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Audiovisual

Mostra de Cinemas Africanos acontece em Salvador

Ana Paula Nobre

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Mostra de Cinemas Africanos
Black Tea - O Aroma do Amor - Foto: Olivier Marceny

A Mostra de Cinemas Africanos realiza mais uma edição em Salvador (BA), entre os dias 18 e 25 de setembro com sessões no Circuito Saladearte Cinema da UFBA, Cine MAM e Cinema do Museu, além do Cineteatro 2 de Julho (IRDEB – Federação). Neste ano a programação na cidade baiana também é marcada por um encontro inédito que vai reunir mais de 50 profissionais do audiovisual africano e brasileiro, que atuam em diversos setores da cadeia de produção, do roteiro à distribuição. Outras atividades paralelas, como cursos, bate-papos e laboratório crítico também integram a programação. Informações no site www.mostradecinemasafricanos.com.

Nesta edição, serão apresentados mais de 30 filmes de 16 países do continente africano, com vários títulos inéditos no Brasil e uma curadoria de programações especiais que giram em torno de marcos históricos como os 30 anos de liberdade na África do Sul, 30 anos do genocídio em Ruanda e o centenário de Amílcar Cabral (1924-1973), icônico líder revolucionário da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

A abertura do festival acontece dia 18 de setembro, no Cineteatro 2 de Julho (IRDEB – Federação), às 19h, com exibição do filme “Banel & Adama” (2023), da jovem franco-senegalesa Ramata-Toulaye Sy. O conto senegalês acompanha um jovem casal de uma pequena aldeia confrontado pelas convenções da sua comunidade. O filme concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2023 e faz sua pré-estreia comercial no Brasil durante a Mostra. Outro destaque é o longa “Black Tea – O Aroma do Amor” (2024), de Abderrahmane Sissako, um dos cineastas mais consagrados do continente africano. O longa, inédito no Brasil, conta a história de uma jovem da Costa do Marfim que se apaixona por um homem chinês mais velho, após imigrar para a Ásia. Ambos os cineastas estarão presentes na programação do festival.

Entre os filmes estreantes no Brasil que também contarão com a presença dos seus realizadores, estão a docuficção “Pirinha” (2024), da cabo-verdiana Natasha Craveiro, que apresenta a jornada de uma jovem lutando para libertar-se das masmorras de seu subconsciente e dos traumas de infância. Da África do Sul, o documentário “Banido” (2024), de Naledi Bogacwi, narra os acontecimentos em torno do filme “Joe Bullet” (1973), composto totalmente por pessoas africanas negras e banido pelo governo do apartheid. Já o nigeriano Dika Ofoma discute as complexidades das relações comunitárias e familiares em um contexto de tensão política no curta “Uma Segunda-feira Tranquila” (2023).

A Mostra de Cinemas Africanos 2024, único festival no Brasil dedicado exclusivamente à exibição de filmes africanos contemporâneos, tem curadoria de longas-metragens assinada por Ana Camila Esteves, diretora e idealizadora do evento, e pela programadora senegalesa Ibee Ndaw. “Mais uma vez, reafirmamos nosso compromisso de trazer ao Brasil o melhor dos cinemas africanos recentes, permitindo ao público brasileiro conhecer e apreciar a riqueza e diversidade dessas cinematografias”, afirma Ana Camila.

Ela também destaca a importância da Mostra em promover a produção de conteúdo sobre o cinema africano: “É essencial para nós abordar os acontecimentos que marcaram a História da África, como os traumas do genocídio de Ruanda e do apartheid na África do Sul, que ainda ressoam no imaginário dos cineastas desses países. Da mesma forma, celebrar o centenário do líder revolucionário Amílcar Cabral é uma forma de homenagear as histórias de resistência dos povos africanos como um todo”.

Conheça as programações especiais desta edição:

Foco 30 anos de Liberdade na África do Sul

Com curadoria de Marcelo Esteves e em parceria com o Durban International Film Festival (DIFF), a Mostra de Cinemas Africanos oferece uma programação especial de filmes que discutem os traumas, as controvérsias e os desdobramentos do regime do apartheid, cujo fim, em 1994, completa três décadas este ano.

