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Literatura

Revista Memória da Imprensa será lançada neste sábado (28)

Ana Paula Nobre

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Luciana Marques | Foto: Divulgação
A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) realiza, neste sábado (28), o lançamento da quinta edição da Revista Memória da Imprensa, com discussões, homenagens e muita música. A publicação, que se dedica a eternizar histórias de grandes profissionais da imprensa baiana com o mesmo zelo que eles aplicaram às suas fontes, traz entrevistas com Fernando Vita, Tasso Franco, Cristóvão Rodrigues, Heloísa Sampaio e Raimundo Machado, um ensaio fotográfico e artigos sobre o combate à desinformação. O evento gratuito e aberto ao público acontece a partir das 9h30, no Auditório Samuel Celestino, 8º andar da ABI, na Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador.

“Publicamos histórias de vidas fantásticas, através de pesquisas, entrevistas e isso nos consome muito tempo e energia criativa. Por que não fazermos o mesmo com jornalistas e radialistas, se sabemos das coisas incomuns, aventuras e perigos vividos por quem tem por ofício a dor e a delícia de contar histórias?”, questiona o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI.

Como parte da agenda dos 94 anos da ABI, comemorados em agosto, além de uma roda de conversa com os cinco entrevistados da edição, a programação terá um debate sobre desinformação em tempos de algoritmos e inteligência artificial, com as participações do cientista de dados Leonardo Nascimento, a especialista em jornalismo científico e tecnológico Mariana Alcântara e a advogada Luciana Marques.

“Este número 5 é um convite à reflexão. Fechamos a edição no auge do enfrentamento do Judiciário brasileiro contra empresas abertamente determinadas a se sobrepor aos estados nacionais. Ao mesmo tempo, o uso de ferramentas de inteligência artificial e o manejo solerte dos algoritmos transformam desinformação em negócio, assassinando reputações e virando o sistema eleitoral de ponta-cabeça”, destaca Ernesto Marques.

Uma jam musical formada por jornalistas que compartilham o amor pela música comanda um tributo a Jorge Ramos. “Vamos fechar contemplando Kirimure, numa jam organizada por colegas multitalentosos para reverenciar a vida de Jorge Ramos com a alegria que ele tinha como marca, tendo a presença de seus antigos mestres, colegas dos velhos tempos, amigos e familiares”, adianta o presidente da Associação.

Homenagem

O professor, jornalista e escritor Jorge Ramos, falecido no dia 4 de abril deste ano, era membro da diretoria da ABI, no cargo de 2º secretário. Jorginho, como era carinhosamente tratado pelos colegas, deixou um legado prolífico de atuação na Faculdade de Comunicação da UFBA, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), no Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), e em muitas outras instituições e veículos de comunicação no estado.

Natural de Ipirá-BA, Jorge Ramos nutria uma paixão pelas histórias da Bahia, sobretudo do Recôncavo Baiano. Ele dirigia a Biblioteca Ruy Barbosa, do IGHB. Ex-presidente do Sinjorba, ele estreou na profissão no extinto jornal Diário de Notícias. Migrou para emissoras de televisão e atuou nas TVs Bandeirantes, Aratu, Bahia, Santa Cruz (Itabuna) e Educativa. Na literatura, publicou pela Solisluna Editora o livro “O Semeador de Orquestras – História de um Maestro Abolicionista” sobre a vida e a obra do maestro baiano Tranquilino Bastos.

Memória

Inicialmente criado para o formato de documentário, o projeto “Memória da Imprensa – A História do Jornalismo Contada Por Quem Viveu” assume o formato de revista há quatro edições, publicadas em versão digital e impressa. A revista é editada pelo jornalista Biaggio Talento, com projeto gráfico do artista visual e cartunista Gentil e da designer gráfica Bianca Alves, com entrevistas assinadas por diversos jornalistas experientes.

As três primeiras edições trazem os relatos de 30 profissionais da comunicação, pautando suas atuações nas mais diversas editorias como o jornalismo cultural, esportivo e policial, além de abordar o período de censura e repressão vivido na ditadura militar. Já a quarta edição celebrou os 93 anos da ABI, trazendo a voz de cinco decanos da comunicação baiana e artigos relacionados às discussões dos painéis que integraram a agenda comemorativa.

Sobre os convidados:

Leonardo Nascimento – Cientista de dados, psicólogo, professor do Instituto de Ciência, Tecnologias e Inovação, membro permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS/UFBA), diretor do Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA onde coordena, desde 2021, juntamente com colegas da UFBA e da UFSC, uma investigação sob desinformação e extremismos nos ecossistemas multiplataforma com o apoio do InternetLab e do CNPq.

Mariana Alcântara – Jornalista, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (Póscom/UFBA) e integrante do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online (GJOL/UFBA), especialista em Jornalismo Científico e Tecnológico. Pesquisadora de temas como mídia, ciência, saúde, meio ambiente, divulgação científica, educação popular e políticas públicas de popularização da ciência.

