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Formação

Festival Afro de Juventude e Cidadania oferece cursos antirracistas

Ana Paula Nobre

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Festival Afro de Juventude e Cidadania
Foto: Divulgação

O Festival Afro de Juventude e Cidadania, importante circuito de eventos presenciais e cursos online, é projetado para inspirar e mobilizar a juventude negra de São Paulo em torno de questões vitais como justiça, cidadania, emprego e direitos humanos. Através de uma série de atividades dinâmicas, o festival visa fortalecer a comunidade na luta contra o racismo e na promoção dos Direitos Humanos. As inscrições podem ser feitas neste link.

O evento é uma iniciativa conjunta do Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo e da UNEGRO (União de Negros e Negras pela Igualdade) e conta com apoio de diversas instituições regionais, incluindo o Instituto AfroPira, Instituto Proara, Feira AfroAyê e Feira AmeriAfro.

Além disso, o projeto oferece uma plataforma de educação digital que proporciona uma capacitação antirracista virtual e gratuita. Com seis cursos de 40 horas cada, a plataforma prepara jovens para liderar e engajar em suas comunidades, fomentando o associativismo e capacitando-os para projetos sociais com foco no desenvolvimento sustentável, combate ao racismo e defesa dos Direitos Humanos em seus territórios.

Os cursos são oferecidos em videoaulas, permitindo que o participante organize o horário de estudo dentro de um período de 45 dias para receber o certificado. Cada curso é estruturado com videoaulas e materiais complementares, como sites, vídeos adicionais e textos, além de atividades avaliativas que podem ser de múltipla escolha ou dissertativas.

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE OS CURSOS

1 – Captação e gestão financeira de recursos para projetos – Profa. Karine dos Santos Oliveira – Certificado de 40h

A disciplina aborda diversas formas de captação de recursos, desde métodos tradicionais até inovadores e ancestrais, e ensina como aplicar e gerenciar esses recursos. As aulas combinam teoria e prática, explorando planejamento financeiro, orçamento, execução de planos de ação, prestação de contas e análise financeira, visando proporcionar um olhar aprimorado sobre o capital financeiro. Karine dos Santos Oliveira é CEO da Wakanda Educação Empreendedora, onde traduz conteúdos de negócios para linguagem informal/regional. Foi reconhecida na Forbes Under 30 (2020) e vencedora do Desafio Mulheres e Tecnologia (Salvador, 2020). Possui experiência na elaboração e execução de formações sobre viabilidade econômica, plano de negócios, técnicas de vendas e pitch, voltadas para a comunidade negra, povos e comunidades tradicionais e população LGBTQIA+.

2 – Necropolítica, Brutalismo e Genocídio da Juventude Negra – Exercícios (Re)existência à partir das Periferias – Prof. Alexsandro do Nascimento Santos – Certificado de 40h

Este curso aborda a desumanização e controle das juventudes negras e periféricas sob a colonialidade capitalista, e as táticas de resistência desenvolvidas nesses territórios. Explora temas como necropolítica, estratégias de genocídio e projetos de (re)existência, destacando as periferias como lideranças de transformação e reinvenção do mundo.Alexsandro do Nascimento Santos é Mestre em Educação: História, Política Sociedade (PUCSP) e Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Atualmente, cumpre estágio pós-doutoral junto ao Programa de Administração Pública e Governo da FGV-SP. É diretor-presidente da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo e Professor do Mestrado e do Doutorado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo. Integra o Conselho Municipal de Educação de São Paulo.

3 – Raça, juventude e brasilidade – Profa. Larissa da Silva Fontana – Certificado de 40h

Esta disciplina explora o papel da raça e mestiçagem na identidade nacional brasileira, examinando o mito da democracia racial e a marginalização dos corpos negros. Analisa a cultura mestiça, a criminalização da herança africana e as opressões interseccionais. Também discute a construção de identidades políticas negras e o combate ao racismo estrutural no Brasil.Larissa da Silva Fontana, professora, doutoranda em Linguística na Unicamp, ativista feminista antirracista, vice-presidenta da regional São Paulo da Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG), integrante da Rede de Pesquisadores Negres de Estudos da Linguagem (REPENSE) e dos grupos de pesquisa Mulheres em Discurso (Cnpq/IEL Unicamp) e Discurso e Tensões Raciais (Cnpq/UESC).