Especial Centenário Amílcar Cabral

Programação especial que reflete sobre o legado do líder revolucionário Amílcar Cabral (1924-1973), nas comunidades cabo-verdianas e guineenses. O foco da curadoria inclui filmes que exploram sua influência e repercussão.

Especial 30 anos do genocídio em Ruanda

Um dos eventos mais devastadores do século XX, que assassinou quase um milhão de pessoas das etnias tútsi, tuá e hutú, deixando marcas profundas na sociedade ruandesa. Esta programação destaca filmes que exploram as cicatrizes deixadas pelo genocídio, convidando para uma reflexão sobre as complexas dinâmicas sociais e históricas de Ruanda.

Foco Madagascar

Nesta seleção de filmes de produção local e diaspórica, são retratados personagens que enfrentam questões profundas de identidade, violência e resistência em um contexto malgaxe. Cada obra revela como as histórias pessoais e coletivas se entrelaçam para formar um retrato complexo e evocativo de uma nação.

Programação Especial: Direito à arte, à terra e ao luto

Uma seleção de filmes que tratam de exploração colonial, racismo e epistemicídio integram um programa especial na Mostra de Cinemas Africanos 2024. Com curadoria de Ana Camila Esteves, Gabriela Almeida e Emi Koide, esta sessão exibe curtas e longas documentais que tematizam, de diferentes formas, o trauma e o luto da violência colonial e o direito à restituição de objetos, obras de arte e restos mortais.

Retrospectiva Mostra de Cinemas Africanos

A programação revisita os títulos mais populares exibidos desde a primeira edição da Mostra, em 2018. As exibições, que acontecem no Cine MAM e no Cineteatro 2 de Julho, trazem de volta filmes que foram sucesso de público, oferecendo uma nova oportunidade para apreciar essas obras que conquistaram os espectadores ao longo dos anos. Seja para rever filmes queridos ou descobri-los pela primeira vez, a Retrospectiva convida o público a revisitar marcos importantes do cinema africano contemporâneo.

Atividades Paralelas

A partir de sua missão em difundir conhecimento, produzir conteúdo e promover o diálogo entre a produção audiovisual africana e brasileira, a Mostra de Cinemas Africanos também realiza atividades paralelas. Nesta edição serão realizados o minicurso Construções Cinematográficas de Amílcar Cabral: Reflexões sobre os Cinemas Africanos e suas Narrativas, com facilitação da pesquisadora, doutora em Comunicação, Cultura e Artes Jusciele Oliveira, e o Laboratório Crítico, conduzido pelo jornalista e crítico de cinema Rafael Carvalho. As atividades acontecem gratuitamente no Museu de Arte Contemporânea da Bahia, entre os dias 17 e 24 de setembro. A programação completa está no site: www.mostradecinemasafricanos.com

A Mostra de Cinemas Africanos em Salvador-Bahia tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

Encontros do Audiovisual Brasil-África

Como parte da programação 2024, a Mostra de Cinemas Africanos promove entre os dias 19 e 22 de setembro, a primeira edição dos Encontros do Audiovisual Brasil-África, iniciativa que fomenta parcerias e colaborações entre o cinema africano e o brasileiro. O evento reúne mais de 50 profissionais de ambos os lados do Atlântico Sul e busca criar um espaço propício para a colaboração, onde conhecimentos e experiências possam ser trocados para impulsionar as indústrias cinematográficas dos dois territórios. As atividades acontecem no Cineteatro 2 de Julho (IRDEB – Federação).

A programação acontece em torno de quatro pilares: Pesquisa, Produção, Difusão e Formação. Especialistas do Brasil e da África irão compartilhar conhecimentos e fomentar novos projetos de coprodução, visando que o cinema africano e brasileiro ganhem ainda mais força e alcance. Serão quatro dias de atividades intensas que incluem mesas-redondas, apresentações de profissionais do cinema e um fórum dedicado a discutir a construção de uma cooperação sustentável entre Brasil e África na indústria criativa, com ênfase no cinema.

A participação é gratuita e limitada ao número de vagas de cada atividade. A programação completa e as inscrições podem ser ecnontradas no site: www.mostradecinemasafricanos.com

O projeto Encontros do Audiovisual Brasil-África  foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.