Luciana Marques – Advogada há mais de 20 anos, atuando predominantemente nas áreas trabalhista e familiarista. Pós-graduada em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito da UFBA. Adepta dos “seis métodos interativos”, com foco na melhora das relações, fruto de um olhar humanizado e defesa da advocacia colaborativa. Possui experiência na solução de conflitos.

Serviço

Lançamento Revista Memória da Imprensa – 5a edição
Data: 28/09 (sábado)
Horário: 9h30 – 13h
Local: Auditório Samuel Celestino (8º andar do Edifício Ranulfo Oliveira – Rua Guedes de Brito, 1, Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador)
Evento gratuito

Literatura

Baiana Josane Silva Souza participa da Festa Literária de Paraty

Ana Paula Nobre

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Baiana Josane Silva Souza
Foto: Divulgação

A tradutora e agente literária baiana, Josane Silva Souza, participa da 22ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2024, nesta sexta-feira (11), às 15h30. Ela vai compartilhar sua expertise ao lado de Leo Gonçalves e Lubi Prates, na mesa “A hospitalidade da tradução”, com mediação de Carolina Ferreira, integrando a CASA POÉTICAS NEGRAS. Às 18h30, Léonora Miano estará na mesa “Além das Fronteiras: Afrofuturismo, Ancestralidade e Novas Narrativas Femininas”, com Sabine Mendes e Taslim, em conversa mediada por Angela DaCor.

No sábado, dia 12, às 11h, Eliana Alves Cruz falará na mesa “Criar o real: entre o jornalismo e a ficção”, com Bianca Santana e Paulo Vicente Cruz, em papo mediado por Heleine Fernandes na CASA POÉTICAS NEGRAS. No mesmo horário, às 11h, Janaína de Figueiredo (“Meu avô é um tata”, “Sapatinho de Makota”, “A Rosa e o Poeta do Morro” e “Kerekê”, entre outros) conversará com Henrique Rodrigues e Carlos Eduardo Pereira, na CASA LIBRE, no painel “As tensões contemporâneas na literatura infantojuvenil”, mediado por Sérgio Tavares.

Em seguida, às 12h30, ainda na POÉTICAS NEGRAS, a vencedora do Prêmio Pallas de Literatura (com o romance “Água de Maré”, que será lançado em 2025, quando a Pallas completará 50 anos) Tatiana Nascimento vai conversar com o público acompanhada por Viviane de Paula e Helen Araujo na mesa “Entre Versos e Marés: Narrativas Negras de Poesia, Resistência e Ancestralidade”, mediada por Angela DaCor.

Ainda no sábado, Odailta Alves falará, às 15h30, na CASA LIBRE, num painel sobre “Invisibilidade”, ao lado de Adilia Belotti, Fernanda da Escóssia, Cris Judar e Malu Jimenez. Para fechar o sábado, dia 12, às 20h, duas autoras farão os pré-lançamentos de seus livros pela Pallas na Flip: Elisa Lucinda (“Encontro com a invenção”) e Odailta Alves (“Pretos prazeres e outros ais”) na CASA POÉTICAS NEGRAS, que tem tanta afinidade com os livros produzidos pela Pallas. As duas estarão na mesa “Quando as artes se encontram e tudo vira poesia”, com Héloa, mediada por Angela DaCor. Odailta Alves falará no domingo, 13 de outubro, às 11h, sobre “Lia de Itamaracá: O reinado da ciranda” na CASA POÉTICAS NEGRAS.

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Literatura

FLICA 2024 divulga edital de inscrições para autores e artistas

Ana Paula Nobre

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FLICA 2024
Foto: Diêgo Silva

Escritores, quadrinistas, cordelistas, ilustradores e artesãos de todo o país terão a oportunidade de concorrer a um espaço de destaque na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA), que acontece entre os dias 17 e 20 de outubro. Ao todo, serão selecionados 20 autores e artistas para a realização de lançamentos literários, sessões de autógrafos e exposições de artesanato que vão compor a programação oficial do Espaço Casa dos(as) Autores(as) Brasileiros(as). Os projetos podem ser inscritos até o dia 7 de outubro no link.

Interessados podem participar do processo seletivo nas seguintes categorias: autores(as), quadrinistas, cordelistas, artesãos(ãs) e ilustradores(as). O edital completo fica disponível durante o período de inscrição na bio do Instagram e site oficial da FLICA e da Fundação Hansen Bahia, realizadora do evento. Após o anúncio dos resultados, que acontece até o dia 12 de outubro, a Equipe da Curadoria definirá a ordem e os horários das apresentações dos artistas. Além dos 20 projetos escolhidos, outros cinco serão classificados para casos de desistência, obedecendo à ordem de classificação e aos critérios descritos no Edital.

Todos os selecionados receberão um certificado de participação na FLICA 2024, que este ano tem como tema “O mundo da literatura em festa”. A Festa dá as boas-vindas a todos os públicos, portanto, é assegurado o direito ao pleito das vagas a qualquer participante que preencha as exigências estabelecidas no Edital, havendo reserva de 10% das vagas para pessoas com deficiência, 10% para negros(as) e 5% para indígenas.

