na escrita para conceituar a origem da entidade Pombagira e se baseou na literatura existente e nas perspectivas de estudiosos sobre o assunto. A obra literária tem lançamento conjunto com nova música e clipe com o mesmo tema. O livro tem lançamento marcado para a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no dia 13 de setembro, mas já está com pré-venda disponível na página da Editora Madras e em outras páginas de vendas online.

Ela mergulha em questões profundas que cercam a entidade cultuada nas religiões de matriz africana, como preconceito, estereótipos, valores, liberdade de crença, perseguição e intolerância religiosa. Apesar de o Brasil ter se tornado um estado laico há mais de um século, garantindo livre escolha e prática religiosa, esses temas permanecem relevantes e resistentes.

O livro busca expor essas questões por meio da história da Pombagira, uma entidade que surgiu no início do século XX, simbolizando a quebra da submissão imposta às mulheres por uma sociedade patriarcal, e reflete os principais fatores que contribuem para a violência simbólica contra as religiões afro-brasileiras.

“Dar voz às Pombagiras é dar voz às mulheres que lutam incansavelmente por liberdade. É uma responsabilidade imensa falar sobre uma entidade que simboliza a resistência à opressão feminina em uma sociedade moldada pelo patriarcado”, afirma Mametto.

Das páginas do livro para as notas musicais, a artista compôs seu mais novo single: “Dama da Noite Roda”. A canção reverencia toda a magia que envolve a Pombagira, mulher que é pura potência, em conexão com os tambores afro-brasileiros misturados a elementos da música eletrônica, com uma pitada de samba carioca.

“Não encanto pelo que sou, mas sim por aquilo que me recuso a ser….o meu grito é de liberdade”, versos que Mametto explora em uma interpretação impecável, envolta em sensualidade, trazendo um novo olhar para a força do feminino, para a mulher que se permite atravessar as barreiras do preconceito e ser o que ela deseja ser e não o que lhe é imposto socialmente.

O novo single reafirma Ana Mametto como uma das grandes vozes da cultura afro-brasileira e através da dinâmica dos atabaques tocados por Citnes Dias e Eduardo Di Dalva explora o fascinante universo de mistérios dessa entidade sagrada da Umbanda e do Candomblé. Com arranjos e concepção de Yacoce Simões, “Dama da Noite Roda” também chega em audiovisual. Tanto a música quanto o clipe já estão disponíveis nas plataformas de streaming.

Um trabalho em diferentes linguagens artísticas apontando para uma mesma direção: “mostrar e exaltar as inúmeras mulheres que enfrentaram e continuam enfrentando batalhas pela sua autonomia e dignidade. Ao destacar a força das Pombagiras, buscamos homenagear todas aquelas que se levantam contra as injustiças e reivindicam o seu lugar no mundo”, reitera Ana Mametto.

Links:

https://youtu.be/-9EDaXTiquI?si=FHb-qR6YNBJ_VDMO

https://madras.com.br/pombagira-a-entidade-silenciada

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Bando de Teatro Olodum abre inscrições para oficinas gratuitas

Ana Paula Nobre

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bando-de-teatro-Olodum
Foto: Adeloyá Ojú Bará

Em comemoração aos seus 35 anos de história, o Bando de Teatro Olodum anuncia o Projeto Erê, iniciativa que reforça a missão da companhia na valorização da arte negra no Brasil. Com uma programação de formação e apresentações, o projeto promoverá mais uma edição das Oficinas de Performance Negra e uma temporada especial do espetáculo Erê, um manifesto do Bando contra o genocídio das crianças negras. As inscrições gratuitas iniciam nesta segunda-feira (07), em formulário online disponível no perfil do Bando de Teatro Olodum.

Formação e qualificação profissional nas artes

O Projeto Erê busca capacitar jovens e adultos por meio de oficinas de Performance Negra, abrangendo aulas de teatro, dança, música, memória e identidade. Nesta edição, a iniciativa incorpora uma abordagem técnico-profissionalizante, com cursos de iluminação cênica, sonorização, produção cultural e técnicas de audiovisual.

As oficinas ocorrerão entre 23/4 e 28/7, em três núcleos, distribuídos em Salvador: Centro Cultural de Plataforma (Subúrbio Ferroviário), Espaço Cultural Uruguai (Cidade Baixa) e Espaço Xisto Bahia nos Barris (Centro), reforçando o compromisso de descentralização da arte e acesso à formação cultural em comunidades periféricas.