Sobre a Mostra de Cinemas Africanos

A Mostra de Cinemas Africanos é o único festival continuado dedicado exclusivamente à exibição de filmes africanos contemporâneos no Brasil. Criado em 2018, em Salvador (BA), pela produtora cultural e pesquisadora brasileira Ana Camila Esteves, juntamente com a curadora e pesquisadora espanhola Beatriz Leal-Riesco, o festival traz ao Brasil uma seleção dos títulos relevantes apresentados nos principais festivais internacionais de cinema e outros filmes de destaque identificados por meio da pesquisa das curadoras.

O trabalho curatorial da Mostra de Cinemas Africanos leva em conta filmes  de curta e longa-metragem contemporâneos, de realizadores da África e sua diáspora. Nesses 7 anos, a Mostra exibiu mais de 300 filmes de 33 países africanos, alcançando mais de 400 mil pessoas e proporcionando uma visão rica e diversificada da cinematografia do continente. Além da programação de filmes, o evento realiza cursos, encontros, debates e a publicação de um catálogo anual com artigos científicos, ensaios e entrevistas, disponíveis no site: www.mostradecinemasafricanos.com.

Serviço:

Mostra de Cinemas Africanos 2024

Salvador (BA): 18 a 25 de setembro

Exibição de filmes: Cineteatro 2 de Julho, Circuito Saladearte Cinema da UFBA, Cinema do Museu e Cine MAM.

Encontros do Audiovisual Brasil-África: Cineteatro 2 de Julho (IRDEB – Federação).

Atividades Paralelas: Museu de Arte Contemporânea da Bahia.

Filmes: mais de 30 filmes de 16 países.

Cineastas africanos convidados: Abderrahmane Sissako (Mauritânia),  Ramata-Toulaye Sy (França/Senegal), Natasha Craveiro (Cabo Verde), Naledi Bogacwi (África do Sul), Dika Ofoma (Nigéria)

Audiovisual

“Filme Marginal” abre inscrições para produções audiovisuais independentes de todo o Brasil

Iasmim Moreira

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Filme Marginal

Estão abertas até o dia 18 de maio as inscrições para a 5ª edição da Mostra do Filme Marginal: Cinema de Luta, Arte de Libertação. O evento, que acontece em setembro no Rio de Janeiro, busca valorizar o cinema independente brasileiro com obras que abordem temas sociais, políticos e culturais marginalizados. Podem se inscrever realizadores de curtas, médias e longas-metragens de qualquer parte do país — inclusive Salvador — com filmes finalizados a partir de 2022. A participação é gratuita.

Voltada para a difusão de um cinema autoral, popular e crítico, a Mostra se define como um espaço de reflexão, estímulo e autoformação. A proposta é ampliar a visibilidade de produções que provoquem debates sobre injustiças e desigualdades, com temas como racismo, gênero, sexualidade, direitos das mulheres, meio ambiente, luta por moradia e questões indígenas.

As inscrições devem ser feitas exclusivamente online, por meio do formulário disponível no site do festival: mostradofilmemarginal.com. A curadoria da mostra avaliará os filmes inscritos e a lista de selecionados será divulgada na primeira semana de agosto. A exibição dos filmes ocorrerá entre os dias 12 e 21 de setembro de 2025, no Rio de Janeiro.

Criada em 2017, a Mostra do Filme Marginal é organizada pela Corpo Fechado Produtora e conta, nesta edição, com apoio do Pró-Carioca Audiovisual 2024 – Edital de Apoio à Produção de Mostras e Festivais de Audiovisual, via Lei Paulo Gustavo e Rio Filme. O evento cresceu significativamente nos últimos anos: da primeira edição com 36 filmes inscritos, saltou para mais de 400 em 2024.

“Estamos abertos à multiplicidade de vozes e experiências do cinema independente contemporâneo brasileiro”, afirma o idealizador da mostra, Uilton Oliveira.

