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Artes

Semana da Mãe Preta do Ilê Aiyê promove oficinas e debates

Ana Paula Nobre

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Semana da Mãe Preta
Val Benvindo | Valéria Lima | Professora Florentina Souza - Foto: Divulgação

Mãe Hilda Jitolu (1923-2009), matriarca do bloco Ilê Aiyê, decidiu receber crianças no terreiro Ilê Acé Jitolu para acesso a uma educação afrocentrada, iniciativa embrião do que veio a se tornar a Escola Mãe Hilda. Para reverenciar o seu legado, anualmente o Ilê Aiyê realiza, no mês de setembro, a Semana da Mãe Preta, que esse ano ganhou uma programação à altura do cinquentenário do bloco, que acontece de 25 a 28 de setembro.

A programação da Semana da Mãe Preta 2024 inclui oficinas artísticas, na Senzala do Barro Preto (Curuzu), e rodas de conversa na Casa Rosa (Rio Vermelho). Serão oficinas de Dança Afro (25), Percussão (26) e Composição Musical (27). No último dia, sábado (28), as atividades serão voltadas para a criançada. Contação de histórias e Oficina de Percussão Infantil irão levar literatura e música para os pequenos. Inscrições gratuitas mediante preenchimento do formulário no link. Quantidade de vagas por oficina: 20.

Ensinamentos de Mãe Hilda  Na Casa Rosa, no Rio Vermelho, acontecem performances artísticas e rodas de conversa nos dias 25 (quarta-feira) e 26 (quinta-feira). No primeiro dia, o tema será “Memórias, Histórias e Legados de Mãe Hilda Jitolu” e contará com a presença da professora, mestra e doutora em Letras Florentina Souza e da mestra e diretora-executiva do Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu, Valéria Lima. A abertura do encontro será feita pela jornalista e produtora Val Benvindo, e a mediação é da doutora em Antropologia Cleidiana Ramos.

No segundo dia, em torno do tema “As lições que Mãe Hilda ensinou: Educação,  Resistência e Liberdade”, irão se reunir a ativista do Movimento Negro e de Mulheres Negras e educadora com ênfase em Educação para as Relações Etnico-racias e de Gênero, Lindinalva Barbosa; e a doutora em Estudos Africanos e fundadora do Movimento Negro Unificado Bahia (MNU-Ba), Ana Célia da Silva. Com abertura de Val Benvindo, a mediação será da pedagoga, escritora e educadora do Instituto ICEAFRO Maria Luísa Passos. As rodas de conversa têm lotação de 90 pessoas.

Legado de protagonismo – Vale destacar as presenças da jornalista, produtora, apresentadora e consultora em diversidade racial, Val Benvindo, e da jornalista, mestre em Estudos Étnicos e Africanos e diretora-executiva do Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu, Valéria Lima. Netas de Mãe Hilda Jitolu, elas vêm perpetuando o legado de protagonismo feminino e compromisso com o povo negro da matriarca do bloco Ilê Aiyê.

 

SERVIÇO

Semana Mãe Preta 2024

 

Oficinas

Local:  Senzala do Barro Preto – Curuzu

25/09 (quarta-feira)

Oficina de Dança Afro

Horário: 9h30 às 12h / 14h às 16h30

 

26/09 (quinta-feira)

Oficina de composição musical

Horário: 9h30 às 12h / 14h às 16h30

 

27/09 (sexta-feira)

Oficina de percussão

Horário: 9h30 às 12h / 14h às 16h30

 

28/09 (sábado)

Oficina de percussão para crianças

Horário: 9h30 às 12h

 

Contação de Histórias

Horário: 14h

 

Inscrições gratuitas mediante preenchimento do formulário no link

Quantidade de vagas por oficina: 20

 

Rodas de Conversa

Local: Casa Rosa – Rio Vermelho

 

25/09 (quarta-feira)

Tema: Memórias, Histórias e Legados de Mãe Hilda Jitolu

Horário: 19h30 às 20h40

 

26/09 (quinta-feira)

Tema: As lições que Mãe Hilda ensinou: Educação, Resistência e Liberdade”,

Horário: 19h30 às 20h40

 

Entrada gratuita mediante lotação do espaço: 90 pessoas

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Artes

Exposição “Memória” estreia no MUNCAB

Kelly Bouéres

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Luma Nascimento
Edvaldo Santos Jr.

