Teatro
Festac apresenta programação de 16 a 22 de setembro
O Festival Estudantil de Artes Cênicas (Festac) chega a sexta edição ocupando 10 espaços culturais de Salvador, de 16 a 22 de setembro, com 14 espetáculos, 5 cenas curtas e 4 filmes produzidos por estudantes da educação básica, de cursos livres de artes cênicas e de escolas de ensino superior. Com a temática “Defina sua cidade”, o evento permite ao público acessar obras de várias regiões da Bahia (Salvador, Lauro de Freitas), do Brasil (Ceará, Curitiba e São Paulo) e internacionais (México). O festival é idealizado pelos coletivos COATO e COOXIA, e produzido pela pela produtora Transformação Projetos Culturais. A programação, que contará com interpretação em libras e audiodescrição, está disponível no perfil do projeto @festacbahia.
A abertura do festival ocorre no dia 16 de setembro, a partir das 19h, no Teatro Martim Gonçalves (Canela), com falas institucionais e a apresentação das cinco cenas curtas selecionadas em chamada pública ocorrida entre julho e agosto de 2024. Sendo elas: “A Sombra Assombra”; “Elis e os corações partidos”, “Marias”, “Homens e meninos sob o mesmo céu” e “Guerra de Acarajé”. Integra ainda a programação deste dia a “ Mostra Cine Festac”, com a exibição das videodanças “E no final, quem fica?”, de Samuel Dompierry (UFBA), e “D.R.F”, da dançarina mexicana Valéria Lastra.
A programação Festac – ano 6 vai ocupar espaços culturais do Centro, Subúrbio e orla de Salvador e em vários horários – possibilitando o alcance de um público diverso. Para os gestores do festival, Marcus Lobo, Guilherme Hunder e Luiz Antônio Sena Jr., os espetáculos e filmes selecionados em chamada pública suscitam uma possível definição de cidade e, no que diz respeito à parte curatorial, são obras que expressam os contextos das cidades de seus criadores. A partir disso, foi montada uma programação diversa e que chegará nas muitas partes de Salvador, uma cidade diversa e cheia de contornos – geográficos, sociais, políticos, econômicos e culturais.
Vale pontuar que, o Festival conta com um trabalho de mediação cultural com escolas municipais e estaduais, além de outras organizações, para possibilitar uma maior aproximação com o seu público alvo, os estudantes. O objetivo é que os estudantes se reconheçam, não somente nas obras, mas com os artistas que estarão no palco. É um espelhamento. Vão poder encontrar uma janela para se sentir pertencente ao festival.
Programação
No dia 17 de setembro, o Centro Cultural Plataforma sedia a apresentação do montagem da Cia de Teatro da Ufba intitulada “O Pregador – teatro-fórum antirracista”, às 09h. Já a obra infantil “O bicho de duas patas” (Coletivo Ventre Livre, da UFBA), que além da acessibilidade em Libras conta também com Audiodescrição, será apresentada às 15h, no Espaço Boca de Brasa Subúrbio 360°.
À noite, às 20h, no Teatro SESI Rio Vermelho ocorre a Mostra Cine Festac, com a exibição dos curtas metragens “Más Allá Del Miedo” (Aidé Hernández, México) e “E no final quem fica?”. Após os filmes e no mesmo teatro, o público irá assistir ao espetáculo “Dois pensamentos uma voz” (Cia Casamento Aberto – UFBA), com direção de Victor Hugo Sá. A sessão conta com Libras e Audiodescrição.
No terceiro dia, 18 de setembro, o Festival circula a cidade e ocupa o Espaço Xisto Bahia com o espetáculo infantil “A menina que roubava lixo”, do Grupo Oficinas de Prática do Polo de Atores (Lauro de Freitas), a partir das 10h. Ainda pelo centro da cidade, no Teatro Gamboa Nova, a partir das 15h ocorre a Mostra Cine FESTAC, com o curta “e no final quem fica?”, seguida do espetáculo que mistura teatro e palhaçaria “UAU”, com os artistas Lucas Oliveira e Milena Pitombo, com direção de Joice Aglae (UFBA).
Finaliza a programação do dia 18 de setembro, a montagem “Jacinto Morto”, da Cia Acerola, com estudantes da Escola de Teatro da Ufba, ocupando o Teatro Gregório de Mattos, a partir das 19h. Já no dia 19 de setembro, o Festac ano 6 ocupará três espaços culturais de Salvador, a iniciar pelo Centro Cultural Plataforma, com a apresentação do infantil “PERCURSOS: o último voo de um menino”, às 10h, espetáculo do Poeira Grupo de Teatro, vinculado a Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC).
