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Artes

“Em Busca da Ligadura” terá leitura encenada em Salvador

Ana Paula Nobre

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"Em Busca da Ligadura"
Foto: Divulgação

“Em Busca da Ligadura”, uma peça de teatro que explora as experiências e desafios enfrentados pelas mulheres negras brasileiras em relação ao controle de seus corpos e direitos reprodutivos. Salvador será o ponto de partida para o lançamento internacional com uma leitura cênico-musical da obra, celebrando o livro homônimo da autora, Ugo Edu, antes de sua apresentação nos Estados Unidos, terra natal da autora. O evento será nos dias 27 e 28 de setembro, no Espaço Cultural Alagados (dia 27) e Espaço Xisto Bahia, nos Barris (dia 28), em Salvador.

Ugo Edu é antropóloga, médica e professora na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), a peça é uma análise profunda das opressões interseccionais de raça, classe e gênero que permeiam a vida das mulheres negras no Brasil. A narrativa segue Dina, que enfrenta a dor de perder seu filho e sobrinha em decorrência da violência estatal e da negligência médica, enquanto sua amiga Iane luta pelo direito à laqueadura tubária em um país onde o aborto é ilegal.

“Através das histórias de Clara, Dina e suas amigas, a peça questiona a liberdade sobre o próprio corpo e o tratamento que as mulheres negras recebem nos sistemas de saúde e bem-estar no Brasil”, declara a diretora Liz Novais.

A combinação de teatro, literatura e música nesta obra convida o público a refletir sobre as questões que afetam a vida de Dina e de outras mulheres negras. Em um contexto em que as discussões sobre o corpo e a liberdade reprodutiva das mulheres negras são frequentemente marginalizadas, a leitura cênico-musical de “Em Busca da Ligadura” promete provocar reflexões profundas e necessárias. A dramaturgia instiga uma análise do controle sobre os corpos e as vidas reprodutivas das mulheres negras.

Sobre a autora Ugo Edu

Ugo Edu é uma antropóloga, médica, professora assistente no Departamento de Estudos Afro-Americanos da UCLA, e pesquisadora dedicada à interseção entre saúde reprodutiva, feminismo negro e estudos de ciência, tecnologia e sociedade. Seu trabalho explora temas como gênero, raça, estética e práticas reprodutivas no Brasil, com destaque para a influência da estética racial nas políticas de esterilização. Ugo realizou pesquisas etnográficas em Salvador, entre 2008 e 2013, que inspiraram tanto o projeto de seu livro quanto a dramaturgia “Em busca da ligadura”.

Sobre a diretora Liz Novais

Liz Novais é uma multifacetada artista da cena, cantautora, diretora e produtora cultural. Com um profundo interesse por iniciativas culturais e tecnológicas voltadas para a educação e a comunidade, Liz dirigiu espetáculos como “Espelhos Invisíveis” e “Cordel do Sonho sem Fim”. Atualmente, leciona teatro na Prefeitura Municipal de Salvador e foi professora substituta da Escola de Teatro da UFBA. Liz também é idealizadora da plataforma Moiras Realizações, que integra arte e educação, e faz parte do Coletivo Nosso Quilombo, que resgata a cultura afroindígena de Itapuã.

SERVIÇO

O quê: Leitura encenada e lançamento da dramaturgia “Em busca da ligadura”

Quando: Dias 27 e 28 de setembro, às 19h

Onde: Espaço Cultural Alagados (dia 27)

Espaço Xisto Bahia, nos Barris (dia 28)

Quanto: Gratuito (ingressos no local)

Artes

Expo Axé segue até 6 de abril celebrando os 40 anos do Axé Music

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação
A Expo Axé, que celebra os 40 anos do Axé Music, segue em cartaz na CAIXA Cultural Salvador até o dia 6 de abril. A exposição, que inicialmente estava prevista para encerrar em março, foi estendida devido ao grande sucesso de público e à relevância do acervo apresentado. O evento já recebeu milhares de visitantes e se consolidou como um marco na preservação e valorização da história do movimento musical que transformou o Carnaval da Bahia e a música brasileira.
Entre os grandes homenageados da exposição estão Pedrinho da Rocha, artista gráfico responsável por criar a identidade visual de trios elétricos, blocos e abadás, e Wesley Rangel (WR), pioneiro na sonorização do Axé Music, que ajudou a moldar o som característico do gênero. A trajetória desses dois pilares do movimento foi revisitada na exposição, destacando suas contribuições fundamentais para a consolidação da cultura do Axé.

