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Literatura

4ª Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil divulga finalistas

Ana Paula Nobre

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4ª Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil
Foto: Divulgação

A final do Concurso “Versos de Identidade” da 4ª Festa Literária Arte e Identidade acontece no dia 20 de setembro, às 15h30, no Espaço Juventudes, no Largo Tereza Batista, Pelourinho. Textos de 10 jovens poetas foram selecionados e entre versos e estrofes, os estudantes de ensino médio de diferentes escolas públicas de Salvador e Região Metropolitana soltaram a criatividade e expressaram seus sentimentos mais profundos que permeiam entre questões raciais, sociais e de identidade, dentro do contexto periférico onde vivem.

As escolas que terão representantes disputando o pódio na premiação são: Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia (Ana Beatriz Costa), Colégio Estadual Polivalente de Amaralina (Aniela Lopes), Colégio Estadual Rotary (Cristhian Lucas dos Santos), C.P.M João Florêncio Gomes (Eva Safira Azevedo), Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella (Felipe Caldas), Colégio Estadual Senhor do Bonfim (Guilherme Paixão), Colégio Estadual Desembargador Pedro Ribeiro (Isaac Barbosa), Colégio Estadual Professora Maria de Lourdes Parada Franch (Laiza Fraga), Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire (Moisés Francisco da Silva) e Colégio Estadual Luis Rogério de Souza (Taís Lima).

“Li os poemas selecionados pela escola engasgada, doída mesmo. Há um grito silenciado nos versos desses meninos e meninas. A arte liberta. A palavra literária parte de um real que pretende dizer e diz nas entrelinhas mais do imaginava trazer. Os poemas tecidos estão carregados de gritos e silêncios; pausas e vozes que escapam em busca de encontrar a melhor rima. Foi uma seleção complexa, pois a sensibilidade é a marca da poética que cada estudante trouxe. Eles expressam o desejo de liberdade, a busca do autoconhecimento, a poesia que vem da periferia para aromatizar o centro e dizer ‘estamos aqui!’”, comenta Márcia Márcia Mendes, coordenadora pedagógica do projeto.

Coordenadora pedagógica Márcia Mendes – Foto: Divulgação

Para Márcia Mendes, que trabalhou na seleção dos poemas em conjunto com a curadora Karla Daniella Brito, a iniciativa abre portas para fortalecer e impulsionar a leitura e a literatura em direção ao acolhimento em outros espaços fora da escola, visando alcançar novos voos e inspirar outras pessoas. “Muitos pensam que os jovens de hoje não gostam de ler, mas nosso projeto propôs a seleção de um poema por escola e sobraram poemas na seleção interna”, afirma.

“Vozes da Periferia: Arte e Literatura Florescem Longe dos Centros” é o tema da atual edição da Festa Literária Arte e Identidade, que tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

FINALISTAS – CONCURSO “VERSOS DE IDENTIDADE”

  1. Ana Beatriz Costa, com “Raízes Urbanas” – Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia;
  2. Aniela Lopes, com “Existo e Resisto” – Colégio Estadual Polivalente de Amaralina;
  3. Cristhian Lucas dos Santos, com “Internauta” – Colégio Estadual Rotary;
  4. Eva Safira Azevedo, com “Meu nome é favela” – C.P.M João Florêncio Gomes;
  5. Felipe Caldas, com “Eu periférico” – Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella;
  6. Guilherme Paixão, com “Malandragem” – Colégio Estadual Senhor do Bonfim;
  7. Isaac Barbosa, com “Identidade Negra” – Colégio Estadual Desembargador Pedro Ribeiro;
  8. Laiza Fraga, com “Sair do mundo onde tudo é real” – Colégio Estadual Professora Maria de Lourdes Parada Franch;
  9. Moisés Francisco da Silva, com “Rugido” – Colégio Estadual Professor Edilson Souto Freire;
  10. Taís Lima, com “Ruas que falam” – Colégio Estadual Luis Rogério de Souza.

 

Literatura

Baiana Josane Silva Souza participa da Festa Literária de Paraty

Ana Paula Nobre

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Baiana Josane Silva Souza
Foto: Divulgação

A tradutora e agente literária baiana, Josane Silva Souza, participa da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2024, nesta sexta-feira (11), às 15h30. Ela vai compartilhar sua expertise ao lado de Leo Gonçalves e Lubi Prates, na mesa “A hospitalidade da tradução”, com mediação de Carolina Ferreira, integrando a CASA POÉTICAS NEGRAS. Às 18h30, Léonora Miano estará na mesa “Além das Fronteiras: Afrofuturismo, Ancestralidade e Novas Narrativas Femininas”, com Sabine Mendes e Taslim, em conversa mediada por Angela DaCor.