Para participar da oficina é preciso ter mais de 18 anos e ainda não ter participado de outra oficina promovida pelo Bando. Não é necessário ter experiência em artes cênicas. A finalização das oficinas contará com Mostras Cênicas, revelando os novos talentos das artes negras da cidade.

“Durante as Oficinas, nós, do Bando, compartilhamos nossas experiências nesses 35 anos de cena, com uma metodologia desenvolvida por nós, que estimula os talentos existentes nessas comunidades em trocas artísticas fantásticas. Muitos artistas negros que hoje atuam nos palcos e nas telas pelo país foram despertados pelas Oficinas de Performance Negra do Bando”, explica a atriz, diretora e escritora Cássia Valle, do Bando de Teatro Olodum.

Além disso, o projeto Erê realizará a ação Oro Dudu – Falas Pretas, um espaço de diálogo sobre negritude e letramento racial, em ações inclusivas como a acessibilidade do espetáculo e destinação de ingressos a pessoas com deficiência, estudantes de escola pública, entre outros grupos.

O Projeto ERÊ Bando 35 anos é patrocinado pela Wilson Sons, via Programa de Isenção Fiscal Viva Cultura, da Prefeitura de Salvador, Secretaria Municipal da Fazenda – SEFAZ, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – SECULT e Fundação Gregório de Mattos – FGM.

Serviço

O quê: Projeto ERÊ Bando 35 anos: Oficinas, debates e temporada do espetáculo Erê
Oficina de Performance Negra com aulas gratuitas ministradas pelos artistas do Bando de Teatro Olodum
Inscrições Gratuitas: de 07/04 a 17/04, por meio formulário on-line no link
Público-alvo: Maiores de 18 anos e que ainda não participaram de outras oficinas do Bando. Não é necessário ter experiência em artes cênicas.

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Barro Mulher: Solo cênico biográfico é inspirado na orixá Nanã

Ana Paula Nobre

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Foto: Joan Souza

A atriz e coreógrafa baiana, Fabíola Nansurê, lança seu mais novo monólogo “Barro Mulher”, das vivências como uma mulher negra e inspirada na poética da orixá Nanã. O espetáculo estreia dia 12 de março em Alagoinhas, no Ilê Axé Oyá L’adê Inan, com duas sessões abertas ao público, às 15h e às 19h30, e abre temporada em Salvador do dia 14 a 30 de março (todas as sextas, sábados e domingos), na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, sempre às 20h.

A obra cênica-biográfica atravessa arte e ancestralidade para contar uma história de renascimento. Inspirada na poética da Yabá Nanã, senhora do tempo, da vida, da morte e da sabedoria, o espetáculo acompanha a jornada de uma mulher que se refaz e se fortalece a partir da memória e da relação com sua Yalorixá, dentro do terreiro de Candomblé.

O espetáculo é criado, dirigido e coreografado por Fabíola Nansurê, tem direção musical e trilha de Jarbas Bittencourt, e é inspirado na concepção poética do Teatro Preto de Candomblé, cunhado pela encenadora Onisajé, que também assina a consultoria de encenação e dramaturgia. O figurino é de Anthea Xavier; cenografia, adereços e maquiagem de Agamenon de Abreu; iluminação de Nando Zâmbia; produção de Luiz Antônio Sena Jr. e mediação de Silara Aguiar.

Foto: Joan Souza

“Eu fui formada artisticamente dentro de um terreiro de candomblé. A obra é um mergulho sensível na minha vivência, que, ao me confirmar como Ajoiê, iniciei um processo de escrita intitulado CANDOMBLESIA, que transformou meus Escritos de Runcó – espaço sagrado de recolhimento para iniciação no candomblé – em poesia cênica. Depois dei corpo, voz e música nessa obra artística que fala de renascimento e resistência”, afirma Fabíola.

Na encenação, corpo, voz e música se entrelaçam, conduzindo o público por um rito de celebração e pertencimento. A figura de Nanã se torna guia e inspiração para essa travessia, revelando, em cada gesto e em cada som, as camadas de uma história marcada pelo feminino, pelo sagrado e pela potência do barro que molda e ressignifica.

“Mais do que um espetáculo teatral, Barro Mulher é um chamado ao encontro, à escuta e ao reconhecimento da força ancestral feminina que ecoa através do tempo”, conclui a atriz.