A exposição “Memória: relatos de uma outra História” chega a Salvador nesta terça-feira (4), às 18h30, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB). A mostra faz parte da Temporada França-Brasil 2025 e permanece em cartaz até 1º de março de 2026, reunindo artistas negras do Senegal, França, Brasil e outros territórios afro-diaspóricos.

Depois de circular por Bordeaux, Abidjã, Iaundé e Antananarivo, a exposição desembarca na capital baiana com o propósito de celebrar a arte negra contemporânea e o fazer feminino como força criativa e política.

A memória é um canto que atravessa o tempo e chega ao agora”, afirma a co-curadora Jamile Coelho.

Abordamos uma memória coletiva tecida pelo fazer feminino, um convite à escuta e à partilha a partir de perspectivas contra-hegemônicas.”

Com curadoria de Nadine Hounkpatin (Benin/França) e Jamile Coelho (Brasil), “Memória” ocupa o segundo andar do MUNCAB com obras em pintura, escultura, têxteis, fotografia, vídeo e performance, propondo um mergulho nas camadas da lembrança e da ancestralidade.

Entre as artistas participantes estão Amélia Sampaio, Barbara Asei Dantoni, Beya Gille Gacha, Enam Gbewonyo, Fabiana Ex-Souza, Luana Vitra, Madalena dos Santos Reinbolt, Maria Lídia Magliani, Selly Raby Kane e Tuli Mekondjo, entre outras.

A mostra se divide em três capítulos“Do íntimo ao universal”, “A memória como ferramenta política” e “Confabulações e outras imaginações” —, transitando entre o pessoal e o coletivo, o passado e o futuro, o real e o afrofuturista.

Para Cíntia Maria, diretora do MUNCAB, a chegada de “Memória” simboliza uma virada histórica:
Estamos trilhando o caminho rumo ao título de polo da arte negra contemporânea. É uma conquista do Brasil, da Bahia e das nossas raízes africanas.

SERVIÇO:

Exposição internacional “Memória: relatos de uma outra História”
04 de novembro de 2025 a 1º de março de 2026
Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) – Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico, Salvador (BA)
Entrada gratuita
Parte da Temporada França-Brasil 2025

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Artes

Olufèmi Hinson Yovo expõe “Ecos através do Atlântico”

Kelly Bouéres

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Olufèmi Hinson Yovo expõe “Ecos através do Atlântico”
Bénin Trip

A artista beninense Olufèmi Hinson Yovo inaugura a exposição Ecos através do Atlântico, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC BAHIA/ Galeria 4 – Casarão), no dia 8 de novembro, às 17h. A mostra fica em cartaz até 23 de novembro.

A exposição propõe uma reflexão sobre a colonização europeia e suas marcas nas arquiteturas da África Ocidental e da América, especialmente em Salvador.

“Enquanto na África as colisões entre estéticas coloniais, modernas e tradicionais resultaram na reconfiguração da arquitetura local, no Atlântico o choque colonial criou vocabulários híbridos visíveis em templos, catedrais e mesquitas”, explica Olufèmi.

A instalação Cadavre Esquis (Cadáver esquisito) convida o público a construir coletivamente um arquivo de memórias e a traçar uma cartografia afetiva conectando Dakar, Ouidah e Bahia. Segundo a artista, “a arquitetura é um arquivo vivo e símbolo que reconstrói, através do oceano, o que um dia foi dividido”.

A mostra integra o projeto Atlantic Threads, que promove trocas artísticas e culturais entre contextos marcados por legados coloniais, conectando Salvador a países africanos e europeus. O projeto conta com acompanhamento curatorial de Cindy Sissokho e Olivier Marboeuf, e apoio do MAC BAHIA, Instituto Francês do Benin e Instituto Guimarães Rosa, com patrocínio da PETROBRAS.