Foto: Divulgação

Ao longo da programação, a Expo Axé promoveu cinco rodas de conversa que reuniram artistas, produtores, jornalistas e personalidades que ajudaram a construir essa história. Entre os temas abordados, estiveram:
1.“Os Sons que Vieram de Wesley” – Discutiu o impacto de WR na sonoridade do Axé, com participação de técnicos de som, músicos e produtores.
2. A Estética do Axé” – Focou na construção visual do gênero, destacando o trabalho de Pedrinho da Rocha na construção  e identidade do Axé Music.
3. Axé: Canto do Povo de um Lugar” – Abordou o documentário que conta a história do movimento, com jornalistas e roteiristas que participaram do projeto.
4. “Homenagem às Mulheres do Axé” – Celebrou a contribuição feminina no movimento, com presenças de Márcia Short e representantes da Didá.
5. ⁠”Agradecer o ontem, viver o hoje e plantar o amanhã!” – Um debate sobre a trajetória do axé e um momento de celebração e reflexão sobre o impacto ao longo dos seus 40 anos.
A Expo Axé contou com a participação de grandes nomes da música e do Carnaval, como Margareth Menezes, Durval Lelys, Pierre Onassis, Ricardo Chaves,Tonho Matéria, Adelmo Casé, Carla Visi, Márcia short, Débora Sousa(Didá) Paulinho Andrade, Brenno Casagrande, Raffa Lemos, Alobened, Amanda Santiago, Cícero Dantas, além de jornalistas como Osmar Marrom e Anna Valéria e James Martins.
A Expo Axé é uma experiência única para fãs do gênero e para todos que desejam mergulhar na história de um dos maiores movimentos culturais do Brasil. A prorrogação permite que mais visitantes tenham a oportunidade de conhecer esse acervo histórico e celebrar as quatro décadas do movimento.
Serviço
Onde: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, nº 57, Centro
Quando: Até 6 de abril de 2025
Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h30
Entrada: Gratuita (sujeita à lotação do espaço)
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Artes

Casa do Benin expõe “Zumvi: A Bahia em Festa e Resistência”

Ana Paula Nobre

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Foto: Acervo Zumvi

O Zumvi Arquivo Afro Fotográfico, a convite da Casa do Benin, vai inaugurar a exposição “Zumvi: A Bahia em Festa e Resistência”, nesta sexta-feira (7), às 19h, na Rua Pe. Agostinho Gomes, 17, Pelourinho. A mostra destaca o acervo documental do Zumvi, abordando as Festas Populares, a espiritualidade, o teatro e o cotidiano negro da Bahia. Através das lentes de Lázaro Roberto e Jônatas Conceição e com curadoria de Paulo Azeco, o objetivo é celebrar a riqueza cultural e histórica do povo baiano.

Foto: Acervo Zumvi

Sobre Zumvi Arquivo Afro Fotográfico

O Zumvi registra há cerca de 30 anos as manifestações do movimento negro e o cotidiano dos afrodescendentes em diversas temáticas e contextos populares. São mais de 30 mil fotogramas que registram  momentos marcantes da luta negra nas últimas quatro décadas, bem como expressões artísticas e do cotidiano da população mais negra fora do continente africano.

O nome “Zumvi” é uma palavra fotográfica criada a partir do “Zum” da lente e “VI” do olho. É trazer a realidade que está longe, mais para perto. O projeto é coordenado por Lázaro e com produção executiva do historiador José Carlos Ferreira, que também vem desenvolvendo e facilitando pesquisas acadêmicas sob o acervo no campo da memória, da cultura e da raça. Mais informações no site www.zumvi.com.br.

Foto: Acervo Zumvi

Serviço

O quê: Abertura da exposição “Zumvi: A Bahia em Festa e Resistência”

Quando: Dia 07/02 (sexta-feira), às 19h

Onde: Casa do Benin – Rua Pe. Agostinho Gomes, 17, Pelourinho

Visitação: De 07/02 a 15/03, terça a sexta, das 10h às 17h, e sábado, das 9h às 16h

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Artes

Teatro Gamboa tem música afropop e espetáculo infantil

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

O Teatro Gamboa abre a primeira semana de fevereiro com música afropop e espetáculo infantil. Nesta sexta-feira (7), às 19h, e sábado (8), às 17h, “Sátyra Carvalho canta AFROPOP” assume a programação do espaço. No repertório, Sátyra dá destaque à mulher na música baiana, acompanhada por uma banda com seis músicos. Ingressos a R$20/R$40.

O domingo (9) traz o infantil “As Peraltices de Júnior Pequeno”, às 10h. O musical conta a história de Júnior Pequeno (JP), um menino negro que acredita no seu potencial, sonha e faz de tudo para realizar os seus sonhos — e realiza! A narrativa é contada trazendo músicas compostas por Raulino Júnior, que concebeu, atua e dirige o projeto. Em mais um dia de visita à pracinha que costuma ir para brincar, Júnior Pequeno encontra novos amigos e, através de muitas peraltices, conta um pouco de sua história de vida. Ingressos a R$20/R$40.

Os ingressos para cada apresentação estão à venda na bilheteria do teatro a partir das 15h do dia do espetáculo, ou antecipadamente no link. Há ainda a opção de assistir aos shows de forma on-line, com transmissão na plataforma virtual do Gamboa, com venda também pelo site. Antes de cada apresentação no Teatro Gamboa, o público poderá conferir, no CineGamboa, o curta “50 anos do Gamboa”, em que o fundador do teatro, Eduardo Cabus, conta histórias da criação do espaço.

Exposição

A exposição processual “Literato – Entre papéis e palcos” segue até o dia 23 de fevereiro. Idealizada por Lucianna Ávila e produzida por Kívia Kiara, a mostra tem o desejo de apresentar ao público o processo criativo e de desenvolvimento de livros infantis, trazendo  como protagonistas as etapas da produção literária,  além  das obras finalizadas. Os livros  expostos são  de autoria da escritora e contadora de histórias Lucianna Ávila, com músicas de Marcos Bezerra e ilustrações dos artistas visuais Tamires Lima, Jéssica Silva, Bruno Aziz, Emy Morais e André Gustavo.

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