Connect with us

Música

Grupo Ofá emociona plateia durante lançamento de Ìyá Àgbà Ṣiré

Ana Paula Nobre

Publicado

on

Grupo Ofá
Foto: Geovane Peixoto

No último domingo (15), o Espaço Cultural da Barroquinha, em Salvador, contou com uma plateia emocionada durante o lançamento do mais novo álbum do Grupo Ofá, “Ìyá Àgbà Ṣiré: O Poder do Sagrado Feminino”. Formado por Luciana Baraúna, Yomar Asogba e Iuri Passos, integrantes do Terreiro do Gantois, foi apresentado um pocket show com a participação da cantora Irma Ferreira. Entre os convidados, o cantor Gilberto Gil, ao lado de Flora Gil, que fez a direção geral do trabalho. Ela produziu o primeiro disco do Ofá, intitulado “Odum Orim”, e assina a produção de “Obatalá – Uma Homenagem a Mãe Carmen”. Também marcaram presença no evento Mãe Ângela do Gantois e Iya Márcia de Ogum.

Gilberto Gil e Flora Gil – Foto: Geovane Peixoto

Com a participação de artistas consagrados da MPB, as 16 canções/Orikis são apresentadas em formato de CD, vinil e digital para acesso nas plataformas streaming de música, fazendo reverência às iabás, como são chamadas as orixás femininas. Produzido entre fevereiro e março deste ano, com 17 dias de gravação em estúdio em Salvador, em São Paulo e no Rio de Janeiro, tem direção artística e musical de Yomar Asogbá e Iuri Passos, produção musical de Iuri Passos e Alê Siqueira e produção executiva de Eveline Alves e José Maurício Bittencourt. 

Para Luciana Baraúna, cantora, pesquisadora e candomblecista, “é uma honra participar de um álbum com um repertório dedicado às orixás, representação das mães ancestrais e do feminino sagrado”.

O ÌYÁ ÀGBÀ ṢIRÉ traz como principal característica os duetos como potencializador da força dessa mistura de vozes. Participam desse álbum: Margareth Menezes, Luedji Luna, Vanessa Moreno, Fabiana Cozza, Vovó Cici, Roberto Mendes, Irma Ferreira, Mãeana, Xênia França, Vanessa da Mata, Preta Gil, Milton Nascimento, Péricles e Baco Exu dos Blues, artistas que emprestam suas vozes para os Orikis, que em yorubá, significa: “louvar, saudar, evocar”.

Mãe Ângela do Gantois, Iya Márcia de Ogum e Pedro Tourinho – Foto: Geovane Peixoto

O Grupo Ofá lançou dois álbuns com sucesso de crítica e público, o “Odum Orim” (2000), referência da produção fonográfica sacra de matriz africana no Brasil, e “Obatalá – Uma Homenagem a Mãe Carmen” (2019), indicado ao Grammy Latino 2020. Com 24 anos de carreira, o grupo ressalta a importância do registro e disseminação dos cânticos sagrados do candomblé para a preservação da memória da música sacro afro-brasileira.

Para o Secretário de Cultura e Turismo de Salvador e seguidor do candomblé, Pedro Tourinho, que também estava no público, “Salvador é a terra de todos os santos, de todos os orixás. Saudar as Ìyá Àgbàs é parte do ser soteropolitano. Apoiar o registro de cantos de axé é dever, honra e privilégio de nossa cidade.” ÌYÁ ÀGBÀ ṢIRÉ: O Poder do Sagrado Feminino é uma produção da GEGE Produções Artísticas, com apoio da Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo e da EMBASA. 

Música

Mamah Soares lança “Banho de Abô”

Iasmim Moreira

Publicado

on

Mamah

O cantor, compositor e multiartista baiano Mamah Soares lança nesta quinta-feira (13) o single “Banho de Abô”, que chega a todas as plataformas digitais como um convite sonoro à ancestralidade, à cura e à dança. A faixa, marcada pela fusão entre os toques sagrados do candomblé e as linguagens da música eletrônica, conta com participação especial do pernambucano Otto e produção de Caio Leite, com coprodução do próprio Mamah.

Com mais de 25 anos de carreira, Mamah é reconhecido por sua atuação junto a nomes como Carlinhos Brown, BaianaSystem, Xênia França, Gloria Groove e até o canadense Shawn Mendes. Em “Banho de Abô”, o artista reafirma seu compromisso com a musicalidade afro-brasileira, reverenciando os orixás e a sabedoria das folhas sagradas, em especial Ossãe e Xangô — forças evocadas nos banhos de abô, rituais de purificação e proteção no candomblé.

O single mistura o ritmo do ijexá, popularizado na música brasileira por Gilberto Gil e João Donato, com cantos em iorubá e português, percussões tradicionais — como agogô, surdo virado e xequerê — e beats eletrônicos sutis. A sonoridade ainda é atravessada por elementos afro-cubanos, como os timbales, criando um som que reverencia o passado enquanto se abre ao presente.