No sábado, dia 12, às 11h, Eliana Alves Cruz falará na mesa “Criar o real: entre o jornalismo e a ficção”, com Bianca Santana e Paulo Vicente Cruz, em papo mediado por Heleine Fernandes na CASA POÉTICAS NEGRAS. No mesmo horário, às 11h, Janaína de Figueiredo (“Meu avô é um tata”, “Sapatinho de Makota”, “A Rosa e o Poeta do Morro” e “Kerekê”, entre outros) conversará com Henrique Rodrigues e Carlos Eduardo Pereira, na CASA LIBRE, no painel “As tensões contemporâneas na literatura infantojuvenil”, mediado por Sérgio Tavares.

Em seguida, às 12h30, ainda na POÉTICAS NEGRAS, a vencedora do Prêmio Pallas de Literatura (com o romance “Água de Maré”, que será lançado em 2025, quando a Pallas completará 50 anos) Tatiana Nascimento vai conversar com o público acompanhada por Viviane de Paula e Helen Araujo na mesa “Entre Versos e Marés: Narrativas Negras de Poesia, Resistência e Ancestralidade”, mediada por Angela DaCor.

Ainda no sábado, Odailta Alves falará, às 15h30, na CASA LIBRE, num painel sobre “Invisibilidade”, ao lado de Adilia Belotti, Fernanda da Escóssia, Cris Judar e Malu Jimenez. Para fechar o sábado, dia 12, às 20h, duas autoras farão os pré-lançamentos de seus livros pela Pallas na Flip: Elisa Lucinda (“Encontro com a invenção”) e Odailta Alves (“Pretos prazeres e outros ais”) na CASA POÉTICAS NEGRAS, que tem tanta afinidade com os livros produzidos pela Pallas. As duas estarão na mesa “Quando as artes se encontram e tudo vira poesia”, com Héloa, mediada por Angela DaCor. Odailta Alves falará no domingo, 13 de outubro, às 11h, sobre “Lia de Itamaracá: O reinado da ciranda” na CASA POÉTICAS NEGRAS.

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Literatura

FLICA 2024 divulga edital de inscrições para autores e artistas

Ana Paula Nobre

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FLICA 2024
Foto: Diêgo Silva

Escritores, quadrinistas, cordelistas, ilustradores e artesãos de todo o país terão a oportunidade de concorrer a um espaço de destaque na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA), que acontece entre os dias 17 e 20 de outubro. Ao todo, serão selecionados 20 autores e artistas para a realização de lançamentos literários, sessões de autógrafos e exposições de artesanato que vão compor a programação oficial do Espaço Casa dos(as) Autores(as) Brasileiros(as). Os projetos podem ser inscritos até o dia 7 de outubro no link.

Interessados podem participar do processo seletivo nas seguintes categorias: autores(as), quadrinistas, cordelistas, artesãos(ãs) e ilustradores(as). O edital completo fica disponível durante o período de inscrição na bio do Instagram e site oficial da FLICA e da Fundação Hansen Bahia, realizadora do evento. Após o anúncio dos resultados, que acontece até o dia 12 de outubro, a Equipe da Curadoria definirá a ordem e os horários das apresentações dos artistas. Além dos 20 projetos escolhidos, outros cinco serão classificados para casos de desistência, obedecendo à ordem de classificação e aos critérios descritos no Edital.

Todos os selecionados receberão um certificado de participação na FLICA 2024, que este ano tem como tema “O mundo da literatura em festa”. A Festa dá as boas-vindas a todos os públicos, portanto, é assegurado o direito ao pleito das vagas a qualquer participante que preencha as exigências estabelecidas no Edital, havendo reserva de 10% das vagas para pessoas com deficiência, 10% para negros(as) e 5% para indígenas.

“A Flica deste ano estende suas intenções para envolver cada vez mais autores e artistas, para que eles possam ter uma oportunidade de divulgação das suas obras, considerando que nem sempre isso é possível. A literatura, a arte e a cultura têm sido extremamente relegadas a segundo plano no nosso país, e é preciso que essas oportunidades sejam criadas. A arte é condição fundamental para que a gente possa ver a vida mais colorida e com mais leveza”, declara Dinalva Melo, curadora do Espaço Casa dos(as) Autores(as) Brasileiros(as).