No período vespertino do dia 19 de setembro, o Espaço Boca de Brasa Subúrbio 360º receberá a mostra das duas residências artísticas do Festac, em teatro e circo, que estão a ocorrer desde julho de 2024. O espetáculo de teatro é dirigido por Fernanda Silva e o circense por Martinha Boker. As apresentações ocorrerão, uma seguida da outra, a partir das 15h. No final da sessão, ocorre o bate-papo “PALCO: uma experiência artística infantojuvenil”, com as diretoras e outres convidades.
Ainda na quinta-feira, 19 de setembro, às 19h, o Espaço Cultural da Barroquinha é palco para o espetáculo de dança “Memórias imaginadas das terras por onde andei”, solo de Dani de Iracema, estudante da Escola de Dança da UFBA. No dia seguinte, 20 de setembro, o Teatro Gregório de Mattos recebe o espetáculo infantojuvenil “Vento ou A poeira que sobe do quarto”, obra com estudantes do Colégio Estadual do Campo de Tempo Integral Anna Junqueira Ayres Tourinho (São Francisco do Conde – BA), a partir das 14h30, com acessibilidade em Libras e Audiodescrição.
Da cidade de pedra para a orla de Salvador, o espetáculo de palhaçaria “Os Mamutes”, do Grupo Formigueiro (UNICAMP), apresenta-se a partir das 16h, no Rio Vermelho. Ainda nesta sexta-feira, o Espaço Xisto Bahia volta a ser ocupado pelo Festac com a dança “Felizes para Sempre”, solo da cearense Clarissa Costa, às 19h. 20 de setembro será também um dia festivo para o Festac ano 6, com o show “Paraíso”, do artista LUI – que já foi estudante da Escola de Teatro da UFBA, no Largo Quincas Berro D’água, a partir das 20h.
No penúltimo dia, 21 de setembro, o Teatro Gamboa Nova recebe a partir das 16h, a palestra performance “O que você quer saber de verdade?”, da atriz e mestra em cultura e sociedade Mariana Moreno (UFBA); após a apresentação, a Mostra Cine FESTAC, com o curta metragem mexicano “¿qué traes ahí?”, dirigido por Sara Gutiérrez, da Universidad de las Américas Puebla.
Na noite do dia 21, o Festival estará ocupando dois aparelhos culturais, o Teatro Gregório de Mattos, às 19h, com o espetáculo “Boa sorte”, de Ianei Sacramento Rodrigues (UFBA); e o Espaço Cultural Barroquinha, com a performance instalação “Mil litros de preto”, da artista Lucimélia Romão, vinculada a Escola Superior de Artes Célia Helena (SP). A programação do Festac finaliza no dia 22 de setembro, com o bate-papo “CAMARIM: um encontro de grupos”, seguido de uma deliciosa feijoada.
Festac Ano 6
Criado pelo artistas e pesquisadores Marcus Lobo, Guilherme Hunder e Danilo Lima, o festival é uma plataforma que promove intercâmbio, criação, reflexão social, crítica e pedagógica, formação e difusão das produções estudantis através de uma programação diversificada, que busca protagonizar produções artísticas de estudantes. Trata-se, portanto, de um Festival que visa investir na formação de novos profissionais no campo das artes, mas, sobretudo, na sensibilização destes estudantes.
O projeto Festival Estudantil de Artes Cênicas – Ano 6, foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
Serviço
O quê: Festival Estudantil de Artes Cênicas – Festac ano 6
Quando: 16 a 22 de setembro
Onde: Salvador
Ingressos e mais informações – perfil do Instagram @festacbahia
Teatro
Festival Teatro Preto celebra ancestralidade em Salvador
O Festival Teatro Preto Infantojuvenvil, em sua primeira edição, levará ao palco do Teatro Módulo, em Salvador, uma programação cultural transformadora e diversificada, voltada especialmente para crianças e jovens, para celebrar as raízes africanas. O festival, realizado pela Arte Sintonia Companhia de Teatro e Teatro Módulo, com patrocínio da Bahiagás e Governo do Estado, pretende criar uma atmosfera propícia para democratizar o acesso à cultura, alcançando públicos de diferentes contextos sociais, nos dias 12, 13 e 20 de outubro, a partir das 10h.