4 – Sobreviver do inferno ao paraíso: O rap enquanto sentido da vida – Prof. Bruno Máriston Passos Barreto – Certificado de 40h

Este curso explora a importância histórica do rap na construção da subjetividade da juventude negra brasileira, destacando seu contexto cultural e político. Analisa a militância e o pertencimento artístico e cultural que emergem desse movimento.Bruno Mariston é graduado em Letras pela UFBA, com pesquisa em Lírica Negra Soteropolitana. Fez mestrado em Teoria da Literatura e Estudos Culturais, estudando masculinidades negras no trabalho de Baco Exu do Blues, e está fazendo doutorado em Linguística, focando na religiosidade no rap nacional. Além da carreira acadêmica, Bruno lecionou em todos os níveis de ensino formal e ministrou cursos, palestras e oficinas sobre movimento negro, literatura negra, hip-hop e temas afins nas periferias de Salvador e Campinas.

5 – RACISMO NA ESCOLA: não basta falar, é preciso agir!   – Prof. Maria Aparecida Costa dos Santos  – Certificado de 40h

Este curso aborda o racismo estrutural nas escolas brasileiras, destacando a importância de práticas antirracistas efetivas por instituições e profissionais de educação. Visa discutir e propor soluções de enfrentamento do racismo, focando na realidade dos jovens do ensino médio e educadores. Os encontros promoverão reflexões baseadas em estudos de autores que buscam superar essa opressão histórica.Maria Aparecida Costa dos Santos é Doutora em Educação pela USP, Mestre em Educação pela UNINOVE, e Especialista em Educação Física Escolar pela FMU. Licenciada em Educação Física pela UNESP. Professora efetiva de Educação Física na Rede Municipal de Ensino de São Paulo desde 2002, com experiência como formadora pedagógica e Assistente Técnico Educacional. Lecionou no Ensino Superior, desenvolvendo conteúdos para cursos de Lato Sensu. Membro do grupo de pesquisa “Ylê-Educare” do CNPq, autora do livro “O Universo Hip-Hop e a Fúria dos Elementos” e coorganizadora do “Dicionário da Cultura Antirracista”. Ritmista do bloco afro “Ilú Oba de Min” em São Paulo.

6 – Juventude Negra e Pertencimento: O fomento à Cultura Afro Brasileira como caminho para o orgulho e consciência racial no Brasil – Profa.Elaine dos Santos Teotonio Farias  – Certificado de 40h

Este curso destaca a importância dos eventos socioculturais na celebração da diversidade e identidade negra, capacitando produtores culturais para planejá-los e executá-los. Abrange tipos de eventos, etapas de planejamento e captação de recursos. É uma introdução para quem deseja se profissionalizar em Produção Cultural.Elaine Teotonio é uma profissional apaixonada pela cultura, com 23 anos de experiência como cantora, musicista, professora e produtora cultural. Pós-graduanda em ESG, co-fundou a ETC Produtora e o Instituto Afropira, promovendo cultura e empreendedorismo afro no interior paulista. Dedica-se à oferta de cursos, consultorias e palestras em produção cultural e gestão de projetos, visando descentralizar recursos e fortalecer a cultura afro-brasileira. Elaine defende a aplicação da Lei 10.639/03 para ensinar a história africana e afro-brasileira nas escolas, acreditando que isso fortalece a autoestima de jovens negros e promove a diversidade.

Dúvidas sobre os cursos:
cursoscemj@gmail.com

Dúvidas sobre o projeto e parcerias:
cemj@cemj.org.br

 

 

Formação

Imersão ‘Cartografias do Sentir’ propõe reconexão para mulheres negras

Iasmim Moreira

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Cartografias do Sentir

No dia 17 de maio, a partir das 14h, o Espaço Shasta,  será palco da imersão “Cartografias do Sentir”, uma vivência dedicada à reconexão com o corpo, a ancestralidade e o prazer. Voltada para mulheres e pessoas AFAB (designadas mulher ao nascer) de todas as etnias e sexualidades a partir dos 16 anos, a atividade propõe um mergulho em si mesma.