Nos quatro dias de evento, 58 autores nacionais e internacionais se reunirão com o objetivo de democratizar o acesso à leitura e potencializar a formação de leitores de todas as idades. Com entrada gratuita, as atividades envolvem debates, intervenções artísticas, mesas de bate-papo, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, espetáculos, contação de histórias, exibição de conteúdos audiovisuais, apresentações de filarmônicas e muito mais.

Nesta edição, os principais espaços são a Tenda Paraguaçu, Fliquinha e Geração Flica, além da programação artística, dividida entre o Palco Raízes e o Palco dos Ritmos, que vão sediar diversas atrações imperdíveis. Todos os espaços têm indicação etária livre e contam com acessibilidade, tradução em libras e audiodescrição. A curadoria da FLICA é formada por Calila das Mercês, Emília Nuñez, Deko Lipe e Linnoy Nonato. A Coordenação Geral é assinada por Vanessa Dantas, CEO da Fundação Hansen Bahia.

A FLICA 2024 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira e a LDM (livraria oficial do evento), e conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação.

SERVIÇO

O quê: Inscrições abertas para autores e artistas independentes na FLICA 2024
Onde: No link
Quando: Até o dia 7 de outubro
Programação completa da FLICA: https://flica.com.br/
Instagram: @flicaoficial

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Literatura

Mara Felipe lança livro sobre pedagogia e trajetória do Olodum

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Uma visão aprofundada sobre a trajetória do Olodum, uma das mais importantes instituições do movimento negro brasileiro. A publicação ‘Pedagogia Olodum – Epistemologia do Olodum’, de Mara Felipe, lançada pela Paco Editorial, abrange esses e outros contextos, a exemplo do período desde a fundação do grupo no mangue do Maciel/Pelourinho até a promulgação da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. A obra revela o papel crucial desempenhado pelo Olodum na conscientização e na luta contra o racismo através de suas músicas, atividades pedagógicas e ações socioculturais.

Ao longo de suas 364 páginas, a autora detalha como o Olodum, por meio do samba-reggae e de suas práticas educativas, desenvolveu uma pedagogia única, focada em princípios antirracistas e decolonizadores. Essa pedagogia, que antecede a Lei 10.639/03, foi capaz de transformar a música em uma ferramenta de ensino e de resistência, promovendo a valorização da cultura negra e a conscientização sobre a história do povo afro-brasileiro. As letras das músicas do Olodum, carregadas de mensagens de empoderamento e resistência, aliadas a uma série de iniciativas culturais e educativas, ajudaram a moldar uma pedagogia voltada para a inclusão social e a igualdade racial.

Foto: Divulgação

Além de contextualizar o impacto da atuação do Olodum em Salvador e no Brasil, o livro expande o olhar para a influência internacional do grupo, que se tornou um símbolo de luta pelos direitos civis em diversas partes do mundo. O Olodum promoveu um modelo educativo que vai além das salas de aula, com práticas lúdicas e artísticas que estimulam a reflexão crítica e o reconhecimento da herança africana na formação da identidade brasileira.

Para fundamentar essa análise, Mara Felipe recorre a importantes teóricos como Abdias Nascimento, Paulo Freire, Frantz Fanon, Lélia Gonzales e Beatriz Nascimento, além de nomes internacionais como Marcus Garvey e Cheikh Anta Diop. Esses autores são convocados para explicar o processo educativo e sociopolítico do Olodum, que construiu uma forma de ensino própria, a partir da prática epistemológica do samba-reggae e da sua participação em movimentos de resistência cultural.

A publicação é, ao mesmo tempo, um estudo acadêmico e uma celebração das conquistas da instituição que, em mais de 40 anos de existência, se consolidou como um dos principais expoentes na luta contra o racismo no Brasil e no mundo. Pedagogia Olodum é um convite à reflexão sobre o papel da cultura na educação e na formação de uma consciência crítica sobre as questões raciais.

SERVIÇO

Pedagogia Olodum – Epistemologia do samba-reggae, de Mara Felipe
Preço: R$ 89,90 (364 páginas)
Disponível nas plataformas:
* [Paco Editorial](https://www.pacolivros.com.br/pedagogia-olodum)
* [Amazon](https://www.amazon.com.br/dp/8546225346)
Contato: Mara Felipe – (61) 98651-1299 / marafelipegentil@hotmail.com

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