SERVIÇO

📽️ 5ª Mostra do Filme Marginal: Cinema de Luta, Arte de Libertação
📅 Inscrições gratuitas: de 1º a 18 de maio de 2025
📍 A mostra acontece em setembro, no Rio de Janeiro
🔗 Formulário de inscrição: clique aqui
🌐 Site: mostradofilmemarginal.com
📱 Instagram: @mostradofilmemarginal

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Audiovisual

Documentário sobre autoras negras baianas tem exibição na Sala Walter da Silveira

Iasmim Moreira

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autoras negras

Com lançamento marcado para o dia 08 de maio, às 19h, na Sala Walter da Silveira,  o documentário “Cartografia de Nós” propõe um mergulho na produção literária contemporânea liderada por mulheres autoras negras baianas. A sessão será gratuita e aberta ao público, com direito a bate-papo após a exibição. O filme também estará disponível a partir de 06 de maio no canal YouTube Passos Entre Linhas.

Idealizado pela escritora e educadora Lorena Ribeiro, fundadora do projeto Passos Entre Linhas, o curta de aproximadamente 40 minutos convida o público a refletir sobre os impactos dos territórios geográficos e sociais na construção das narrativas literárias negras. A direção é de Sabrina Andrade, com roteiro, apresentação e produção de Lorena Ribeiro, e trilha sonora assinada por Hosanna Almeida e Marcelo Santana.

O documentário reúne entrevistas com mulheres negras autoras de diferentes regiões da Bahia e faixas etárias: Táina Sena (Itamaraju), Camila Carmo (Amargosa/Ilha de Itaparica), Paula Anias (Sapeaçu), Maria Dolores Rodriguez (Feira de Santana) e a própria Lorena Ribeiro (Salvador/Lauro de Freitas). A cidade de Cachoeira, com sua forte tradição histórico-cultural, também é destacada como espaço de efervescência literária.

“Nosso estado tem muita gente produzindo coisas riquíssimas, mas ainda pouco conhecidas e, por isso, pouco valorizadas. Criar ao lado dessas mulheres é a confirmação de que juntas realizamos coisas gigantes”, afirma Lorena.

Além dos depoimentos, o filme incorpora intervenções artísticas, como o bordado da poeta Tainah Cerqueira, que ampliam o olhar sobre a literatura como expressão sensível de identidade e resistência. O objetivo da obra é também estimular a leitura de autoras negras contemporâneas da Bahia e contribuir para a preservação e valorização dessas vozes.

“Cartografia de Nós” é uma realização do projeto Passos Entre Linhas em parceria com a Aiocá Produções. O projeto foi contemplado pelo edital Paulo Gustavo Bahia, com apoio do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, e do Ministério da Cultura, Governo Federal, através da Lei Paulo Gustavo.

SERVIÇO
O quê: Exibição do documentário Cartografia de Nós
Quando: 08 de maio de 2025 (quinta-feira), às 19h
Onde: Sala Walter da Silveira – R. Gen. Labatut, 27 – Barris, Salvador – BA
Quanto: Gratuito
Duração: 40 min
Classificação: Livre
Extras: Bate-papo com realizadoras após a sessão

Acompanhe o projeto:
🌐 Site oficial
📷 Instagram: @passosentrelinhas
📺 YouTube: Passos Entre Linhas
📘 Facebook: Passos Entre Linhas
🐦 Twitter: @passoselinhas

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Audiovisual

Animação ‘Jimú e o Universo Ancestral’ estreia na Sala Walter da Silveira

Iasmim Moreira

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Jimú

A animação infantil “Jimú e o Universo Ancestral” será lançada oficialmente nos dias 5 e 8 de maio em duas exibições presenciais na Bahia. O curta-metragem, inspirado no livro “Jimú – Memória das Águas”, da escritora e artista visual Aislane Nobre, leva às telas uma jornada poética de espiritualidade e ancestralidade vivida por uma criança na Ilha de Itaparica.

A primeira exibição acontece no dia 5 de maio, às 15h30, na Biblioteca Juracy Magalhães Jr, em Itaparica. A segunda, no dia 8 de maio, será realizada na Sala Walter da Silveira, na Biblioteca dos Barris, em Salvador. Após as sessões presenciais, o filme ficará disponível online por 24 horas no canal do projeto no YouTube (youtube.com/@universojimu).