Idealizada como um espaço de acolhimento, escuta afetiva e fortalecimento, a vivência nasce com foco especial em corpos negros, indígenas e pardos — sujeitos que carregam histórias atravessadas por marcas, dores e memórias, mas também por prazeres, resistências e potencialidades. O convite é para trilhar um caminho de suavidade, presença e cura.

A imersão contará com a condução de três facilitadoras:

  • Preta Kiran, que guiará práticas sensoriais voltadas ao despertar do potencial orgástico e expansivo do corpo;

  • Yasmin Morais, que trará saberes sobre a anatomia do clitóris e a história das mulheres;

  • Sávia Luz Cabocla, que integra à jornada a força das matas por meio de incensos, meditações e registros afetivos.

Com vagas limitadas a apenas 30 participantes, os ingressos já estão disponíveis, com valores de R$ 65 para mulheres negras e indígenas, e R$ 70 para mulheres não-negras e não-indígenas.

Sobre as facilitadoras:

Preta Kiran é uma artista da dança, atriz, candomblecista, terapeuta corporal e mulher afro-indígena de Salvador. Ela é conhecida por seu trabalho com a valorização das culturas de matriz africana, especialmente no âmbito da dança e do teatro. Yasmin Morais é escritora, atriz, comunicóloga / jornalista UFBA, palestrante internacional e ativista social. Sávia Luz Cabocla é Cientista Social, Fotógrafa  e Artista.

SERVIÇO
O quê: Imersão Cartografias do Sentir
Quando: 17 de maio de 2025 (sábado), às 14h
Onde: Espaço Shasta – Salvador/BA
Para quem: Mulheres e pessoas AFAB a partir de 16 anos
Ingressos:

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Haitiano Rodney Saint-Éloi participa de conferência na ALB

Iasmim Moreira

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Rodney Saint-Éloi

A Academia de Letras da Bahia (ALB), em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), promove no dia 23 de abril (quarta-feira), às 18h, a conferência “A arte e a importância da diversidade cultural”, com o poeta, ensaísta e editor Rodney Saint-Éloi. O evento, gratuito e aberto ao público, será realizado na sede da ALB, no bairro de Nazaré. Haverá entrega de certificados aos participantes.

Radicado no Canadá, o autor haitiano é reconhecido internacionalmente por seu trabalho à frente da editora Mémoire d’Encrier, dedicada à publicação de autores ameríndios e imigrantes francófonos. Entre suas obras mais conhecidas estão Os racistas nunca viram o mar (2021) e Não trairemos o poema (2019), que abordam temas como identidade, migração e resistência cultural. Ele também é membro da Academia de Letras do Québec.

A mediação será da professora e escritora Licia Soares de Souza, professora emérita da UNEB. Segundo ela, a conferência pretende refletir sobre como superar traumas históricos e construir caminhos de transformação em um mundo marcado por desigualdades coloniais.

“É um debate voltado para todos que se interessam pela literatura migrante, estórias de travessias e, especialmente, para quem atravessa o mar e ainda encontra discriminação do outro lado”, destaca Licia.

Lançamentos durante o evento

Durante a conferência, também serão lançados dois livros:

  • “Como se faz um deserto – Semiosferas do Bioma Caatinga”, de Licia Soares de Souza (Editora Mondrongo) – A obra analisa o semiárido nordestino a partir de Os Sertões, de Euclides da Cunha, e de obras contemporâneas, mostrando como o sertanejo sobrevive em meio a um bioma moldado por séculos de exploração colonial.

  • “Signos em transe – Uma fortuna crítica da Semiótica de Licia Soares de Souza”, organizado por Taurino Araújo (Editora ZL Books) – O livro reúne textos de pesquisadores do Brasil e do exterior, com foco na semiótica peirceana, no ensino do francês e na literatura comparada, especialmente entre Brasil, Québec e América Latina.

Participam da coletânea nomes como Zila Bernd, Euridice Figueiredo, Rita Olivieri-Godet, Leonor Abreu, Brigitte Thiérion e Bernard Andrès, entre outros.

Para o presidente da ALB, o escritor Aleilton Fonseca, a conferência e os lançamentos reforçam o papel da instituição como promotora de diálogo e diversidade cultural.