“Essa música é uma oferenda sonora. Um chamado à memória ancestral e à cura do corpo e da alma”, define Mamah, que assina a composição ao lado de Ney Cardoso, músico do grupo Aguidavi do Jêje, referência na cena percussiva afro-baiana. Ney também contribuiu com a pesquisa e o aprofundamento nos significados das folhas e no uso do iorubá, idioma da África Ocidental que reforça o elo entre música, espiritualidade e identidade negra.

Lançado pelo selo Kaxambu Records, “Banho de Abô” reafirma o tambor como tecnologia ancestral, que segue pulsando mesmo nas pistas contemporâneas. “Com esse som, eu quero que as pessoas sintam o poder do tambor e da palavra como instrumentos de cura. É tradição e futuro caminhando juntos”, conclui Mamah.

Ouça “Banho de Abô”  nas plataformas digitais.
Mais informações: @mamahsoares

Foto: José de Holanda

Continuar lendo

Música

Varanda Quabales traz block parties para o Nordeste de Amaralina

Iasmim Moreira

Publicado

on

Quabales

Nesta sexta-feira (13 de junho), o Nordeste de Amaralina será palco de mais uma edição do Varanda Quabales, evento gratuito que transforma a rua em frente ao Centro Cultural Quabales (Rua Aurelino Silva, 385) em um verdadeiro palco a céu aberto. A programação começa a partir das 17h e segue até as 22h, reunindo shows, discotecagem e uma  jam session com artistas da cena instrumental baiana.

A noite começa com apresentação de Ragin Morais, conhecido como um dos vocalistas da Quabales Banda, que se apresenta em versão intimista de voz e violão. Em seguida, o público confere o show solo de OKINGBASS, com destaque para o groove do contrabaixo. Na sequência, os DJs Bennett, Sista Kátia e Una assumem a entrada da Quabales Banda, às 19h30.

Encerrando a programação, uma jam session reúne músicos da banda Quabales com instrumentistas da cena de jazz de Salvador, promovendo um intercâmbio criativo e espontâneo. O público também poderá participar do open mic, com microfone aberto para cantores, MCs e outros artistas interessados em se expressar.

Idealizado pelo músico Marivaldo dos Santos — multi-instrumentista baiano radicado entre Salvador e Nova York — em parceria com a produtora Fernanda Mello, o evento propõe uma experiência multissensorial inspirada no conceito de block party, festas de rua populares em bairros nova-iorquinos.

“A Quabales Banda traz para a rua energia contagiante e músicas autorais, citações e releituras de grandes sucessos”, destaca Marivaldo. “É um movimento cultural que leva o público a diferentes emoções e promove conexões entre artistas e comunidade”, complementa Fernanda.

SERVIÇO

Evento: Varanda Quabales
Data: 13 de junho de 2025 (sexta-feira)
Horário: Das 17h às 22h
Local: Rua Aurelino Silva, 385 – Nordeste de Amaralina, Salvador (BA)
Entrada: Gratuita

Foto: Rafael Paixao

Continuar lendo

Música

Elinas lança samba-manifesto contra a violência de Estado

Iasmim Moreira

Publicado

on

Elinas

No dia 21 de junho, o músico Elinas lança o videoclipe da canção “Luiz Gama (Pra que a gente reaja)”, um samba-manifesto composto em 2015 que aborda a violência do Estado contra a população negra na Bahia. A música, que ecoa denúncias e resistências históricas, homenageia o advogado, jornalista, poeta e abolicionista Luiz Gonzaga Pinto da Gama.

Com direção de Marcelo Eme e edição do Estúdio Orin, o videoclipe conta com participações de Rogério Guarapiran no bandolim e Marcos Alma na captação sonora. O trabalho é uma produção independente e carrega o espírito de engajamento social e valorização da memória ancestral.

A escolha da data de lançamento — 21 de junho — não é por acaso. Nesse mesmo dia, em 1830, nasceu Luiz Gama, em Salvador. Filho de Luíza Mahin, mulher negra muçulmana liberta e figura revolucionária do Brasil colonial, Gama foi escravizado ilegalmente aos 10 anos. Alfabetizou-se aos 17, conquistou sua liberdade e, mais tarde, atuou como advogado, libertando mais de 500 pessoas escravizadas em São Paulo. Sua trajetória se tornou símbolo de resistência no movimento abolicionista e na luta do povo negro brasileiro.

É uma canção que conclama o passado pra inspirar o presente. Pra que a gente reaja”, afirma Elinas, destacando o caráter político e poético da obra.

SERVIÇO

Lançamento do videoclipe: Luiz Gama (Pra que a gente reaja)
Data: 21 de junho de 2025
Artista: Elinas
Participações: Rogério Guarapiran (bandolim), Marcos Alma (captação sonora), Marcelo Eme (filmagem)

Continuar lendo

EM ALTA