Olufèmi Hinson Yovo atua como arquiteta, designer, pesquisadora e curadora em Cotonou, Benin, e é fundadora do Sah Studio, estúdio multidisciplinar dedicado à descolonização da arquitetura. Já participou das Bienais de Veneza e Dak’Art e recebeu o Prêmio Prince Claus Building Beyond 2023.

O projeto é realizado pelo Pivô Salvador, plataforma de arte contemporânea que promove intercâmbio, pesquisa e residências artísticas. A instituição conta com sedes no Boulevard Suíço e em breve inaugura o Pivô Coaty, na Ladeira da Misericórdia.

SERVIÇO:

Exposição: “Ecos através do Atlântico: construindo a partir das perdas” – Olufèmi Hinson Yovo
 MAC BAHIA / Galeria 4 – Casarão, Rua da Graça, 284 (Graça), Salvador/BA
Abertura: 8 de novembro, às 17h
Visitação: 8 a 23 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 20h
Entrada gratuita

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Artes

Festival Beirú das Artes Negras ocupa bairro do Cabula com ações gratuitas

Jamile Menezes

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Realizado pelo Instituto de Formação em Arte – IFÁ, o Festival Beirú das Artes Negras (FESTBAN) chega a sua sexta edição ocupando o bairro do Cabula, em Salvador, de 03 a 27 de novembro.  Através do núcleo artístico PAÓ, o festival promove, ao longo do mês da Consciência Negra, uma programação gratuita com formação, diálogo comunitário e produção artística periférica.

O FESTBAN acontece em espaços públicos do Cabula e contempla 11 linguagens artísticas: Dança, Teatro, Música, Percussão, Capoeira, Artes Visuais, Poesia, Circo, Performance, Moda e Audiovisual. A programação será realizada por 21 artistas e grupos selecionados pelo projeto.

Quilomba Zu - performance

Quilomba Zu – Performance

Formação artística

No Festival Beirú das Artes Negras também vai ter realiza oficinas artísticas em 22 escolas públicas estaduais da região. Cada escola receberá uma oficina de 2 horas, nos turnos matutino e vespertino, ampliando o acesso à formação artística entre crianças, adolescentes e jovens do território.

A programação terá intervenções artísticas em praças e largos do Cabula e Giras Temáticas, que promovem debates e rodas de conversa no Teatro da UNEB, culminando com a Mostra Palco, com apresentações abertas ao público.

Adam Akuma – Dança

O festival tem como objetivo estimular jovens negros e negras a despertarem para utilização da arte como um potente instrumento de educação social, além de manter viva a história de resistência do líder negro Beiru.

“Esse festival potencializa, difunde e fomenta as artes afrodiaspóricas presentes na periferia, além de homenagear o negro Beiru, vindo das terras de Oió, na Nigéria, que foi escravizado em Salvador, mais especificamente na fazenda dos Garcia D’Ávila, conhecida como “Campo Seco”, hoje o bairro Beiru/Tancredo Neves. É também de uma forma de manter vivo o legado de resistência das nossas ancestralidades”, diz Robson Correia, idealizador e diretor artístico do festival.

O FESTBAN reforça o compromisso do IFÁ com a formação artística como ferramenta de transformação social, valorização da memória e fortalecimento da identidade negra nas comunidades.

SERVIÇO:

FESTBAN VI – Festival Beirú das Artes Negras
Onde: Cabula – Salvador, BA
Quando: 03 a 27 de novembro
Programação gratuita

PROGRAMAÇÃO:

  • Oficinas Artísticas (11 linguagens)
    03 a 14/11 — em 22 escolas estaduais da região, pela manhã e tarde.

  • Mostra Rua – Intervenções Urbanas
    18 a 22/11 — Praças e largos do Cabula.

  • Giras Temáticas – Palestras e rodas de conversa
    25/11 — Teatro da UNEB | 9h às 12h e 14h às 17h.

  • Mostra Palco – Apresentações Artísticas
    26/11 — Teatro da UNEB | a partir das 15h.

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