“Em tempos que exigem mais escuta e compreensão, a literatura e as artes são ferramentas essenciais para construirmos pontes entre culturas”, afirma.

SERVIÇO

O quê: Conferência “A arte e a importância da diversidade cultural”, com Rodney Saint-Éloi, e lançamentos dos livros Como se faz um deserto (Licia Soares de Souza) e Signos em transe (Taurino Araújo)
Quando: 23 de abril (quarta-feira), às 18h
Onde: Academia de Letras da Bahia – Av. Joana Angélica, 198, Nazaré, Salvador (BA)
Quanto: Gratuito
Haverá entrega de certificados aos participantes

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Formação

Janahina Cavalcante e Poliana Bicalho realizam oficina no MUNCAB

Iasmim Moreira

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oficina

A oficina “Olhares Sensíveis: A Arte como possibilidade Pedagógica”, que acontece no dia 25 de abril (quinta-feira), das 14h às 17h, no Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (MUNCAB), está com inscrições abertas e gratuitas. A atividade integra a programação do PETIZ – Festival de Arte para Infância e Juventude e é voltada a educadores, agentes culturais e comunitários.

A oficina propõe práticas que unem consciência corporal, sensibilização artística e mediação cultural, destacando a importância da arte como linguagem transversal no ambiente escolar. São oferecidas 30 vagas, com direito a certificado virtual.

Com orientação de Poliana Bicalho e Janahina Cavalcante, pesquisadoras com ampla atuação em arte-educação e cultura, a formação busca promover um olhar mais atento e afetivo sobre os processos pedagógicos mediados pela arte.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo Sympla. Mais informações estão disponíveis no site www.festivalpetiz.com.br e no Instagram @festivalpetiz.

SOBRE:

POLIANA BICALHO – Mãe, educadora, pesquisadora e mediadora cultural.

Doutoranda pelo Programa Multidisciplinar Cultura e Sociedade │ UFBA (2021), Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas│ UFBA (2016), com pesquisa voltada para o campo da mediação cultural, Especialização em Política e Gestão Cultural│UFRB (2021), graduada em Licenciatura em Teatro│UFBA (2011) e Comunicação Social – Jornalismo│UESB (2008). É coordenadora artístico -pedagógica do PETIZ – Festival de Arte para Infância e Juventude e Gerencia a CRIARE – Projetos Culturais e Educacionais. É integrante do grupo de pesquisa Coletivo Gestão Cultural (UFBA │ CNPq) e do grupo CRICA: Criar para Crianças: núcleo de estudos das artes e culturas da e para a infância da (UFRB).Professora de teatro da Rede Municipal de Educação de Salvador (BA). Trabalhou como professora no Curso Profissional Técnico Nível Médio em Dança da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, de (2012│2016) e como Técnica Cultural, no Teatro SESC-SENAC Pelourinho, com foco nas ações de formação de espectador – Mediação Cultural (2013│2015).

JANAHINA CAVALCANTE – artista da dança, bailarina intérprete, educadora e mãe. As experiências perpassam pelo ensino da dança, produção, gestão e mediação cultural. Mestra em Dança pelo PPGDança-UFBA, com Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança, Graduada em Pedagogia e Dança-UFBA. Estudante de psicopedagogia. Atuou no Projeto Dança para Crianças do Núcleo Viladança, na Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia -FUNCEB, foi professora no curso preparatório, nos cursos livres e no curso técnico. Foi coordenadora pedagógica do Curso Técnico em Dança. Esteve como Coordenadora de Dança do estado da Bahia. Atualmente está na assistência da CRIARE Mediações Culturais e Educacionais; professora de Dança na FOCO Usina de Teatro; assistência de coordenação de tutoria online do curso de licenciatura em Dança- EAD/UFBA ; professora da rede municipal de Lauro de Freitas.

SERVIÇO

Oficina “Olhares Sensíveis: A Arte como possibilidade Pedagógica”
25 de abril (quinta-feira)
Das 14h às 17h
MUNCAB – Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (R. das Vassouras, 25 – Centro, Salvador)
Público-alvo: educadores, agentes culturais e comunitários
Gratuito | Com emissão de certificado
Inscrições via Sympla
Vagas limitadas: 30 participantes

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