Os ingressos para a temporada em Salvador custam R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia). Estudantes e pessoas de terreiro podem assistir o espetáculo gratuitamente, entrando em contato através do e-mail espetaculobarromulher@gmail.com ou do whatsapp 71 98390-7308. Acompanhe em @barromulher.espetaculo | @nansureatriz.

Nas apresentações de sábado, haverá de tradução em libras e, em seguida, o público poderá participar de rodas de conversa com a atriz Fabíola Nansurê. A atriz irá compartilhar questões relativas ao processo de criação, que envolve desde as questões cênicas até os contextos de formação como ajoiê. Em Alagoinhas também haverá tradução em libras e uma roda de conversa.

O espetáculo “Barro Mulher” é uma realização do Oyá L’adê Inan Ponto de Cultura, com produção assinada pela DA GENTE Produções. Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Serviço

O quê: Espetáculo “Barro Mulher”- um solo de Fabíola Nansurê

Alagoinhas – Ilê Axé Oyá L’adê Inan
Duas sessões: às 15h e às 19h30
Entrada gratuita

Salvador – Sala do Coro TCA
De 14 a 30 de março (sexta a domingo)
Horário: 20h
Ingressos: R$ 40 (inteira) R$ 20 (meia)
OBS: Aos sábados tradução em libras, seguido de roda de conversa

COMPRE AQUI.

 

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Vai ter Bloco Aspiral do Reggae e Pipoca do Reggae no Campo Grande

Ana Paula Nobre

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Foto: Lucas Malkut

O público que curte reggae terá muitas opções para passar o Carnaval. Em mais uma folia, a produtora cultural e ativista do Movimento Reggae na Bahia, Jussara Santana, coloca no circuito Campo Grande o Bloco Aspiral do Reggae, em seu 16º ano, e a Pipoca do Reggae. Ambas as iniciativas vão arrastar uma multidão de regueiros e regueiras fiéis ao gênero musical nascido na Jamaica e tão popular em Salvador.

Os 7km de desfile do Bloco será na segunda-feira de Carnaval, dia 3 de março, com saída a partir das 20h30, do largo dos Aflitos – Campo Grande, e abadás já estão sendo vendidos a valores sociais na Casa Cultural Reggae (Pelourinho), onde nasceu o Bloco.

Foto: Lucas Malkut

Este ano, a homenagem será feita a um dos fundadores do grupo Jamaicano “Culture”, formado nos anos 70, década de ouro do reggae. Em toda sua carreira, Joseph Hill gravou cerca de 31 álbuns até o seu falecimento em 2006. Adorador do movimento Rastafari, Hill se consolidou como uma das maiores vozes e pilares do reggae e do movimento no mundo.

Com um trio elétrico, o bloco terá apresentações de Kamaphew Tawa e Banda Aspiral do Reggae, DJ Ras Peu, além da presença feminina com Kelly Matos e Fabiana Rasta, fortalecendo a participação das mulheres no gênero. Abadás podem ser adquiridos até o dia 2 de março na Casa Cultural Reggae (Rua do Passo – N.17 Santo Antônio).

Os mesmos estão sendo vendidos a valores sociais R$ 35 (individual) | R$50 (casadinha). Interessados também podem colaborar com a doação de 2k de alimentos e uma lata de leite, que serão encaminhados a famílias do bairro.

Foto: Lucas Malkut

Pipoca do Reggae

Outra iniciativa de Jussara Santana é a Pipoca do Reggae, mais um projeto para garantir a visibilidade de novos talentos e fortalecimento das ações sócio-políticas e culturais do Movimento Reggae em Salvador e no interior do estado.

A Pipoca, já no segundo Carnaval, vai sair no sábado dia 1º de março, às 21h30. Em seu segundo ano, a iniciativa enaltece essa produção artística do Reggae, e terá participação do veterano Kamaphew Tawa e Banda Aspiral do Reggae, Dj Ras Peu, Fabiana Rasta e Kelly Matos. A Pipoca vai se unir às tradicionais no circuito, levando regueiros sem cordas pelas ruas do Centro.

Serviço

O quê: Bloco Aspiral do Reggae e Pipoca do Reggae na Avenida

Quando: Bloco (segunda-feira, 3 de março, 20h30), Pipoca do Reggae de Carnaval (01/03/25), a partir das 21h30

Onde: Largo dos Aflitos – Campo Grande

Quanto: Bloco (R$35 individual | R$ 50 casadinha), Pipoca (gratuito)

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