“A Flica deste ano estende suas intenções para envolver cada vez mais autores e artistas, para que eles possam ter uma oportunidade de divulgação das suas obras, considerando que nem sempre isso é possível. A literatura, a arte e a cultura têm sido extremamente relegadas a segundo plano no nosso país, e é preciso que essas oportunidades sejam criadas. A arte é condição fundamental para que a gente possa ver a vida mais colorida e com mais leveza”, declara Dinalva Melo, curadora do Espaço Casa dos(as) Autores(as) Brasileiros(as).

Nos quatro dias de evento, 58 autores nacionais e internacionais se reunirão com o objetivo de democratizar o acesso à leitura e potencializar a formação de leitores de todas as idades. Com entrada gratuita, as atividades envolvem debates, intervenções artísticas, mesas de bate-papo, lançamentos de livros, sessões de autógrafos, espetáculos, contação de histórias, exibição de conteúdos audiovisuais, apresentações de filarmônicas e muito mais.

Nesta edição, os principais espaços são a Tenda Paraguaçu, Fliquinha e Geração Flica, além da programação artística, dividida entre o Palco Raízes e o Palco dos Ritmos, que vão sediar diversas atrações imperdíveis. Todos os espaços têm indicação etária livre e contam com acessibilidade, tradução em libras e audiodescrição. A curadoria da FLICA é formada por Calila das Mercês, Emília Nuñez, Deko Lipe e Linnoy Nonato. A Coordenação Geral é assinada por Vanessa Dantas, CEO da Fundação Hansen Bahia.

A FLICA 2024 é uma realização da Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira e a LDM (livraria oficial do evento), e conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação.

SERVIÇO

O quê: Inscrições abertas para autores e artistas independentes na FLICA 2024
Onde: No link
Quando: Até o dia 7 de outubro
Programação completa da FLICA: https://flica.com.br/
Instagram: @flicaoficial

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Literatura

Mara Felipe lança livro sobre pedagogia e trajetória do Olodum

Ana Paula Nobre

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Foto: Divulgação

Uma visão aprofundada sobre a trajetória do Olodum, uma das mais importantes instituições do movimento negro brasileiro. A publicação ‘Pedagogia Olodum – Epistemologia do Olodum’, de Mara Felipe, lançada pela Paco Editorial, abrange esses e outros contextos, a exemplo do período desde a fundação do grupo no mangue do Maciel/Pelourinho até a promulgação da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. A obra revela o papel crucial desempenhado pelo Olodum na conscientização e na luta contra o racismo através de suas músicas, atividades pedagógicas e ações socioculturais.

Ao longo de suas 364 páginas, a autora detalha como o Olodum, por meio do samba-reggae e de suas práticas educativas, desenvolveu uma pedagogia única, focada em princípios antirracistas e decolonizadores. Essa pedagogia, que antecede a Lei 10.639/03, foi capaz de transformar a música em uma ferramenta de ensino e de resistência, promovendo a valorização da cultura negra e a conscientização sobre a história do povo afro-brasileiro. As letras das músicas do Olodum, carregadas de mensagens de empoderamento e resistência, aliadas a uma série de iniciativas culturais e educativas, ajudaram a moldar uma pedagogia voltada para a inclusão social e a igualdade racial.

Foto: Divulgação

Além de contextualizar o impacto da atuação do Olodum em Salvador e no Brasil, o livro expande o olhar para a influência internacional do grupo, que se tornou um símbolo de luta pelos direitos civis em diversas partes do mundo. O Olodum promoveu um modelo educativo que vai além das salas de aula, com práticas lúdicas e artísticas que estimulam a reflexão crítica e o reconhecimento da herança africana na formação da identidade brasileira.

Para fundamentar essa análise, Mara Felipe recorre a importantes teóricos como Abdias Nascimento, Paulo Freire, Frantz Fanon, Lélia Gonzales e Beatriz Nascimento, além de nomes internacionais como Marcus Garvey e Cheikh Anta Diop. Esses autores são convocados para explicar o processo educativo e sociopolítico do Olodum, que construiu uma forma de ensino própria, a partir da prática epistemológica do samba-reggae e da sua participação em movimentos de resistência cultural.

A publicação é, ao mesmo tempo, um estudo acadêmico e uma celebração das conquistas da instituição que, em mais de 40 anos de existência, se consolidou como um dos principais expoentes na luta contra o racismo no Brasil e no mundo. Pedagogia Olodum é um convite à reflexão sobre o papel da cultura na educação e na formação de uma consciência crítica sobre as questões raciais.

SERVIÇO

Pedagogia Olodum – Epistemologia do samba-reggae, de Mara Felipe
Preço: R$ 89,90 (364 páginas)
Disponível nas plataformas:
* [Paco Editorial](https://www.pacolivros.com.br/pedagogia-olodum)
* [Amazon](https://www.amazon.com.br/dp/8546225346)
Contato: Mara Felipe – (61) 98651-1299 / marafelipegentil@hotmail.com

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