Com quatro produções baianas no cronograma, o festival é composto por “Dandara na Terra dos Palmares”; “Sarauzinho do Calu”; “Boquinha… E Assim Surgiu o Mundo” e “Mariar ─ Um Mar de Poesias”. Os ingressos para os espetáculos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla pelo valor de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
A iniciativa reforça a importância de incluir histórias que inspirem e eduquem a juventude sobre questões como ancestralidade, racismo e igualdade social. O festival é também uma oportunidade de destacar talentos locais e nacionais, fortalecendo o cenário cultural da Bahia.
Além de montagens, o projeto contará com oficinas, lançamentos de livros e exposições, que promoverão a inclusão e o acesso à cultura afro-brasileira, com atividades, como música e dança, que instigam a imaginação e o pensamento crítico. Essas atividades ocorrerão na Sala Carlos Bastos, do Teatro Módulo, com acesso gratuito.
O bate-papo “Fala, Pretinha!” recebe a atriz Cicinha Alcântara, de 11 anos, premiada como melhor atriz coadjuvante no Encena Lauro 2024, no dia 12 de outubro, às 10h. As atrizes juvenis Yandra Góes e Maria Alice Xavier, do espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”, assumem o microfone para amplificar as vozes de outras crianças e adolescentes negras.
Gilson Garcia, ator da Arte Sintonia Companhia de Teatro, conduz a oficina “Boneca Abayomi”, no dia 13 de outubro, às 10h, convidando crianças a mergulharem na cultura africana enquanto aprendem a confeccionar suas próprias bonecas.
A contação de história, com a atriz e autora do livro infantil “Calu, uma menina cheia de histórias”, Cássia Valle, traz, no dia 20 de outubro, às 10h, as aventuras de uma garota criativa que, por meio de sua curiosidade, explora temas como cultura, ancestralidade e identidade.
Em seguida, Cássia se junta à autora Luciana Palmeira para tarde de autógrafos da coleção de livros “Meu Primeiro Black Power – Heroínas da Liberdade”. A obra narra a inspiradora trajetória de quatro mulheres que lutaram contra a escravidão e pela liberdade no Brasil, com textos simples e ilustrações cativantes voltadas para crianças a partir de quatro anos.
Ainda no mesmo dia, às 14h, a oficina de pandeiro “Panderês”, ministrada pela multi-instrumentista e mestra de pandeiro Emillie Lapa, convida as crianças a explorar a força da sonoridade ancestral por meio do pandeiro de forma envolvente e divertida.
Às 15h, a roda de conversa “Griotagem: trilhando caminhos justos na educação e formação humana”, com Emille Lapa, Kátia Letícia e Natalyne Santos, propõe uma reflexão sobre estratégias pedagógicas antirracistas e a importância da implementação da Lei 10.639/03 no combate ao racismo estrutural nas escolas.
Programação
12 de outubro (sábado):
Sala Carlos Bastos
10h – “Fala, Pretinha!”
Sala Principal
11h – Espetáculo “Boquinha… E Assim Surgiu o Mundo”
13 de outubro (domingo):
Sala Carlos Bastos
10h – Oficina “Bonecas Abayomi” ministrada pelo ator Gilson Garcia
Sala Principal
11h – Espetáculo “Dandara na Terra dos Palmares”
20 de outubro (domingo):
Sala Carlos Bastos
10h – Contação de história com a atriz, diretora e autora Cássia Valle;
Tarde de autógrafos da coleção “Meu Primeiro Black Power – Heroínas da Liberdade” das autoras Luciana Palmeira e Cássia Valle
Sala Principal
11h – Espetáculo “Mariar – Um Mar de Poesias”
Sala Carlos Bastos
14h – Oficina de pandeiro “Panderês” com a cantora e atriz Emillie Lapa
15h – Roda de conversa “Griotagem: trilhando caminhos justos na educação e formação humana” com Emille Lapa, Kátia Letícia e Natalyne Santos
Sala Principal
16h – Espetáculo “Sarauzinho da Calu”
Serviço
Festival Teatro Preto Infantojuvenil
Data: 12, 13 e 20 de outubro
Horário: A partir das 10h
Local: Teatro Módulo (Av. Prof. Magalhães Neto, 1177 – Pituba)
Ingressos (espetáculos): R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Ingressos (atividades Sala Carlos Bastos): Gratuito
Vendas: Sympla ou no teatro, no dia da apresentação
Classificação indicativa: Livre
Mais informações: (71) 99269-8274