A obra traz recursos de acessibilidade como libras, audiodescrição e legenda em inglês, reafirmando seu compromisso com a inclusão.

Uma jornada mágica e ancestral

A história acompanha Jimú, uma criança curiosa e gulosa, que ao lado da irmã Nira, embarca em uma jornada mágica ao receber um chamado ancestral ligado ao culto aos Egunguns – divindades que representam os espíritos dos antepassados. A aventura atravessa questões profundas como espiritualidade, vida e morte, e o amadurecimento infantil, tudo ambientado na Ilha de Itaparica.

Com personagens como Giã (pai e líder espiritual), Yaiá (mãe) e Dona Mariinha (uma católica que simboliza o respeito entre religiões), Jimú descobre que sua fome é muito mais do que um desejo físico – é um chamado para a conexão com suas raízes.

“Essa é uma obra que nasce do afeto, da memória e da força de uma herança espiritual viva”, afirma Aislane Nobre, autora do livro que inspira o filme. “A transformação para o audiovisual foi feita com muito cuidado, respeitando as raízes dessa história, mas também se abrindo às novas formas de contá-la.”

Sem narração, o curta aposta em uma narrativa guiada pela musicalidade e sonoridade afro-brasileira. A direção de som é assinada por Herison Pedro, do Ofò Laboratório Sonoro. Toda a trilha foi construída com base nos cânticos ancestrais do culto aos Egunguns.

A criação e direção musical são de Lucas Maciel e Tiago Farias, que também assinam os efeitos sonoros. A proposta é usar os sons como fios condutores de memória, emoção e espiritualidade, estabelecendo uma experiência sensorial profunda com o público.

Criação colaborativa com crianças

A produção do filme foi realizada pelo estúdio Mirabolantes Studios, liderado por Lucas Morassi, André Luis Silva e Andreia Silva. Como parte do processo criativo, o projeto promoveu uma oficina de ilustração com crianças, incorporando desenhos feitos por elas em alguns cenários do filme, como forma de reconhecer o protagonismo infantil e fortalecer o elo entre a obra e seu público.

Além disso, no dia 6 de maio, às 10h30, será realizada uma nova oficina de ilustração na Biblioteca Juracy Magalhães Jr, voltada para crianças e jovens.

Um tributo à ancestralidade

“Jimú e o Universo Ancestral” combina animação tradicional com motion graphics, propondo uma nova estética narrativa que homenageia as raízes africanas e a oralidade. “A sobreposição de técnicas e o cuidado com a composição visual são uma aposta estética e política. Jimú não apenas conta uma história, ela provoca uma escuta com o corpo inteiro”, destaca a equipe da Mirabolantes Studios.

Sobre a autora

Aislane Nobre, nascida em Itaparica, é escritora, artista visual e candomblecista. Doutoranda em Artes Visuais na UFBA, investiga temas como cor da pele, afetividade e ancestralidade na arte contemporânea. O livro “Jimú – Memória das Águas” foi lançado em novembro de 2024 com distribuição gratuita em escolas, terreiros e comunidades negras de Salvador, Itaparica, Paulo Afonso e Cachoeira. A publicação está à venda no site www.universojimu.com.br.

Jimú

Aislane Nobre | Foto: Daniel Pita

 

SERVIÇO

O quê: Lançamento do curta-metragem de animação “Jimú e o Universo Ancestral”
Classificação indicativa: Livre
Formato: Animação infantil com acessibilidade (libras, audiodescrição e legenda em inglês)

 Exibição em Itaparica
Data: 05 de maio (domingo)
Horário: 15h30
Local: Biblioteca Juracy Magalhães Jr – Itaparica

Oficina de Ilustração (Itaparica)
Data: 06 de maio (segunda-feira)
Horário: 10h30
Local: Biblioteca Juracy Magalhães Jr – Itaparica
Público-alvo: Crianças e jovens

Exibição em Salvador
Data: 08 de maio (quinta-feira)
Local: Sala Walter da Silveira – Biblioteca Pública dos Barris

Exibição online:
Após as exibições presenciais, o filme ficará disponível por 24 horas no YouTube:
youtube.com/@universojimu

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